WEBCONFERÊNCIA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: DIREITO DE TODOS! Mobilização pela Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional no Paraná

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Transcrição:

WEBCONFERÊNCIA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: DIREITO DE TODOS! Mobilização pela Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional no Paraná Evite problemas: Um dia antes da transmissão acesse o site e teste o seu computador! (clique no banner azul no lado direito da tela onde diz: clique aqui e teste seu computador ) Data: 19 DE ABRIL DE 2011 Horário: 14h às 17h Através da Escola de Saúde Pública, Superintendência de Políticas de Atenção Primária em Saúde e Superintendência de Vigilância em Saúde, em parceria com o Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (CONSEA-PR) e o Fórum Estadual de Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná (FESSAN- PR) convidam-no a participar da Webconferência. A webconferência tem como objetivo discutir com as equipes de saúde e representantes de organizações da sociedade os temas relacionados ao processo de consolidação da Política e do Sistema Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN Paraná), bem como engajar esses diversos segmentos na construção das etapas municipais e regionais da IV Conferência Nacional de SAN, acolhendo suas pautas para a discussão do SISAN e mapeando suas ações mais significativas para articular trabalhadores de saúde e sociedade organizada na definição de prioridades para o Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional. MEDIADORA: Isa Hermann

PROGRAMAÇÃO Horário Tema Responsável 14h às 14h10 14h10 às 14h30 14h30 às 14h50 14h50 às 15h10 15h10 às 15h30 15h30 às 17h Abertura Segurança Alimentar e Nutricional: O que é preciso saber? Princípios e diretrizes da Política de SAN SAN no Paraná: Onde estamos? A Política e o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional processo e marcos legais O que o setor saúde tem a ver com a SAN? Identidade e ações da saúde para a SAN no Paraná Antonio Dercy Silveira Filho Superintendência de Políticas de Atenção Primária em Saúde - SPP Sezifredo Paz Superintendência de Vigilância em Saúde - SVS Ângela Maria Martins da Silva Presidente do CONSEA/PR Maria Teresa Gomes de Oliveira Ribas Fórum Estadual de Segurança Ailmentar e Nutricional FESAN-PR Vice-Presidente do CONSEA-PR Angela Martins Rede Mulheres Negras-PR Presidente do CONSEA-PR Adriane Leandro Nutricionista do Departamento de Atenção ao Risco - SPP Segurança Alimentar e Nutricional: Para quem? Processos e Estratégias de Mobilização Social para as etapas Municipal, Regional e Estadual de Conferências de Segurança Alimentar e Nutricional Debate aberto ao publico AS WEBCONFERÊNCIAS PODERÃO SER ASSISTIDAS AO VIVO OU BAIXADAS DEPOIS DE SUA EXIBIÇÃO AO VIVO NO SITE DA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO PARANÁ. TODOS PODERÃO ASSISTIR A ESTE EVENTO E ENVIAR SUAS MENSAGENS VIA CHAT E SERÃO LIDAS AO VIVO Para acessar a webconferência, digite o endereço abaixo: www.escoladesaude.pr.gov.br CONTATO DE PROBLEMAS TÉCNICOS: webespp@sesa.pr.gov.br Dúvidas: acesse o site da Escola de Saúde (acima) ou através do telefone 3342-2293 ramal 226 (antes do dia da web) ou 8406-4050 (Fernão - durante a web).

CONTEXTUALIZAÇÃO DO TEMA DA WEBCONFERENCIA A alimentação é essencial à vida humana. Sem a possibilidade de acesso a uma alimentação adequada quali e quantitativamente, o que significa o efetivo consumo de alimentos saudáveis e seguros, o ser humano não tem condições de desenvolver suas capacidades, potenciais e aspirações. O Relatório do Brasil para a Cúpula Mundial de Alimentação realizada em Roma em 1994 descreve que o acesso à alimentação é um direito humano em si mesmo, na medida em que a alimentação constitui-se no próprio direito à vida. Negar este direito é, antes de mais nada, negar a primeira condição para a cidadania, que é a própria vida. Desse modo, quando o acesso ao alimento que garante a vida é negado, pode-se dizer que todos os direitos humanos essenciais também o são. Assim, considera-se que a falta de acesso aos alimentos e/ou à terra, para a sua produção, são sinais reveladores de uma sociedade que possui desigualdades e injustiça em sua organização.no cenário do Brasil, embora seja um dos maiores produtores de alimentos do mundo, ainda há parcela significativa da sua população sem acesso a alimentos básicos necessários á vida cotidiana ou com acesso qualitativamente comprometido em termos da produção de uma nutrição adequada. A existência desses problemas sociais determina o que se considera como situações de insegurança alimentar e nutricional, que podem ser detectadas a partir de manifestações como fome, obesidade, doenças associadas à má nutrição, consumo de alimentos de qualidade insegura e prejudicial à saúde, estrutura e modelos de produção alimentar predatórios ao ambiente natural e às relações econômicas e sociais; preços abusivos de alimentos e bens essenciais além da imposição de padrões alimentares que desrespeitam o patrimônio e a diversidade cultural dos grupos sociais, incluindo povos e comunidades tradicionais. A partir da década de 1980, em decorrência da aceleração dos fenômenos da globalização econômica, assiste-se um complexo quadro de transição epidemiológica nutricional, manifestada pela a permanência de situações de fome, ainda que com diminuição das prevalências de desnutrição, e aumento dos índices de obesidade, doenças crônicas não transmissíveis lidadas à alimentação, além da degradação crescente do meio ambiente e agressão aos animais, colocando em questão o padrão

