ESTUDOS DO MODELO E DE REGIMES DE CHUVA NO MANEJO DA PODRIDÃO OLHO DE BOI NAS MAÇÃS. Dr. Murilo César dos Santos Eng. Agrônomo - Fitopatologista

Documentos relacionados
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE SULFOCAL (RCNAGRO) NO CONTROLE DAS PODRIDÕES DE MAÇÃS

Contrato: 001_2009 RCN Uso de Viçosa HF para controle de mancha de Gala Projeto: 001_2009 RCN (Colletotrichum gloeosporioides) Folha: 1 de 7

Eficiência de Fungicidas para o controle de brusone do trigo (Magnaporthe grisea) - Ensaio Cooperativo

CONTROLE QUíMICO DE OíDIO, Microsphaera diffusa, EM TRÊS CUL TIVARES DE SOJA NA SAFRA 1998/1999

Avaliação dos Fungicidas no Controle da Ferrugem Asiática da Soja, Safra 2012/2013

Manejo da Ferrugem Asiática da Soja Por Número de Aplicação De Fungicidas, Safra 2012/2013

VII Congresso Brasileiro do Algodão, Foz do Iguaçu, PR 2009 Página 1044

EFICÁCIA E PRATICABILIDADE AGRONÔMICA DO PRODUTO CELEIRO (TIOFANATO METÍLICO + FLUTRIAFOL), NO CONTROLE DA FERRUGEM DO CAFEEIRO,

RELATÓRIO FINAL AVALIAÇÃO DO EFEITO DO ÓLEO VEGETAL NA EFICIÊNCIA DE FUNGICIDAS NA CULTURA DO MAMÃO

EFICIÊNCIA DE APLICAÇÃO DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DE MOFO- BRANCO NO ALGODOEIRO

MANEJO DAS DOENÇAS DE VERÃO NA PRODUÇÃO INTEGRADA DE MAÇÃS. Onofre Berton Eng. Agr. PhD Fitopatologista Epagri/Estação Experimental de Caçador

CONTROLE QUÍMICO DA MANCHA DE RAMULÁRIA (Ramularia areola) NO ALGODOEIRO EM CAMPO VERDE- MT

BOLETIM AGROCLIMÁTICO DEZEMBRO/2017

1 = Doutores em Fitopatologia Epagri: Estação Experimental de São Joaquim.

DOIS VOLUMES DE CALDA EM QUATRO ESPAÇAMENTOS DE PLANTAS DE SOJA

AVALIAÇÃO DO FUNGICIDA METOMINOSTROBIN NO CONTROLE DE RAMULARIA (RAMULARIA AREOLA) NO ALGODOEIRO EM MATO GROSSO. INTRODUÇÃO

05 AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS PRINCIPAIS

PRATICAS DE MANEJO DE QUEBRA DE DORMÊNCIA EM FRUTAS DE SEMENTE JOSÉ LUIZ PETRI

VIABILIDADE DO TRIGO CULTIVADO NO VERÃO DO BRASIL CENTRAL

Caderno de Campo Produção Integrada de Maçã PIM. Ano: Ciclo: POMAR:

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DE PULVERIZAÇÃO EM DUAS CULTIVARES DE SOJA SEMEADAS EM QUATRO ESPAÇAMENTOS DE PLANTAS DE SOJA NO VOLUME DE 200 L.

QUEBRA DE DORMÊNCIA DE GEMAS EM MACIEIRA COM PRODUTOS ALTERNATIVOS NO ALTO VALE DO ITAJAÍ

EFICIÊNCIA DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DE RAMULARIA (RAMULARIA AREOLA) NO ALGODOEIRO EM MATO GROSSO INTRODUÇÃO

INFLUÊNCIA DO NÚMERO DE APLICAÇÕES DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DE RAMULÁRIA EM DUAS CULTIVARES DE ALGODOEIRO, EM CAMPO VERDE MT

Circular. Técnica. Características e controle da podridão olho de boi nas maçãs do Sul do Brasil ISSN

8. Titulo: Avaliação de equipamentos para aplicação de herbicidas na cul Pesquisadores: José Alberto Roehe de Oliveira Velloso e Antonio

XXX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO Eficiência nas cadeias produtivas e o abastecimento global

Feksa, H. 1, Antoniazzi, N. 1, Domit, R. P. 2, Duhatschek, B. 3. Guarapuava PR. Palavras-chave: aviação agrícola, fungicida, rendimento, FAPA OBJETIVO

Efeito de Fungicidas no Controle da Pinta-Preta da Erva-mate.

