HISTÓRICO DA COMPUTAÇÃO SUA ORIGEM E SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICOS OS PRIMÓRDIOS DA COMPUTAÇÃO



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Transcrição:

HISTÓRICO DA COMPUTAÇÃO SUA ORIGEM E SUA EVOLUÇÃO HISTÓRICOS OS PRIMÓRDIOS DA COMPUTAÇÃO Apesar dos computadores eletrônicos terem efetivamente aparecido somente na década de 40, os fundamentos em que se baseiam remontam a centenas ou até mesmo milhares de anos. Se levarmos em conta que o termo COMPUTAR, significa fazer cálculos, contar, efetuar operações aritméticas, COMPUTADOR seria então o mecanismo ou máquina que auxilia essa tarefa, com vantagens no tempo gasto e na precisão. Inicialmente o homem utilizou seus próprios dedos para essa tarefa, dando origem ao sistema DECIMAL e aos termos DIGITAL e DIGITO. Para auxílio deste método, eram usados gravetos, contas ou marcas na parede. O ÁBACO A partir do momento que o homem pré-histórico trocou seus hábitos nômades por aldeias e tribos fixas, desenvolvendo a lavoura, tornou-se necessário um método para a contagem do tempo, delimitando as épocas de plantio e colheita. Tábuas de argila foram desenterradas por arqueólogos no Oriente Médio, próximo à Babilônia, contendo tabuadas de multiplicação e recíprocos, acredita-se que tenham sido escritas por volta de 1700 a.c. e usavam o sistema sexagesimal (base 60), dando origem às nossas atuais unidades de tempo. Ábaco O LOGARITMO E A RÉGUA DE CALCULOS

Na medida em que os cálculos foram se complicando e aumentando de tamanho, sentiu-se a necessidade de um instrumento que viesse em auxílio, surgindo assim há cerca de 2.500 anos o ÁBACO. Este era formado por fios paralelos e contas ou arruelas deslizantes, que de acôrdo com a sua posição, representava a quantidade a ser trabalhada. O ábaco russo era o mais simples: continham 10 contas, bastando contá -las para obtermos suas quantidades numéricas. O ábaco chinês possuia 2 conjuntos por fio, contendo 5 contas no conjunto das unidades e 2 contas que representavam 5 unidades. A variante do ábaco mais conhecida é o SOROBAN, ábaco japones simplificado (com 5 contas por fio, agrupadas 4x1), ainda hoje utilizado, sendo que em uso de mãos treinadas continuam eficientes e rápidos para trabalhos mais simples. Esse sistema de contas e fios recebeu o nome de calculi pelos romanos, dando origem à palavra cálculo. Os Bastões de Napier foram criados como auxílio à multiplicação, pelo nobre escocês de Edinburgo, o matemático John Napier (1550-1617), inventor dos logaritmos. Dispositivos semelhantes já vinham sendo usados desde o século XVI mas somente em 1614 foram documentados. Os bastões de Napier eram um conjunto de 9 bastões, um para cada dígito, que transformavam a multiplicação de dois números numa soma das tabuadas de cada dígito. Em 1633, um sacerdote inglês chamado William Oughtred, teve a idéia de representar esses logaritmos de Napier em escalas de madeira, marfim ou outro material, chamando-o de CÍRCULOS DE PROPORÇÃO. Este dispositivo originou a conhecida RÉGUA DE CÁLCULOS. Como os logarítmos são representados por traços na régua e sua divisão e produto são obtidos pela adição e subtração de comprimentos, considera-se como o primeiro computador analógico da história. Régua de Cálculos: o primeiro computador analógico. ANALÓGICO X DIGITAL A diferenciação entre o que chamamos de computador analógico e computador digital é que os analógicos realizam operações aritméticas por meio de analogia (sistema de representação de fenômenos por meio de pontos de semelhança), ou seja, não trabalham com números ou símbolos que representem os números, eles fazem analogia direta entre as quantidades; eles medem as quantidades a serem trabalhadas, tendo, portanto, uma analogia entre os valores com os quais pretende trabalhar e os valores internos da máquina. Já os computadores digitais trabalham diretamente com números, ou seja trabalham realizando operações diretamente com os números, enquanto os analógicos medem.

