Comunicado Técnico 267

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Transcrição:

1 Comunicado Técnico 267 ISSN 0102-0099 Maio/2006 Campina Grande, PB Avaliação da Suscetibilidade de Populações de Curuquerê de Áreas de Goiás a Inseticidas José Ednilson Miranda 1 José Eudes de Morais Oliveira 2 No cultivo do algodoeiro, o controle fitossanitário é um dos principais desafios da atividade. Problemas de doenças e pragas são limitantes à produção da fibra. A presença de um complexo de pragas que podem reduzir significativamente a produção requer o monitoramento constante e tomadas de decisão em tempo hábil, quanto às devidas medidas de controle a serem utilizadas. Manter o nível de infestação dos insetos sob controle configura-se como um grande desafio ao agricultor. Há que se levar em conta a necessidade da adoção de um conjunto de medidas que, combinadas harmonicamente, resultem no controle efetivo. Da mesma forma, critérios bem fundamentados para a adoção das medidas, especialmente as de controle químico, fazem-se cada vez mais necessários para a sobrevivência na atividade. O algodoeiro é atacado por um complexo de artrópodes incluindo pulgões, percevejos, moscabranca, brocas, lagartas, ácaros e outras espécies de menor importância. Por sua presença sempre constante e seu potencial causador de injúria, destacam-se as espécies de insetos da ordem Lepidoptera (BLEICHER, 1990; DOMICIANO e SANTOS, 1994; SANTOS, 1999; QUIRINO e SOARES, 2001). O curuquerê-do-algodoeiro, Alabama argillacea Hüebner, 1818 (Lepidoptera: Noctuidae), é uma praga desfolhadora de grande importância econômica para a cotonicultura brasileira e de outros países (PARRA et al., 1984; MATRANGOLO JR. et al., 1987; SUGONYAEV, 1994; SILVA et al., 1996;). Ocorrendo desde a emergência das plantas até a formação dos capulhos, o curuquerê promove injúrias tanto quantitativas quanto qualitativas ao algodão. Ao causar o desfolhamento da planta, reduz a capacidade fotossintética e, conseqüentemente, a quantidade de fibras produzidas pela planta. No caso de ataques tardios, com as maçãs já formadas, ocorre a maturação precoce destas, o que deprecia a qualidade da fibra (ZUCCHI et al., 1993; RAMALHO, 1994). Em Goiás, a safra 2004/2005 foi caracterizada por freqüentes surtos populacionais da praga, com desfolhas intensas comprometendo a atividade 1 EngºAgrº, D.Sc., Pesquisador da Embrapa Algodão. Rua Osvaldo Cruz, 1143, Centenário, 58107720, Campina Grande, PB. e-mail: miranda@embrapa.br 2 EngºAgrº, D.Sc., Pós-Doutorando da FCAV/UNESP. Rod. Prof. Paulo D. Castellane, s/n, 14882200, Jaboticabal, SP.

2 fotossintética. As altas infestações têm lançado dúvidas quanto à efetividade dos inseticidas utilizados para o controle do curuquerê. Suspeitas de resistência das populações de curuquerê a vários princípios ativos de inseticidas, utilizados comumente para o controle desta espécie-praga, têm sido levantadas pelos produtores. Bioensaios foram realizados no Laboratório de Biologia de Insetos da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista, Campus de Jaboticabal SP, para avaliar a eficiência de inseticidas contra o curuquerê do algodoeiro. Em cada bioensaio, grupos de dez lagartas de terceiro ínstar de curuquerê foram colocados para alimentarem-se sobre folhas de algodoeiro, em seguida o conjunto foi pulverizado com 2 ml de soluções dos inseticidas em torre de Potter (25 lb/pol 2 ). A concentração foi determinada a partir da dose recomendada pelos fabricantes de cada produto, com base em volume de calda de 200 l/ha (Tabela 1). No tratamento controle, as lagartas foram pulverizadas com igual volume de água destilada estéril. Foram