Balanço a 30 de Junho de 2004



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Transcrição:

Caracterização Em 30 de Junho o registo central de ajudas de minimis apresentava um volume financeiro de apoios aprovados de mais de 612 milhões de euros, sendo composto por 37 337 registos de apoios. Estes valores ilustram com clareza a importância 1 que os auxílios de estado de reduzida dimensão assumem na política de apoio às empresas desenvolvida pelo Estado português. QUADRO I Registo de apoios un: euros 1 Note-se que na mesma data o PRIME havia apreciado 24 322 candidaturas para a totalidade dos sistemas de incentivos. DGDR/DSAE 1

Encontramos este tipo de ajudas em 12 dos 18 programas do Quadro Comunitário de Apoio (QCA) III, 1 do QCA II e 3 programas da responsabilidade exclusiva do Estado Português (FAIA, programa específico a pequenos projectos de investimento no Alentejo, Benefícios Fiscais de apoio à Interioridade e PROREST, de apoio à modernização do sector da restauração). Figura I Número de registos por Programa PRODESA 0,16% POP RAM 2,90% PO Centro 0,01% PEOE/PO regionais 21,23% BENEFÍCIOS FISCAIS 34,50% PPDR 3,09% PREA 0,47% IFT/BANCA 0,98% EMPREGO 0,89% POSI 0,03% PO SAÚDE 0,24% PRIME 35,43% POCTI 0,07% Figura II Volume de apoios por Programa PPDR 2,10% BENEFÍCIOS FISCAIS 4,77% PREA 0,52% IFT/BANCA 0,52% EM PREGO 1,0 9 % POSI 0,04% PRODESA 0,16% POP RAM 4,76% PO Centro 0,03% PRIM E 65,94% PEOE/PO regionais 19,58 % PO SAÚDE 0,49% As conclusões a extrair da análise das duas figuras anteriores, que ponderam a importância relativa dos programas, quer em termos de número de registos quer de DGDR/DSAE 2

volume de apoios vão no sentido de destacar a relevância dos incentivos concedidos no âmbito do QCA III na totalidade dos apoios de minimis atribuídos. Esta tendência tem-se mantido constante ao longo do tempo. No universo QCA III, para o período de programação 2000-2006, não tendo existido reprogramações significativas, o cenário também pouco se alterou mantendo-se a primazia dos apoios concedidos pelo Programa de Incentivos à Modernização da Economia (PRIME), que representa 66% do volume de apoios concedidos, seguido dos Programa de Estímulo à Oferta de Emprego da responsabilidade do Instituto de Emprego e Formação Profissional, financiado pelos Programas Operacionais Regionais inseridos no eixo 4 do QCA III. O volume médio dos apoios concedidos situa-se na ordem dos 16 400, este valor tem vindo a decrescer de forma progressiva (em Maio de 2003 era superior em 2 400 ), o que reflecte que o número de apoios de menor dimensão tem aumentado. FIGURA III Valor médio dos apoios 80000 70000 60000 (em euros) 50000 40000 30000 20000 10000 0 EMPREGO POSI PRIME PEOE/PO regionais PO Centro POP RAM PRODESA PPDR PREA IFT/BANCA Média por Programa Média Apoios Minimis A figura anterior reflecte, relativamente à média dos apoios concedidos, a existência de uma grande dispersão quando olhamos para os apoios concedidos por programa. Esta dispersão também se verifica no interior dos programas, nos casos em que compreendem mais de uma medida, designadamente no Programa de Incentivos à Modernização da Economia (PRIME), que possui sistemas de incentivos cujos apoios médios se situam acima dos 50 000 (SIME e SIVETUR) e outros abaixo dos 20 000 (SIUPI e Programa Quadros). DGDR/DSAE 3

