Journal of Biology & Pharmacy and Agricultural Management

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Transcrição:

, v. 15, n. 1, jan/mar 2019 PREVALÊNCIA DE CANDIDIASE VULVOVAGINAL RECORRENTE EM MULHERES COM IDADE ENTRE 18 A 30 ANOS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE NO MUNICIPIO DE CAJAZEIRAS - PB Sthefany Dantas de Brito Muniz¹, Hetienia Santino da Silva¹, Adriana Oliveira da Silva², Francyide Davi de Amorim¹ ¹Faculdades Integradas de Patos (FIP), Campina-Grande, PB. ²Faculdade Mauricio de Nassau (UniNassau), Campina Grande, PB. *Corresponding author. E-mail address: sthefanybrito @hotmail.com. RESUMO A candidíase vulvovaginal (CVV) é a segunda vulvovaginite mais prevalente em toda a população mundial. A cândida sp. é um fungo oportunista que causa uma infecção na vulva e na vagina com as seguintes manifestações: prurido vaginal, irritação, leucorreia e odor característico, podendo levar a pessoa a transtornos psicológicos. Patologia muito comum em mulheres, aproximadamente 75% da população já teve ou terá, pelo menos uma vez ao longo de sua vida. Além disso, pelo menos 5% delas podem levar a essa reincidência. Os principais fatores que mais ocasionam a candidíase recorrente são diabetes, alimentação a base de carboidratos e açúcares, gravidez, uso de antibióticos, corticoides, supressão do sistema imunológico e alterações hormonais. O principal objetivo desse estudo é analisar a prevalência de candidíase de repetição entre mulheres de 18 e 30 anos, saber qual a faixa etária predominante dessa reiteração e qual a principal causa que leva a essa reincidência, em uma unidade básica de saúde na cidade de Cajazeiras/PB. O presente estudo foi realizado a partir de uma pesquisa observacional, com abordagem quanti-qualitativa através do levantamento de um prontuário que obtinha os resultados de cada exame Papanicolaou e um questionário foi aplicado as pacientes que obtiveram o citopatologico positivo para cândida sp, a amostra foi composta por 64 mulheres no período de fevereiro a novembro de 2016. Tendo em vista que das 64 jovens (70,32%) eram saudáveis e (29,68%) foram as que obtiveram o citopatológico positivo para cândida sp. A prevalência de recorrência foi em mulheres de 24 anos com (31,57%) e sua menor estatística acontecendo em jovens de 18 anos com (5,26%) dos casos. Os dados coletados foram processados por meio de estatística descritiva através do Microsoft World 2013, sendo as variáveis expressas em frequências relativas e absolutas sob a forma de gráficos de coluna e de pizza. Ao fim desse estudo foi possível observar que a candidíase vulvovaginal recorrente é prevalente em mulheres na idade fértil e que sua possível causa é bastante ligada a anticoncepcionais hormonais ou estresses emocionais. Palavras-chave: Cândida sp. Vulvovaginites. Recorrente. Mulheres. 9

, v. 15, n. 1, jan/mar 2019 PREVALENCE OF RECURRING VULVOGAGINAL CANDIDIASIS IN WOMEN AGED 18 TO 30 YEARS OF AGE IN A BASIC HEALTH UNIT IN THE MUNICIPALITY OF CAJAZEIRAS, PB. ABSTRACT Vulvovaginal candidiasis (CVV) is the second most prevalent vulvo in the entire world population. Candida sp. is an opportunistic fungus that causes an infection in the vulva and vagina with the following manifestations: Vaginal pruritus, irritation, leucorreia and characteristic odor, and can lead the person to psychological disorders. Very common pathology in women, approximately 75% of the population has already had or will have at least once throughout their life. In addition, at least 5% of them can lead to this recurrence. The main factors that cause recurrent candidiasis are diabetes, carbohydrate and sugarbased feeding, pregnancy, antibiotics use, steroids, immune system suppression and hormonal changes. The main objective of this study is to analyze the prevalence of repetition candidiasis between women of 18:30 years, to know the predominant age range of this reiteration and the main cause that leads to this recurrence, in a basic unit of health in City of Brazil/PB. The present study was carried out from an observational survey, with a quanti-qualitative approach by lifting a medical chart that obtained the results of each PAP examination and a questionnaire was applied to the patients who obtained the Citopatologico positive for Candida SP, the sample was composed by 64 women in the period from February to November 2016. In view of the 64 young people (70.32%) were healthy and (29.68%) were the ones that obtained the positive citopatológico for Candida sp. The prevalence of recurrence was in 24-year-old women with (31.57%) and their smallest statistic happening in 18-year-olds with (5.26%) of cases. The data collected were processed using descriptive statistics through Microsoft World 2013, with the variables expressed in relative and absolute frequencies in the form of column and pie charts. At the end of this study it was possible to observe that recurrent vulvovaginal candidiasis is prevalent in women in the fertile age and that their possible cause is fairly linked to hormonal contraceptives or emotional stresses. Keywords: Candida sp., Vulvovaginitis, women. INTRODUÇÃO A candidíase vulvovaginal (CVV) é a segunda vulvovaginite mais prevalente em toda a população mundial. A cândida sp. é um fungo oportunista que causa uma infecção na 10