Computadores Digitais Gerações 1ª Geração Nesta geração, os computadores usavam milhares de válvulas, enormes sistema de refrigeração (para controlar a temperatura) e quilômetros de fios, ocupando verdadeiros edifícios. A velocidade de processamento era na ordem de milésimos de Segundos. 2ª Geração Os transistores foram inventados, eliminando as inconvenientes válvulas, deixando as máquinas menores, mais baratas e mais rápidas. A velocidade passou para milionésimos de segundos. 3ª Geração Surgiu a técnica dos micro-circuitos SLT (Solid LogicTecnology) ou Circuitos de estado sólido (Chips de Silício>, miniaturizando mais ainda a máquina. A velocidade vai para bilionésimos de segundos. 4ª Geração utiliza circuitos integrados em altíssima escala (LSI>. É a geração atual. A velocidade atinge os trilionésimosde segundos- quase a velocidade da luz. 5ª Geração Ainda em estudo, poderá utilizar Biochips. Os computadores serão então capazes de entender a linguagem natural do homem, e a Inteligência Artificiai será a fonte de diversos avanços. ORIGEM DO PROCESAMENTO DE DADOS PERSONAGENS PASCAL O filósofo, físico e matemático francês Blaise Pascal, que trabalhava com seu pai em um escritório de coleta de impostos, na cidade de Rouen em 1642, aos 18 anos, desenvolveu uma máquina de calcular, para auxiliar o seu trabalho de contabilidade, baseada em 2 conjuntos de discos: um para a introdução dos dados e outro que armazenava os resultados, interligados por meios de engrenagens. A máquina utilizava o sistema decimal para os seus cálculos de maneira que quando um disco ultrapassava o valor 9, retornava ao 0 e aumentava uma unidade no disco imetiatamente superior. A Pascalina, como ficou conhecida, foi a primeira calculadora macânica do mundo. Pascal recebeu uma patente do rei da França para que lançasse sua máq uina

no comércio. A comercialização de suas calculadoras não foi satisfatória devido a seu funcionamento pouco confiável, apesar de Pascal ter construido cerca de 50 versões. As máquinas de calcular, descendentes da Pascalina, ainda hoje podem ser encontradas em uso por algumas lojas de departamentos. Pascalina Blaise Pascal Leibnitz e Thomas Em 1671, o filósofo e matemático alemão de Leipzig, Gottfried Wilhelm von Leibnitz (21/06/1646-14/11/1716) introduziu o conceito de realizar multiplicações e divisões através de adições e subtrações sucessivas. Em 1694, a máquina foi construida, no entanto, sua operação apresentava muita dificuldade e sujeita a erros. Leibnitz (ou Leibniz), perdeu seu pai quando tinha apenas 5 anos, e como o ensino na sua escola era muito fraco, aos 12 anos já estudava Latin e Grego como autodidata. Antes de ter 20 anos já possuia mestrado em matemática, filosofia, teologia e leis. Em 1820, Charles Xavier Thomas (1785-1870, conhecido como Thomas de Colmar, Paris - FR) projetou e construiu uma máquina capaz de efetuar as 4 operações aritméticas básicas: a Arithmometer. Esta foi a primeira calculadora realmente comercializada com sucesso. Ela fazia multiplicações com o mesmo princípio da calculadora de Leibnitz e com a assistência do usuário efetuava as divisões. Leibnitz Programação As calculadoras da geração da Pascalina executavam somente operações sequenciais, completamente independentes. A cada cálculo o operador deve intervir, introduzindo novos dados e o comando para determinar qual operação deve ser