Uma vez que ao abrigo da regra de minimis podem coexistir vários apoios, até ao limite de 100 000, concedidos à mesma empresa, aos 37 337 registos de apoios apenas correspondem 32 884 empresas, o que significa que 12% das empresas beneficia de mais de um apoio de minimis. Desta forma o nível médio de apoio por empresa é ligeiramente superior ao nível médio dos apoios por registo. É também de referir que as empresas podem beneficiar em simultâneo de apoios atribuídos ao abrigo da regra de minimis e de outros auxílios estatais autorizados pela CE ou abrangidos por um regulamento de isenção por categoria, pelo que os apoios de minimis registados podem representar apenas uma parcela do incentivo total concedido. Primeiro semestre de 2004 Durante o primeiro semestre de 2004 foram efectuados 4 113 registos o que comparado com o período análogo em 2003 2 representa um aumento de quase 100% no número de comunicações. FIGURA III Registo mensal dos apoios 1.400 1.200 Nº de registos 1.000 800 600 400 200 0 Jan-04 Fev-04 Mar-04 Abr-04 Mai-04 Jun-04 Para a maioria dos Programas que prevêem a concessão de apoios de minimis, as comunicações decorreram de forma crescente. A figura anterior representa a repartição mensal dos 4 113 registos efectuados nos seis primeiros meses de 2004, que revela que o número de registos tem vindo a aumentar ao longo do semestre. 2 No valor relativo a 2003 não estão incluídos 12 880 registos que se referem à comunicação efectuada no início de 2003 relativa aos benefícios fiscais atribuídos em 2001 por ter sido única até ao momento e como tal não comparável neste contexto. DGDR/DSAE 4

A média mensal no período em análise atingiu 685 registos, número significativamente superior aos 450 verificados em 2003. Porém, este aumento do volume de registos não se reflecte significativamente no aumento do montante dos apoios pois foram efectuados muitos registos de anulação total ou parcial de apoios anteriores, o que em parte encontra justificação no facto de ser exactamente na primeira metade do ano que se procede à revalidação integral da informação registada, através do envio das listas totais de registos para as entidades responsáveis pela concessão das ajudas que por sua vez nos comunicam as eventuais alterações ocorridas. Neste período iniciaram-se as rotinas de comunicação para 3 novas medidas: - os apoios concedidos pelo Programa Operacional do Emprego, Formação e Desenvolvimento Social para projectos de Desenvolvimento Organizacional ; - os apoios atribuídos no âmbito do Programa Operacional do Centro, na Acção Integrada de Base Territorial de Vale do Côa, no sistema de auxílios à dinamização de aldeias e vilas; - os apoios à conversão/modernização do sector da restauração, atribuídos no âmbito de um sistema de apoio da responsabilidade exclusiva do Estado Português, gerido pelo Instituto de Turismo de Portugal, designado por PROREST. Resultados do controlo de acumulação de ajudas Sendo o controlo efectuado com base num período de análise móvel de 3 anos, constata-se que à medida que se vencem os três anos algumas empresas voltam a beneficiar de apoios enquadrados na regra de minimis, dentro do mesmo sistema de incentivos ou noutros sistemas de incentivos complementares, reiniciando-se o ciclo do controlo das ajudas. No quadro seguinte está indicado o número de empresas que presentemente constam no registo central de ajudas com apoios de 100 000, repartidas por programas, e o número de empresas que beneficiariam de apoios para além do limite de minimis, caso não existisse este tipo de controlo. DGDR/DSAE 5

QUADRO III Controlo de acumulação de ajudas Dos sistemas em que se regista maior número de situações de apoios que igualam os 100 000 euros, encontra-se largamente destacado o maior sistema de incentivos do PRIME, o SIME, o que resulta claramente de se tratar de um sistema de incentivos vocacionado para apoiar grandes projectos de investimento. Quanto às situações de apoios que ultrapassariam os 100 000 euros, estão concentradas nos benefícios fiscais à interioridade já que a sua atribuição é automática, sendo apurada em função da declaração fiscal entregue pela empresa, e corrigida à posteriori. DGDR/DSAE 6