FICHA DE INSCRIÇÃO. Comunidade: Os agricultores beneficiários estão distribuídos em 20 municípios das Regiões Noroeste e Oeste do Paraná.

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Transcrição:

FICHA DE INSCRIÇÃO DADOS DA INSTITUIÇÃO: Nome: Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER. Endereço: Rua da Bandeira, 500 Bairro Cabral Curitiba-PR CEP: 80035-270 Executora de Chamada pública de Ater: (X) Sim Qual: Atualmente o EMATER executa diversas Chamadas Públicas de ATER. DADOS DO AGENTE DE ATER Nome: Joaquim Rocha Martins Engº Agrônomo Unidade Municipal de Umuarama Regional de Umuarama. Endereço: Av. São Paulo, 5305 Zona II CEP: 87.501-420 Umuarama. Telefone: (44)3621-3250 / (44)8403-0931 E-mail: joaquimmartins@emater.pr.gov.br DADOS QUE IDENTIFIQUEM A PRÁTICA: Nome do Agricultor (a) (es) (as) ou organização da agricultura familiar: Atualmente 132 agricultores são beneficiários da prática, distribuídos em 20 municípios das regiões Noroeste e Oeste do Estado do Paraná. Comunidade: Os agricultores beneficiários estão distribuídos em 20 municípios das Regiões Noroeste e Oeste do Paraná. Telefone: (44)3621-3250 / (44)8403-0931 E-mail: joaquimmartins@emater.pr.gov.br Georreferenciamento: Diversos pontos de georreferenciamento (132 propriedades rurais). Município: Umuarama Estado: Paraná Sigla: PR Região: Região Sul: Latitude: 23º 45' 59" S / Longitude: 53º 19' 30" W Altitude: 442m / Área: 1232,5 Km2

Fonte: Google - https://www.google.com.br/maps/@-23.7679397,-53.2855809,21662m/data=!3m1!1e3 CATEGORIA DA BOA PRÁTICA DE ATER - Eixo V. Agricultor Experimentador

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO CADERNO BOAS PRÁTICAS DE ATER NA AGRICULTURA FAMILIAR E NA REFORMA AGRÁRIA

1. INTRODUÇÃO 1.1. Caracterização da Situação Antes da Execução da Prática Embora no noroeste paranaense, a bovinocultura de leite seja a principal exploração nas propriedades de agricultura familiar, na maioria desses estabelecimentos a atividade leiteira apresenta baixos índices de produtividade e de rentabilidade, devido estar sendo conduzida mediante a adoção de práticas de baixo nível tecnológico de produção, associado a isso, os produtores não utilizam mecanismos de gestão da exploração, ou seja, não efetuam os registros dos índices zootécnicos e econômicos. Em conseqüência disso, tem levado a um ciclo de pobreza no meio rural, o qual em muitos casos faz com que o produtor abandone a atividade, tornando-se mais um trabalhador sem qualificação nos centros urbanos regionais. Surgido no ano de 1988, o Projeto Redes de Referências Para a Agricultura Familiar é um trabalho pioneiro no Paraná, tendo como característica o acompanhamento sistêmico de propriedades representativas da agricultura familiar no qual o técnico de extensão rural, o pesquisador e o agricultor colaborador trabalham juntos no planejamento de ações e intervenção para a melhoria do sistema produtivo. Este projeto vem sendo trabalhado há mais de 10 anos em diversos sistemas produtivos na região Noroeste do Paraná, com a finalidade de validar e difundir os resultados obtidos na melhoria dos índices produtivos e aumento da renda familiar desta região. Entre vários sistemas produtivos envolvidos, têm a bovinocultura de leite como atividade principal, sendo que os resultados alcançados nas propriedades de estudo do Projeto Redes tem demonstrado aumentos significativos nos índices zootécnicos desses estabelecimentos familiares de produção. Nesse contexto, em 2008 o IAPAR apresentou à SETI (Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), através do Programa Universidade Sem Fronteiras, o projeto intitulado Rede de Transferência Tecnológica em Sistemas de Produção de Leite em Pasto na COOPELER - Território Entre Rios. O objetivo desta texto foi de validar o modelo de transferência de tecnologia preconizado pelo Projeto Redes de Referências Para a Agricultura Familiar. O referido projeto de validação foi aprovado e sua execução ocorreu em 2009 e 2010, sob a coordenação do IAPAR e do EMATER, através da parceria estabelecida com a COOPELER, 07 prefeituras municipais do Território Entre Rios e a própria SETI, sendo que esta disponibilizou os recursos financeiros para o pagamento dos bolsistas colaboradores: 02 profissionais de ciências agrárias (01 agrônomo e 01 veterinário) e 02 estudantes