efetuada. Essas máquinas não tinham capacidade para tomar decisões baseadas nos resultados. Em 1801, Joseph Marie Jacquard, mecânico francês, sujeriu controlar teares por meio de cartões perfurados. Os cartões forneceriam os comandos necessários para a tecelagem de padrões complicados em tecidos. Os princípios de programação por cartões perfurados foram demonstrados por Bouchon, Falcon e Jaques entre 1725 e 1745. Em 1786, o engenheiro J. Muller, planejou a construção de uma máquina para calcular e preparar tabelas matemáticas de algumas funções. A máquina Diferencial, como foi chamada, introduzia o conceito de registros somadores. Babbage Entre 1802 e 1822, o matemático e engenheiro inglês Charles Babbage (1792-1871) apresentou um projeto à Sociedade Real de Astronomia, baseado nos conceitos de Müller, Bouchon, Falcon, Jacques e no desenvolvimento que Jacquard efetuou com seus teares. O projeto consistia em uma máquina diferencial e para muitos, tornou-se o pai dos computadores modernos. Babbage, preocupado com os erros contidos nas tabelas matemáticas de sua época, construiu um modelo para calcular tabelas de funções (logaritmos, funções triginométricas, etc.) sem a intervenção de um operador humano, que chamou de Máquina das diferenças. Ao operador cabia somente iniciar a cadeia de operações, e a seguir a máquina tomava seu curso de cálculos, preparando totalmente a tabela prevista. Esta máquina baseava-se no princípio de discos giratórios e era operada por uma simples manivela. Em 1823 o govêrno britânico financiou a construção de uma nova versão mas não obteve resultado satisfatório, devido os limites do ferramental industrial da época. Babbage se viu obrigado a desenhar peças e ferramentas, retardando o desenvolvimento do projeto. Após 10 anos de trabalho, tudo que Babbage havia conseguido era uma pequena máquina de 3 registros e 6 caracteres, sendo que deveria ser, de acordo com o projeto, uma máquina de 7 registros e 20 caracteres cada, além de apresentar seus resultados impressos! Em 1833, Babbage projetou uma máquina (com o auxílio de Ada Lovelace) que chamou de Analítica, muito mais geral que a de Diferenças, constituida de unidade de contrôle de memória, aritmética, de entrada e de saida. Sua operação era comandada por um conjunto de cartões perfurados, de modo que, de acôrdo com os resultados dos cálculos intermediários, a máquina poderia saltar os cartões, modificando dessa forma o curso dos cálculos. Babbage investiu toda sua fortuna pessoal e de seu filho, que com ele trabalhou durante anos, na construção de sua máquina Analítica, vindo a

