PRINCÍPIOS QUE REGEM AS PROVAS

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Transcrição:

PROVAS

PRINCÍPIOS QUE REGEM AS PROVAS

Provas Principais princípios que regem as provas:

Provas Relatividade das provas: não existe prova com valor absoluto no processo penal. Toda prova tem valor relativo e deve ser analisada dentro de um contexto. Por isso, não existe hierarquia de provas

Provas Livre apreciação da prova: o Juiz forma o seu convencimento de forma livre. Desse modo, se duas testemunhas disseram algo e uma disse exatamente o contrário, se essa última convenceu mais o Juiz ele, fundamentadamente, pode valorizá-la mais. Dentro desse contexto, o Juiz pode até mesmo rejeitar um laudo (sempre fundamentadamente)

Provas Verdade real: por esse princípio o Juiz não fica vinculado à prova produzida pelas partes (verdade formal ou convencional). Deve ir o magistrado em busca da verdade real (ou material), podendo determinar a feitura de perícias não pedidas pelas partes e a oitiva de testemunhas não arroladas, dentre outras atitudes

Provas Identidade física do Juiz: esse princípio não existia no processo penal. Todavia, com a nova redação do art. 399, 2º, o Código de Processo Penal menciona que O juiz que presidiu a instrução deverá proferir a sentença, introduzindo o princípio da identidade física do Juiz

Provas Inadmissibilidade de provas obtidas por meios ilícitos (art. 5º, inc. LVI da CF): por esse princípio, as provas obtidas por meios escusos não podem ser usadas contra o réu. Fruits of the poisonous tree (árvore dos frutos envenenados) insubsistência das provas subsequentes (prova ilícita por derivação)

Provas Prova emprestada. Lícita ou ilícita?

Provas Prova emprestada. Ausência de contraditório. Inutilidade informativa. Nulidade decretada de ofício. A prova emprestada é incompatível com princípios constitucionais reguladores do processo-crime, haja vista sua produção na ausência do réu, sem contraditório, pois, e que afeta, também, a segurança da ampla defesa. Habeas denegado pelo pedido original e concedido de ofício pelo reconhecimento da nulidade. Ordem concedida. (RJTJERGS 199/80)

Provas Inadmite-se a utilização de prova emprestada, se o requerimento do Ministério Público da juntada de depoimentos prestados em outro juízo são de testemunhas arroladas também pela defesa, e produzidos em processo no qual o acusado não teve participação, sob pena de ferir o princípio do contraditório, caracterizando, assim, cerceamento de defesa e nulidade do feito (RT 761/660 TJMT)

Provas Prova Emprestada autos de apreensão de partidas de entorpecentes e laudos periciais emprestados de outros inquéritos policiais Admissibilidade, para comprovarem a existência e o volume de cocaína subtraída de delegacia policial Provas que não são submetidas por lei à produção do contraditório e, na hipótese, jamais poderiam ter sido produzidas com a participação dos acusados, pois atinentes a fatos anteriores ao delito Interpretação dos arts. 6º, II, III e VII, e 159 do CPP. (RT 770/500 STF)

Provas OBS: a prova ilícita será aceita para beneficiar o réu (se não foi a defesa que produziu a prova)

ÔNUS DA PROVA

Ônus da Prova A prova da alegação incumbirá a quem a fizer (art. 156, CPP)

Ônus da Prova Atenção: o Juiz não pode fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas (art. 155,CPP)

INTERROGATÓRIO

Provas - Interrogatório O interrogatório é uma forma mista de prova e meio de defesa

Provas - Interrogatório O interrogatório é uma forma mista de prova e meio de defesa É prova porque elementos de convencimento podem ser trazidos ao Juiz (confissão, delação, excludentes, etc)

Provas - Interrogatório O interrogatório é uma forma mista de prova e meio de defesa É prova porque elementos de convencimento podem ser trazidos ao Juiz (confissão, delação, excludentes, etc) É meio de defesa pois o réu exerce a sua autodefesa e o seu defensor pode fazer perguntas para esclarecimento (defesa técnica)

Provas - Interrogatório O interrogatório é dividido em duas partes: - Sobre a pessoa do interrogado; - Sobre os fatos

Provas - Interrogatório Na primeira parte o interrogando será perguntado sobre a residência, meios de vida ou profissão, oportunidades sociais, lugar onde exerce a sua atividade, vida pregressa, notadamente se foi preso ou processado alguma vez e, em caso afirmativo, qual o juízo do processo, se houve suspensão condicional ou condenação, qual a pena imposta, se a cumpriu e outros dados familiares e sociais.