universitários na área de administração (para atuarem como auxiliares dos técnicos nas questões de registro/controle das informações). A cooperativa arcou com as despesas de manutenção de 02 veículos (01 cedido pelo EMATER e 01 cedido pelo IAPAR), além de disponibilizar a base física e os materiais de escritório utilizados pelos técnicos, enquanto as prefeituras municipais cobriram as despesas de combustível e de alimentação dos mesmos. Ancorado nos resultados e indicadores obtidos nas propriedades assistidas pelas Redes de Referências, o projeto adotou, de forma sistêmica, o seguinte itinerário técnico: aumento da produção de forragens com qualidade, ajuste do balanço nutricional, controle reprodutivo, criação de bezerras, sanidade, qualidade do leite, conforto animal, adequação ambiental e gestão de indicadores técnicos e econômicos. Em outubro de 2010 foram analisados os dados do projeto como um todo, ficando evidente que, na média das propriedades assistidas, houve uma mudança positiva no perfil da produção leiteira; o que levou à discussão da continuidade do trabalho após o término do prazo de execução do projeto patrocinado pela SETI, previsto para dezembro/2010. Nesse sentido, foi debatida e referendada (com a participação dos prefeitos, da diretoria da COOPELER e dos seus cooperados) uma proposta que previa que as despesas referentes ao custeio da assistência técnica seriam assim partilhadas: 50% pagas pelos cooperados assistidos (com valores indexados ao volume mensal produzido), 25% pagas pela COOPELER e 25% pagas pelas prefeituras municipais (em função do n o de produtores assistidos por município, mediante termo de convênio com a cooperativa devidamente aprovado pelas respectivas câmaras municipais de vereadores). Tendo em vista os bons resultados obtidos junto aos produtores assistidos da COOPELER, passou-se a discutir mecanismos de multiplicação do modelo de assistência na região. Como produto da referida discussão, chegou-se a conclusão de que, dadas as características do mesmo (periodicidade mensal das visitas, duração das mesmas e alternância de formação profissional entre os assistentes técnicos), tanto o EMATER quanto as prefeituras municipais não teriam condições de disponibilizar profissionais para a constituição de novos grupos de produtores assistidos, devido à realidade de tais instituições, em termos de disponibilidade de pessoal nos seus respectivos quadros técnicos, uma vez que sobre estes recaem outras demandas de trabalho, inclusive como executores de políticas públicas para o meio rural, especialmente no caso do EMATER. A partir dessa conclusão, o estabelecimento de parcerias com os laticínios sediados no Território Entre Rios, foi visto como a forma mais viável para a formação de novos grupos de produtores assistidos através do modelo proposto. O trabalho de formatação das parcerias acima referidas, de certa forma foi facilitado pelo lançamento do Fórum dos Promotores do Desenvolvimento do Agronegócio

