NOVOS RESULTADOS DE PESQUISA CITRÍCOLA NA EECB

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Transcrição:

BOLETIM CITRÍCOLA UNESP/FUNEP/EECB Dezembro nº 15/2 NOVOS RESULTADOS DE PESQUISA CITRÍCOLA NA EECB Luiz Carlos Donadio, Eduardo Sanches Stuchi, Otávio Ricardo Sempionato, José Antonio A. Silva & Daniel P. Vitória EECB

NOVOS RESULTADOS DE PESQUISA CITRÍCOLA NA EECB Luiz Carlos Donadio, Eduardo Sanches Stuchi, Otávio Ricardo Sempionato, José Antonio A. Silva & Daniel P. Vitória

Copyright : Fundação de Estudos e Pesquisas em Agronomia, Medicina Veterinária e Zootecnia - Funep Diagramação: Renato Trizolio Capa: Gráfica Multipress Impressão e acabamento: Funep N945 Novos resultados de pesquisa citrícola na EECB -- Jaboticabal : Funep, 2 43 p. : il. ; 21 cm. (Boletim Citrícola, 15) 1. Laranja - Citros. 2. Pesquisa. I. Título. CDU - 634.3 Ficha catalográfica elaborada pelo STATI - SBD. 2 Proibida a reprodução total ou parcial. Os infratores serão punidos na forma da lei. FUNDAÇÃO DE ESTUDOS E PESQUISAS EM AGRONOMIA, MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA - Funep Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n 14884-9 - Jaboticabal - SP Tel.: (16) 329-13 / Fax: (16) 329-136 Home Page: http://www.funep.com.br

ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO... 1 2. ATIVIDADES DE PESQUISA... 1 2.1. Variedades Copas... 2 2.2. Clorose Variegada dos Citros (CVC)... 12 2.3. Porta-Enxertos... 17 2.4. Ananicamento de Plantas... 27 2.5. Tratos Culturais... 32 3. INFORMAÇÕES GERAIS... 37 4. PUBLICAÇÕES DA EECB EM 2... 38

1. INTRODUÇÃO Este relatório apresenta as atividades desenvolvidas durante o ano de 2 na Estação Experimental de Citricultura de Bebedouro (EECB) e visa sumariar os trabalhos desenvolvidos com a finalidade de prestação de contas às entidades convenentes e colaboradoras, bem como trazer informações aos citricultores paulistas. A EECB presta orientação técnica a produtores e visitantes, bem como registra dados meteorológicos. Organiza reuniões técnicas sobre temas de interesse da atividade citrícola e desde 199, a cada 2 anos, realiza seminários internacionais para apresentação e discussão de tópicos de aplicação direta na produção. Presta serviços aos citricultores através de seu laboratório de análises de solo e folha e pelo fornecimento de sementes de porta-enxertos. Desde 96, como nova atividade de prestação de serviços a EECB instalou um viveiro para produção de mudas frutíferas diversas e deu início à instalação de uma borbulheira protegida, com apoio de viveiristas e da Coopercitrus. A EECB conta com 13.8 plantas cítricas utilizadas em pesquisa e 355 plantas de outras frutíferas. Do total de plantas cítricas, 6.2 estão produzindo e 7.6, em formação. As atividades de pesquisa concentram-se em 9 áreas: variedades, porta-enxertos, nutrição e adubação, ananicamento, tratos culturais, densidade de plantio, enfermidades, reguladores vegetais e culturas alternativas à citricultura. 2. ATIVIDADES DE PESQUISA Os resultados das atividades de pesquisa são apresentados de forma sucinta e referentes aos dados médios 1

das últimas avaliações (no mínimo três anos) de cada experimento. As informações referentes à produtividade são apresentadas em forma gráfica, para maior objetividade. 2.1. Variedades Copas Nesta área, a EECB conta com 1 experimentos, nos quais compara variedades de laranjas-doces de maturação precoce, de meia-estação e tardias. Em alguns experimentos, são comparados clones velhos, mas, na maioria, material melhorado, proveniente de clones microenxertados, premunizados ou nucelares. Também são estudados clones de pomelos. Laranjas Precoces São comparados os clones Olivelands, Torregrosso, Finike, Hamlin, Kawatta, Cadenera, Mayorca, João Nunes e Westin, todos provenientes do Centro de Citricultura Sylvio Moreira. O plantio foi feito em dezembro de 96, em portaenxerto de citrumelo Swingle. Os dados médios de sete safras mostram que a Hamlin foi a mais produtiva, e a menos produtiva foi Cadenera. No total dos 3 anos iniciais de produção (94-96), as variedades mais produtivas foram Torregrosso, Hamlin e Olivelands, enquanto as menos produtivas foram Mayorca e Cadenera. Nos anos seguintes, a Hamlin e a Torregrosso foram as mais produtivas, embora próximas à Mayorca e à Olivelands. Para o vigor da planta, avaliado desde 91, desde o início do experimento foi observada pouca diferença entre os clones. Para plantas de 1 anos, Mayorca tinha o maior vigor e Finike o menor, mas ainda com pouca diferença entre clones. Para a qualidade do fruto, considerando peso médio do fruto, sólidos totais (SST), acidez, % de suco e ratio, 2

obteve-se um peso médio de 147,33 g para Oliverlands e 22, 66 g para Westin, SST de 1,68 o Brix para Olivelands a 13,6 o Brix para Finike, acidez de,5% para J. Nunes a,96% para Torregrosso, 59,3% de suco de Oliverlands a 52,99% para Cadenera e ratio de 19,94 para J. Nunes a 13,71 para Finike. Esses dados confirmam as tendências dos anos anteriores. Como conclusões preliminares para os 3 anos avaliados (94-96), pode-se dizer que, quanto ao peso, SST e % de suco, todas as variedades são adequadas à industrialização, com exceção de J. Nunes, pela acidez muito baixa. As variedades de melhor ratio foram Kawatta, Hamlin, Westin e Cadenera, todas acima de 16. Hamlin deu ratio próximo a 15 em 96 e próxima a outras variedades. As variedades Torregrosso, Finike e Olivelands foram as que deram os piores ratios em 96 e também nos anos posteriores. Laranjas de Meia-Estação São dois experimentos, um com 9 variedades enxertadas em Swingle e outro com 21 variedades enxertadas em Sunki, o primeiro plantado em dezembro de 199 e o segundo em 1991. Todos os clones são provenientes do Centro de Citricultura Sylvio Moreira. As produções médias de sete safras das nove variedades enxertadas em Swingle variaram de 2 a 3 t/ha, sendo que Tarocco A foi a menos produtiva, ao lado da Rubi e Moro. Early Oblong, junto com Jaffa e Homosassa foram as mais produtivas. No total dos primeiros 3 anos (94-96), as variedades mais produtivas foram Sanguinea, Early Oblong e Homosassa; portanto, estas duas continuaram as mais produtivas. A Figura 2 mostra a produtividade média no período 1994-2. 3

