Conteúdo: Recurso em Sentido Estrito (RSE): Efeitos, Processamento. Apelação: Hipóteses de Cabimento, Efeitos. - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (RSE)

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Transcrição:

Turma e Ano: Flex B (2014) Matéria / Aula: Processo Penal / Aula 16 Professor: Elisa Pittaro Conteúdo: Recurso em Sentido Estrito (RSE): Efeitos, Processamento. Apelação: Hipóteses de Cabimento, Efeitos. Efeitos do RSE: - RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (RSE) Devolutivo todos os recursos possuem. Regressivo permite ao juiz reconsiderar a sua própria decisão. Suspensivo (hipóteses excepcionais) perda da fiança / denegar a apelação ou julgá-la deserta. Hipóteses de RSE com efeito suspensivo (art. 584 CPP): 1) Perda da fiança. 2) Concessão de Livramento Condicional é pacífico na jurisprudência que essa decisão não é mais impugnada com RSE, mas sim com agravo em execução, razão pela qual não há mais que se falar em efeito suspensivo. 3) Denegar apelação ou julgá-la deserta. 4) Unificação de Penas atualmente, essa hipótese é impugnada através de agravo em execução, não havendo mais que se falar em efeito suspensivo. 5) Conversão da multa em prisão não existe mais! Qual o rito do agravo em execução previsto no art. 197 da LEP? 1) Ada Pellegrini e Tourinho (Minoritária) Quando a LEP era um projeto de lei tramitava paralelamente um projeto de CPP, que cuidava e regulamentava o agravo de instrumento. Como a previsão era no sentido de que os dois projetos fossem votados simultaneamente, a LEP não mencionou o rito deste agravo, pois este seria o do agravo de instrumento do CPP. Porém, esse projeto de CPP nunca foi votado, razão pela qual devemos trabalhar com o rito do agravo de instrumento do CPC.

2) Jurisprudência Devemos utilizar o rito do RSE, que é o recurso utilizado para impugnar decisões interlocutórias no processo penal. PROCESSAMENTO DO RSE: O prazo para apresentação de razões e contrarrazões, ou seja, a sua inobservância não trará qualquer consequência processual. Ao se manifestar no juízo de retratação é possível que o juiz reconsidere a sua decisão, surgindo aqui uma nova decisão: 1) Se essa nova decisão que surgiu no juízo de retratação também estiver prevista no rol do art. 581 do CPP, a parte prejudicada poderá através de simples petição solicitar a remessa do feito ao tribunal. Ex: A defesa interpôs RSE da decisão judicial que negou a fiança. No juízo de retratação, o juiz reconsidera a decisão e arbitra a fiança. Como a decisão que arbitra a fiança também está no rol do art. 581, a parte prejudicada, que é o MP, poderá utilizar o art. 589, parágrafo único, remetendo o feito ao tribunal. 2) Se essa nova decisão que surgiu no juízo de retratação não estiver no rol do art. 581, o procedimento será extinto e arquivado. Ex: O MP recorreu da decisão que não recebeu a denúncia. No juízo de retratação, o juiz reconsidera e recebe a denúncia. Como não cabe RSE da decisão que recebe a denúncia, o procedimento será arquivado. A defesa ajuizou RSE para impugnar uma decisão que indeferiu causa de extinção da punibilidade. No juízo de retratação, o juiz reconsidera a sua decisão e declara extinta a punibilidade. Segundo Pacelli, com a reforma do CPP de 2008, decisões que extinguem punibilidade devem ser impugnadas com apelação. Nesse caso, seria possível a utilização do art. 589, parágrafo único do CPP, de forma que, através de simples petição, o feito fosse

remetido ao tribunal? Podemos utilizar o art. 589, parágrafo único quando a nova decisão que surgiu no juízo de retratação for impugnada com outro recurso que não o RSE? Para Aury Lopes Jr. (posição isolada), por conta dos Princípios da Celeridade e Economia Processual, o art. 589, parágrafo único poderá ser utilizado na hipótese mencionada. II) APELAÇÃO (art. 593 CPP): Art. 593. Caberá apelação no prazo de 5 (cinco) dias: I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular; II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior; III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança; d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. Hipóteses de Cabimento (art. 593 CPP): I - das sentenças definitivas de condenação ou absolvição proferidas por juiz singular; Atualmente, todas as condenações e absolvições são impugnadas com Apelação (inclusive a absolvição sumária no tribunal do júri).