Paranaense, pelo Governo do Estado, em outubro de 2011; dentro do qual a cadeia produtiva do leite foi contemplada através do Projeto Piloto Leite no Arenito Caiuá; cujos Grupos Gestores das regiões de Umuarama e de Cianorte definiram que o eixo de atuação seria a assistência técnica, com concentração de esforços na ampliação do número de produtores assistidos no modelo validado junto a COOPELER, através da parceria com as indústrias existentes nas duas regiões. Assim, em novembro de 2011 foi realizada uma reunião em Umuarama, com a presença de representantes de laticínios da região, para apresentação do modelo de assistência técnica e seus resultados no período de validação, bem como para propor às indústrias a implantação do mesmo junto a grupos de seus produtores fornecedores, mediante o estabelecimento de parcerias entre indústria e produtores assistidos, para rateio do custo financeiro da AT, e entre indústria, produtores assistidos, EMATER e IAPAR, para implantação e coordenação do trabalho. Da mesma forma, o assunto foi tratado com as indústrias da região administrativa de Cianorte e, mais recentemente (anos de 2013 e 2014), com indústrias sediadas na região de Toledo. Deste modo, foi ampliado o número de indústrias parceiras, bem como de produtores assistidos pelo projeto, o qual, a partir de junho de 2014, passou a ser denominado de Programa Leite MAIS. 1.2. Aspectos Gerais da Prática O EMATER (Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural) e o IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná), ambos vinculados à SEAB (Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento), coordenam o Programa Leite MAIS, cuja execução é realizada pela COOPERMAIS (Cooperativa de Trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural), a qual foi credenciada pelos referidos institutos como o agente de assistência técnica responsável pela operacionalização do Programa. Atualmente, através do Programa Leite MAIS estão sendo assistidos 132 produtores de leite, cujas propriedades estão localizadas em 20 municípios das regiões administrativas de Campo Mourão, Cianorte, Paranavaí, Toledo e Umuarama; mediante a participação das seguintes empresas parceiras: Cooperativa dos Produtores de Leite do Território Entre Rios (marca comercial: COOPELER), São Leopoldo Alimentos Ltda (marca comercial: São Leopoldo), Laticínios Simionato Ltda (marca comercial: Vidativa), Laticínios Guaíra Ltda. (marca comercial: Real Lacto), Indústria e Comércio de Laticínios Tapira Ltda (marca comercial: Laticínios Tapira), Laticínios Palotina Ltda (marca comercial: La Salle) e Laticínios Latco Ltda. (marca comercial: Latco). Neste momento, são parceiras do Programa Leite MAIS as Prefeituras Municipais de Palotina, São Jorge do Patrocínio, Tapira e Terra Roxa.

2. OBJETIVO DA PRÁTICA O Programa Leite MAIS tem como objetivo aumentar, de forma sustentável, a produtividade, a qualidade do produto e a rentabilidade na atividade leiteira, através da prestação de orientação técnica personalizada aos produtores assistidos; trazendo assim a possibilidade de melhoria na qualidade de vida das famílias produtoras e com isso ampliando a perspectiva de sucessão na agricultura familiar. 3. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA O Programa Leite MAIS adota de forma sistêmica o modelo descrito pelo Projeto Redes de Referências para Agricultura Familiar, obedecendo ao seguinte itinerário técnico: planejamento forrageiro de verão e inverno, produção de forragens com qualidade, conforto animal, nutrição de precisão, controle reprodutivo, sanidade, criação de bezerras, qualidade do leite, adequação ambiental e gestão de indicadores técnicos e econômicos; mediante a prestação de assistência técnica realizada de um modo personalizado por dois profissionais, um da área de produção animal e outro de produção vegetal, que após treinamento ministrado pelos pesquisadores do IAPAR, realizam visitas mensais às propriedades, com duração de meio período e de forma alternada entre ambos (num mês a propriedade é visitada por um engenheiro agrônomo e no mês seguinte por um médico veterinário). Conforme pode ser observado no Check List em anexo, durante a visita são executadas as seguintes atividades: avaliação das condições produtivas e mensuração da disponibilidade de pastagens, avaliação das condições produtivas das áreas de produção de volumosos de inverno, atribuição de escore de condição corporal (ECC) ao rebanho, avaliação das condições sanitárias do rebanho, avaliação da higiene das instalações e equipamentos, realização do balanceamento individual das vacas, monitoramento da pesagem das bezerras/novilhas e ajuste da quantidade de ração, transferência para a ficha do animal das anotações feitas pelo produtor, diagnóstico de prenhêz, anotação das recomendações no caderno apropriado, acompanhamento da rotina de ordenha sempre que necessário, e entrega ao produtor do calendário de visitas para o próximo mês.