t / ha 35 3 25 2 15 1 5 Figura 1. Laranjas precoces - produtividade média (t/ha) no período 1994-2. t / ha 35 3 25 2 15 1 5 OLIVERLANDS TORREGROSSO FINIKE HAMLIN KAWATTA CADENERA MAYORCA JOÃO NUNES WESTIN JAFFA MORO SANGUINEA BIONDO PINEAPPLE HOMOSASSA EARLY OBLONG TOROCCO RUBI Figura 2. Laranjas de meia-estação sobre Swingle, produtividade média (t/ha) no período 1994-2. Quanto ao vigor das plantas, as variedades mais vigorosas foram Moro, Tarocco A e Sanguinea, e as menos vigorosas, Jaffa, Rubi e Pineapple. Para a qualidade do fruto, houve muita variação. Os ratios variaram de 14,14 para Jaffa a 17,2 para Sanguinea. Esses dados, associados aos obtidos anteriormente, indicam que as variedades testadas têm diferenças marcantes na qualidade de seus frutos e época de maturação. Das variedades mais produtivas, a Sanguinea é a melhor, embora Early Oblong tenha qualidade aceitável. No segundo experimento, enxertado em Sunki e com 21 variedades, cinco das quais contando do 1º experimento, os dados de produção até 96 indicavam que as três mais 4

produtivas eram: Pêra GS, Avana e Strand. As menos produtivas eram: Tobias e Pêra Vimusa. Considerando os sete anos (1994-2), as três mais produtivas foram Stone, Avana e Strand. As menos produtivas foram Tobias, Pêra Olímpia e Pêra Vimusa. A Figura 3 mostra a produtividade média no período 94-99. Quanto à qualidade do fruto, os clones que deram melhores ratios foram Tobias, Homosassa, Jaffa, Cadenera e Pineapple, todas com mais de 15. Note-se que a maioria dos clones é de Pêra. Nas demais características avaliadas, todas as variedades atingiram níveis mínimos para a indústria ou consumo ao natural e deram ratio acima de 15. Com relação ao vigor da planta, há variações, com as variedades Tarocco A, Stone e Avana sendo as mais vigorosas, e Tobias, Pêra Vimusa e Pêra Ipiguá, as menos vigorosas. Laranjas Tardias São catorze variedades, enxertadas em citrumelo Swingle, plantadas em dezembro de 9. Todos os clones são oriundos do Centro de Citricultura Sylvio Moreira. As produções médias de 1994-1996 indicavam que as variedades São Miguel, Berry Valência e Telde foram as mais produtivas no início. No mesmo período, as variedades Natal- Murcha, Folha-Murcha e Shamouti foram as menos produtivas. A Figura 4 indica as médias em t/ha (1994-2). Vê-se que São Miguel, Vaccaro Blood e Telde são as mais produtivas. Quanto ao vigor da planta, avaliado desde o início, em 96, os clones Natal-Murcha, Folha-Murcha, Bidewells Bar e Valência 2 se mostraram menos vigorosos. Os demais tinham vigor aproximado. Shamouti mostrou-se incompatível com o citrumelo. Quanto à qualidade do fruto, todas as cultivares deram frutos com média superior a 15 g. Para SST, acidez e % suco, houve algumas variações que resultaram na maturação 5

mais cedo de algumas variedades, tais como Valência 2 e Shamouti, que, na verdade, não se comportam como de maturação tardia. As de melhor índice tecnológico, IT (kg de sólidos solúveis/ caixa), em 96, foram São Miguel, Berry Valência e Natal P.I., todas acima de 3 kg SST/cx. Destaque-se que o clone Valência 2 tem maturação mais precoce, mas a qualidade do fruto é muito boa, o que poderia ser interessante como de meia-estação para a indústria. Todas as variedades foram avaliadas quanto à industrialização, obtendo níveis aceitáveis, principalmente quanto à cor do suco. t / ha 3 25 2 15 1 5 Homosassa Tobias Jaffa Pêra G.S. Cadenera Pêra Ipigua Pêra Vimusa Tarocco A Harvard Blood Pêra Premunizada Pineapple Pêra Bianchi Pêra EEL Stone Berna Pêra Santa Irene Avana Indian River Strand Pêra Olímpia Figura 3. Laranjas de meia-estação sobre Sunki, produtividade média (t/ha) no período 94-99. t / ha Figura 4. Laranjas tardias - produtividade média (t/ha) no período de 1994-2. 6 5 45 4 35 3 25 2 15 1 5 SÃO MIGUEL NATAL-MURCHA BERRY VALÊNCIA VALÊNCIA LATE VACARO BLOOD FOLHA-MURCHA VALÊNCIA SHAMOUTI LUE GIN GONG WERLY VALÊNCIA TELDE BIDEWELLS BAR VALÊNCIA NATAL PI-587

Laranjas - clones velhos São dois experimentos, um com dez variedades de Pêra da região de Bebedouro e outro com 21 variedades, sendo quatro de Pêra, onze de Natal, cinco de Valência e um de Baianinha, o primeiro enxertado em limoeiro Cravo e plantado em 1991 e o segundo enxertado em Swingle e plantado em dezembro de 199. O objetivo deste trabalho é coletar e avaliar plantas produtivas das variedades Pêra, Natal e Valência, estudar sua sanidade e produzir clones sadios e premunizados com raça fraca de tristeza. Este trabalho tem o apoio da Coopercitrus e a colaboração do Dr. Gerd Muller, do Instituto Agronômico de Campinas. Nas avaliações preliminares para os dez clones de Pêra, já no 1º ano, houve diferença de produção. No total das 3 primeiras safras (94-96), as mais produtivas foram: Fazenda Vila São João 1948, Milton Teixeira e Alexandre Maróstica. Na média de seis safras, apenas dois clones, Pêra M. Teixeira e Fazenda União, deram acima de 2 t/ha (Figura 5). O vigor das plantas variou pouco. Quanto à qualidade do fruto, os clones de Pêra de melhor ratio são: Nair Hernandez, Gibram 1958 e 1959, todos acima de 16. Os clones de Pêra em citrumelo Swingle mostraram sintomas de incompatibilidade. Os clones de Natal variaram de produção, sendo Natal 1944, Natal 59 e Natal 61, os mais produtivos inicialmente, depois houve uma equiparação de produção. Os de Valência mais produtivos até 96 foram: Valência 1962, Valência 1 e Valência 2. Destas, apenas a primeira mantevese mais produtiva. Quanto ao vigor não houve muita diferença entre os clones dentro de cada variedade. Quanto à qualidade do fruto, dentro de cada variedade, ou seja, Pêra, Natal ou Valência, ocorreram poucas 7

diferenças, mas a Valência 1 e a Natal Fazenda Santa Terezinha podem ser consideradas as melhores quanto ao tamanho do fruto. Laranjas - Clones nucelares, premunizados e (ou) microenxertados São três experimentos, o primeiro plantado em janeiro de 1988, com 8 clones premunizados obtidos no IAC e enxertados em Cleópatra. Os clones são de Piralima, Westin, Valência (2 clones), Natal, Baía, Baianinha e Lima. O segundo experimento é composto de 6 clones obtidos por microenxertia e premunizados, no Centro da Embrapa, em Cruz das Almas, plantado em janeiro de 1989, em Cleópatra. São 3 clones de Pêra : M-1, D-6 e D-9, e Baianinha, Valência e Natal. O terceiro comparava três tipos de Seleta (Vermelha, do Rio e Amarela) com outras variedades: Pele-de-Moça, Hart s Late e Shamouti, plantado em janeiro de 1989, em tangerineira Cleópatra. Este experimento foi encerrado em 1998. Para os clones premunizados, a produção inicial mostrou que os clones Westin, Piralima, Natal e Valência Tristeza foram os mais produtivos, os quais continuaram até 2 como mais produtivos, mas apenas os três primeiros deram cerca de 25 t/ha. A Figura 6 mostra a produtividade média em t/ha no período 1991-2. Quanto ao vigor das plantas, os clones de Bahia e Natal se mostraram mais vigorosos. A qualidade do fruto pode ser considerada adequada para todos os clones, podendo-se dizer que a premunização teve pouca influência. Para os clones microenxertados e premunizados vindos da Embrapa, os clones de Natal e Valência foram pouco superiores às Peras, mas, no geral, não se mostraram muito produtivos. O de Baianinha foi menos produtivo. A Figura 7 8