RELATÓRIO DE PESQUISA 11 17

Tratamento de Sementes de Cevada, Cultivar BR 2, com Fungicidas, no Ano de 1998

AVALIAÇÃO DE UM SISTEMA DE PREVISÃO PARA O MÍLDIO DA CEBOLA

Av. Ademar Diógenes, BR 135 Centro Empresarial Arine 2ºAndar Bom Jesus PI Brasil (89)

Controle da Mancha-em-Rede (Drechslera teres) em Cevada, Cultivar Embrapa 129, com os Novos Fungicidas Taspa e Artea, no Ano de 1998

Este trabalho tem como objetivo avaliar a eficiência fungicidas no

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

Avaliação da Severidade da Ferrugem Asiática em Diferentes Arranjos da População de Plantas de Soja

DENSIDADE DE SEMEADURA E DOSES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO TRIGO DE SEQUEIRO CULTIVADO EM PLANALTINA-DF

06 AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE FUNGICIDA COM

Produção Integrada de Maçã - PIM

CONTROLE QUíMICO DE DOENÇAS DA PARTE AÉREA DA CULTURA DE TRIGO - ENSAIO COOPERATIVO DE FUNGICIDAS DO ANO DE Resumo

INFLUÊNCIA DA IDADE DA FOLHA NA SUSCETIBILIDADE DE PLANTAS DE SOJA À INFECÇÃO POR PHAKOPSORA PACHYRHIZI

QUALIDADE FISIOLÓGICA DE SEMENTES DE MAMONA ACONDICIONADAS EM DIFERENTES EMBALAGENS E ARMAZENADAS SOB CONDIÇÕES CLIMÁTICAS CONTROLADAS

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO ÓXIDO CÚPRICO NO CONTROLE DA CERCOSPORIOSE DO CAFEEIRO

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 392

CARACTERÍSTICAS E CONTROLE DAS PODRIDÕES DE MAÇÃS CAUSADAS PELAS DOENÇAS DE VERÃO DAS MACIEIRAS

Pinta-preta dos citros. Eng.-Agr. Derli Paulo Bonine

AVALIAÇÃO DE FUNGICIDAS SISTÊMICOS E PROTETORES NO CONTROLE DA Puccinia polysora UNDERW NO MILHO SAFRINHA

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

18 PRODUTIVIDADE DA SOJA EM FUNÇÃO DA

BOLETIM TÉCNICO nº 19/2017

Avaliação da performance agronômica do híbrido de milho BRS 1001 no RS

ADIÇÃO DE FUNGICIDAS PROTETORES E TRIAZOIS NO CONTROLE DE FERRUGEM POLISSORA E SEUS EFEITOS NA PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA

Picinini, E.C. 1; Fernandes, J.M.C. 1

UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA PROGRAMA DE PÓS GRADUAÇÃO EM AGRONOMIA DEISE ISABEL DA COSTA WALTER BOLLER

Avaliação da eficiência de controle da mancha amarela em duas cultivares de trigo da Embrapa Trigo, safra 2010

EFEITO DE DIFERENTES DOSES DE TASPA 500 CE E DE ARTEA 330 CE NO CONTROLE DE DOENÇAS FOLlARES EM TRIGO EM Resumo

Adequação da tecnologia de aplicação de pesticidas para diferentes sistemas de cultivo


PREPARADOS HOMEOPÁTICOS PARA O MANEJO DA MOSCA-DAS- FRUTAS NA CULTURA DO PESSEGUEIRO.

ASSOCIAÇÃO DO HERBICIDA OXYFLUORFEN COM A COBERTURA DE PALHA NO CONTROLE DE PLANTAS DANINHAS NO SISTEMA DE CANA-CRUA. CRUA.