Por parte dos produtores assistidos são previstas as seguintes atividades: pesar a produção de leite de cada vaca um dia antes da visita, passar a fita de pesagem nas vacas lactantes, efetuar o registro de eventos reprodutivos e sanitários em quadros a serem afixados na sala de ordenha, separar os animais que necessitam de avaliação/diagnóstico reprodutivo e/ou sanitário, e registrar as receitas e despesas no caderno apropriado. Tendo em vista que a disponibilidade de forragens durante o ano todo é um dos gargalos a serem superados para a melhoria da escala de produção de leite na agricultura familiar da região, a estratégia técnica do Programa contempla a elaboração do planejamento forrageiro, visando garantir o adequado suprimento de alimentos volumosos para os animais existentes nas propriedades assistidas. Para isso, anualmente é feito o inventário do rebanho leiteiro, por categoria e com projeção da sua evolução nos próximos 12 meses, para que possam ser dimensionadas as áreas de produção de pastagens, para utilização no período de primavera-verão, assim como de produção de volumosos a serem utilizados durante o outono-inverno. Merece ser destacado que a estratégia técnica do Programa está voltada para a produção de leite em pasto, como forma de possibilitar ao produtor um menor custo de produção durante a primavera-verão, em função da redução da despesa com alimentação (que é o fator que mais impacta o custo da atividade), uma vez que, quando comparada às outras opções de alimentos volumosos, as pastagens têm um menor custo. Nesse sentido e visando conciliar a quantidade com a qualidade nutricional na produção de pastagens, o modelo de assistência técnica dá ênfase ao correto manejo da fertilidade do solo e ao manejo racional do pastejo. Para isso, o produtor assistido recebe orientações quanto a divisão racional das áreas em piquetes e a distribuição racional de água para o rebanho (objetivando reduzir as perdas de energia provocada pelo deslocamento dos animais, contribuindo assim para a melhoria do desempenho produtivo dos mesmos), bem como quanto a adequação da carga animal ao potencial produtivo das forrageiras (taxa de lotação por área), evitando o superpastejo e, consequentemente, a degradação das pastagens. Deve ser ressaltado que, além de proporcionar as vantagens acima mencionadas, o manejo racional das áreas de pastagens também converge para o componente de sustentabilidade ambiental preconizado pelo Programa, haja vista que uma área de pastagem degradada, uma vez recuperada ou reformada, mediante a adoção de práticas conservacionistas adequadas e recebendo um bom manejo subsequente, tem a sua perenidade assegurada, trazendo benefícios nos aspectos físicos e químicos do solo, a partir, inclusive, do acúmulo de matéria orgânica, o qual impacta positivamente a CTC

(capacidade de troca catiônica), além de reduzir a ocorrência de erosão do solo, pelo aumento da capacidade de infiltração de água no perfil do mesmo. Tal incremento de matéria orgânica, se deve ao maior sequestro e armazenamento de carbono em solos sob pastagens bem manejadas, em comparação com áreas de pastagens degradadas. Outra prática contemplada pelo Programa e que tem ligação com a sustentabilidade ambiental, é a implantação do sistema silvipastoril, através do qual o componente florestal é inserido nas áreas de pastagem, visando obter conforto térmico para o rebanho leiteiro a partir do sombreamento de tais áreas, além de contribuir para o sequestro de carbono, para o aumento da infiltração de água no perfil do solo e para a redução da velocidade dos ventos (diminuindo com isso a perda de água do solo, via redução do processo de evapotranspiração). Além dos aspectos ambientais acima referidos e dos aspectos econômicos (aumento de produção e de renda, conforme pode ser observado nos resultados apresentados abaixo), o Programa orienta tecnicamente os produtores, de forma personalizada e contínua, em ações que contemplam a complexidade da produção leiteira, tais como: manejo geral, sanitário e reprodutivo do rebanho, melhoramento genético, criação de novilhas, qualidade do leite produzido e gestão técnica e econômica; visando a sustentabilidade do sistema produtivo como um todo, a partir da adoção de boas práticas agropecuárias na condução do conjunto de atividades inerentes ao mesmo. 4. RESULTADOS Como resultado do diálogo com as indústrias, além da continuidade do trabalho na COOPELER, estabeleceram-se parcerias com os seguintes laticínios: São Leopoldo (sede em Iporã), Vidativa (sede em Terra Boa), PicNic, (sede em Tapejara), Guaíra (sede em Guaíra) e Tapira (sede em Tapira). Com a execução do Programa Leite MAIS nas parcerias acima referidas, mediante a adoção do modelo de assistência técnica proposto, tem-se alcançado resultados semelhantes aos obtidos junto ao grupo de produtores assistidos pelo Programa na COOPELER, cuja análise dos dados de produção do grupo, no período de setembro/2009 a setembro/2013, mostra o incremento da produção média diária dos assistidos, a qual passou de 119,7 litros/dia em setembro/2009, para 167,7 litros/dia em setembro/2013 (Gráfico 01).

