Instituto de Educação Infantil e Juvenil Verão, 2015. Londrina, Nome: de Ano: Tempo Início: Término: Total: Edição 2 MMXV Intermediária 2 Grupo A A TEMPESTADE
É um quadro que mostra um profundo senso de mistério. Uma pequena ponte nas águas escuras perto de Ficha técnica uma cidade explode em tons brilhantes sob um céu ameaçador, cujas nuvens são divididas pelo brilho de um Data: c. 1508 relâmpago. Nenhum traço de mal-estar nos personagens Técnica: óleo sobre tela e no seu isolamento. Eles vivem suas próprias emoções no Dimensões: 82 x 73 cm seio da natureza, apesar dos sinais. (Alvarez Lopera) Localização: Galleria dell Academia, Veneza Giorgione (Castelfranco Veneto, c. 1477 Veneza, fins de 1510) como é conhecido Giorgio Barbarelli da Castelfranco, tido como o fundador da pintura veneziana, gostava de usar as paisagens situadas nos arredores de Veneza como cenário para seus quadros clássicos e religiosos. A Tempestade é o quadro mais famoso do pintor e foi descrita, por volta de 1530, como Paisagem em tela com tempestade, cigana e soldado. Sua importância se dá, sobretudo porque na época, a paisagem só entrava como complemento numa obra. E esta pintura é basicamente uma paisagem. Não se conhece o significado que por acaso a obra possa encerrar, como supõem alguns. A obra foi encomendada pelo nobre Gabriel Vendramin. A Tempestade trata-se de uma obra de pequenas dimensões, apresentando um local poético com suas cores fortes e tristonhas, em que o pintor veneziano usa a cor e a luz para dar unidade à pintura. Os tons de azul no fundo trazem uma sensação delicada de profundidade, enquanto cores mais quentes apresentam-se no primeiro plano. Giorgione usa a técnica do sfumato, já utilizada por Da Vinci, mas não se sabe se ele já conhecia o trabalho do gênio. A composição mostra uma cidade desértica com uma cegonha branca no telhado de uma das casas, talvez simplesmente observando a tempestade que virá, sem nenhuma simbologia. Mas, para alguns, ela tem um significado, pois, simboliza a castidade, a pureza e a vigilância para o cristianismo. E, embora a tempestade avizinhe-se, os dois personagens permanecem tranquilos, como se nada estivesse prestes a acontecer. Em primeiro plano estão um homem e uma mulher que amamenta sua criança. O homem, bastante jovem, segura um cajado de peregrino. Quem seria ele e o que estaria fazendo ali? Antes de pintar a figura do homem, Giorgione teria pintado antes uma mulher banhando-se, conforme comprovam exames de raios X. Por que teria mudado de ideia? Dois pilares quebrados encontram-se atrás do jovem. O que representariam? A mulher está quase que totalmente despida. Um pano branco cinge-lhe os ombros e parte das costas, e sobre parte dele ela se assenta. Suas pernas estão separadas e ela inclina o corpo para frente. Seu bebê não se encontra em seu colo, mas à sua direita. Uma cobra rasteja no chão em direção à mulher. Alguns estudiosos de arte acreditam que seja uma referência a Eva, a mulher da composição, e a criança seria seu filho Caim. Assim como a mulher, o homem também usa branco na camisa debaixo do gibão desbotoado, de modo que o olhar do observador vagueia de uma para a outra figura. O olhar do observador passa pelo homem, pela mulher com a criança, pelo rio e se dirige para o fundo da composição, em direção às nuvens pesadas, onde um relâmpago corta o céu e clareia a cidade desértica, deixando no ar uma certa tensão. O artista capta o exato momento em que o relâmpago ilumina as nuvens. A paisagem não é apenas um pano de fundo. É a verdadeira estrela da cena. Giorgione fez esboços preliminares, mas diretamente pintado. A luz e a cor da chegada da tempestade, depois que você vê relâmpagos no céu, é o verdadeiro sujeito da pintura. Eles dizem que a paisagem poderia representar Arcadia, na periferia de uma cidade. A cena é completada por um córrego, árvores e ruínas. As nuvens escuras do céu iluminado por um clarão de relâmpago, anunciando a tempestade iminente. As cores são suaves e iluminação suave. Dominado por cores frias como azuis e verdes. Ao centro uma ponte sobre um rio de águas escuras, algo comum nas casas de campos.
A representação hipnótica da tempestade iminente age como um símbolo do poder da natureza. Somente pintores britânicos do século XIX conseguiram capturar a emoção do tempo, que, juntamente com as ruínas, são elementos puramente românticas. A composição, A Tempestade, banhada por uma suave luz dourada, é vista como uma das mais lindas obras de arte. Existe nela um todo harmonioso, onde tudo se funde, resultado da combinação da luz e do ar. Giorgione vai abrindo mão das linhas dos contornos para trabalhar com as transições da cor. Até então, a paisagem servia apenas de fundo para os personagens. Mas aqui, ela é o tema da pintura, preenchendo a maior parte da tela. Vê-se que o interesse do artista estava voltado para a natureza, onde tudo se funde. A paisagem já não é mais vista como mera decoração. Curiosidade Sfumato trata-se da habilidade de suavizar ou borrar as extremidades das formas, para evitar um contorno definido, ou seja, contornos suaves que escondem a transição entre as cores. Fontes de Pesquisa: A história da arte/ E.H. Gombrich Arte em detalhes/ Publifolha Tudo sobre arte/ Sextante Identificando a obra Nome do artista Em que ano foi pintada Medidas da tela Onde está hoje
Quais são os elementos que você vê na tela? Observando a obra O que aparece no segundo plano da imagem? E no primeiro plano, quais são os elementos que aparecem? Qual é o período do dia que a cena representa? De acordo com a imagem, como está o tempo nesse dia? Comente sobre a luz incidente da figura do raio sobre a vila. Que tons foram utilizados para representar o céu? Por quê? Que cores estão representando os elementos da terra? Por quê
O que você sentiu ao observar a tela de Gorgine? Dialogando com a obra Depois de pensar a respeito e responder às questões acima, qual a sua opinião sobre essa obra de Giorgine?