Variabilidade de Alternaria helianthi e avaliação da resistência de girassol à mancha de Alternaria ( )

INFLUÊNCIA DA ÉPOCA DE APLICAÇÃO DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DA MANCHA DE RAMULARIA (Ramularia areola) NA REGIÃO DE CAMPO VERDE MT *

QUALIDADE DE SEMENTES DE ALGODOEIRO, CULTIVARES BRS VERDE E CNPA 7H, ARMAZENADAS EM CÂMARA SECA

3. INSTITUIÇÃO EXECUTORA: Proterra Engenharia Agronômica

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL E SAZONAL DA FAVORABILIDADE CLIMÁTICA À OCORRÊNCIA DA SARNA DA MACIEIRA NO BRASIL

Controle e Manejo de Pragas e Doenças da Maçã Mancha da Gala. Yoshinori Katsurayama José Itamar da Silva Boneti

Desempenho de cultivares de milho indicadas para cultivo no Rio Grande do Sul na safra

COMPARAÇÃO DE FUNGICIDAS PARA O CONTROLE DA MANCHA DE Phaeosphaeria DO MILHO, NA SAFRINHA

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DE CONTROLE RESIDUAL DE PLANTAS DANINHAS DO HERBICIDA CLOMAZONE, APLICADO NA DESSECAÇÃO, NA CULTURA DO ALGODÃO

Estratégias para obter Altos Rendimentos em Cereais de Inverno. Ulfried Arns Eng. Agrônomo - Agricultor

BRUSONE EM LAVOURAS DE TRIGO NO BRASIL CENTRAL - SAFRA

BOLETIM TÉCNICO nº 13/2017

Comportamento de genótipos de trigo, oriundos do Paraná, quanto à severidade de oídio, na safra 2008

CONTROLE DA COCHONILHA ATRAVÉS DE DIFERENTES INSETICIDAS, APLICADOS VIA FOLIAR, NA CULTURA DO ALGODÃO ADENSADO. Daniele Romano 1

Comunicado 67 Técnico

16 EFEITO DA APLICAÇÃO DO FERTILIZANTE FARTURE

PODA VERDE COMO ALTERNATIVA PARA AUMENTO DA FRUTIFICAÇÃO EM PEREIRA

BOLETIM TÉCNICO nº 12/2017

EFEITO DE FONTES E DOSE DE NITROGÊNIO APLICADOS NO MILHO SAFRINHA NA PRODUTIVIDADE DO MILHO SAFRINHA E NA SOJA SUBSEQUENTE 1

17 EFEITO DA APLICAÇÃO DE MICRONUTRIENTES NA

PODRIDÃO FLORAL Medidas essenciais de controle

LONGEVIDADE DE SEMENTES DE Crotalaria juncea L. e Crotalaria spectabilis Roth EM CONDIÇÕES NATURAIS DE ARMAZENAMENTO

MOMENTO DA PULVERIZAÇÃO DE FUNGICIDA NO CONTROLE DE Cercospora zeaemaydis E Phaeosphaeria maydis DO MILHO SAFRINHA

Efeito de fungicidas na inibição do crescimento micelial de Sclerotinia sclerotiorum isolado de soja

Doenças Fúngicas da Videira e seu Controle - Tabelas

CONTROLE BIOLÓGICO DAS PODRIDÕES DOS CACHOS EM UVAS FINAS DE MESA NO NOROESTE DO ESTADO DE SÃO PAULO

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1573

COMPORTAMANTO DA SAFRA 2015/2016 UMA ANÁLISE DO INÍCIO DO CICLO

Avaliação da Transmissão da Podridão Vermelha do Sisal Durante o Corte e Meios Químicos para

Níveis de infestação e controle de Spodoptera frugiperda (Lepidoptera: Noctuidae) no município de Cassilândia/MS

EFiCÁCIA DE PRIORI 250 SC EM MISTURA COM O ÓLEO MINERAL NIMBUS NO CONTROLE DA FERRUGEM E DA MANCHA BRONZEADA DA FOLHA DE TRIGO.