falecer em 1871, sem findar a construção. Hoje, estas partes da máquina construida por Babbage, encontran-se como peças de Museu. Babbage Alan Turing Alan Mathison Turing nasceu em 23 de junho de 1912 em Londres, filho de um oficial britânico, Julius Mathison e Ethel Sara Turing. Seu interesse pela ciência começou cedo, logo que aprendeu a ler e escrever, distraia-se fatorando números de hinos religiosos e desenhando bicicletas anfíbias. A maior parte do seu trabalho foi desenvolvido no serviço de espionagem, durante a II Grande Guerra, levando-o somente por volta de 1975 a ser reconhecido como um dos grandes pioneiros no campo da computação. Em 1928, Alan começou a estudar a Teoria da Relatividade, conhecendo Christopher Morcom, que o influenciou profundamente. Morcom morreu em 1930 e Alan se motivou a fazer o que o amigo não teve tempo, durante anos trocou correspondências com a mãe de Morcom a respeito das idéias do amigo e se maravilhou com a possibilidade de resolver problemas com a teoria mecânica quântica.chegou inclusive a escrever sobre a possibilidade do espirito sobreviver após a morte. Depois de concluir o mestrado em King's College (1935) e receber o Smith's prize em 1936 com um trabalho sobre a Teoria das Probabilidades, Turing se enveredou pela área da computação. Sua preocupação era saber o que efetivamente a computação poderia fazer. As respostas vieram sob a forma teórica, de uma máquina conhecida como Turing Universal Machine, que possibilitava calcular qualquer número e função, de acôrdo com instruções apropriadas. Quando a II Guerra Mundial eclodiu, Turing foi trabalhar no Departamento de Comunicações da Gran Bretanha (Government Code and Cypher School) em Buckinghamshire, com o intuito de quebrar o código das comunicações alemãs, produzido por um tipo de computador chamado Enigma. Este código era constantemente trocado, obrigando os inimigos a tentar decodifica-lo correndo contra o relógio. Turing e seus colegas cientistas trabalharam num sistema que foi chamado de Colossus, um enorme emaranhado de servo-motores e metal, considerado um precursor dos computadores digitais. Durante a guerra, Turing foi enviado aos EUA a fim de estabelecer códigos seguros para comunicações transatlânticas entre os aliados. Supõe-se que foi em Princeton, NJ, que conheceu Von Neumann e daí ter participado no projeto do ENIAC na universidade da Pensilvânia.. Terminada a guerra, Alan se juntou ao National Physical Laboratory para desenvolver um computador totalmente inglês que seria chamado de ACE (automatic computing engine).decepcionado com a demora da construção, Turing mudou-se para Manchester. Em 1952, foi preso por "indecência", sendo obrigado a se submeter à pisicoanálise e a tratamentos que visavam curar sua homosexualidade. Turing suicidou-se em Manchester, no dia 7 de junho de 1954, durante uma crise de depressão, comendo uma maçã envenenada com cianureto de potássio. O Teste de Turing

O teste consistia em submeter um operador, fechado em uma sala, a descobrir se quem respondia suas perguntas, introduzidas através do teclado, era um outro homem ou uma máquina. Sua intenção era de descobrir se podiamos atribuir à máquina a noção de inteligência. Alan Turing EVOLUÇÃO O Sistema Operacional de Disco - DOS O DOS - Disk Operating System - durante muito tempo foi o sistema operacional padrão em micros de 16 bits ( semelhante ao CP/M que foi padrão para os de 8 bits ) e surgiu em 1981 junto com o primeiro IBM PC. Desenvolvido pela Microsoft, pois a IBM não imaginou que as vendas desse micro pudessem ir muito longe, o DOS possuia dois rótulos: PC-DOS comercializado pela IBM e MS-DOS comercializado pela Microsoft. DOS 1.0 Esta primeira versão do PC-DOS comportava apenas discos flexíveis de face simples e ocupava somente 10 Kb de RAM, pois o PC tinha apenas 64 K de memória RAM. A versão 1.1 atualizou o sistema para trabalhar com discos de densidade dupla. O primeiro MS-DOS surgiu como versão 1.25 DOS 2.0 Esta versão apareceu junto com o IBM XT em 1983, e permitia o uso de discos rígidos de alta capacidade ( 10 Mb! ). O sistema ocupava 25 Kb de RAM e 40 Kb de espaço em disco. O MS-DOS equivalente tinha como versão 2.11 e trazia o comando COUNTRY a mais. DOS 3.0 Foi lançado com a chegada do AT em 1984, suportando o então novo drive de 1.2 Mb e o utilitário VDISK ou RAM-DISK, que utilizava a memória que ultrapassava os 640 Kb. Os clusters foram reduzidos de 4 para 2 Kb. A versão 3.1 suportava redes. A versão 3.2 suportava os novos discos de 3 1/2 polegadas e 720 Kb. de capacidade e possuia os comandos XCOPY e APREND. A versão 3.3 suportava drives de 1.44 Mb., particões do disco rígido de até 32 Mb e introduziu o comando FASTOPEN. O sistema ocupava cerca de 30Kb. de RAM e 59 Kb. de espaço em disco.