mostra a produtividade média no período 1992-1998. Quanto ao vigor entre Pêra, Natal e Baianinha, os dois últimos foram mais vigorosos. Para a qualidade do fruto, as Peras se sobressaíram, e, entre estas, a D-9 deu um ratio pouco superior às demais. Entre Natal e Valência, os dados de qualidade foram muito próximos. Em 96, os ITs (índices tecnológicos) obtidos foram: 2,66; 2,65; 2,51; 2,47 e 2,41 kg de sólidos solúveis/caixa, para Pêra D-9, Natal, Pêra M-1, Pêra D-6 e Valência, respectivamente. t / ha 25 2 15 1 5 PÊRA GIBRAN PÊRA M. TEIXEIRA PÊRA F. SASSO PÊRA GIBRAN 1959 PÊRA F. UNIÃO (35 ANOS) PÊRA A MAROSTICA 195 PÊRA S. PIMENTA 1946 PÊRA IVAN AIDAR 1962 PÊRA F. VILA S. JOÃO 1948 PÊRA N. FERNANDES 1954 Figura 5. Clones velhos de Pêra - produtividade (t/ha) no período 1994-1999. t / ha 3 25 2 15 1 5 PIRALIMA WESTIN VALÊNCIA Figura 6. Clones premunizados - produtividade média (t/ha) no período 1991-2. Na comparação de clones de Seleta, os mais produtivos foram Seleta Vermelha e Seleta Amarela, que produziram médias próximas à Hart s Late, um tipo de Valência. A Shamouti foi improdutiva, e o tamanho do fruto da Pele-de- Moça foi muito pequeno, apesar de sua boa produção. A BAIA NATAL LIMA VALÊNCIA TRISTEZA BAIANINHA 9

Figura 8 mostra a média de produtividade no período 92-98. Quanto ao vigor das plantas, a Seleta Amarela deu o menor vigor, com 11,92 cm de diâmetro de tronco, aos 7 anos de idade. O maior vigor foi para Hart s Late e Shamouti, com 14,6 cm e 14,85 cm de diâmetro do tronco, respectivamente. A qualidade do fruto entre as Seletas foi similar e pode ser considerada boa no geral para as três variedades testadas. A de pior qualidade foi a Shamouti. Pele-de-Moça e Hart s Late deram qualidade aceitável dentro das características da cultivar. Hart s Late é tardia, semelhante à Valência, mas de qualidade geral pior que esta. Os ratios das Seletas, em 96, foram 18; 16,84 e 11,87 para as Seletas Vermelha, Rio e Amarela, confirmando dados de anos anteriores. Pele-de-Moça deu 12,42 e Hart s Late, menos de 1, tendo, em 95, chegado a pouco mais de 12. t/ha 3 25 2 15 1 5 Figura 7. Clones microenxertados - produtividade média (t/ha) no período 1992-1998. t/ha 35 3 25 2 15 1 5 Pêra M-1 Baianinha Valência Pêra D-9 Pêra D-6 Natal Pele-de-Moça Seleta Vermelha Seleta Rio Hart s Late Seleta Amarela Shamouti Figura 8. Clones nucelares - produtividade média (t/ha) no período 1992-1998. 1

Variedades de Pomeleiros São comparados seis clones, sendo quatro de Marsh Seedless e mais o Star Ruby e Red Blush, plantados em abril de 1989, enxertados em Cleópatra ; os clones foram selecionados pela FCAV-Unesp, e o premunizado foi fornecido pelo IAC. As produções, avaliadas desde 1993, foram já nesse ano superiores a 2 cxs/planta nos clones melhores. Até 96, o clone mais produtivo foi Marsh Seedless 1, com 4,65 cxs/planta. O segundo foi Star Ruby, com 4,44 cxs/planta. Na média de 7 anos (1993-1999), os melhores clones foram Marsh Seedless 1, com média de 3 t/ha. As médias de produtividade no período 1993-1999 são dadas (t/ha) na Figura 9. Os diâmetros do tronco para os seis clones foram próximos a 16 e 17 cm, sendo o menos vigoroso o Red Blush, com 15,53 cm. A qualidade do fruto não variou muito entre os quatro clones de Marsh Seedless, mas o Premunizado deu o menor peso médio do fruto. O Star Ruby foi mais precoce. Quanto aos ratios foram entre 4,7 e 5,29 para os Marsh Seedless e o maior foi para o Star Ruby, com 5,66. Este deu também a maior % de suco. Para frutos colhidos até julho em Bebedouro, a acidez ainda está alta, acima de 1,7%. Para melhor qualidade, os pomelos deveriam ser colhidos a partir de agosto. Outros cinco experimentos com variedades copas foram iniciados na EECB, em 1998 e 1999; portanto ainda não há resultados. Dois deles são continuação dos de clones velhos, já relatados, mas com os mesmos clones tendo sido limpos e premunizados. 2.2. Clorose Variegada dos Citros (CVC ) Tolerância Varietal Vários estudos sobre CVC estão em andamento na EECB. Nos experimentos iniciais, laranjas-doces Pêra, Natal 11

e Valência foram sobreenxertadas em plantas doentes de Pêra em limão Cravo no campo, e também foram enxertadas em limão Cravo em estufa e inoculadas pela enxertia de ramos finos de Pêra atacados pela CVC. Todos os ramos sobreenxertados no campo foram sintomáticos 15 dias depois da sobreenxertia. As plantas enxertadas em limão Cravo e inoculadas tornaram-se sintomáticas 9 dias após a inoculação. Os pés-francos de laranja Caipira foram os mais suscetíveis à CVC, mostrando sintomas de CVC 68 dias após a inoculação. Pés-francos de 2 porta-enxertos cítricos foram empregados para teste de resistência à CVC, através de inoculação. Limões Volkameriano, Rugoso, Cravo e tangelo Thornton foram resistentes. Trifoliata, citrange Troyer, C. amblycarpa e citrumelo Swingle foram tolerantes. Laranja Caipira, tangerinas Wilking, Suen Kat, Sun Chu Sha Kat e Sunki foram suscetíveis, enquanto Cleópatra, Oneco, Jaboti e um híbrido de laranjas-doces com Satsuma não foram definidos quanto ao seu comportamento à CVC. A resistência ou tolerância de espécies cítricas à CVC, com várias espécies, variedades ou híbridos de citros, foram enxertadas em limão Cravo, com 8 plantas de cada, casualizado, e inoculadas nos cavalinhos pela enxertia de ramos finos de Pêra atacada pela CVC, para testar a resistência ou tolerância à CVC. Os resultados mostraram que limão Siciliano, limões Tahiti e Galego ( Key Lime ), pomelos Star Ruby e Marsh Seedless, laranja-azeda, tangerinas Ponkan, Satsuma, Clementina, Fortune, Nova, Ellendade e híbrido 1 (Satsuma x Natal) foram resistentes, e cidra Etrog, toranja Melancia, pomelo Red Blush e tangerina Cravo foram tolerantes. Os vários tipos de laranjadoce foram suscetíveis. Foram introduzidos pela EECB e testados a partir de 1998 mais de 2 variedades, sendo que até o momento 4% se mostraram suscetíveis às doenças e necessitam de mais testes para avaliação de sua tolerância. 12