, v. 15, n. 1, jan/mar 2019 vulva e na vagina com as seguintes manifestações prurido vaginal, irritação, excesso de muco vaginal e odor forte, podendo levar a pessoa a transtornos psicológicos. É uma patologia muito comum em mulheres, Além disso, aproximadamente 75% da população já tiveram ou terá, pelo menos uma vez ao longo de sua vida. Onde pelo menos 5% delas podem levar a reiteração. Os principais fatores que mais ocasionam essa recorrência são diabetes não controlada, alimentação a base de carboidratos e açúcares, gravidez, uso de antibióticos e corticoides, pois eles degradam a microbiota vaginal e proporciona um sistema imunológico suprimido, parceiro sexual podendo também está contaminado e acontecendo então a recontaminação e algumas alterações hormonais. (ELEUTÉRIO JUNIOR et al; 2013) A passagem da adolescência para a fase jovem adulta é uma etapa marcante no período da vida. Segundo RODRIGUES, (2010) é uma fase cheia de mudanças em todos os aspectos físicos e mentais, é um período em que o jovem tem que começar a se centralizar e perder alguns benefícios de sua infância e começar a pensar na sua fase adulta, sendo também uma fase onde surgem diversos casos de doenças sexualmente transmissíveis. A identificação e diagnóstico da candidíase acontecem, a partir do exame citológico, um exame para rastreamento de diversas patologias e para a prevenção, onde os citologistas irão procurar hifas e leveduras nas lâminas de esfregaços vaginais (JUNIOR et al; 2014). De acordo com Feuerschuette (2010), a maior parte das mulheres com indícios dos sintomas podem ser logo diagnosticadas através de microscopia. O tratamento é feito por via oral ou tópico através de fármacos como triazois e azois, antifúngicos tendo como os mais indicados fluconazol, cetoconazol, itraconazol (SHIOZAWA et al; 2007) Ao lidar com experiências pessoais através de estágios na disciplina saúde da mulher, surgiu o interesse em ampliar os conhecimentos acerca da temática. Sendo assim, o presente estudo busca identificar a faixa etária em que a candidíase é mais acometida, e a possível causa que possa levar a candidíase recorrente. O intuito desse estudo será, portanto, oferecer meios que possam minimizar as vulnerabilidades à patologia nas mulheres que foram acometidas, bem como orientar o público alvo sobre como evitar a repetição dessa patogenia. MATERIAIS E MÉTODOS Trata-se de uma pesquisa observacional, com abordagem quanti-qualitativa, com população base composta por pacientes do sexo feminino da Unidade Básica de Saúde Familiar da cidade de Cajazeiras PB. A amostra foi composta por 64 mulheres, no período de fevereiro a novembro de 2016 presentes nos prontuários na unidade no momento da coleta dos dados. Depois com a coleta de dados foram passados questionários as 19 mulheres que positivaram a candidíase só que apenas 4 dessas mulheres aceitaram participar dessa pesquisa. Posteriormente para realização das análises, os dados coletados foram 11