utilizadas nos bioensaios lagartas de terceiro ínstar, coletadas de criação de manutenção (geração F1) e oriundas de indivíduos coletados em lavouras situadas nos municípios de Ipameri e Acreúna, Goiás. Para cada tratamento foram utilizadas quatro repetições com 10 insetos cada. As lagartas e o alimento tratados foram mantidos em recipiente de criação (tubos de PVC medindo 21,5 cm de altura e 14,5 cm de diâmetro), e o alimento substituído a cada 24 horas (folhas não tratadas). Durante todo o período experimental, os insetos permaneceram em sala de criação regulada para temperatura de 27±2ºC, umidade relativa de 60±10% e fotofase de 14 horas. A mortalidade foi avaliada a cada 24 horas durante 11 dias consecutivos, a fim de se definir a toxicidade dos produtos testados. Os resultados, após terem sido corrigidos pela fórmula de Abbott (1925), foram submetidos à análise de variância e as médias, comparadas pelo teste Duncan a p<0,05. Os produtos testados foram agrupados em inseticidas reguladores de crescimento e demais grupos e os resultados são apresentados a seguir: a) Inseticidas reguladores de crescimento de insetos Os inseticidas Spinosad e clorfluazuron foram os que provocaram a maior mortalidade de lagartas 24 horas após a aplicação (HAA) (Tabela 2). Após 96 horas da aplicação estas diferenças foram menos evidentes, uma vez que todos os produtos, à exceção de Triflumuron, apresentaram valores similares entre si e significativamente inferiores à testemunha. Decorrido o período médio de duração do ínstar (168 HAA), verificou-se que os produtos mais eficientes na redução populacional de lagartas de curuquerê foram Lufenuron, Novaluron, Spinosad Tabela 1. Produtos inseticidas avaliados quanto à eficiência sobre lagartas de curuquerê descendentes de populações de lavouras algodoeiras de Goiás. Safra 2005/2006. Dose de campo Concentração Dose de campo Concentração Princípio ativo Princípio ativo (ml ou g/p.c./ha) (ppm) (ml ou g/p.c./ha) (ppm) 1º. e 2º. bioensaios Lufenuron 200 1000 Diflubenzuron 60 300 Novaluron 100 500 Spinosad 50 250 Triflumuron 30 150 Clorfluazuron 300 1500 3º. e 4º. bioensaios Triazophos 1000 5000 Lambdacyalothrin 20 100 Parathion 800 4000 Deltamethrin 50 250 Tiodicarb 200 1000 Fenpropathrin 150 750 Endosulfan 1500 7500 Esfenvalerate 65 325 Etofenprox 500 2500 Permethrin 160 800

3 Tabela 2. Número médio de lagartas de curuquerê (Alabama argillacea) antes e após exposição a inseticidas fisiológicos e percentagem de redução populacional. Indivíduos descendentes (geração F1) de população coletada em Ipameri (GO) na safra 2005/ 2006. Temp. 25±2ºC; U.R. 60±10%; Fotofase 14 h. Horas após aplicação (HAA) e Clorfluazuron, com taxa de mortalidade corrigida de 100%. Quando os mesmos produtos foram aplicados em lagartas de geração F1 de Acreúna, o produto Spinosad foi único dentre os testados que causou eliminação total dos indivíduos do tratamento após 24 HAA, sendo o número de indivíduos vivos significativamente inferior ao dos demais produtos (Tabela 3). Os valores resultantes nos tratamentos com Lufenuron e Clorfluazuron, apesar de mais % Efic. Tratamento N 24 96 168 (168 HAA) Lufenuron 10 3,75 c 0,25 b 0,00 c 100 Novaluron 10 7,25 b 1,00 b 0,00 c 100 Triflumuron 10 8,00 ab 4,50 a 1,00 b 89,2 Diflubenzuron 10 8,75 ab 0,75 b 0,50 bc 94,6 Spinosad 10 0,00 d 0,00 b 0,00 c 100 Clorfluazuron 10 0,50 d 0,25 b 0,00 c 100 Testemunha 10 9,50 a 9,25 a 9,25 a - C.V. (%) 19,93 30,5 27,52 Valores seguidos da mesma letra na coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Duncan (p>0,05). Tabela 3. Número médio de lagartas de curuquerê (Alabama argillacea) antes e após exposição a inseticidas