Manejo de Irrigação como Alternativa para Convivência com a CVC Instalado em fevereiro de 1999, este ensaio conta com uma área de 14.336m 2, 576 plantas (4 repetições, 24 plantas por parcela e 6 tratamentos) de laranja Natal enxertada sobre limão Cravo, sendo que metade foi inoculada com CVC e outra metade permaneceu sem a bactéria. Visa aplicar três níveis de irrigação (zero, 5% e 1% da evapotranspiração calculada com base no tanque classe A), instalada com base no delineamento estatístico. Não foram constatados sintomas visuais da presença da bactéria, mas medidas fisiológicas efetuadas pela equipe do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) constataram que há diferença entre as plantas inoculadas e não inoculadas para transpiração e fluxo de seiva. Manejo de Plantas Daninhas e as sua Interação com a População de Vetores e Incidência de CVC Neste experimento foram utilizadas mudas de laranjeira Pêra sobre o porta-enxerto Cravo, produzidas em viveiro telado e comprovadamente sadias. Plantadas em um delineamento experimental de blocos ao acaso com 5 tratamentos e 4 repetições, cada parcela é composta de 18 plantas no espaçamento 6m x 4m. Os tratamentos utilizados são quanto ao controle de plantas daninhas sob diferentes métodos e são os seguintes: 1)herbicida na linha (contato); 2)herbicida na linha (residual); 3) herbicida na linha (contato + residual); 4) roçadeira na linha e na entrelinha; 5) herbicida em área total (contato + residual); O levantamento populacional das cigarrinhas foi feito com a colocação de armadilhas adesivas amarelas em duas plantas centrais de cada parcela, trocadas mensalmente. Essas armadilhas são recolhidas, separadas e avaliadas 13

individualmente para número de cigarrinhas, por espécie. Também foram realizadas avaliações visuais para sintomas de CVC em folhas. Os resultados preliminares estão na Figura 1. t / ha 35 3 25 2 15 1 5 STAR RUBY MARSH SEEDLESS 21 MARSH - FCAVJ RED BLUSH MARSH SEEDLESS POMELO PREMUNIZADO Figura 9. Variedades de pomeleiros - produtividade média (t/ha) no período 1993-1999. % plantas atacadas 4,5 4, 3,5 3, 2,5 2, 1,5 1,,5, 1 2 3 4 5 TRATAMENTOS pl. nível 1 pl. nível 2 pl. nível 3 Figura 1. Severidade de sintomas de CVC em laranjeira Pêra submetidas a diferentes manejos de mato (out/2). Estudo de Tolerância de Variedades de Laranja na Convivência com a CVC Contando com uma área de 15.12m 2, este experimento foi instalado em 23/11/1999 e visa estudar qual a melhor combinação copa - porta-enxerto para a convivência com a CVC. São quatro porta-enxertos diferentes (limão Cravo, tangerinas Sunki e Cleópatra e citrumelo Swingle ), nos 14

quais foram enxertadas seis variedades de laranjas, préselecionadas como mais tolerantes a doenças: Sanguínea, Oliverlands, Vaccaro Blood, Folha-Murcha, São Miguel e Finike. Essas plantas foram selecionadas no campo dentro do próprio pomar de EECB e testadas para a presença da bactéria em seu xilema e, apesar de as plantas vizinhas apresentarem sintomas, foram consideradas sadias. Até o momento foram detectados, visualmente, sintomas de CVC apenas na combinação Sanguínea/Sunki. Uso de Substratos na Produção de Mudas Sadias de Laranja Este experimento teve como objetivo estudar qual é a melhor combinação dos componentes do substrato, a ser utilizado na produção de mudas cítricas em viveiro telado, livre de vetores de CVC. Em junho de 1999 realizou-se a semeadura dos portaenxertos em tubetes de 6 cm 3 de capacidade e conduzidos até o ponto de transplante em uma estufa telada, ao redor dos 2 cm de altura. Esses porta-enxertos foram repicados para sacolas plásticas de capacidade aproximada de 5, L de substrato cada. Para a obtenção dos substratos, misturaram-se quatro diferentes proporções, em uma betoneira, de casca de pinus semidecomposta e vermiculita expandida média: substrato 1 (8% cascas de pinus + 2% vermiculita), substrato 2 (7% de casca de pinus + 3% vermiculita), substrato 3 (6 % casca de pinus + 4 % vermiculita), substrato 4 (5 % casca de pinus + 5% vermiculita). O delineamento experimental utilizado foi o delineamento inteiramente casualizado, com 4 tratamentos (substratos), três porta-enxertos ( Cravo, Sunki e Citrumelo ) e 6 repetições, totalizando setenta e duas parcelas. Cada repetição foi composta por 42 plantas, sendo consideradas úteis 14 plantas em cada parcela, totalizando 15

3.24 plantas. Tanto a adubação quanto a irrigação foram feitas no sistema de gotejo vaso a vaso. Foram feitas diversas medidas de características externas das plantas. Para o limoeiro Cravo não houve diferença estatística entre os substratos para o diâmetro do caule e peso seco de raiz, mas para comprimento e peso verde da parte aérea e peso verde de raiz os melhores resultados foram obtidos com os substratos 2 e 4. Para a tangerineira Sunki os maiores valores de comprimento de parte aérea e diâmetro do caule foram conseguidos com o substrato 4, maiores valores de peso seco de raiz e de parte aérea foram obtidos com o substrato 3 e peso fresco de raiz e de parte aérea com o substrato 2. Para o porta-enxerto Swingle foi obtido o maior diâmetro de caule, peso seco de raiz e peso seco de parte aérea com o substrato 4; comprimento da parte aérea, peso fresco de raiz e da parte aérea com o substrato 3. De maneira geral, para o porta-enxerto Cravo podem-se usar os substratos 2 ou 4, para a tangerina Sunki o substrato 3 ou 2 e para o Swingle os substratos 3 ou 4. Avaliação no campo de resistência a CVC O Fundecitrus mantém na EECB, desde 1995, lotes de variedades de laranjas doces, selecionadas em pomares comerciais fortemente infectados com CVC. Dez plantas de cada variedade, enxertadas em limoeiro Cravo, são testadas, sendo cinco inoculadas com a doença e outros sujeitas à inoculação natural. Três anos após a inoculação, 2 das 64 variedades se mantêm sem mostrar sintomas de CVC, indicando sua possível resistência à doença. Avaliam-se também a severidade da doença e seu efeito na produção. 2.3. Porta-Enxertos Foram conduzidos, durante o ano de 2, vários experimentos com o objetivo de obter porta-enxertos 16

alternativos para as principais variedades de laranjas do Estado de São Paulo, e também para outras variedades de laranjas com potencial, tangerinas e híbridos de interesse. Também vem sendo estudado o comportamento da variedade de lima ácida Galegão sobre diferentes portaenxertos. A seguir são relacionados os experimentos. Posteriormente são comentados alguns dos resultados obtidos. Outros três experimentos se encontram em fase de viveiro, devendo seu plantio ser realizado em meados de dezembro. O objetivo do primeiro desses novos experimentos é estudar o comportamento da tangerina precoce Satsuma Okitsu enxertada sobre 13 porta-enxertos, entre os quais seleções e híbridos de trifoliata, visando melhoria da qualidade interna dos frutos da variedade. No segundo e no terceiro, serão avaliados os mesmos 13 portaenxertos para laranjeira Folha-Murcha clone IAC e para o clone de lima ácida IAC5-I, respectivamente. Estudo de 12 porta-enxertos para laranjeira Valência São estudados 12 porta-enxertos em combinação com laranja Valência, totalizando 18 plantas, espaçamento de 7, x 4, m, numa área de 3.24 m 2. O experimento foi instalado em julho de 1993, a partir de sementes de portaenxertos provenientes do IAC. Objetiva estudar portaenxertos alternativos para a laranja Valência, quanto a desenvolvimento, produção e qualidade do fruto. Os tratamentos constam de: 1. Citrus pectinifera; 2. Citrus shekwasha; 3. Citrus pectinifera x Citrus shekwasha; 4. Batangas; 5. Oneco; 6. citrandarin Sunki x English-256; 7. tangerina Suen-kat; 8. Citrus amblicarpa; 9. tangerina Venezuela; 1. tangerina Heen naran; 11. Sun Shu Sha Kat; 12. limão Cravo x tangerina Cleópatra. Na média das quatro primeiras safras (1996 a 2), destacaram-se os porta- 17