Provas - Interrogatório Na segunda parte será perguntado sobre: I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita;

Provas - Interrogatório Na segunda parte será perguntado sobre: I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita; II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois dela;

Provas - Interrogatório Na segunda parte será perguntado sobre: I - ser verdadeira a acusação que lhe é feita; II - não sendo verdadeira a acusação, se tem algum motivo particular a que atribuí-la, se conhece a pessoa ou pessoas a quem deva ser imputada a prática do crime, e quais sejam, e se com elas esteve antes da prática da infração ou depois dela; III - onde estava ao tempo em que foi cometida a infração e se teve notícia desta;

Provas - Interrogatório IV - as provas já apuradas;

Provas - Interrogatório IV - as provas já apuradas; V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar contra elas;

Provas - Interrogatório IV - as provas já apuradas; V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar contra elas; VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido;

Provas - Interrogatório IV - as provas já apuradas; V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar contra elas; VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido; VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam à elucidação dos antecedentes e circunstâncias da infração;

Provas - Interrogatório IV - as provas já apuradas; V - se conhece as vítimas e testemunhas já inquiridas ou por inquirir, e desde quando, e se tem o que alegar contra elas; VI - se conhece o instrumento com que foi praticada a infração, ou qualquer objeto que com esta se relacione e tenha sido apreendido; VII - todos os demais fatos e pormenores que conduzam à elucidação dos antecedentes e circunstâncias da infração; VIII - se tem algo mais a alegar em sua defesa.

Provas - Interrogatório O juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades:

Provas - Interrogatório I - prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o deslocamento

Provas - Interrogatório II - viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância pessoal;

Provas - Interrogatório III - impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste Código

Provas - Interrogatório Art. 217. Se o juiz verificar que a presença do réu poderá causar humilhação, temor, ou sério constrangimento à testemunha ou ao ofendido, de modo que prejudique a verdade do depoimento, fará a inquirição por videoconferência e, somente na impossibilidade dessa forma, determinará a retirada do réu, prosseguindo na inquirição, com a presença do seu defensor.

Provas - Interrogatório IV - responder à gravíssima questão de ordem pública.

Provas - Interrogatório ATENÇÃO - Da decisão que determinar a realização de interrogatório por videoconferência, as partes serão intimadas com 10 (dez) dias de antecedência

Provas - Interrogatório ATENÇÃO - Da decisão que determinar a realização de interrogatório por videoconferência, as partes serão intimadas com 10 (dez) dias de antecedência - Antes do interrogatório por videoconferência, o preso poderá acompanhar, pelo mesmo sistema tecnológico, a realização de todos os atos da audiência única de instrução e julgamento

Provas - Interrogatório O réu tem o direito de ficar calado no interrogatório, não sendo considerado o silêncio confissão.

Provas - Interrogatório O réu tem o direito de ficar calado no interrogatório, não sendo considerado o silêncio confissão. Porém, o silêncio pode influenciar negativamente no convencimento do Juiz

Provas - Interrogatório OBS: Em qualquer modalidade de interrogatório, o juiz garantirá ao réu o direito de entrevista prévia e reservada com o seu defensor; se realizado por videoconferência, fica também garantido o acesso a canais telefônicos reservados para comunicação entre o defensor que esteja no presídio e o advogado presente na sala de audiência do Fórum, e entre este e o preso.