INTERAÇÃO ENTRE NICOSULFURON E ATRAZINE NO CONTROLE DE SOJA TIGUERA EM MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIA

RESISTÊNCIA DE CULTIVARES DE MILHO SAFRINHA TRANSGÊNICO A MANCHAS FOLIARES NO ESTADO DE SÃO PAULO

Resposta de Cultivares de Milho a Variação de Espaçamento Entrelinhas.

EFICIÊNCIA DE FUNGICIDAS NO CONTROLE DA BRUSONE DO TRIGO

Estagiário Fundação Chapadão convenio UEMS, Rodovia MS 306, km 06, Cassilândia. 3

VII Congresso Brasileiro do Algodão, Foz do Iguaçu, PR 2009 Página 1122

Smart 400 UBV O pulsfog Smart 400 UBV apresenta peso e dimensões reduzidas, o que o torna ideal para culturas adensadas. Além disso, pode operar com

EFEITO DE TEMPERATURAS E HORAS DE MOLHAMENTO FOLIAR NA SEVERIDADE DA CERCOSPORIOSE (Cercospora beticola) DA BETERRABA

Transcrição:

ESTUDOS DO MODELO E DE REGIMES DE CHUVA NO MANEJO DA PODRIDÃO OLHO DE BOI NAS MAÇÃS Dr. Murilo César dos Santos Eng. Agrônomo - Fitopatologista

DETERMINAÇÃO DA TEMPERATURA E NÚMERO DE HORAS DE MOLHAMENTO IDEAIS PARA INFECÇÃO DE OLHO DE BOI EM FRUTOS SANTOS, M.C.; SANHUEZA, R.M.V. Safra: 2008/2009, Cidade: Vacaria, RS EMBRAPA/CNPUV/Est. Exp. de Fruticultura Temperada. Cultivar: Fuji, calibre 165 a 220 Interação de Temperaturas (12, 14, 16, 18, 20, 22 e 24 C) X Interação de Molhamento foliar (8, 12, 16, 20 e 24 horas)

Interação de Temperaturas (12, 14, 16, 18, 20, 22 e 24 C) X Interação de Molhamento foliar (8, 12, 16, 20 e 24 horas) Frutos foram desinfectados e inoculados com disco de micélio Frutos foram mantidos em sacos plásticos com 95% de UR e em BOD com temperatura controlada Frutos foram armazenados em câmara fria por aproximadamente 4 meses Avaliado a porcentagem de incidência da doença da doença.

Curva de superfície-resposta para determinação dos parâmetros de infecção

CONCLUSÃO Doença ocorre a partir de 8 horas de molhamento foliar; Temperatura variando de 11 a 24 C, sendo ótimo entre 14 e 20 C

IMPACTO DA PROTEÇÃO DAS MACIEIRAS EM PRÉ-COLHEITA NA INCIDÊNCIA DA PODRIDÃO OLHO-DE-BOI EM MAÇÃS Michelon, S. F.; Santos, M.C.; Sanhueza, R.M.V. Safra: 2010/2011, Cidade: Bom Jesus, RS Cultivar: Fuji, Porta enxerto: Maruba com filtro M9, Idade: 3 anos. Pulverizador costal manual, 15 dias antes da colheita (23/02/2011).

01/02/2011 02/02/2011 03/02/2011 04/02/2011 05/02/2011 06/02/2011 07/02/2011 08/02/2011 09/02/2011 10/02/2011 11/02/2011 12/02/2011 13/02/2011 14/02/2011 15/02/2011 16/02/2011 17/02/2011 18/02/2011 19/02/2011 20/02/2011 21/02/2011 22/02/2011 23/02/2011 24/02/2011 25/02/2011 26/02/2011 27/02/2011 28/02/2011 01/03/2011 02/03/2011 03/03/2011 04/03/2011 05/03/2011 06/03/2011 07/03/2011 08/03/2011 09/03/2011 10/03/2011 Precipitações (mm) 45 40 35 30 25 20 Pulverização Colheita 15 10 5 0 Precipitação (mm) ocorrida, nos meses de fevereiro e março de 2011, Bom Jesus, RS. Datas