GRÁFICO 01 - Evolução da produção média de leite (litros/dia) do grupo de produtores assistidos, dos demais cooperados e da COOPELER. Fonte: Martins et al., 2014 Tal aumento de produção resultou especialmente do ajuste alimentar promovido através da melhoria quantitativa e qualitativa dos volumosos ofertados durante o período de verão (pastagens adubadas e racionalmente utilizadas) e inverno (silagem de sorgo e canade-açúcar), bem como do balanceamento nutricional individualizado (nutrição de precisão) das vacas em lactação, em função da quantidade de leite produzido, do período de lactação e do peso vivo dos animais; intervenções estas que também impactaram positivamente o desempenho reprodutivo do rebanho, proporcionando uma elevação da relação vacas lactantes:vacas secas, de 50:50 para 80:20, bem como um intervalo entre partos (IEP) entre 12 a 14 meses. A falta de um planejamento forrageiro que contemple a produção de alimentos volumosos para o rebanho durante os 365 dias do ano é o maior limitante para a produtividade das propriedades leiteiras no Noroeste do Paraná. Conforme pode ser observado no Gráfico 01, a tendência é de que nos períodos de inverno os produtores não assistidos reduzam o volume de leite produzido, enquanto os assistidos aumentem suas produções. Com esse resultado tais produtores contribuíram para que o volume de leite recebido pela COOPELER, durante a entressafra, não caísse muito. Além dos benefícios técnicos e produtivos, as visitas periódicas possuem um viés sociocultural agregado. O fato de o produtor receber mensalmente o técnico na propriedade faz com que ele seja estimulado a aplicar as recomendações técnicas repassadas no mês

anterior, ao mesmo tempo em que passa a cobrar mais empenho e comprometimento dos técnicos durante as visitas. Em decorrência do incremento no volume produzido, os produtores assistidos passaram a obter uma maior receita bruta mensal média, quando comparados com os cooperados que não receberam a assistência técnica do Programa naquele período (Gráfico 02). Associada ao aumento na receita bruta houve também a elevação da margem bruta (MB) mensal média auferida pelos assistidos (Gráfico 02). Convertida em número de salários mínimos (SM) recebidos por mês, a referida MB média pode ser traduzida num aumento na remuneração de 2,33 SM em setembro/2009, para 3,41 SM em setembro/2013 (Gráfico 03). Este grau de aumento na renda não foi obtido pelos demais cooperados, os quais, em termos de SM/mês, passaram de 1,15 em setembro/2009, para 2,00 em setembro/2013 (Gráfico 03). Observando-se o comportamento dos produtores assistidos e dos não assistidos, em termos de volume diário de produção, e também levando em conta que no período analisado a cooperativa praticou preços iguais para o produto entre os dois grupos de cooperados, percebe-se a importância do aumento da escala de produção para o aumento da rentabilidade na exploração leiteira. GRÁFICO 02 - Evolução da receita bruta média e margem bruta (R$/mês) dos produtores ssistidos e dos demais produtores da COOPELER. Fonte: Martins et al., 2014

. GRÁFICO 03 Remuneração média (SM/mês) dos produtores assistidos e dos demais produtores da COOPELER. Fonte: Martins et al., 2014. Outro importante resultado que vem sendo obtido nas propriedades assistidas pelo Programa, diz respeito à criação de novilhas: com a adoção do protocolo de criação de bezerras proposto, no qual está previsto, entre outros procedimentos, o monitoramento mensal do crescimento ponderal dos animais, a partir do qual é feito o devido ajuste nutricional objetivando fazer com que os mesmos atinjam, entre 14 e 16 meses de vida, o peso vivo ideal (que é variável em função do padrão racial) para a primeira prenhez. Com isso, as fêmeas primíparas dos produtores assistidos pelo Leite MAIS parem com idade entre 23 e 25 meses. Dessa forma, quando comparados com os demais produtores da região, cuja primeira parição das novilhas ocorre quando as mesmas apresentam, em média, 36 a 38 meses de idade, os produtores assistidos passam a ter como perspectiva a obtenção de uma lactação a mais durante a vida útil dos seus animais; além de otimizar o processo de produção de fêmeas para a reposição e/ou ampliação do rebanho, bem como para a obtenção de renda com a venda do excedente de matrizes de boa qualidade. Também é importante destacar que, tanto na criação de novilhas como na condução do rebanho como um todo, o Programa enfatiza o correto manejo sanitário, a partir do