fisiológicos e percentagem de redução populacional. Indivíduos descendentes (geração F1) de população coletada em Acreúna (GO) na safra 2005/ 2006. Temp. 25±2ºC; U.R. 60±10%; Fotofase 14 h. Horas após aplicação (HAA) % Efic. Tratamento n 24 96 168 (168 HAA) Lufenuron 10 5,00 b 0,50 de 0,00 c 100 Novaluron 10 9,50 a 1,75 cd 0,75 bc 91,9 Triflumuron 10 8,75 a 5,75 b 1,75 b 81,1 Diflubenzuron 10 9,50 a 7,00 b 2,00 b 78,4 Spinosad 10 0,00 c 0,00 e 0,00 c 100 Clorfluazuron 10 5,75 b 2,50 c 0,75 bc 91,9 Testemunha 10 9,50 a 9,25 a 9,25 a - C.V. (%) 15,75 23,02 25,92 Valores seguidos da mesma letra na coluna não diferem significativamente entre si pelo teste de Duncan (p>0,05). elevados que o de Spinosad, foram significativamente inferiores aos dos demais produtos testados e da testemunha. Notou-se maior eficiência dos outros produtos reguladores de crescimento, com valores mais elevados de mortalidade, 96 HAA. Spinosad e Lufenuron apresentaram 100% de mortalidade, 168 HAA, sendo assim os mais eficientes no controle das lagartas (população de Acreúna) em condições de laboratório. Em ambas as populações testadas, as taxas de mortalidade provocadas pelos produtos Novaluron, Triflumuron e Diflubenzuron foram relativamente baixas, 24 horas após a aplicação (HAA), aumentando substancialmente 96 HAA e atingindo os valores mais elevados na avaliação efetuada 168 HAA, caracterizando, assim, sua ação típica de regulação do crescimento, ou seja, causando letalidade, principalmente no final do ínstar dos insetos (Figuras 1 e 2). Lufenuron apresentou valores iniciais (24 HAA) de mortalidade de lagartas intermediários para as duas populações (60,5 e 47,4%, respectivamente). Clorfluazuron promoveu alta mortalidade de lagartas (94,7%), 24 HAA, na população oriunda de Ipameri e taxa relativamente inferior (39,5%) na população de Acreúna. O produto Spinosad, que apresenta ação de choque por provocar superexcitação do sistema nervoso ao se comportar como agonista da acetilcolina, causou taxas acima de 90% de mortalidade já na primeira avaliação (24 HAA), em ambas as populações (Figura 1). A eficiência de controle a 168 HAA situou-se acima de 80% em todos os produtos reguladores de crescimento testados. Alguns produtos que atuam na síntese de quitina (Novaluron, Triflumuron e Diflubenzuron) apresentaram ação relativamente lenta (baseado na avaliação feita 24 HAA), porém as taxas de mortalidade cresceram com o passar do tempo após a exposição. Os produtos reguladores de crescimento de insetos testados (com exceção de Spinosad) pertencem ao grupo das benzoilfeniluréias e apresentam ação reguladora do crescimento através da interferência na síntese e deposição da quitina no processo de ecdise ou muda do tegumento do inseto. Por isso, são produtos que apresentam ação específica sobre

4 Fig 1. Mortalidade corrigida de lagartas de 3º ínstar de curuquerê (Alabama argillacea) de geração F1 de população coletada em Ipameri (GO), na safra 2005/2006, após exposições dermal e oral a inseticidas fisiológicos. Temp. 25±2ºC; U.R. 60±10%; Fotofase 14 h. Fig. 2. Mortalidade corrigida de lagartas de 3º ínstar de curuquerê (Alabama argillacea) de geração F1 de população coletada em Acreúna (GO), na safra 2005/2006, após exposições dermal e oral a inseticidas fisiológicos. Temp. 25±2ºC; U.R. 60±10%; Fotofase 14 h. formas imaturas. Outra característica importante comum a estes produtos é a baixa toxicidade a animais e seres humanos (VIANA e COSTA, 1998). b) Outros inseticidas sintéticos Lagartas de curuquerê também foram avaliadas quanto à suscetibilidade às doses atualmente utilizadas de outros inseticidas sintéticos, representantes de grupos