Provas - Interrogatório A confissão não têm caráter absoluto, podendo o réu ser absolvido se outras provas corroborarem nesse sentido

Provas - Interrogatório No interrogatório (como de resto na colheita de prova testemunhal) está presente o princípio da oralidade (salvo se problemas físicos impedirem a oralidade)

Provas - Interrogatório O depoente (réu ou testemunha) que falar língua estrangeira deve ter tradutorintérprete, salvo consiga se fazer entender em português

Provas - Interrogatório O analfabeto depõe normalmente, salvo o caso de ignorância extrema em que deve ser nomeado um tradutor (pessoa que possa auxiliar na colheita do depoimento)

Provas - Interrogatório Se o depoente (réu ou testemunha) não pode ir ao Fórum, o Fórum vai até o depoente. É o que se chama depoimento em diligência

Provas - Interrogatório O réu é o último a ser ouvido na instrução (ressalva: lei de drogas) Mas, poderá ser ouvido mais de uma vez, a qualquer tempo

DEPOIMENTO DO OFENDIDO

Provas depoimento do ofendido O ofendido será qualificado e perguntado:

Provas depoimento do ofendido O ofendido será qualificado e perguntado: - sobre as circunstâncias do crime

Provas depoimento do ofendido O ofendido será qualificado e perguntado: - sobre as circunstâncias do crime - sobre quem seria o autor

Provas depoimento do ofendido OBS:

Provas depoimento do ofendido OBS: 1. O ofendido não presta compromisso

Provas depoimento do ofendido OBS: 1. O ofendido não presta compromisso 2. o ofendido pode ser encaminhado a atendimento multidisciplinar (p. ex. psicólogo)

TESTEMUNHAL

Provas - testemunhal Qualquer pessoa pode ser testemunha. Porém, o menor de 14 anos não presta o compromisso de dizer a verdade

Provas - testemunhal Podem se recusar a depor o CADI (cônjuge, ascendente, descendente e irmão) bem como os afins na linha reta (sogro, sogra, genro e nora)

Provas - testemunhal Podem se recusar a depor o CADI (cônjuge, ascendente, descendente e irmão) bem como os afins na linha reta (sogro, sogra, genro e nora) OBS: ressalva da prova não poder ser feita de outra forma

Provas - testemunhal Também não prestarão o compromisso de dizer a verdade os doentes e deficientes mentais e as pessoas que podem se recusar a depor o CADI (cônjuge, ascendente, descendente e irmão) bem como os afins na linha reta (sogro, sogra, genro e nora)

Provas - testemunhal Estão impedidos de depor aqueles que têm conhecimento dos fatos por conta de uma relação de sigilo. Esses poderão depor se forem desobrigados pela parte (salvo o advogado)

Provas - testemunhal O Presidente e o Vice-Presidente da República, os senadores e deputados federais, os ministros de Estado, os governadores de Estados e Territórios, os secretários de Estado, os prefeitos do Distrito Federal e dos Municípios, os deputados às Assembléias Legislativas Estaduais, os membros do Poder Judiciário, os ministros e juízes dos Tribunais de Contas da União, dos Estados, do Distrito Federal, bem como os do Tribunal Marítimo serão inquiridos em local, dia e hora previamente ajustados entre eles e o juiz.

Provas - testemunhal OBS: O Presidente e o Vice-Presidente da República, os presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal poderão optar pela prestação de depoimento por escrito, caso em que as perguntas, formuladas pelas partes e deferidas pelo juiz, Ihes serão transmitidas por ofício

Provas - testemunhal O juiz não permitirá que a testemunha manifeste suas apreciações pessoais, salvo quando inseparáveis da narrativa do fato.

Provas - testemunhal CONTRADITA

Provas - testemunhal CONTRADITA Antes de iniciado o depoimento, as partes poderão contraditar a testemunha ou argüir circunstâncias ou defeitos, que a tornem suspeita de parcialidade, ou indigna de fé.