c/c art. 416 CPP Absolvição Sumária Tribunal do Júri Apelação. Art. 416. Contra a sentença de impronúncia ou de absolvição sumária caberá apelação. (Redação dada pela Lei nº 11.689, de 2008) Obs: Antigamente, a absolvição sumária no júri era impugnada por meio de RSE, o que atualmente passou a ser realizada através de apelação. II - das decisões definitivas, ou com força de definitivas, proferidas por juiz singular nos casos não previstos no Capítulo anterior; É a chamada apelação supletiva ou residual utilizada naquelas hipóteses onde não cabe RSE. III - das decisões do Tribunal do Júri, quando: a) ocorrer nulidade posterior à pronúncia; (novo júri) b) for a sentença do juiz-presidente contrária à lei expressa ou à decisão dos jurados; (TJ rescinde e rejulga) c) houver erro ou injustiça no tocante à aplicação da pena ou da medida de segurança; (TJ rescinde e rejulga) d) for a decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos. (novo júri). A apelação das decisões do júri deverá ser limitada às hipóteses previstas no art. 594 do CPP. Por isso, ela é chamada de apelação limitada. Súmula 713 STF: O efeito devolutivo da apelação contra decisões do Júri é adstrito aos fundamentos da sua interposição. As decisões do júri são consideradas subjetivamente complexas, ou seja, temos dois órgãos elaborando uma mesma decisão jurados e juiz presidente. a) Juiz presidente = Tribunal rejulga Quando a parte estiver recorrendo daquele aspecto da decisão que foi elaborada pelo juiz presidente, julgado procedente o apelo, o próprio tribunal rescinde e rejulga. b) Jurados = Novo júri Quando o apelo tiver por objeto aquela parte da decisão elaborada pelos jurados, julgado procedente o recurso, o agente deverá ser submetido a novo júri. Isso porque essa parte da decisão está protegida pela soberania dos veredictos.

Sendo assim, nas alíneas a e d, julgado procedente o apelo, o agente será submetido a novo júri. Já nas alíneas b e c, julgado procedente o apelo, o próprio TJ reforma a decisão. De acordo com o art. 593, 3º CPP, a apelação com base na alínea d (decisão dos jurados manifestamente contrária à prova dos autos) só poderá ser utilizada uma única vez naquele processo pelas partes. Art. 593, 3 o Se a apelação se fundar no n o III, d, deste artigo, e o tribunal ad quem se convencer de que a decisão dos jurados é manifestamente contrária à prova dos autos, dar-lhe-á provimento para sujeitar o réu a novo julgamento; não se admite, porém, pelo mesmo motivo, segunda apelação. Segundo Paulo Rangel, o 3º é um pressuposto recursal objetivo negativo, ou seja, só pode ser utilizado uma única vez por ambas as partes. Isso porque se o tribunal entendeu que a absolvição é manifestamente contrária à prova dos autos, a condenação também não poderá ser. Efeitos da Apelação: Devolutivo Suspensivo Obs: A apelação não possui efeito regressivo, pois o juiz não poderá se retratar. Efeito regressivo RSE e Embargos. Medida de Segurança: Art. 596. A apelação da sentença absolutória não impedirá que o réu seja posto imediatamente em liberdade. Parágrafo único. A apelação não suspenderá a execução da medida de segurança aplicada provisoriamente. É possível aplicarmos medida de segurança antes do trânsito em julgado? O que podemos fazer com o doente mental durante o processo? 1) Jurisprudência Pacífica - Com a reforma penal de 84, a LEP estabeleceu que só é possível aplicar medida de segurança após o trânsito em julgado, razão pela qual os arts. 373 a 380 do CPP foram tacitamente revogados.

2) Alberto Silva Franco (Posição Isolada) - A mesma reforma penal de 84 que trouxe a LEP também trouxe o instituto da detração previsto no 42 do CP, que menciona expressamente a internação provisória. Desta forma, os arts. 373 a 380 permanecem em vigor. Com a entrada em vigor da Lei 12.403/11, o art. 319 do CPP permite a internação provisória para o doente mental como medida cautelar restritiva de direitos, o que para Polastri levou a repristinação dos arts. 373 a 380 do CPP. Se o juiz aplicou a internação provisória e o agente ficou internado durante o processo, se ele for absolvido, o juiz poderá aplicar o art. 596, parágrafo único e mantê-lo internado após a absolvição? Isso não é possível, pois toda medida cautelar é acessória e dependente, ou seja, está atrelada ao resultado do processo principal, razão pela qual o agente deverá ser posto em liberdade.