DOS 4.0 Lançado em julho de 1988, quebrou a barreira dos 32 Mb. para cada partição e apresentou uma interface gráfica chamada DOS SHELL. Ocupava de 65 a 90 Kb. de RAM e 110 Kb. de espaço em disco. DOS 5.0 Esta versão possibilitava o uso de mais de dois discos rígidos, partições de 2 Gb. no disco rígido, introduzia os comandos UNFORMAT, UNDELETE e DOSKEY, e possuia um gerenciamento mais eficiente das memórias disponíveis (Upper, High, Extended e Expanded). DOS 6.0 Com esta versão, foi introduzido os recursos do SCANDISK, DRIVESPACE, MEMMAKER, DEFRAG, ANTI VIRUS, MSD (Microsoft Diagnostics), DELTREE, além de aprimoramentos nos comandos MOVE, COPY, FORMAT e INTERLINK (para transferencia de arquivos entre dois computadores). Com a chegada do Windows 95, sistema operacional que não necessita da prévia instalação do DOS, apesar de conter incorporado uma versão reduzida, possivelmente chegamos ao fim das constantes evoluções deste sistema operacional que acompanhou o usuário por cêrca de 15 anos. Histórico da linguagem Basic e Visual Basic. Basic A linguagem Basic (Beginners All-Purpose Symbolic Instruction Code), criada por J.Kemeny e T. Kurtz em 1963 no Dartmouth College, foi elaborada com o intuito de tornar claro o ensino dos conceitos da programação. As linguagens FORTRAN e Assembly empregavam rotinas de baixo nível para alguns controles e compilação, a Basic vinha então facilitar ao programador sua tarefa, não precisando se preocupar com métodos e algoritmos exigidos para construir e depurar programas. Os primeiros códigos de Basic Inicialmente, cada linha começava com um número de linha e as instruções não eram endentadas (estrutura semelhante a sub-níveis). Todos os caracteres utilizados eram em caixa alta e as instruções GOSUB e GOTO utilizavam o número de linha para desviar a sua execução. Estas primeiras versões foram consideradas não-profissionais, mas sua evolução de linguagem interpretada para uma rápida e bem estruturada linguagem compilada, mudou sua reputação. A linguagem evolui Na década de 70, um novo Basic interpretado e residente em ROM foi introduzido pela Microsoft. Esta versão, GW-BASIC, podia ser encontrada no sistema operacional MS-DOS 4.01 e anteriores. Em 1982, a Microsoft revoluciona a linguagem com seu Quick Basic. Os números de linha foram eliminados, foram adicionados novos recursos, subprogramas e dados estruturados agora eram definidos pelo usuário, novas capacidades gráficas e de som, e velocidade aumentada. A maior vantagem consistia em que seus programas podiam ser executados nos modos interativo e interpretado, ou serem compilados em executáveis.