Ingredientes ativos utilizados, doses, porcentagem de controle e incidência e severidade da POB. Bom Jesus, RS. Safra 2010/2011. Tratamentos (i.a.) Dose (g i.a./100 L) Incidência (%) Controle da doença (%) Severidade (N médio de lesões) mancozeb 240,00 18,81 ab 52,76 b 1,77 a fluazinam 25,00 14,23 bc 72,94 ab 1,51 a Famoxadona+mancozeb 12,50 + 125,00 14,40 bc 70,99 ab 1,78 a captana 150,00 6,33 c 98,75 a 0,83 b tiofanato metílico 49,00 12,95 bc 79,01 ab 1,58 a dithianona 52,50 15,93 bc 67,38 ab 1,72 a folpet 240,00 14,34 bc 68,97 ab 1,61 a hidróxido de cobre 48,37 17,37 b 61,94 ab 1,98 a testemunha --- 27,88 a 0,00 c 2,08 a F p/ Tratamentos 7,86** 12,41** 8,68** DMS 9,81 36,84 0,58 C.V. (%) 25,81 24,07 14,68 Média seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 1% de probabilidade. i.a.: ingrediente ativo. Dados transformados em arc sen x + 1.

CONCLUSÃO Todos os tratamentos utilizados apresentaram controle da doença da doença. O fungicida captana (150 g i.a./100l) apresentou: a melhor porcentagem de controle doença, a menor incidência da doença, a menor severidade da doença.

REGIME DE CHUVA ASSOCIADO AS DIFERENTES ÉPOCAS DE SUSCETIBILIDADE DA MACIEIRA PARA CONTROLE DA DOENÇA OLHO DE BOI Safra: 2010/2011, Cidade: Vacaria, RS Cultivar: Fuji, Porta enxerto: M7, Idade:11 anos, Pulverizador costal manual, Fungicidas: tryfloxystrobin + mancozeb, (10g + 210g / 100L), BORSOI, T. G.; SANTOS, M. C.

Tratamentos fungicida realizados em diferentes épocas anteriores a colheita. Vacaria, RS. Safra 2010/2011. Tratamentos Aplicação do tratamento 1 45 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 35 mm 2 45 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 50 mm 3 30 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 35 mm 4 30 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 50 mm 5 10 dias antes da colheita 6 Testemunha, sem pulverização

15/02/2011 17/02/2011 19/02/2011 21/02/2011 23/02/2011 25/02/2011 27/02/2011 01/03/2011 03/03/2011 05/03/2011 07/03/2011 09/03/2011 11/03/2011 13/03/2011 15/03/2011 17/03/2011 19/03/2011 21/03/2011 23/03/2011 25/03/2011 27/03/2011 29/03/2011 31/03/2011 02/04/2011 04/04/2011 Precipitações (mm) 70 60 50 40 30 Colheita 20 10 0 Datas Precipitações (mm) e pulverizações ocorridas durante o ensaio. Vacaria, RS. Safra 2010-2011

Avaliação da porcentagem de incidência e severidade média de olho de boi. Vacaria, RS. Safra 2010-2011. Tratamentos Pulverizações (Nº) ¹Incidência (%) ²Severidade 45 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 35 mm 9 20,34 d 1,69 b 45 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 50 mm 9 21,02 cd 1,79 ab 30 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 35 mm 5 25,55 bc 1,71 b 30 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 50 mm 5 25,65 bc 1,69 b 10 dias antes da colheita 1 30,16 ab 1,94 ab Testemunha, sem pulverização 0 33,11 a 1,99 a F p/ Tratamentos --- 20,94 ** 5,71** DMS (Tukey) --- 5,02 0,25 C.V. (%) --- 8,41 6,21 Médias seguidas de mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade. ¹Dados transformados em arc sen x + 1. ²Dados transformados em x + 0,5

CONCLUSÃO Início da pulverização com 45 dias antes da colheita, re-pulverizado a cada 10 dias ou com chuva 35 mm apresentou a menor incidência da doença

