5 Editorial SITIENTIBUS - 25 ANOS DE EXISTÊNCIA TODA LA REVISTA RESPONDE A SU HERÁLDICO NOMBRE. (Universidade Del Norte Santo Tomás de Aquino Católica de Tucumán Argentina ) Especial. Assim poderíamos qualificar a presente edição, marco dos 25 anos de Sitientibus e da criação do Departamento de Educação. Mais ainda, por estar contemplando esse órgão, uma vez que reúne um montante expressivo de artigos da área de conhecimento que o particulariza, aos quais se juntam aqueles enviados por colegas do Departamento de Letras e do Projeto Aprimoramento em Língua e Literatura Estrangeiras (PALLE). Preferimos dizer que se trata de um número significativo, por registrar os dois importantes eventos natalícios num momento único. A pretensão era uma coletânea de textos em que figurassem todos os departamentos, ou em sua maioria, o que, lamentavelmente, não ocorreu. Faz-se presente o DEDU em mais uma edição deste ano, que vem a lume no início da administração do Magnífico Reitor, Prof. Dr. José Carlos Barreto de Santana, do Vice- Reitor, Prof. Dr. Washington de Almeida Moura, e da gestão da Profa. Dra. Antônia Almeida Silva, frente à diretoria do referido Departamento. Onze textos aqui expostos servem de amostragem da produção textual da Academia. Abrangendo temáticas variadas, giram em torno de: estudos lingüísticos e literários, práticas docentes, questões sociopolíticas e educacionais.
6 A arte de Gemicrê Nascimento, na primeira capa, simboliza o Saber da Pedagogia na figura da corujinha, que suscita olhares perquiridores, conscientes, e inspira afetuosos abraços. Juraci Dórea, motivado pelo significado da efeméride, brinda-nos, com sua ilustração (na quarta capa) que aponta possibilidades integrativas da nossa tradição acadêmica - representada por um dos elementos, a Concha - e o universo popular da região fértil de figuras mágicas, próprias do imaginário sertanejo. 25 anos Numa perspectiva histórica, Sitientibus persiste/existe, sinal de que o passar dos anos não nos fez perder nem o bonde nem a esperança. Oportuno se faz o resgate, pelas asas céleres de khronos, de páginas inapagáveis, esperamos, registradas na memória da Academia. Em 1976, a UEFS começava a funcionar, com seus cursos iniciais, ocupando um espaço até o 3º módulo. A área restante, o ambiente natural e anterior à fundação da universidade, rodeava-se de animais e pássaros. A vida acadêmica e administrativa processava-se, normalmente, sobretudo, com a euforia inerente às realizações iniciais. Os primeiros colegas, os primeiros alunos..., o tempo de gestação e dos gestores, Dr. Geraldo Leite e Dr. José Maria Nunes Marques. Anos depois, participante daquele processo, desde a primeira pedra lançada, ocorre-me a idéia de publicar um livro de poesias e, posteriormente, a de editar a primeira revista da Universidade. Era então Reitor Dr. José Maria Nunes Marques e falou-me, mais ou menos, assim: 'Duas propostas interessantes, mas há prioridades que não podem ser adiadas, escolha a mais viável, e a estudaremos.' Decorria o ano de 1982. Seis anos, então, após o início das aulas.