enxertos de número 7, 1 e 6, em ordem decrescente de produtividade média, que foi superior a 11 t/ha, para esses porta-enxertos. A Figura 11 ilustra a produção média. t / ha 14 12 1 8 6 4 2 PECTINIFERA SHEKWASHA PECTINIFERA/SHEKWASHA BATANGA ONECO SUNKI X ENGLISH 256 SUEN KAT AMBLYCARPA VENEZUELA HEEN NARAN SUN CHU SHA KAT CRAVO X CLEÓPATRA Figura 12. Laranja Natal em vários porta-enxertos (t/ha, 1996-2). t/ha 18 16 14 12 1 8 6 4 2 PECTINIFERA PECTINIFERA/SHEKWASHA BATANGA ONECO SUNKI X ENGLISH 256 SHEKWASHA CITRANGOR SUEN KAT VENEZUELA AMBLYCARPA SUN CHU SHA KAT CRAVO X CLEÓPATRA HEEN NARAN Figura 11. Laranjeira Valência em vários porta-enxertos (t/ha,1996-2). Estudo de 13 porta-enxertos para laranjeira Natal Com o objetivo de estudar porta-enxertos alternativos para a laranjeira Natal, quanto a desenvolvimento, produção e qualidade do fruto, são estudados 13 porta-enxertos, num total de 117 plantas, espaçamento de 7, x 4, m, numa área 18

de 3.276 m 2. O experimento foi instalado em julho de 1993, a partir de materiais provenientes do IAC. Os tratamentos utilizados foram: 1. Citrus pectinifera; 2. Citrus pectinifera/ Citrus shekwasha; 3. Batangas; 4. Oneco; 5. citrandarin Sunki x English-256; 6. Citrus shekwasha 7. Citrangor (pais desconhecidos); 8. tangerina Suen-kat; 9. tangerina Venezuela; 1. Citrus amblycarpa 11. Sun Chu Sha Kat; 12. limão Cravo x tangerina Cleópatra e 13. tangerina Heen Naran. Na média das quatro primeiras safras (1996 a 2), destacaram-se os porta-enxertos de número 1, 7, 12, 1 e 8, em ordem decrescente de produtividade média, que foi superior a 13 t/ha, para esses porta-enxertos. A Figura 12 ilustra a produção média (1996-2) em t/ha. Estudo de 16 porta-enxertos para laranjeira Homosassa São estudados 16 porta-enxertos em combinação com laranjeira Homosassa, em 96 plantas, espaçamento de 7, x 3,5 m, numa área de 2.358 m 2. Os porta-enxertos são provenientes do IAC tendo sido o experimento instalado em julho de 1993. O objetivo é avaliar o comportamento de porta-enxertos para a laranjeira Homosassa quanto a desenvolvimento, produção e qualidade do fruto. Os tratamentos utilizados são: 1. tangerina Sun Chu Sha Kat ; 2. tangerina Shekwasha ; 3. tangerina Batangas ; 4. tangerina Oneco ; 5. citrangor; 6. citrandarin (Sunki x Trifoliata English); 7. tangerina Sunki ; 8. tangerina Suen Kat ; 9. Nasnaran (Citrus amblycarpa); 1. tangerina Pectinífera- Shekwasha ; 11. tangerina Pectinífera ; 12. tangerina Venezuela ; 13. tangerina Heen Naran ; 14. limão Cravo x tangerina Cleópatra ; 15. limão Cravo ; 16. tangerina Cleópatra, todos provenientes do BAG-CC SM -IAC. Na média das quatro primeiras safras (1996 a 2), destacaramse os porta-enxertos de número 1, 6, 16, 14, 12 e 7, em 19

ordem decrescente de produtividade média, que foi superior a 23 t/ha, para esses porta-enxertos. A Figura 13 ilustra a produção média (1996-2) em t/ha. Estudo de 16 porta-enxertos para laranjeira Moro São estudados 16 porta-enxertos em combinação com laranjeira Moro, em 96 plantas, área de 2.352 m 2 e espaçamento de 7, x 3,5 m. O experimento foi instalado em julho de 1993, com porta-enxertos provenientes do IAC. O objetivo é avaliar o comportamento de diferentes porta-enxertos para a laranjeira Moro quanto a desenvolvimento, produção e qualidade do fruto. Os tratamentos utilizados são: 1. tangerina Sun Chu Sha Kat ; 2. tangerina Shekwasha ; 3. tangerina Batangas ; 4. tangerina Oneco ; 5. citrangor; 6. citrandarin (Sunki x Trifoliata English); 7. tangerina Sunki ; 8. tangerina Suen Kat ; 9. Nasnaran (Citrus amblycarpa); 1. tangerina Pectinífera-Shekwasha ; 11. tangerina Pectinífera ; 12. tangerina Venezuela ; 13. tangerina Heen Naran ; 14. limão Cravo x tangerina Cleópatra ; 15. limão Cravo ; 16. tangerina Cleópatra, todos provenientes do BAG-CC SM -IAC. Na média das quatro primeiras safras (1996 a 2), destacaram-se os porta-enxertos de número 7, 15, 14, em ordem decrescente de produtividade média, que foi superior a 11 t/ha, para esses porta-enxertos. Estudo de 16 porta-enxertos para laranjeira Pêra São estudados 16 porta-enxertos em combinação com laranjeira Pêra, em 96 plantas, área de 2.352 m 2 e espaçamento de 7, x 3,5 m. Os porta-enxertos são provenientes do IAC, tendo sido o experimento instalado em julho de 1993. O objetivo é avaliar o comportamento de diferentes portaenxertos para a laranjeira Pêra quanto a desenvolvimento, produção e qualidade do fruto. Os tratamentos utilizados são: 1. tangerina Sun Chu Sha Kat ; 2. tangerina Shekwasha ; 3. 2

