REDES. A Evolução do Cabeamento



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Transcrição:

REDES A Evolução do Cabeamento Até o final dos anos 80, todos os sistemas de cabeamento serviam apenas a uma aplicação, isto é, eram sistemas dedicados. Estes sistemas eram sempre associados à um grande fabricante, que mantinha um tipo de processamento centralizado. Isto gerava um grande problema. Caso houvesse necessidade de migrar uma aplicação para outra, se abandonava o sistema antigo, e se instalava um novo sistema, gerando um acumulo de cabos, terminações e equipamentos ociosos. As taxas de transmissão estavam limitadas ao máximo de 16MB/s. Preocupadas com a falta de uma norma que determinasse parâmetros de fiações em edifícios comerciais, no início de 1985, os representantes das indústrias de telecomunicações e informática solicitaram para a CCIA (Computer Communication Industry Association), que fornecesse uma norma que abrangesse estes parâmetros. A CCIA solicitou, por sua vez, a EIA (Eletric Industry Association), o desenvolvimento desta norma. Em julho de 1991, saía a primeira versão da norma, publicada como EIA/TIA 568. Em seguida, vários boletins técnicos foram emitidos e incorporados a esta norma. Em janeiro de 1994, foi emitido a norma que perdura até hoje, e que saiu como EIA/TIA 568 A. Sua versão foi atualizada em 2000. Com a criação desta norma e suas complementares (569, 606 e 607), houve uma mudança no modo de agir dos usuários de sistemas, que chegaram a uma conclusão. Os sistemas de cabos deveriam ser integrados. O cabeamento deveria permitir o tráfego dos sinais independente do fabricante, da fonte geradora ou do protocolo transmitido. Este sistema deveria apresentar uma arquitetura aberta, sem centralização do processamento. Deveria permitir a transmissão de sinais com altas taxas de transmissão, cerca de 100MB/s ou mais. Com a emissão da norma, o sistema de cabeamento com fibra óptica foi complementado e tornou-se escopo da mesma, tendo suas especificações de instalação, conectorização e testes executados dentro de rígidos padrões.» Cabeamento Estruturado Entende-se por rede interna estruturada uma infra-estrutura que permite evolução e flexibilidade para serviços de telecomunicações, tais como: voz, dados, imagens, sonorização, controle de iluminação, sensores de fumaça, controle de acesso, sistema de segurança e controles ambientais (ar-condicionado e ventilação). Levando-se em consideração a quantidade e a complexidade desses sistemas, se torna imprescindível a implementação de um sistema que satisfaça as necessidades iniciais e futuras em telecomunicações de uma organização, ao mesmo tempo em que garanta a possibilidade de reconfiguração ou mudanças imediatas, sem a necessidade de implementações.» Os tipos de redes Redes podem ser projetadas para organizações de todos os tamanhos, desde um único local com poucos, ou até somente dois PC's, até grandes corporações, que reúnem milhares de estações de trabalho. Dentro de uma área geográfica pequena, como um edifício comercial, por exemplo, você pode criar uma LAN (Local Area Network). Uma rede é chamada de LAN quando diversos PC's estão conectados em um só local.

Uma LAN é composta de nodos (ou seja, "nós") de rede, que pode ser um computador, uma impressora, uma máquina de fac-símile ou qualquer outro periférico conectado à rede. Uma rede é formada por diversos nodos. Para o caso de negócios pequenos uma LAN é o mais indicado para conectar os PC's.» As principais vantagens de uma LAN são: - Compartilhar banco de dados, softwares, discos rígidos e periféricos com vários departamentos; - Interligar bancos de dados de diferentes áreas ou departamentos da empresa; - Facilitar a comunicação por meio de um Correio Eletrônico; - Tornar o sistema de computação descentralizado; - Eliminação de computadores centrais, ou Main- Frames.» As principais características das LANs são: - Altas taxas de transmissão; - Baixa taxa de erro; - Propriedade privada; - Acesso privado; - Diversos tipos de protocolos. WANs e a World Wide Web (www) Uma rede que conecta uma LAN a outra, através de uma área geográfica grande, como uma cidade ou país, é chamada de WAN (Wide Area Network). Uma WAN pode transmitir informações por linhas telefônicas, microondas ou satélites. Mas a via mais comum é a fibra óptica. LANs e WANs são redes privadas. Interconectam as pessoas dentro de suas organizações. Fora do reino destas redes privadas está a Internet uma enorme WAN pública. A Internet une PCs em universidades, centros de pesquisa e companhias de todo o globo. Com o aumento do poder das redes e a multiplicação de empresas e usuários domésticos conectados a WWW, a Internet serve como um ponto de contato entre a sua companhia, seus fornecedores e clientes.» Equipamentos Dentro de uma rede de telecomunicações, pública ou privada, se pode encontrar vários tipos de acessórios e equipamentos. Para que possamos entender como funciona uma rede de telecomunicações, vamos concentrar nosso estudo em rede de telecomunicações privada, que pode atender um edifício comercial, com muitos usuários, dotados de vários tipos de facilidades, tais como: Telefonia, Dados, Sistemas de controle ambientais e de acesso, Internet; Componentes e Equipamentos de uma Rede Local Para que uma Rede Local possa trabalhar adequadamente, necessitamos de alguns componentes vitais, que podem ser divididos em 4 grupos:

Equipamentos Ativos de Rede, Periféricos, Softwares e Cabeamento de Rede; São esses equipamentos que fazem uma ou mais Redes funcionarem adequadamente. Os principais componentes de cada grupo são:» Equipamentos de Redes São os equipamentos que proporcionam o compartilhamento de informações corretamente. Ou sejam, interpretam os sinais digitais, através de padrões e protocolos, e os encaminham ao seu destino. Os principais são: Placas de Rede, Barramento, Conector da Placa, Padrão de Rede, Velocidade de transmissão, Repetidores, HUB, Pontes (Bridges), Roteadores (Routers), Switching Periféricos São chamados de Periféricos os equipamentos que servem de suporte a uma Rede. Entre os principais estão: Impressoras, Plotters, Modens, Faxes, Softwares; Assim como o Sistema Operacional da Rede (Network Operational System), são programas que permitem que os computadores interligados na Rede executem seus softwares. Muitos desses programas permitem o compartilhamento dos dispositivos periféricos através da Rede. Porém, a principal função do sistema é a de gerenciar e administrar logicamente a mesma. Cabeamento de Rede É o meio físico por onde circulam os sinais entre o Servidor, as Estações de Trabalho e os Periféricos. Há diversos tipos de cabeamento. É no Cabeamento de Rede onde se concentram o maior número de problemas, devido à qualidade dos componentes e ao tipo de Cabeamento adotado. Definição de Sistema de Cabeamento Estruturado Um sistema de cabeamento estruturado permite o tráfego de qualquer tipo de sinal elétrico de áudio, vídeo, controles ambientais e de segurança, dados e telefonia, convencional ou não, de baixa intensidade, independente do produto adotado ou fornecedor. Este tipo de cabeamento possibilita mudanças, manutenções ou implementações de forma rápida, segura e controlada. Ou seja, toda alteração do esquema de ocupação de um edifício comercial é administrada e documentada seguindo-se um padrão de identificação, que não permite erros ou dúvidas quanto aos cabos, tomadas, posições e usuários. Para essa estrutura funcionar adequadamente há requisitos mínimos relativos à distâncias, topologias, pinagens, interconectividade e transmissão, permitindo que se atinja o desempenho esperado.

Tendo base base que um sistema de cabeamento estruturado, quando da instalação, está instalado em pisos, canaletas e dutos, este sistema deve se ter uma vida útil de no mínimo 10 anos, este é o tempo médio da vida útil de uma ocupação comercial. Composição de um Sistema de Cabeamento Estruturado Um sistema de cabeamento estruturado compõem-se de 6 subsistemas, cada qual tendo suas próprias especificações de instalação, desempenho e teste. Os subsistemas estão especificados abaixo: 1. Cabeamento Horizontal (Horizontal Cabling); Área de Trabalho (Work Area); 2. Cabeamento Vertical (Back Bone); 3. Armário de Telecomunicações (Telecommunications Closet); 4. Sala de Equipamento (Equipments Room); 5. Entrada de Facilidades (Entrance Facilities). Cabeamento Horizontal (Horizontal Cabling) Definição Geral É a parte do sistema de cabeamento que contém a maior quantidade de cabos instalados. Estende-se da tomada de telecomunicação, instalada na área de trabalho, até o armário de telecomunicação. É chamado de horizontal porque os cabos correm no piso, suspensos ou não, em dutos ou canaletas. Área de Trabalho (Work Area) A Área de trabalho é o local onde o usuário começa interagir com o sistema de cabeamento estruturado. É neste local que estão situados seus equipamentos de trabalho, que podem ser: Computador; Telefone; Sistemas de armazenagem de informações; Sistema de impressão; Sistema de videoconferência; Sistema de controle. Cabos Verticais (BackBone Cabling) A função básica dos cabos verticais, ou backbone cabling, é interligar todos os armários de telecomunicação, instalados nos andares de um edifício comercial (backbone cabling) ou vários edifícios comerciais (campus backbone), onde também serão interligadas as facilidades de entrada (entrance facilities). A topologia adotada para os Cabos Verticais é a Estrela. Os principais fatores a serem considerados quanto ao dimensionamento dos cabos verticais são: Quantidade de área de trabalho;

Quantidade de armários de telecomunicações instalados; Tipos de serviços disponíveis; Nível de desempenho desejado. Armário de Telecomunicação (Telecommunication Closet) Quando instalamos todos os cabos do cabeamento horizontal, fazemos sua instalação em cada área de trabalho e na outra ponta, no hardware de conexão escolhido. Este hardware de conexão deve ser protegido contra o manuseio indevido por parte de pessoas não autorizadas. Para que isto não aconteça, instalamos todos os hardwares de conexão, suas armações, racks, e outros equipamentos em uma sala destinada para esta função, locada em cada andar. Esta sala é chamada de armário de telecomunicação (telecommunication closet). Um armário de telecomunicações deve ser instalado levando-se em conta algumas premissas: Quantidade de áreas de trabalho; Disponibilidade de espaço no andar; Instalação física. Sala de Equipamentos (Equipments Room) A sala de equipamentos é o espaço reservado dentro do edifício ou área atendida onde esta instalado o distribuidor principal de telecomunicações, que irá providenciar a interconexão entre os cabos do armário de telecomunicações, backbone cabling ou campus backbone, com os equipamentos de rede, servidores e os equipamentos de voz (PABX). Existem algumas regras que devem ser seguidas quando da instalação da sala de equipamentos: Área maior ou igual a 14m²; Instalá-lo fisicamente a um mínimo de 3 metros de qualquer fonte de interferência eletromagnética, como cabinas de força, máquinas de Raio X, elevadores, sistemas irradiantes; Instalar tomadas elétricas a cada 1,5m; Instalar uma iluminação com um mínimo de 540 Luz/m² ; Deve ser instalado longe de infiltração de águas fluviais, esgotos e outros afluentes. Facilidades de Entrada (Entrance facilities) As facilidades de entrada estão relacionadas com os serviços que estarão disponíveis para o cliente, estes serviços podem ser de: Dados; Voz; Sistema de Segurança; Redes Corporativas; Outros serviços.