Provas - testemunhal LEI 9.807/99 (Lei de Proteção a Vítimas e Testemunhas)

Provas - testemunhal Os programas compreendem, dentre outras, as seguintes medidas, aplicáveis isolada ou cumulativamente em benefício da pessoa protegida, segundo a gravidade e as circunstâncias de cada caso:

Provas - testemunhal I - segurança na residência, incluindo o controle de telecomunicações;

Provas - testemunhal I - segurança na residência, incluindo o controle de telecomunicações; II - escolta e segurança nos deslocamentos da residência, inclusive para fins de trabalho ou para a prestação de depoimentos;

Provas - testemunhal I - segurança na residência, incluindo o controle de telecomunicações; II - escolta e segurança nos deslocamentos da residência, inclusive para fins de trabalho ou para a prestação de depoimentos; III - transferência de residência ou acomodação provisória em local compatível com a proteção;

Provas - testemunhal I - segurança na residência, incluindo o controle de telecomunicações; II - escolta e segurança nos deslocamentos da residência, inclusive para fins de trabalho ou para a prestação de depoimentos; III - transferência de residência ou acomodação provisória em local compatível com a proteção; IV - preservação da identidade, imagem e dados pessoais;

Provas - testemunhal V - ajuda financeira mensal para prover as despesas necessárias à subsistência individual ou familiar, no caso de a pessoa protegida estar impossibilitada de desenvolver trabalho regular ou de inexistência de qualquer fonte de renda;

Provas - testemunhal V - ajuda financeira mensal para prover as despesas necessárias à subsistência individual ou familiar, no caso de a pessoa protegida estar impossibilitada de desenvolver trabalho regular ou de inexistência de qualquer fonte de renda; VI - suspensão temporária das atividades funcionais, sem prejuízo dos respectivos vencimentos ou vantagens, quando servidor público ou militar;

Provas - testemunhal VII - apoio e assistência social, médica e psicológica;

Provas - testemunhal VII - apoio e assistência social, médica e psicológica; VIII - sigilo em relação aos atos praticados em virtude da proteção concedida;

Provas - testemunhal VII - apoio e assistência social, médica e psicológica; VIII - sigilo em relação aos atos praticados em virtude da proteção concedida; IX - apoio do órgão executor do programa para o cumprimento de obrigações civis e administrativas que exijam o comparecimento pessoal.

DOCUMENTAL

Provas - documental Documento é qualquer corporificação do pensamento

Provas - documental Tendo em vista a relatividade das provas no processo penal, qualquer papel com escritos, desenhos, gráficos, planilhas, etc, ainda que sem assinatura ou em cópia simples, pode ser considerado prova

Provas - documental Os documentos podem ser juntados a qualquer tempo no processo penal, menos nos três dias que antecedem o julgamento no Tribunal do Júri (art. 479 do CPP)

RECONHECIMENTO

Provas - reconhecimento O reconhecimento de pessoas e coisas está regulado pelo Código de Processo Penal (art. 226 e seguintes do CPP)

Provas - reconhecimento O reconhecimento de pessoas e coisas está regulado pelo Código de Processo Penal (art. 226 e seguintes do CPP) Porém o Código não tratou do reconhecimento fotográfico e fonográfico, pelo que, esses reconhecimentos, não são válidos como prova

Provas - reconhecimento Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma:

- a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida;

- a pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida; - a pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la; (segue)

- se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela;

- se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela; - do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais.

INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA

Provas interceptação telefônica A lei 9296/96 regulou a possibilidade de interceptação telefônica para a formação da prova

Provas interceptação telefônica A interceptação deverá ser feita por ordem judicial, por prazo certo (15 dias renováveis por igual prazo), mas não poderá ser determinada:

Provas interceptação telefônica em crime punido com detenção, na falta de indícios de autoria ou participação ou quando a prova puder ser feita por outros meios

Provas interceptação telefônica A escuta telefônica ou ambiental não precisa ser autorizada pelo Juiz para ter validade Nesse caso, quem faz a gravação é um dos interlocutores

ACAREAÇÃO

Provas Acareação A acareação será admitida entre: - acusados, - acusado e testemunha, - testemunhas, - acusado ou testemunha e a pessoa ofendida, - pessoas ofendidas, ( sempre que divergirem, em suas declarações, sobre fatos ou circunstâncias relevantes)

Provas Acareação Os acareados serão reperguntados, para que expliquem os pontos de divergências, reduzindo-se a termo o ato de acareação