Visual Basic A maciça utilização do ambiente Windows nos computadores pessoais, possibilitou uma relação mais pessoal e amigável com os usuários. VB é uma das maneiras mais populares de se criar aplicativos para o Windows, fornecendo uma gama completa de ferramentas para os programadores. Visual é devido ao método utilizado para se criar a interface com o usuário (GUI). Basic é a linguagem da qual foi desenvolvida, recebendo inúmeros acréscimos e aprimoramentos. Programação no ambiente Windows Alguns conceitos sobre o ambiente Windows são fundamentais para a elaboração de aplicativos no VB: janelas, eventos e mensagens. Existem muitos tipos de janelas e o sistema operacional atribui a cada uma delas um único número (window handle or hwnd). Estas janelas são continuamente monitoradas pelo sistema operacional à espera de um sinal de atividade ou evento. Eventos ocorrem por ação do mouse, do teclado ou como resultado da ação de outra janela. A cada evento, uma mensagem é enviada ao sistema operacional para ser processada. Cada janela pode ter suas próprias ações, baseadas nas suas instruções, para cada mensagem. Para facilitar o trabalho com todas as combinações de janelas, eventos e mensagens, o VB manipula automaticamente a maioria das mensagens de baixo nível. Outras são expostas como Procedimentos de Evento para sua facilidade. Tipos de aplicativos Os aplicativos procedurais executam inicialmente a primeira linha de código, seguindo então uma trajetória definida pelo aplicativo, chamando se necessário outros procedurais. Os aplicativos dirigidos para eventos não seguem uma determinada trajetória, ele executa as diferentes partes do código em resposta aos eventos. Desenvolvimento Podemos dividir o processo de desenvolvimento de aplicativos em três partes: escrever, compilar e testar. No VB, estas tarefas se misturam numa única atividade: à medida que o código é construído, vai sendo parcialmente compilado, possibilitando a realização de testes do aplicativo.se compararmos a quantidade de informação necessária da linguagem C, a Basic é a maneira mais rápida de se programar para o ambiente Windows. Ambiente de Desenvolvimento Integrado O Visual Basic trabalha em Ambiente conhecido por IDE (Integrated development environment), concentrando as funções de design, edição, compilação e Debug. Para iniciar a criação de um aplicativo, devemos inicialmente elaborar a interface, configurar suas propriedades, para finalmente escrevermos seu código. Classificação quanto ao porte Mainframes ou Computadores de grande porte

Para o processamento de grandes volumes de informações, sejam nas áreas administrativas ou cientificas, é necessário a utilização de grandes equipamentos. No campo da administração, existem determinadas aplicações que só podem ser realizadas com um grande computador. Um exemplo significativo pode ser o processamento do movimento de contas correntes de um grande banco ou instituição financeira. Normalmente, a adoção de grandes computadores implica na realização de investimentos de peso, tanto pelo custo dos próprios equipamentos como pelas instalações especiais que estes sistemas exigem: ar condicionado, sistemas de fornecimento de energia, espaço, esquemas de segurança, etc. Também a equipe humana dedicada à sua operação deve ser numerosa e de alto nível técnico. Por estes motivos, só é recomendada sua implantação se a complexidade ou as características das aplicações realmente justificarem estas condições. No mercado mundial, as empresas fabricantes de computadores com maior participação neste ramo são a ABC-Bull, a IBM e a Unisys. Microcomputadores ou Computadores de pequeno porte Os microcomputadores são também conhecidos como computadores pessoais (PC- Personal) Computer), pois podem ser de uso pessoal ou doméstico. O baixo custo e a possibilidade que estas máquinas oferecem de introduzira informática no lar, provocou um aumento espetacular de sua popularidade. Atualmente, os micros vêm aumentando mui to rapidamente sua capacidade de armazenamento e de processamento (velocidade), tomando o espaço de computadores maiores e sendo usados até mesmo por grandes empresas, onde há bem pouco tempo só seria possível o uso de grande porte. TIPOS DE MICROCOMPUTADORES O PC-XT, (PC quer dizer Personal Computer e o XT, Extended Tecnology). Neste computador, as informações são processadas em 16 bits, mas transitam dentro da máquina por caminhos (chamados vias ou barramento de dados) de 8 bits. Após os PC-XTs surgem os PC-ATs (AT -Advanced Tecnology) que podem ser: 286 - O equipamento que tanto processa como transita as informações em conjuntos de 16 bits 386 - O 386 é caracterizado por processar as informações em conjuntos de 32 bits. 0386 pode ser: - 386SX - os dados, que são processados em conjuntos de 32 bits, transitam por vias de 16 bits.