químicos dos organofosforados (Parathion e Triazophos), carbamatos (Tiodicarb), ciclodienos (Endosulfan), aril propil benzil éteres (Etofenprox) e piretróides (Fenpropathrin, Esfenvalerato, Deltametrina, Lambdacialotrina e Permetrina). Neste bioensaio, os inseticidas que apresentaram maiores reduções no número de indivíduos da geração F1 de Ipameri 24 HAA foram Triazophos, Parathion, Cipermetrina e Permetrina, com 100% de redução populacional, valor que diferiu significativamente dos apresentados pelos produtos Tiodicarb, Endosulfan, Etofenprox, Fenpropathrin, Esfenvalerato e Lambda-cialotrina, além da testemunha (Tabela 4). Todos os produtos testados apresentaram efeitos similares entre si e

5 Tabela 4. Número médio de lagartas de curuquerê (Alabama argillacea), antes e após exposição a inseticidas não fisiológicos e percentagem de redução populacional. Indivíduos descendentes (geração F1) de população coletada em Ipameri (GO), na safra 2005/ 2006. Temp. 25±2ºC; U.R. 60±10%; Fotofase 14 h. Horas após aplicação (HAA) % Efic. Tratamento n 24 96 168 (168 HAA) Triazophos 10 0,00 d 0,00 b 0,00 b 100 Parathion 10 0,00 d 0,00 b 0,00 b 100 Tiodicarb 10 1,75 b 1,00 b 1,00 b 87,5 Endosulfan 10 1,00 bcd 0,75 b 0,50 b 93,8 Etofenprox 10 1,00 bcd 0,50 b 0,50 b 93,8 Fenpropathrin 10 1,25 bc 1,00 b 1,00 b 87,5 Esfenvalerato 10 1,25 bc 0,50 b 0,50 b 93,8 Cipermetrina 10 0,00 d 0,00 b 0,00 b 100 Lambda-cialotrina 10 0,50 cd 0,50 b 0,50 b 93,8 Permetrina 10 0,00 d 0,00 b 0,00 b 100 Testemunha 10 9,25 a 8,00 a 8,00 a - C.V. (%) 27,87 35,86 33,83 Valores seguidos da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente entre si pelo teste de Duncan (p>0,05). Tabela 5. Número médio de lagartas de curuquerê (Alabama argillacea), antes e após exposição a inseticidas não fisiológicos, e percentagem de redução populacional. Indivíduos descendentes (geração F1) de população coletada em Acreúna (GO), na safra 2005/ 2006. Temp. 25±2ºC; U.R. 60±10%; Fotofase 14h. Horas após aplicação (HAA) % Efic. Tratamento n 24 96 168 (168 HAA) Triazophos 10 1,25 cd 0,00 d 0,00 c 100 Parathion 10 1,00 e 0,00 d 0,00 c 100 Tiodicarb 10 6,25 b 2,25 b 1,25 b 87,5 Endosulfan 10 4,75 b 0,00 d 0,00 c 93,8 Etofenprox 10 3,00 c 0,50 d 0,25 bc 93,8 Fenpropathrin 10 5,00 b 1,00 cd 0,50 bc 87,5 Esfenvalerato 10 4,75 b 1,75 bc 0,00 c 93,8 Cipermetrina 10 0,00 e 0,00 d 0,00 c 100 Lambda-cialotrina 10 1,75 cd 0,00 d 0,00 c 93,8 Permetrina 10 1,75 cd 0,00 d 0,00 c 100 Testemunha 10 9,00 a 8,25 a 7,25 a - C.V. (%) 32,42 31,1 30,84 Valores seguidos da mesma letra, na coluna, não diferem significativamente entre si pelo teste de Duncan (p>0,05). significativamente superiores ao da testemunha, 96 HAA, o mesmo acontecendo 168 HAA. A redução do número de lagartas descendentes de população coletada em Acreúna, quando expostas aos inseticidas não pertencente ao grupo dos reguladores de crescimento de insetos, foi maior 24 HAA nos tratamentos com Cipermetrina e Parathion, respectivamente, sendo estes valores significativamente inferiores aos encontrados nos demais tratamentos (Tabela 5). Os inseticidas Triazophos, Parathion, Endosulfan, Cipermetrina, Lambda-cialotrina e Permetrina causaram eliminação total do número de lagartas, 96 HAA; enquanto Tiodicarb, Fenpropathrin e Esfenvalerato apresentaram valores significativamente inferiores ao observado na testemunha. Os produtos que causaram mortalidade total, 168 HAA, foram Triazophos, Parathion, Endosulfan, Esfenvalerato, Cipermetrina, Lambda-cialotrina e Permetrina. Etofenprox e Fenpropathrin apresentaram valores que não diferiram nos demais inseticidas, diferindo porém da testemunha. O número de indivíduos