tangerina Batangas ; 4. tangerina Oneco ; 5. citrangor; 6. citrandarin (Sunki x Trifoliata English); 7. tangerina Sunki ; 8. tangerina Suen Kat ; 9. Nasnaran (Citrus amblycarpa); 1. tangerina Pectinífera-Shekwasha ; 11. tangerina Pectinífera ; 12. tangerina Venezuela ; 13. tangerina Heen Naran ; 14. limão Cravo x tangerina Cleópatra ; 15. limão Cravo ; 16. tangerina Cleópatra, todos provenientes do BAG-CC SM -IAC. Na média das quatro primeiras safras (1996 a 2), destacaram-se os porta-enxertos de número 4, 14 e 8, em ordem decrescente de produtividade média, que foi superior a 13 t/ha, para esses porta-enxertos. As Figuras 14 e 15 ilustram a produção média (1996-1999) em t/ha. t / ha Figura 13. Laranjeira Homosassa, vários porta-enxertos (t/ha, 96-2) t/ha 26 24 22 2 18 16 14 12 1 8 6 4 2 16 14 12 1 8 6 4 2 SUN CHU SHA KAT 187 SHEKWASHA BATANGAS ONECO 156 CITRANGOR 1519 SUNKI X ENGLISH (256) SUNKI 418 SUEN KAT 812 AMBLYCARPA 642 PECTINIFERA/SHEKWASHA 21 PECTINIFERA 747 VENEZUELA 155 HEEN NARAN 1572 CRAVO X CLEÓPATRA CRAVO CLEÓPATRA SUN CHU SHA KAT TANGERINA SHEKWASHA BATANGAS ONECO CITRANGOR CITRANDARIN SUNKI X ENGLISH-256 SUNKI TANGERINA SUEN KAT CITRUS AMBLYCARPA TANGERINA PECTINIFERA/SHEKWASHA TANGERINA PECTINIFERA TANGERINA VENEZUELA TANGERINA HEEN NARAN LIMÃO CRAVO X TANGERINA CLEÓPATRA LIMÃO CRAVO TANGERINA CLEÓPATRA Figura 14. Laranjeira Moro em vários porta-enxertos (t/ha, 1996-2). 21

t / ha 16 14 12 1 8 6 4 2 SUN CHU SHA KAT 21 PECTINIFERA 187 SHEKWASHA 642 PECTINIFERA/SHEKWASHA BATANGAS ONECO 156 CITRANGOR 1519 SUNKI X ENGLISH (256) SUNKI 418 SUEN KAT 812 AMBLYCARPA 747 VENEZUELA 155 HEEN NARAN 1572 CRAVO X CLEÓPATRA CRAVO CLEÓPATRA Figura 15. Laranjeira Pêra em vários porta-enxertos (t/ha, 1996-2). Estudo de 7 porta-enxertos para laranjeira Valência São estudados sete porta-enxertos, a saber, tangelo Thornton, citrange Troyer, laranja Valência Americana, limão Rugoso Nacional, tangerina Cleópatra, tangerina Sunki e citrumelo Swingle, em combinação com laranjeira Valência, espaçadas de 7, x 4, m, com 4 repetições, 2 plantas/parcela, em área de 1.568 m 2, plantado em 1991. Objetiva estudar porta-enxertos alternativos quanto a produção e qualidade dos frutos. O Thornton induziu a pior produtividade no período; por sua vez, os tratamentos Sunki, Cleópatra e Valência Americana proporcionaram as maiores produções médias. Pode-se concluir que os porta-enxertos induziram variação nos valores das diversas características estudadas, contudo, sem comprometer a qualidade do suco. Destaca-se, neste ponto, o limoeiro Rugoso, normalmente considerado como indutor de pior qualidade aos frutos das variedades enxertadas sobre ele. Estudo de 8 porta-enxertos para laranjeira Natal Plantados em 1991 no espaçamento de 8, x 4, m, com 4 repetições e 3 plantas/parcela numa área de 2.688 22

m 2. Os tratamentos constam de 8 híbridos de Satsuma, objetivando estudar porta-enxertos alternativos quanto a produção, qualidade do fruto e resistência a doenças. Na média do período 1995-2, a produtividade das plantas de laranjeira Natal foi superior a 2 t/ha, exceto para o híbrido 1/1, que induziu um valor próximo, porém inferior (19,5 t/ha). As Figuras 16 e 17 ilustram a produção média (95-2) em t/ha. t / ha Figura 16. Laranjeira Valência em sete porta-enxertos (t/ha, 1995-2). t / ha 28 24 2 16 12 8 4 3 25 2 15 1 5 THORNTON TROYER VALÊNCIA AMERICANA RUGOSO NACIONAL CLEÓPATRA SUNKI SWINGLE 1/38 1/5 6/55 1/41 4/18 1/31 3/22 1/1 Figura 17. Laranjeira Natal em oito porta-enxertos (t/ha, 1995-2). Estudo de porta-enxertos para laranjeira Folha Murcha Com o objetivo é estudar a influência de 1 diferentes porta-enxertos: tangeleiro Thornton, citrangeiro Troyer, 23

citrumeleiro Swingle, tangerineiras Cleópatra e Sunki, laranjeira Valência Americana, limoeiros Volcameriano, Rugoso Nacional e Rugoso da Flórida e Cravo, sobre a produção e qualidade da laranja Folha-Murcha foi instalado o presente experimento. Composto por 1 porta-enxertos, plantados em área de 2.94 m 2 em dezembro de 1991, com 12 plantas em 4 blocos, com 3 plantas/parcela. Os resultados obtidos até o momento permitem as seguintes conclusões: o maior desenvolvimento vegetativo foi proporcionado pelas tangerineiras Cleópatra e Sunki e pelos limoeiros Rugoso da Flórida e Volcameriano. A maior produtividade média foi induzida pelo limoeiro Volcameriano. A qualidade dos frutos foi influenciada pelos porta-enxertos, estando, entretanto, todas as características de qualidade dentro de faixas de valores considerados como normais e aceitáveis para a variedade. O estado nutricional, da forma como foi avaliado, não explica as diferenças de produtividade encontradas entre os porta-enxertos, levando a crer que as diferenças se devam exclusivamente à genética, ou à interação genótipo-ambiente, principalmente ao clima. A partir do mês de novembro de 2, a evolução da maturação da variedade está sendo monitorada, com o intuito de conhecer o limite máximo de permanência dos frutos nas árvores, com condições aceitáveis para o consumo como fruta fresca. A Figura 18 ilustra a produção média (1994-99) em t/ha. t / ha 35 3 25 2 15 1 5 THORNTON TROYER CITRUMELO CLEÓPATRA VALÊNCIA AMERICANA VOLKAMERICANO RUGOSO NACIONAL RUGOSO DA FLÓRIDA LIMÃO CRAVO SUNKI Figura 18. Laranjeira Folha-Murcha, vários porta-enxertos (t/ha, 94-99). 24

Avaliação de porta-enxertos para pomeleiro Marsh Seedless São combinações de Marsh Seedless com 1 portaenxertos, plantados no espaçamento de 8, x 4, m em dezembro de 199, totalizando uma área de 3.84 m 2. O objetivo é estudar a influência de 1 porta-enxertos na produção e qualidade do pomelo para indústria. As plantas sobre Thornton e Rugoso da Flórida apresentaram a maior altura média, diferindo de Trifoliata, Valência Americana, Rugoso Nacional e de Cravo, que apresentaram a menor altura média das plantas. Os demais porta-enxertos apresentaram valores intermediários, mas Troyer e Cleópatra, diferiram dos porta-enxertos com menor altura. Com relação ao diâmetro médio das copas, destacaram-se como indutores de maior valor os porta-enxertos Troyer e Rugoso da Flórida, que diferiram significativamente de Valência Americana (menor diâmetro de copa), sem contudo diferirem dos demais porta-enxertos. Houve diferenças significativas na produção acumulada no período 1994-2, Valência Americana induziu o menor valor médio, diferindo de Volcameriano, Rugoso da Flórida, Troyer, Swingle e Cravo, que induziram os maiores valores, sem, contudo, diferir dos demais tratamentos. A perda de árvores, devido principalmente a Phytophthora spp, foi grande quando o porta-enxerto era a Valência Americana, cerca de 66%. Ocorreram mortes de plantas em outras combinações, devido à mesma causa. As características de qualidade: sólidos solúveis totais, acidez titulável, rendimento em suco, índice tecnológico, diâmetro, altura e massa fresca dos frutos foram avaliadas todos os anos do período. Ocorreram diferenças significativas em todas as características de qualidade avaliadas, exceto para peso dos frutos. As diferenças encontradas entre os porta-enxertos foram maiores nas características SST e IT. 25