, v. 15, n. 1, jan/mar 2019 processados por meio de estatística descritiva através Microsoft World 2013, sendo as variáveis expressas em frequências relativas e absolutas sob a forma de gráficos de coluna. Esta pesquisa foi regida pela Resolução n 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde, segundo os preceitos éticos de pesquisas científicas envolvendo seres humanos, principalmente no que diz respeito a dignidade e a autonomia do participante, sendo esta aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Santa Maria sob parecer consubstanciado n 1.784.830. Para o desenvolvimento desta pesquisa foi imprescindível a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, tanto pelo pesquisador, quanto pelo participante. RESULTADOS E DISCUSSÃO A amostra foi constituída por 64 mulheres que se encontravam nos prontuários entre fevereiro e novembro de 2016. Gráfico 1 - Nº percentual de mulheres saudáveis e mulheres com candidíase. Fonte de autoria própria Tendo em vista que das 64 mulheres da idade entre 18 e 30 anos, (70,32%) são mulheres saudáveis que não obtiveram a candidíase e com nenhuma alteração semelhante. E (29,68%) são as que obtiveram o cito patológico positivo para a candidíase. No gráfico 1 foi relatado que o que mais prevalecem são mulheres saudáveis. No estudo de BOATTO, foram 102 (57%) casos de candidíase relatados das 179 mulheres em sua pesquisa. Pelos resultados de BOATTO mostram uma grande maioria de mulheres com candidíase. Já no 12

, v. 15, n. 1, jan/mar 2019 estudo de FONTANA, nos 165 mulheres pesquisada, 129 (78,2%) foram negativos e os (21,8%) apresentaram resultados positivos ( FONTANA, 2009). Gráfico 2 Nº percentual da Prevalência de candidíase recorrente entre 18 a 30 anos Fonte de autoria própria A faixa etária escolhida para a pesquisa foi uma fase em que a mulher se encontra em período fértil isso a torna mais susceptível a ter a candidíase de repetição é uma etapa em que a mulher se encontra com um aumento na produção de muco vaginal, usando anticoncepcionais ou podendo estar gravida. A gravidez aumenta os níveis de hormônio estrogênio sendo um dos principais agravantes da candidíase, e também o período pré menstrual, pois ocorre um aumento na acidez vaginal ( POSSER etal;2016). Com o intuito de identificar qual a idade com maior prevalência de candidíase vulvovaginal recorrente. Foram criadas faixas etárias para identificar de forma expressiva as principais diferenças com relação á idade. Das mulheres que apresentaram positividade, 5,26% tinham 18 anos (1), 10,52% tinha 19 anos (2), 5,26% tinha 20 anos (1), 5,26% tinha 22 anos (1), 10,52% tinha 23 anos (2), 31,57% tinha 24 anos (6), 15,78% tinha 27 anos (3), 5,26% tinha 28 anos (1) e 10,52% tinha 29 anos (2). Sendo predominante em mulheres de 24 anos com (31,57%) dos casos. No estudo de HOLANDA 2006 na cidade Natal, RN foi um estudo com 99 pacientes, na idade entre 17 a 68 anos e obtiveram a maior prevalência em mulheres de 29 anos com mediana de 27 anos, concordando assim com os meus resultados encontrados. 13

, v. 15, n. 1, jan/mar 2019 Gráfico 3 N º percentual das principais manifestações clínicas das mulheres que positivaram para Cândida sp. As principais manifestações clínicas causadas pela candidíase são prurido vaginal, placas esbranquiçadas ou leucorreia com odor característico ou sem odor, dor nas relações sexuais e dor na região pélvica. Sendo que (100%) das mulheres apresentaram positividade para Cândida sp. Também apresentaram placas esbranquiçadas ou leucorreia (31,57%), prurido vaginal, (26,31%) e queixaram se de dor durante as relações sexuais e (21,05%) dor pélvica e desconforto, assim como mostra no gráfico 3. Dentre as pacientes com citopatológico positivo para cândida, (51,7%) apresentaram leucorreia, (24,1%) prurido vulvovaginal, (13,7%) eritema e (10,3%) apresentaram dor na região pélvica, afirma SÁ NASCIMENTO 2012, em sua pesquisa, os resultados obtidos concordando com o meu estudo. 14