7 Lançamento do primeiro número da revista Sitientibus, em 10.05.83, à noite, na antiga Faculdade Estadual de Educação de Feira de Santana. Da esquerda para direita, vê-se: o Ex-Reitor da UEFS, Prof. Josué da Silva Mello (na época, Pró-Reitor Acadêmico), um representante da comunidade, o ex-reitor, Dr. José Maria Nunes Marques, o ex- Vice-Reitor, Mons. Renato de Andrade Galvão (falecido), o ex- Diretor da Diretoria de Vida Universitária, Dr. Dival Pitombo (falecido) e o Editor, Prof. Raymundo Luiz de Oliveira Lopes. Já feita a escolha, elaborei o Projeto da Revista da Universidade Estadual de Feira de Santana, encaminhei-o ao Conselho Administrativo, através do Reitor Dr. José Maria Nunes Marques, conforme Ata da 6ª reunião Ordinária, em 19/ 4/82. Não me arrependi, mesmo não aproveitando a oportunidade de publicar meu livro de poemas. Indo a campo em busca de material para o primeiro número, pois sabia da existência de alguns trabalhos, chamaram-me uns, simplesmente, de poeta (sonhador), outros apoiaram-me e um ou outro, tão poucos, acharam que seria um 'boletim' de mimeógrafo a álcool. Enganaram-se os pessimistas, e se assim
8 fosse era válido, porque 'Tudo vale a pena/se a alma não é pequena'. (Fernando Pessoa). [...] Datilografada, inicialmente, em máquina manual e, depois, em elétrica IBM, pelas funcionárias Rose Mary Freitas Leite e Nadja Maria J. Grassi, numa pequena sala da antiga Diretoria de Vida Universitária (DVU), tendo na primeira capa, o Brasão de Armas e, na última, a obra 'Auto-Retrato' de Raimundo Oliveira (proposta pioneira, na época, buscando mostrar as Artes Plásticas de Feira de Santana, o que continua atualmente), Sitientibus, com 130 páginas, foi impressa em dezembro de 1982. Com a perspectiva, desde o início, de divulgar a produção científica, técnica e artística da UEFS e como instrumento de integração com a comunidade, voltada, é óbvio, para as várias realidades de Feira de Santana, Sitientibus, desde o início, abre espaço para questões da região do semi-árido, não somente para as expressões artísticas, mas também para assuntos científicos. [...] [...] Percalços, dificuldades, falta de apoio não redundaram em desistência, muito pelo contrário, ela é reativada, rejuvenescida, espraiando-se 'aqui e acolá'; noutras palavras da 'porta do sertão para os quatro cantos do mundo'. Da máquina manual ao computador, um grande salto e, na gestão do atual reitorado, regulariza-se sua periodicidade. Desse modo, caminha Sitientibus, atendendo, indistintamente, professores, alunos, funcionários e interessados com o ofício de registrar, produzir, enfim, de criar o indispensável ao desenvolvimento do homem e da sociedade. NOTA Os trechos em itálico foram extraídos de: LOPES, Raymundo L. À guisa de editorial, in Sitientibus, n.17, jul./dez. 1997, p.9-11.
9 Os talentos da região (pintores, artesões, escritores), têm acesso ao circuito universitário e de outras instituições culturais e educacionais e a Seção de Criação Literária tem revelado, também, novos poetas e contistas. No campo das informações e eventos, Sitientibus, durante algum tempo, mantinha a seção Notícias e Comentários que, ainda, hoje, é objeto de pesquisa para os interessados pelas realizações acadêmicas e administrativas da UEFS, além de conter informes sobre a comunidade feirense. Atualmente, o Jornal Intercampus ocupa aquele espaço. Outro ponto marcante é que a Revista documenta, através de fotos, o crescimento físico do Campus e dos órgãos suplementares. A primeira capa, desde alguns números, vem sendo recriada por professores do Dep. De Letras e Artes e por artistas feirenses, tendo como base o Brasão de Armas (da Ex-Fundação Universidade de Feira de Santana), elaborado pelo saudoso beneditino, Ir. Paulo Lachenmayer, O. S. B. O tempo que passa (obviedade!?) e sonhos que se realizaram. Superando dificuldades, pedras no caminho, trilhamos veredas durante 25 anos em meio a papéis, máquinas de datilografia, computadores, tantos outros objetos, vivenciando risos/prantos, afastamentos/aproximações. Inúmeros os companheiros de jornada. Quantos já não estão mais aqui! Uns rumaram para espaços semelhantes, outros, para dimensões não apreendidas por nossa limitada percepção. A todos os colaboradores, desde 1982 até o presente momento, aos que contribuíram, direta/indiretamente para a construção das edições de número 36 e 37 do Departamento de Educação, nossa gratidão. União de forças, compartilhamento, presteza e capacidade para o serviço tornaram possível alcançar-se este marco miliário. Feira de Santana, 18 de dezembro de 2007. Prof. Raymundo Luiz de Oliveira Lopes Editor