entendimento de que a sanidade é uma das bases para a sustentabilidade da produção leiteira, pois a mesma tem forte ligação com os aspectos reprodutivos, produtivos e de qualidade do produto final. Por isso, os produtores assistidos são orientados em práticas preventivas voltadas à saúde do rebanho leiteiro. Visando a produção de leite com qualidade, o Programa, além de orientar quanto aos aspectos sanitários e nutricionais (os quais interferem na qualidade do produto), também trabalha na implantação de protocolos de ordenha higiênica e de higienização dos equipamentos utilizados na atividade. Desta forma, tem sido possível melhorar a qualidade do leite produzido nas propriedades assistidas, como pode ser observado, por exemplo, nos resultados obtidos junto ao grupo de produtores do laticínio Vidativa, cujos níveis de CCS (contagem de células somáticas) e de CBT (contagem bacteriana total) apresentaram redução no período avaliado (janeiro/2012 a dezembro/2013), conforme pode ser observado nos Gráficos 04 e 05. Vale ressaltar, que tais resultados variaram conforme os níveis de adoção das recomendações recebidas pelos produtores, os quais foram divididos em três grupos, a saber: alta adoção, média adoção e baixa adoção; sendo que a qualidade foi superior no primeiro grupo, tanto para CCS como para CBT. GRÁFICO 04 Resultados de análises de CCS (células somáticas) feitas em amostras de leite cru refrigerado do grupo de produtores assistidos na parceria com o laticínio Vidativa, conforme o nível de adoção das recomendações feitas pelos assistentes técnicos.

GRÁFICO 05 Resultados de análises de CBT (contagem bacteriana total) feitas em amostras de leite cru refrigerado do grupo de produtores assistidos na parceria com o laticínio Vidativa, conforme o nível de adoção das recomendações feitas pelos assistentes técnicos. 5. POTENCIALIDADES E LIMITES Os resultados obtidos ao longo do período de execução do modelo de assistência técnica adotado pelo Programa Leite MAIS, têm demonstrado a eficiência do mesmo para aumentar a produtividade nas propriedades e a renda dos produtores assistidos. Esta eficiência tem sido persistente durante o tempo de aplicação do modelo, aumentando a possibilidade de sucessão na agricultura familiar, devido a perspectiva de melhoria na qualidade de vida das famílias, em consequência do incremento da renda auferida na atividade leiteira. Como entrave observado na execução do Programa, cita-se o formato inicial de atuação dos assistentes técnicos na parceria com as indústrias de laticínios. Consistia na obrigação da assistência técnica ser executada por duplas compostas por engenheiros agrônomos e médicos veterinários. Cada uma delas proprietárias de uma microempresa de prestação de serviços e atuando de forma individualizada, tanto em termos de indústria

contratante da assistência técnica, como em relação às demais duplas. Nessa formatação, a quantidade de produtores assistidos necessária por indústria era de aproximadamente 60, para que pudesse ser obtida uma arrecadação financeira capaz de proporcionar a adequada remuneração dos referidos profissionais. Porém, devido à dificuldade de atingir a meta de assistidos, iniciou-se o processo de discussão com o corpo técnico que até então vinha executando o Programa, objetivando encontrar uma nova forma de atuação, de modo a permitir que, mesmo em condições de uma menor quantidade de produtores por indústria, fosse possível alcançar a viabilidade financeira tanto para os assistentes técnicos como para a empresa contratante do serviço. Assim, após a análise de vantagens e desvantagens das diferentes formas de organização possíveis, definiu-se pela constituição de uma cooperativa de trabalho, denominada de COOPERMAIS (Cooperativa de Trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural), a qual passou a congregar todo o quadro técnico do Programa, em substituição às microempresas acima mencionadas. Desta forma, a assistência técnica passou a ser realizada de forma globalizada entre os técnicos no conjunto de indústrias parceiras, rompendo com o individualismo e possibilitando obter vantagens, tais como: otimização dos roteiros de deslocamento dos técnicos até as propriedades assistidas (com redução dos custos com quilometragem), multidisciplinaridade de conhecimento acerca dos diferentes aspectos relacionados à atividade leiteira, aquisição conjunta de materiais/equipamentos de trabalho, entre outras. Embora, até o momento, o Programa Leite MAIS venha sendo executado apenas na região noroeste paranaense, o mesmo pode ser estendido a todas as demais regiões do Estado. 6. REPLICABILIDADE A metodologia de trabalho preconizada pelo Programa Leite MAIS pode ser replicada em qualquer região do estado, necessitando apenas dos devidos ajustes às realidades locais, em termos de clima e de solo, uma vez que tais aspectos estão relacionados à possibilidade de produção de diferentes espécies forrageiras. Prova disso são os bons resultados obtidos com a aplicação do modelo de assistência técnica utilizado pelo Programa, no Território Cantuquiriguaçu, localizado no Terceiro Planalto Paranaense, nas mesorregiões geográficas Centro-Sul e parte do Oeste Paranaense. Diferentemente da região noroeste, onde os solos são arenosos e o clima é subtropical, na região do Território Cantuquiriguaçu os solos são argilosos e o clima é temperado. Tais condições ambientais não foram obstáculo para a adoção do conteúdo técnico e metodológico utilizados no Programa.