atual de acesso e consumo alimentar e sua relação com a natureza e os modos de produção de alimentos. O uso irracional de agrotóxicos e outros contaminantes na produção alimentar, a desvitalização crescente de alimentos provocada pelo alto grau de processamento industrial, o custo ambiental determinado pelo excesso de consumo protéico animal e o desperdício presente em todas as etapas da cadeia agroalimentar são questões que trazem o foco da sustentabilidade do debate sobre os modos de vida e alimentação atuais. Nesse conjunto, o acesso ao alimento, determinado pelas leis do mercado, aponta para um novo paradigma que concebe a nutrição como um direito humano, sendo a garantia da qualidade de vida e nutrição adequada cada vez mais entendidas como objetivo central de políticas públicas. Em 1966 a ONU adotou o Pacto Internacional de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC) que cria obrigações legais às nações visando à responsabilização internacional em caso de violação dos direitos por ele consagrados. O Brasil aderiu ao PIDESC em dezembro de 1991 e, entre os acordos estabelecidos no pacto, a questão da alimentação é destacada, entre outros direitos humanos como à saúde, à terra, à água, ao trabalho e à educação. Tem-se que os princípios que fundamentam a Política de SAN, dizem respeito ao direito humano à alimentação adequada (DHAA) e à soberania alimentar (SA). Isso significa imprimir uma ótica de intersetorialidade, envolvendo a articulação entre os diferentes setores de governo em suas políticas, programas e ações, num sentido significativamente qualificador da gestão pública. A partir desses processos, os anos 2000 trazem um franco desenvolvimento e consolidação dos requisitos, estratégias e marcos legais para se estruturar a Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional e o Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional (SISAN), já tendo sido realizadas três Conferências Nacionais (1994, 2004 e 2007). Destaca-se que o Paraná já realizou duas Conferências Estaduais de SAN, com cerca de 400 delegados regionais e, cujas proposições, principalmente no campo da nutrição e saúde no SUS, agricultura familiar e modelos sustentáveis de produção alimentar pela agroecologia e alimentação escolar tem contribuído para a consolidação do movimento estadual e nacional de construção da política de SAN. Neste cenário, o CONSEA-PR, é identificado como instância integrante do Sistema Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional do Paraná SISAN-PR, sendo órgão de

assessoramento imediato ao Governador e que tem sob sua responsabilidade, entre outras atribuições, mobilizar a sociedade e convocar a Conferência Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional e Conferências Regionais Territoriais ou Municipais. Com o evento dessa webconferência o CONSEA-PR, em parceria com o FESSAN- PR e a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná, no referencial do lema da IV Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional enseja dar início ao engajamento da sociedade paranaense à Campanha Nacional ALIMENTAÇÃO: DIREITO DE TODOS FAÇA VALER. Esse tema convoca a uma mobilização que possui também um caráter formativo e de fortalecimento da cultura da ação intersetorial entre os trabalhadores dos diversos setores da administração pública, na perspectiva da consecução universal do direito humano a uma alimentação adequada, saudável e segura. Assim, a webconferência ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL: DIREITO DE TODOS! Mobilização pela Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional no Paraná além de seu propósito geral já explicitado, também tem o intuito de identificar e cadastrar redes sociais e de trabalhadores de saúde atuantes nas dimensões da SAN e mapear suas ações mais significativas para articular esses atores na definição de prioridades para o Plano Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional que são objetivos do cenário atual da IV Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional a realizar-se em Salvador-BA, em novembro de 2011 já tendo sido convocada por decreto federal de dezembro de 2010. Por fim, destaca-se que a formação nas temáticas da Política e do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional é essencial para que se possa concretizar avanços na garantia do Direito Humano à Alimentação Adequada e da Soberania Alimentar nos planos executivos dos diversos setores da administração pública e segmentos organizados da sociedade, visando a ampliação e o fortalecimento de um modelo de desenvolvimento sustentável no horizonte das dimensões econômico-social-ambientalcultural, com respeito às diversidades territoriais e à participação social. Em última instância, a meta da política de SAN objetiva na dimensão humana o alcance universal do direito à qualidade de vida, com saúde, nutrição adequada e cidadania plena.