vivos 168 HAA no tratamento com Tiodicarb foi significativamente maior que dos demais produtos testados, exceto Etofenprox e Fenpropathrin, e significativamente menor que o valor verificado na testemunha. Em ambas as populações testadas todos os inseticidas apresentaram boa performance, com taxas de mortalidade que variaram entre 87,5 e 100% na avaliação efetuada 168 horas após a exposição dos insetos aos produtos (Figuras 3 e 4). As avaliações feitas 24 horas após a exposição visaram verificar o efeito de choque dos produtos e demonstraram tais efeitos com maior nitidez para os inseticidas dos grupos dos organofosforados e piretróides. As avaliações posteriores mostraram a elevação da mortalidade com o passar do tempo após a exposição. Independentemente do grupo químico, os produtos inseticidas testados contra o curuquerë do algodoeiro apresentaram boa eficiência de controle. Nas condições em que foram efetuados os ensaios, não se detectou caso de ineficiência de controle de inseticidas contra o curuquerê, embora tenha-se verificado maior demora na resposta de letalidade em população oriunda de Acreúna, área tradicionalmente mais problemática quanto ao ataque de pragas. Cuidados relacionados a monitoramento constante e eficiente da lavoura, ação rápida entre a detecção e o controle efetivo, não utilização de produtos de

6 Fig 3. Mortalidade corrigida de lagartas de 3º ínstar de curuquerê (Alabama argillacea) oriundas de população coletada em Ipameri (GO), após exposições dermal e oral a inseticidas sintéticos. Safra 2005/2006. Temp. 25±2ºC; U.R. 60±10%; Fotofase 14 h. Fig. 4. Mortalidade corrigida de lagartas de 3º ínstar de curuquerê (Alabama argillacea) oriundas de população coletada em Acreúna (GO), após exposições dermal e oral a inseticidas sintéticos. Safra 2005/2006. Temp. 25±2ºC; U.R. 60±10%; Fotofase 14 h. origem e características duvidosas e boa calibragem dos equipamentos (pressão e velocidade de trabalho, tipos de bicos adequados, limpeza de filtros e bicos) são indispensáveis e podem melhorar a efetividade dos produtos utilizados. Referências Bibliográficas BLEICHER, R. Manejo integrado de pragas do algodoeiro. In: CRÓCOMO, W.B. Manejo integrado de pragas. São Paulo: UNESP, 1990. p.271-291. DOMICIANO, N.L.; SANTOS, W.J. Momento adequado para aplicação de inseticida no controle do curuquerê-do-algodoeiro. Pesquisa Agropecuária Brasileira, v.29, n.1, p.7-11, 1994. MATRANGOLO JR., E.; GAVIOLI, L.A.; GRAVENA, S. Integração de diflubenzuron com artrópodos predadores de ocorrência natural para manejo do curuquerê do algodoeiro Alabama argillacea (Huebner, 1818) (Lepidoptera: Noctuidae). Anais da Sociedade Entomológica do Brasil, v,16, n.1, p.5-18, 1987. QUIRINO, E.S.; SOARES, J.J. Efeito do ataque de Alabama argillacea no crescimento vegetativo e sua relação com a fenologia do algodoeiro. Pesquisa

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8 Comunicado Técnico, 267 Exemplares desta edição podem ser adquiridos na: Embrapa Algodão Rua Osvaldo Cruz, 1143 Centenário, CP 174 58107-720 Campina Grande, PB Fone: (83) 3315 4300 Fax: (83) 3315 4367 e-mail: sac@cnpa.embrapa.br 1 a Edição Tiragem: 500 Comitê de Publicações Presidente: Napoleão Esberard de Macêdo Beltrão Secretária Executiva: Nivia M.S. Gomes Membros: Cristina Schetino Bastos Fábio Akiyoshi Suinaga Francisco das Chagas Vidal Neto José Américo Bordini do Amaral José Wellington dos Santos Nair Helena Arriel de Castro Nelson Dias Suassuna Expedientes: Supervisor Editorial: Nivia Marta Soares Gomes Revisão de Texto: Nisia Luciano Leão Tratamento das ilustrações: Geraldo F. de S. Filho Editoração Eletrônica: Geraldo F. de S. Filho