SEGUNDO ANO DE AVALIAÇÃO DO REGIME DE CHUVA ASSOCIADO ÀS DIFERENTES ÉPOCAS DE SUSCETIBILIDADE DA MACIEIRA PARA CONTROLE DA DOENÇA OLHO DE BOI SILVA, S. W. O. da; SANTOS, M. C. Safra: 2011/2012, Cidade: Vacaria, RS Cultivar: Fuji, Porta enxerto: M9, Idade:15 anos, Pulverizador costal manual, Fungicidas: Delan, na dose de 125 g / 100 L, Dithane na dose de 300g / 100 L, Captan, na dose de 240 g / 100 L, de forma alternada

Tratamentos realizados de acordo com a época de colheita e o volume de chuvas. Vacaria, RS. Safra 2011/2012. Tratamentos Tratamento 1 Tratamento 2 Tratamento 3 Tratamento 4 Tratamento 5 Tratamento 6 Tratamento 7 Tratamento 8 Aplicação do tratamento 60 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 35 mm 45 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 35 mm 30 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 35 mm 60 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 50 mm 45 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 50 mm 30 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 50 mm 12 dias antes da colheita Testemunha, sem pulverização

08/02/2012 10/02/2012 12/02/2012 14/02/2012 16/02/2012 18/02/2012 20/02/2012 22/02/2012 24/02/2012 26/02/2012 28/02/2012 01/03/2012 03/03/2012 05/03/2012 07/03/2012 09/03/2012 11/03/2012 13/03/2012 15/03/2012 17/03/2012 19/03/2012 21/03/2012 23/03/2012 25/03/2012 27/03/2012 29/03/2012 31/03/2012 02/04/2012 04/04/2012 06/04/2012 08/04/2012 10/04/2012 Precipitações (mm) 30 25 20 15 10 Colheita 5 0 Precipitações (mm) e pulverizações ocorridas durante o ensaio. Vacaria, RS. Safra 2011-2012 Datas

Tratamentos realizados de acordo com a época de colheita e as médias de porcentagem de infecção da doença olho de boi. Vacaria, RS. Safra 2011/2012. Tratamentos 60 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 35 mm 45 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 35 mm 30 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 35 mm 60 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 50 mm Incidência (%) Número de pulverizações 23,39 ab (7) 25,17 ab (5) 27,42 ab (3) 25,28 ab (7) 45 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 50 mm 22,08 b (5) 30 dias antes da colheita, re-pulverizar a cada 10 dias ou com chuva 50 mm 30,83 a (3) 12 dias antes da colheita 20,78 b (1) Testemunha, sem pulverização 24,99 ab --- C.V. (%) 18,98 --- Dados transformados em arc sen probabilidade. x + 0,5. Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Duncan a 5% de

CONCLUSÃO O controle da doença em anos secos, ou seja, de baixas precipitações, pode ser obtido com apenas uma pulverização 12 dias antes da colheita, devido a falta de condições climáticas necessárias para ocorrência da enfermidade.

AJUSTES PARA UM SISTEMA DE ALERTA PARA CONTROLE DA DOENÇA OLHO DE BOI Safra: 2010/2011, Cidade: Vacaria, RS Cultivar: Fuji, Porta enxerto: M9, Idade: 14 anos. Pulverizador costal tryfloxystrobin + mancozeb, 10g/100L, 300g/100L BIAZZI, T. L.; SANTOS, M. C.

Tratamentos utilizados em função da condição de pulverização e o número de pulverizações. Vacaria, RS. Safra 2010/2011. Tratamentos Tratamento 1 Condição de pulverização Ocorrência de uma chuva 5,0mm (alerta vigente) Número de pulverizações (7) Tratamento 2 Ocorrência de uma chuva 10,0mm (8) Tratamento 3 Tratamento 4 Ocorrência de duas chuvas 5,0mm, durante 24 horas Ocorrência de uma chuva 10,0mm, durante 24 horas (8) (6) Tratamento 5 Padrão do produtor (6) Tratamento 6 Testemunha, sem pulverização --- Associado a cada condição de pulverização, ocorreram às seguintes condições: umidade relativa 70%, temperatura média do ar 20 C e molhamento foliar 10 horas.