A metodologia adotada para análise técnico-econômica da propriedade neste estudo, foi a desenvolvida pelo Projeto Redes de Referências Para a Agricultura Familiar (Projeto Redes). A propriedade, que foi tipificada como pertencente ao sistema grãos + leite, tendo como renda principal a comercialização de soja e milho, passou por um processo de transição gradativo de grãos para leite. No Gráfico 06, são apresentados os volumes mensais médios e as produtividades médias por vacas nas safras estudadas. Após seis safras adotando as orientações técnicas, foi possível obter aumentos de aproximadamente 214% no volume mensal de leite e 99,3% na média de produtividade. GRÁFICO 06 - Evolução da produção de leite e da produtividade do rebanho. Fonte: BETT et al., 2014 A criação eficiente de bezerras e novilhas possibilitou uma evolução de 15 vacas ordenhadas em média na safra 2006/2007, para 23 vacas ordenhadas na safra 2011/2012, aumentando em aproximadamente 53% o patrimônio com matrizes na propriedade. No Gráfico 07 podemos observar os resultados financeiros convertidos em salários mínimos.

GRÁFICO 07 - Evolução econômica da propriedade de estudo, em salários mínimos. Fonte: BETT et al., 2014 Com o aumento da produção média mensal, houve um aumento na receita bruta de 9,36 salários mínimos. Mesmo havendo um aumento nos custos variáveis em aproximadamente 67%, houve incremento ainda maior na margem bruta, que passou de 2,51 salários mínimos para 8,94 salários no período estudado, aumento este de aproximadamente 256% na margem bruta. Os recursos provenientes da produção leiteira possibilitaram melhoria na casa de moradia da família, melhorias nas demais instalações, nas cercas e pastagens em sistema silvipastoril, ocasionando valorização da propriedade como um todo. 7. DEPOIMENTOS Vide vídeo em anexo. 8. AUTORES E COLABORADORES Autores: Joaquim Rocha Martins Engenheiro Agrônomo - Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural - EMATER - Instituto Agronômico do Paraná - IAPAR. Colaboradores: Técnicos cooperados da Cooperativa de Trabalho de Assistência Técnica e Extensão Rural - COOPERMAIS. 9. IMAGENS

Foto 01: Reunião Com Produtores Assistidos. São Jorge do Patrocínio PR, 29/04/2010. Reunião Com Produtores Assistidos. Altônia PR, 27/04/2010. Foto 03: 1 a Mostra de Bezerras e Novilhas do Programa. São Jorge do Patrocínio PR, 17/06/2011. Foto 04: Grupo de produtores do Vale do Ribeira em visita à propriedade assistida (excursão apoiada pelo SEBRAE/Curitiba). Iporã PR, 03/11/2013. 1 o Encontro de Produtores do Programa Leite MAIS. Iporã PR, 04/09/2014.

10. ANEXOS - Link para matéria publicada no jornal Folha de Londrina/Suplemento Folha Rural, em 19/01/2013: http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--2000-20130119 - Cópia (pdf) do Boletim de Comunicação Interna do Emater - Edição 160-31/01/2013. - Cópia (pdf) do Boletim de Comunicação Interna do Emater - Edição 180-28/06/2013. - Cópia (pdf) do Boletim de Comunicação Interna do Emater - Edição 190-30/08/2013. - Cópia (pdf) de matéria publicada no jornal Umuarama Ilustrado, em 03/09/2013. - Cópia (pdf) de matéria publicada no jornal Umuarama Ilustrado, em 10/09/2014. - Cópia (pdf) do Boletim de Comunicação Interna do Emater - Edição 238-12/09/2014. - Cópia (pdf) do Jornal da FETAEP - Edição 120 - Setembro 2014.