A Figura 19 ilustra a produção média (1994-2) em t/ha. t / ha 45 4 35 3 25 2 15 1 5 Figura 19. Pomeleiro Marsh Seedless em vários porta-enxertos (t/ha, 1994-2). Novos Experimentos sobre Porta-enxerto TROYER CITRUMELO SWINGLE CLEÓPATRA VAL. AMERICANA VOLKAMERIANO RUGOSO NACIONAL RUGOSO DA FLÓRIDA LIMÃO CRAVO TANGELO THORNTON TRIFOLIATA Dois novos experimentos, plantados em 1997 e 1999, foram implantados na EECB. O primeiro com 4 portaenxertos: limoeiro Cravo, citrumeleiro Swingle, tangeleiro Orlando e tangerineira Cleópatra. As tangerinas ou híbridos como copas são as seguintes: Falglo, Swaton, Ellendale, Fortune, Nova, Fairchild, Sunburst e Fremont. Plantado em dezembro de 1997, com espaçamento de 7 x 2,4 m, este trabalho é subdividido em oito pequenos experimentos, nos quais cada copa foi enxertada nos quatro cavalos citados. O delineamento de cada experimento é blocos casualizados, com 4 tratamentos, 5 repetições, 1 planta por parcela, totalizando 2 plantas de cada copa. O total de plantas do lote é de 16. Em 2, avaliou-se o desenvolvimento vegetativo, que foi satisfatório para todos os tratamentos, e computou-se a primeira produção de frutos, que não foi uniforme para todas as parcelas. O segundo, plantado em abril de 1999, com espaçamento de 7, x 5, m, tem como copa a limeira ácida Molay lemon, sobre os porta-enxertos citranges C-32 e C- 13, trifoliata Flying Dragon, Sunki e limão Cravo. O 26

delineamento é inteiramente casualizado, com 5 tratamentos, 6 repetições, 1 planta por parcela, totalizando 3 plantas. Em 2, as plantas produziram alguns frutos, mas de maneira desigual entre as parcelas; por isso, essa produção não será considerada, para fins de avaliação. O desenvolvimento vegetativo das plantas foi satisfatório. 2.4. Ananicamento de Plantas Visando facilitar os tratos culturais, tratamentos fitossanitários e principalmente a colheita, além de aumento de produtividade, a EECB realiza alguns trabalhos sobre técnicas de redução do tamanho das plantas cítricas. Uso de viróides da exocorte Estão em andamento dois experimentos, nos quais se empregaram cinco isolados de exocorte selecionadas no Centro de Citricultura Sylvio Moreira. Os isolados foram inoculados após seis meses do plantio das combinações cítricas: 1. pomeleiro Marsh Seedless sobre Trifoliata, plantada em janeiro de 1991 e 2. pomeleiro Marsh Seedless sobre limoeiro Cravo, plantado em dezembro de 1991. Os isolados de exocorte foram analisados e determinou-se o seu conteúdo em viróides. Três fontes possuíam a mistura de viróides: [CEV + CV-II + CV- III], uma possuía a mistura [CV-III + CV-II] e uma quinta fonte, apesar do nanismo das plantas de campo originais, não era portadora de nenhum viróide. As Figuras 2 e 21 ilustram a produção média (1994-2) em t/ha. Em todas as combinações estudadas houve redução do tamanho das plantas inoculadas com as fontes possuidoras de viróides, quando comparadas com os tratamentos testemunhas. As fontes que continham o CEV (viróide da exocorte dos citros) causaram sintomas típicos de exocorte no tronco das plantas de todas as combinações estudadas. 27

Já a fonte possuidora da mescla [CV-III + CV-II] causou nanismo, sem mostrar sintomas típicos de exocorte no tronco das plantas inoculadas. Com relação à qualidade dos frutos, para todas as combinações não houve efeito das inoculações. Nos dois experimentos, a produtividade média das plantas inoculadas com os isolados portadores da mistura de viróides contendo [CEV + CV-II + CV- III] foi inferior à das plantas inoculadas com a mistura [CV-III + CV-II], e ambas foram inferiores à testemunha sem inoculação. t/ha 6 TESTEMUNHA TESTEMUNHA 4 FONTE 1 FONTE 2 2 FONTE 3 FONTE 4 FONTE 5 Figura 2. Produtividade de pomeleiro Marsh Seedless /Trifoliata sob efeito de exocorte. t / ha 4 35 3 25 2 15 1 5 TESTEMUNHA FONTE 1 FONTE 2 FONTE 3 FONTE 4 FONTE 5 Figura 21. Produtividade de pomeleiro Marsh Seedless /Cravo, sob efeito de exocorte. Uso de inter-enxertos de cavalos ananicantes Existem dois experimentos nesta área. No primeiro, plantado em fevereiro de 1993, está sendo avaliada a 28

influência de 2 comprimentos (1 e 2 cm ) de inter-enxerto de Flying Dragon em plantas de laranjeira Natal sobre 12 porta-enxertos, a saber: tangerineira Sunki, Poncirus trifoliata, e os híbridos 6/55, 1/5, 6/22, 1/38, 4/18, 1/31, 3/156, 9/ 215, 1/1, 1/41. A maior produtividade média (t/ha) no período de 1996 a 2 foi induzida por Sunki, independentemente do tamanho do inter-enxerto (1 ou 2 cm). Já o Trifoliata, qualquer que fosse o comprimento do inter-enxerto, induziu produtividades mais baixas que a Sunki. Também foi inferior a uma série de outras combinações. Já no segundo, plantado em julho de 1993, é avaliada a influência de 2 comprimentos (1 e 2 cm) de inter-enxerto de Flying Dragon em plantas de laranjeira Valência sobre sete porta-enxertos: tangelo Thornton, citrange Troyer, citrumelo Swingle, laranjeira Valência Americana, limões Volcameriano, Rugoso Nacional, e Rugoso-da-Flórida. As maiores produtividades médias (t/ ha), no período de 1996 a 2, foram induzidas por Volcameriano, independentemente do tamanho do interenxerto (1 ou 2). As Figuras 22 e 23 ilustram a produção média (1996-2) em t/ha. t / ha 24 2 16 12 8 4 SUNKI 1 cm PONCIRUS 1 cm 6/55 1 cm 1/5 1 cm 6/22 1 cm 1/38 1 cm 4/18 1 cm 1 /31 1 cm 3/156 1 cm 9/ 215 1 cm 1/1 1 cm 1/41 1 cm SUNKI 2 cm PONCIRUS 2 cm 6/55 2 cm 1/5 2 cm 6/22 2 cm 1/38 2 cm 4/18 2 cm 1/31 2 cm 1/31 2 cm 9/215 2 cm 1/1 2 cm 1/41 2 cm Figura 22. Laranjeira Natal em vários porta-enxertos com interenxerto de Flying Dragon. 29