01/02/2011 03/02/2011 05/02/2011 07/02/2011 09/02/2011 11/02/2011 13/02/2011 15/02/2011 17/02/2011 19/02/2011 21/02/2011 23/02/2011 25/02/2011 27/02/2011 01/03/2011 03/03/2011 05/03/2011 07/03/2011 09/03/2011 11/03/2011 13/03/2011 15/03/2011 17/03/2011 19/03/2011 21/03/2011 23/03/2011 25/03/2011 27/03/2011 29/03/2011 31/03/2011 02/04/2011 04/04/2011 06/04/2011 08/04/2011 10/04/2011 12/04/2011 14/04/2011 16/04/2011 Precipitações (mm) 120 100 80 Colheita 60 40 20 0 Precipitações (mm) e pulverizações ocorridas durante o ensaio. Vacaria, RS. Safra 2010-2011 Datas

Tratamentos utilizados em função da condição de pulverização, porcentagem de incidência e severidade da doença e o número de pulverizações. Vacaria, RS. Safra 2010/2011. Tratamentos Ocorrência de uma chuva 5,0mm (alerta vigente) Incidência¹ (%) Severidade Número de Pulverizações 17,67 a 1,96 ab 07 Ocorrência de uma chuva 10,0mm 18,43 a 1,83 b 08 Ocorrência de duas chuvas 5,0mm, durante 24 horas Ocorrência de uma chuva 10,0mm, durante 24 horas 23,72 a 1,83 b 08 19,46 a 2,00 ab 06 Padrão do produtor 22,66 a 1,93 b 06 Testemunha, sem pulverização 30,58 b 2,31 a --- C.V. (%) 16,90 11,67 --- Para padrão do produtor foi utilizado os fungicidas Captan (250mL/100L), Folpet (300g/100L), Metiram (250g/100L) e Pirimetanil (150ml/100L).

CONCLUSÃO Os resultados revelaram que o tratamento com a ocorrência de duas chuvas 5mm durante 24 horas e o tratamento padrão do produtor tiveram diferenças significativas em relação a testemunha, mas em relação ao número de pulverizações tiveram uma grande diferença com 8 e 6 pulverizações, respectivamente, proporcionando um custo maior em relação ao tratamento adotado.

TRATAMENTO DE INVERNO NA MACIEIRA PARA CONTROLE DA PODRIDÃO OLHO DE BOI (Cryptosporiopsis perennans) Santos, M.C.; Sanhueza, R.M.V. Safras: 2008/2009 e 2009/2010 Cidade: Vacaria, RS Cultivar: Fuji, Porta enxerto: MM106, Idade: 19/20 anos.

Primeiro Ano Tratamentos utilizados para controle de POB, doses e as épocas de pulverização. Safra 2008/2009, Vacaria, RS. Tratamentos (i.a./produto comercial) Dose (g i.a./ 100 L) Época de aplicação calda bordalesa (sulfato de cobre)* 1.000 50% de QF e 20 DAQD hidróxido de cobre/garra 450 PM (69,1% m/m) 48,37 50% de QF e 20 DAQD calda bordalesa (sulfato de cobre)* 1.000 No inverno hidróxido de cobre/garra 450 PM 48,37 No inverno (69,1% m/m) hidróxido de cobre/garra 450 PM 48,37 20 DAQD (69,1% m/m) testemunha --- Sem aplicação *Para calda bordalesa, preparo artesanal (PAULUS et al., 2001). QF: queda de folhas; DAQD: dias antes da quebra de dormência

Colhidos Avaliados Incidência (%) Armazenados 110 dias à ±1 C Avaliados Incidência (%) Mantidos em prateleira por 10 dias, à 25 C Avaliados Incidência (%)

Precipitação (mm) 160,0 140,0 120,0 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 Dias Maio Junho Julho Agosto Precipitação (mm) para os meses de maio a agosto de 2008. Vacaria, RS. Safra 2008/2009.