, v. 15, n. 1, jan/mar 2019 Gráfico 4 N º percentual das alterações internas e externas causadas pelo fungo no colo uterino e na vulva Fonte de autoria própria É bem frequente que a vulva e a vagina apresentem se edemaciadas e hiperemiadas, algumas vezes ocorrendo dor na micção, apresentando-se com inflamação, avermelhadas e com fissuras causadas pelo prurido. (GIOLO et al;2010). Nos exames de prevenção das pacientes foram apresentadas alterações internas e externas, na vulva e no colo uterino e foram visualizados, na vulva eritema, vermelhidão quando possivelmente era apresentado prurido vaginal levando a fissuras. No colo uterino eram apresentadas hiperemia e hipertrofia e colo erosivo, algumas ocorrendo até sangramento por conta da inflamação, colpite. Algumas apresentaram apenas alterações externas e internas (63%) das pacientes, e (37%) das pacientes apresentaram alterações externas. Nota-se que o percentual mais prevalente foi de alterações externas e internas na vulva ou vagina com (63%) dos casos. CONCLUSÃO Ao se aprimorar no assunto deste artigo, acredita-se que a candidíase vulvovaginal recorrente é um problema de suma importância de saúde pública pelo fato de acometer um número bem representativo de mulheres e causar desconforto pelas manifestações clinicas apresentadas e que se não obter um tratamento adequado podendo assim levar as mulheres a transtornos sexuais, agravando a saúde e estabilidade da mulher. Observando os resultados obtidos com a pesquisa proposta, verificamos que a prevalência maior é em mulheres de 24 a 27 anos. A principal manifestação clinica foi as placas esbranquiçadas ou leucorreia que foi apresentada em todas as 19 mulheres que obtiveram o exame positivado para candidíase e também o prurido que foi apresentado em 6 dessas mulheres. No questionário passado para as 4 mulheres foi observado que todas as 4 que aceitaram 15

, v. 15, n. 1, jan/mar 2019 participar da pesquisa tinha um agravamento no período pré-menstrual, quando se sentiam estressadas e todas tomavam pílulas anticoncepcionais a mais de 3 anos, esses três fatores tendo bastante relação com a repetição da candidíase. Espera-se que essa pesquisa instigue novas investigações visando avaliar a principal causa e se realmente o anticoncepcional e o estresse podem estar ligados a proliferação do fungo cândida nessas mulheres em idade fértil. REFERÊNCIAS BOATTO, Humberto Fabio et al. Correlação entre os resultados laboratoriais e os sinais e sintomas clínicos das pacientes com candidíase vulvovaginal e relevância dos parceiros sexuais na manutenção da infecção em São Paulo, Brasil. Rev. Bras. Ginecol. Obstet. [online]. 2007, vol.29, n.2, pp.80-84. ISSN 0100-7203. http://dx.doi.org/10.1590/s0100-72032007000200004. ELEUTÉRIO JÚNIOR, José; GIRALDO, Paulo César. Eosinófilia no sangue periférico de mulheres com candidíase vaginal recorrente. CEP, v. 59010, p. 180. FEUERSCHUETTE, Otto Henrique May et al. Candidíase vaginal recorrente: manejo clínico. Femina, v. 38, n. 1, 2010. FONTANA, RENATO. Frequência de leveduras em fluido vaginal de mulheres com e sem suspeita clínica de candidíase vulvovaginal. Rev Bras Ginecol Obstet, v. 31, n. 6, p. 300-4, 2009. GIOLO, Muriel Padovani; SVIDZINSKI, Terezinha Inez Estivalet. Fisiopatogenia, epidemiologia e diagnóstico laboratorial da candidemia. J. bras. patol. med. lab, v. 46, n. 3, p. 225-234, 2010. JÚNIOR, Anísio Gazeta; GRIGOLETO, Andréia Regina Lopes; FREGONEZI, Paula Andrea Gabrielli. Candidíase Vaginal: uma questão de educação em saúde/vaginal Candidiasis: a matter of education in health. Brazilian Journal of Health, v. 2, n. 2, 2014 RODRIGUES, Manuel Jorge. Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) na Adolescência. Nascer e Crescer-Revista do Hospital de Crianças Maria Pia, v. 19, n. 3, p. 200-200, 2010. POSSER, Juliana et al. ESTUDO DAS INFECÇÕES CÉRVICO-VAGINAIS DIAGNOSTICADAS PELA CITOLOGIA. REVISTA SAÚDE INTEGRADA, v. 8, n. 15-16, 2016. SÁ NASCIMENTO, Isolamento de Candida no esfregaço cérvico-vaginal de mulheres não gestantes residentes em área ribeirinha do. Estado do Maranhão, Brasil, 2012. Isolation of... a suscetibilidade de. Candida em um hospital de referência da Região. 16

, v. 15, n. 1, jan/mar 2019 SHIOZAWA, Pedro et al. Tratamento da candidíase vaginal recorrente: revisão atualizada. Arq Med Hosp Fac Cienc Med Santa Casa São Paulo, v. 52, n. 2, p. 48-50, 2007. Received: 11 September 2018 Accepted: 13 December 2018 Published: 30 January 2019 17