- 386 DX - processa os dados em 32 bits e transita o que foi processado por vias de 32 bits. 486 - Processa e transita os dados também em 32 bits, mas com alta performance, pois utiliza de tecnologia mais avançada do que os 386. Também pode ser: 486$X e 486DX, onde o DX possue um coprocessador aritmético que libera a CPU da tarefa de cálculos, ficando esta disponível para realização de outras tarefas, melhorando ainda mais o desempenho da máquina. PENTIUM II Os processadores Pentium II, existem em velocidades de 400Mhz, 350Mhz, 333MHz, 300MHz, 266MHz e 233MHz. Maior espaço para os aplicativos Trabalhando com mídia para empresas, imagens de PC ou comunicações via Internet, o processador Pentium II tem recursos exlusivos e especiais para satisfazer as suas necessidades. Dentre os quais estão: Arquitetura de barramento duplo independente (D.I.B.- Dual Independent Bus) Tecnologia MMX da Intel Execução dinâmica Cartucho com contato de borda única (S.E.C. - Single Edge Contact) Com o processador Pentium II você adquire os mais recentes avanços da linha de microprocessadores da Intel-a potência do processador Pentium Pro além dos sofisticados recursos de aprimoramento de mídia da tecnologia MMX da Intel. Proporcionando o melhor desempenho da Intel, o processador Pentium II tem desempenho de sobra para dar conta de mídia empresarial, comunicações e Internet. Rodando a 333 -, 300 -,266 -, e 233 -MHz, o processador utiliza a tecnologia dual independent bus (DIB), com alto desempenho, para fornecer a alta largura de banda necessária para sua alta potência de processamento. O desenho do cartucho S.E.C. (Single Edge Contact) possui um cache nível 2 (L2) dedicado, de 512KB. O processador Pentium II também possui um cache L1 de 32KB (16K dados, 16K instruções), duas vezes maior que o do processador Pentium Pro. Características técnicas do produto: Arquitetura Dual Independent Bus (DIB): igual ao processador Pentium Pro, o Pentium II também usa a arquitetura D.I.B. (Dual Independent Bus). Essa tecnologia de alto desemepenho combina um barramento com cache L2 dedicado, de alta velocidade, e um barramento avançado de sistema que possibilita múltiplas transações simultâneas. Tecnologia MMX da Intel: a nova tecnologia de aprimoramento de mídia da Intel permite o processador Pentium II a fornecer um maior desempenho para aplicativos de comunicações e mídia.

Execução dinâmica: o processador Pentium II utiliza essa combinação exclusiva de técnicas de processamento, usada pela primeira vez no processador Pentium Pro, para acelerar o desempenho do software. Cartucho S.E.C. (Single Edge Contact): o novo desenho inovador de invólucro de processador, para este e para os futuros processadores. O cartucho S.E.C. faz com que todas as tecnologias de alto desempenho do processador Pentium II possam ser integradas nos principais sistemas atuais. O processador Pentium II em ação: Projetado para servidores, estações de trabalho e sistemas desktop de alto desempenho, a linha de processadores Pentium II é totalmente compatível com a geração anterior de processadores de arquitetura Intel. Tanto as pequenas empresas como as de grande porte se beneficiam do processador Pentium II. Ele oferece o melhor desempenho disponível para a execução de aplicativos em sistemas operacionais avançados, tais como Windows* 95, Windows NT* e UNIX*. Além da potência integrada do processador Pentium Pro, o Pentium II tira proveito de software projetado para a tecnologia MMX da Intel, a fim de proporcionar vídeo de tela cheia, vídeo com animação, aprimoramento de cor, imagens gráficas de fluxo mais homogêneo, e outros recursos avançados para mídia. Muitos aplicativos para empresas, no futuro, farão ainda melhor uso da tecnologia MMX. Entre eles, os seguintes: pacotes "office" programas de digitalização programas para manuseio de imagens videoconferência editoração e reprodução de vídeo

Bibliografia http://www.cotianet.com.br/bit/hist/net/html http://www.intel.com http://www.nmci.ac.uk http://www.geocities.com/area51/5969/search.html IPD Informática SENAC Texto gentilmente cedido por Palmiro Sartorelli Neto (palmiro@aguianet.com.br) www.sti.com.br Introdução à informática SENAI