Tratamentos utilizados, incidências de POB, em frutos de colheita, frutos submetidos ao armazenamento, frutos de prateleira, total de doença e porcentagem de controle. Vacaria, RS. Safra 2008/2009. Tratamentos Colheita Armazenamento Prateleira Total Controle (%) calda bordalesa* 12,11a 7,04a 21,96a 25,35a 28,46a hidróxido de cobre 14,40a 2,61a 29,38a 31,75a 5,30b calda bordalesa* 12,49a 10,76a 18,83a 24,34a 33,88a hidróxido de cobre 14,85a 12,47a 24,61a 30,25a 0,00b hidróxido de cobre 13,13a 11,00a 26,39a 30,44a 9,73b Testemunha 12,33a 13,46a 23,62a 28,49a 0,00b C.V. (%) 37,76 54,44 27,17 22,50 124,21 Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Dados transformados e arc sen x/100

Segundo Ano Tratamentos utilizados para controle de POB, doses e as épocas de pulverização. Safra 2009/2010, Vacaria, RS. Fungicida (i.a./produto comercial/i.a.(%)) Dose (g i.a. / 100 L) Época de aplicação calda bordalesa/bordasul (sulfato de cobre)* 400 4 DAQD hidróxido de cobre/garra 450 PM 48,37 4 DAQD (69,1% m/m) calda bordalesa/bordasul (sulfato de cobre)* 400 15 DApQD óxido de cobre/cobre Atar BR 140 15 DApQD (56% m/m) hidróxido de cobre/garra 450 PM (69,1% m/m) 48,37 4 DAQD e 15 DApQD Testemunha --- Sem aplicação *20% de cobre, 10% de enxofre e 3,0% de cálcio. DAQD: dias antes da quebra de dormência. DApQD: dias após da quebra de dormência.

Colhidos Avaliados Incidência (%) Infecção Latente Avaliados Incidência (%) Avaliados Incidência (%) Mantidos em prateleira por 10 dias, à 25 C Armazenados 110 dias à ±1 C

Precipitação (mm) 100,0 80,0 60,0 40,0 20,0 0,0 1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 Dias Agosto Setembro Precipitação (mm) para os meses de agosto e setembro de 2009. Vacaria, RS. Safra 2009/2010.

Tratamentos utilizados, incidências de POB, em frutos de colheita, frutos submetidos a infecção latente, frutos de prateleira, total de doença e porcentagem de controle. Vacaria, RS. Safra 2009/2010 Tratamentos Colheita Infecção Prateleira Totais Controle Latente (%) calda bordalesa 10,21a 11,06a 28,10a 26,60a 13,52a hidróxido de cobre 10,45a 6,46a 22,05a 21,64a 25,36a calda bordalesa 7,40a 19,23a 29,54a 28,40a 6,60a óxido de cobre 9,08a 15,67a 27,63a 26,40a 14,36a hidróxido de cobre 7,00a 14,29a 22,88a 22,19a 15,19a Testemunha 7,39a 18,56a 19,49a 21,85a 0,00a C.V. (%) 62,29 42,61 30,59 24,87 123,83 Médias seguidas pela mesma letra, na coluna, não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott a 5% de probabilidade. Dados transformados e arc sen x/100.

CONCLUSÃO O uso de calda bordalesa pulverizada em 50% de queda de folha e repetido 20 dias após a queda de folha e calda bordalesa pulverizada no inverno apresentaram os melhores resultados para controle da doença. Tratamento de inverno pulverizado 4 e 15 dias após a queda de pétalas não apresentaram controle da doença.

CONCLUSÕES GERAIS Temperatura ótima: 14 a 20 C Melhor produto: Captana Anos secos: pulverizar 15 dias antes da colheita Anos chuvosos: iniciar pulverização 45 dias antes da colheita. Repetir a cada 10 dias ou chuva acumulada 35 mm No inverno: pulverizar calda bordalesa

Equipe: LAFIT LABORATÓRIO DE FITOPATOLOGIA Prestação de serviço de identificação de doenças Pesquisas com óleos essenciais no controle de doenças Pesquisas com uso de fungicidas Murilo C. Santos Professor Marcia R. P. Lemos Laboratorista Cíntia T. Vergani Estagiária Marlise Perini Estagiária Leonardo de Alexandre Estagiário

Dr. Murilo César dos Santos mcsantos3@ucs.br LAFIT LABORATÓRIO DE FITOPATOLOGIA Cidade Universitária Rua Francisco Getúlio Vargas, 1130 Bloco 74 sala 113 Caxias do Sul, RS CEP 95070-560 Fone: (54) 3218 2090 / 3218 2711