Uso de porta-enxerto ananicante em plantio de alta densidade No experimento, implantado em novembro de 1995, são estudados os seguintes espaçamentos: 1-4 x 1 m (2.5 plantas/ha); 2-4 x 1,5 m (1.666 plantas/ha); 3-4 x 2, m (1.25 plantas/ha) e 4-4 x 2,5 m (1. plantas/ha), para a combinação lima ácida Tahiti enxertada sobre trifoliata Flying Dragon. A altura máxima média atingida, aos 66 meses do plantio, foi de 2,24 m, para as plantas do tratamento com plantio mais adensado, sem diferir significativamente dos demais, nos quais as alturas médias foram ao redor de 2, m. Já com relação ao diâmetro da copa houve diferenças significativas; as plantas do tratamento com plantio mais adensado apresentaram diâmetro médio superior (2,75 m) enquanto, as dos demais tratamentos se situaram na faixa de 2,42 a 2,52 m. Nos três anos avaliados, a produtividade foi sempre maior no plantio mais adensado (2.5 plantas/ ha) e decrescente em função do aumento do espaçamento entre as plantas na linha. Essa tendência se manteve na média do período, porém só houve diferenças significativas entre o tratamento com 2.5 plantas/ha, que apresentou a maior produtividade média (21,6 t/ha), e o tratamento com 1. plantas/ha (13,1 t/ha). As densidades intermediárias não diferiram entre si e tampouco das demais. Não ocorreram diferenças significativas induzidas pelos tratamentos para as características de qualidade: sólidos solúveis totais, peso e altura dos frutos. A acidez total titulável dos frutos foi maior no tratamento com 1.666 plantas/ha, que diferiu significativamente dos demais. O maior diâmetro médio dos frutos ocorreu no tratamento com 1. plantas/ha, com diferença significativa com relação ao tratamento com 1.666 planta/ha. 3

t/ha 3 25 2 15 1 5 TANGELO THORNTON (1 cm) CITRANGE TROYER (1 cm) CITRUM ELO (1 cm) VALÊNCIA AM ERICANA (1 cm) VOLKAM ERIANA (1 cm) RUGOSO NACIONAL (1 cm) RUGOSO FLÓRIDA (1 cm) TANGELO THORNTON (2 cm) CITRANGE TROYER (2 cm) CITRUM ELO (2 cm) VALÊNCIA AM ERICANA (2 cm) VOLKAM ERIANA (2 cm) RUGOSO NACIONAL (2 cm) RUGOSO FLÓRIDA (2 cm) Figura 23. Laranjeira Valência em vários porta-enxertos com interenxerto de Flying Dragon. t/ha. A Figura 24 ilustra a produção média (1998-2) em 24 2 4 x 1 16 4 x 1,5 12 4 x 2, 8 4 x 2,5 4 Figura 24. Lima Tahiti/Flying Dragon em diferentes densidades de plantio. t / ha 2.5. Tratos Culturais Pesquisa em Densidade de Plantio A EECB conta com 4 experimentos nesta área. Dois são de laranjeira Pêra, enxertadas em Cleópatra, plantadas em maio de 1986 e dezembro de 1987, portanto já com resultados de 1 a 11 safras. Os espaçamentos são os seguintes: 7 m entre linhas por 2; 3; 4; 5 e 6 m entre plantas, no 1º experimento e 7 m por 5 x 1 m, 4,5 x 1,5 m, 4 x 2 m e 6 m entre plantas, para o 2º experimento (espaçamentos duplos). 31

Outros dois experimentos foram plantados em 1995, com as variedades Hamlin, Amber Sweet, Natal, Valência e Tahiti, enxertadas em trifoliata Flying Dragon. Para as laranjas, o espaçamento é de 4 x 2 m, e para o Tahiti, os espaçamentos são de 4 x 1, 4 x 1,5 m, 4 x 2 e 4 x 2,5 m. Quanto à produção de Pêra em diferentes espaçamentos simples, nos 11 anos de avaliação, os espaçamentos menores deram produtividades maiores em t/ha, conforme é mostrado na Figura 25. Considerando a produção individual por planta, ela é sempre menor nos espaçamentos menores. Até os 9 anos, essa foi a tendência, mas nos últimos dois anos (1998 e 1999) a produtividade média igualou-se. 4 t / ha 3 2 1 7 x 2 7 x 3 7 x 4 7 x 5 7 x 6 Figura 25. Espaçamentos simples - produtividade média (t/ha, 89-99). 25 t / ha 2 15 1 5 7 x 5 x 1 7 x 4,5 x 1,5 7 x 4 x 2 7 x 6 Figura 26. Espaçamentos duplos - produtividade média (t/ha) no período 1991-1999. 32

Para o vigor das plantas, o volume de copa avaliado ano a ano mostrou que, nos espaçamentos menores (2 e 3 m), já há fechamento na linha a partir do 6º ano, formando praticamente uma só copa. O volume de copa de cada planta não diferenciou muito. Para a qualidade do fruto, o efeito do espaçamento é pequeno. Há pequena redução do tamanho médio nos espaçamentos menores, mas a qualidade interna é praticamente semelhante. Os ratios obtidos são bons para indústria ou mercado, variando de 11,75 a 13,2. Nos espaçamentos mais fechados a maturação da fruta pode atrasar um pouco, bem como a coloração pode ficar mais verde. Pode-se concluir que, até os 1 anos, os plantios adensados são mais econômicos e rentáveis. Não houve problemas de maior incidência de pragas ou doenças devido ao uso de espaçamentos menores. A partir daí, haveria necessidade de poda. No segundo experimento, foram testados espaçamentos duplos, com a finalidade de duplicar o número de plantas por área e ter um número médio alto/ ha, mesmo que vierem a morrer parte das plantas, mantendo, ainda assim, uma densidade elevada. Nas 6 primeiras safras avaliadas neste experimento, os dados médios totais de produtividade indicavam que os espaçamentos duplos foram muito superiores em relação ao 7 x 6 m, percentualmente: a) 7 x 5 x 1 = 45%, b) 7 x 4,5 x 1,5 = 45%, 7 x 4 x 2 = 14%. Nos anos seguintes, a produtividade média foi se igualando (Figura 26). Até 99, a média de produtividade do espaçamento simples (7 x 6 m) foi menor. O vigor das plantas nos espaçamentos duplos foi maior, pois representa a soma de 2 plantas. Para a qualidade de fruto, ocorreu o mesmo que nos espaçamentos simples, mas com menores variações no peso 33

médio e na coloração, pois no espaçamento duplo há maior iluminação da copa, mesmo na formada por duas plantas. Estudo de tipos de poda de formação na instalação de pomar de laranjeira Hamlin Com o objetivo de encontrar alternativas para a condução convencional, instalou-se em fevereiro de 1994 um experimento na EECB, no qual estão sendo testados três tipos de condução para mudas de laranjeira Hamlin sobre o porta-enxerto citrandarin (tangerina Sunki x trifoliata Benecke), espaçadas de 7 x 4 m, num total de 357 planta/ ha. Os tipos de condução são: sem desponte, desponte sem desbrota das vegetações posteriores da copa e desponte com desbrota das vegetações posteriores da copa. Os resultados obtidos no experimento indicam não haver diferenças significativas entre os três tipos de condução, tanto no desenvolvimento vegetativo, como na produção inicial de frutos, indicando que as mudas produzidas em recipientes podem ser plantadas de palito, não necessitando de nenhum outro cuidado além da desbrota periódica dos brotos do cavalo. A Figura 27 ilustra a produção média (1997-2) em t/ha. Estudo do efeito de diferentes alturas de poda de formação para tangerineira Swatow Plantado em dezembro de 1997, visa estudar o efeito de 5 alturas de poda de formação para tangerineira Swatow sobre limoeiro Cravo. O delineamento é blocos casualizados, com 5 tratamentos (poda de formação a 5, 1, 15, 2, 25cm acima do ponto de enxertia), 8 repetições e 1 planta por parcela, totalizando 4 plantas, com área total de 34