ÍNDICE - 11/06/2006 Zero Hora (RS)...2 Geral...2 Brasil pode ter vacina anti-hpv este ano...2 Correio Braziliense...3 Revista do Correio...3 Por um sorriso perfeito...3 Decifrando os rótulos...3
Zero Hora (RS) 11/06/2006 Geral Brasil pode ter vacina anti-hpv este ano Anvisa analisará em setembro se venda do medicamento será liberada A primeira vacina contra o papilomavírus humano (HPV) pode ser liberada à venda ainda este ano no Brasil. Em setembro, vence o prazo legal de registro do produto na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que poderá autorizar ou não a comercialização. A vacina, chamada Gardasil, foi desenvolvida pelo laboratório Merck & Co e previne a infecção pelo vírus. O uso da vacina foi liberado na quinta-feira pela Food and Drug Administration (FDA) - agência regulatória de alimentos e medicamentos dos EUA. Estimativas mundiais calculam que 50% a 70% dos adultos sexualmente ativos já tenham sido contaminados em algum momento da vida pelo papilomavírus humano (HPV). A Gardasil só confere imunidade a pessoas que ainda não foram infectadas pelo HPV. A transmissão ocorre por contato direto com a pele infectada. E o vírus é passado por meio das relações sexuais, podendo causar lesões na vagina, no colo do útero, no pênis e no ânus. Há cerca de cem tipos desse mesmo vírus, e a vacina protege apenas contra quatro: HPV-6, 11, 16 e 18. De acordo com o Ministério da Saúde, muitas vezes o contágio com o HPV está relacionado ao aparecimento do câncer do colo do útero nas mulheres. Produto poderá entrar em calendário de vacinação A estimativa do Programa Nacional de DST/Aids é de que em 2003 pelo menos 137 mil mulheres foram infectadas pelo vírus. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), 20 mil novos casos de câncer do colo do útero são esperados em 2006 no Brasil. A estimativa para o número de mortes é de 4,2 mil mulheres. A única forma de prevenção contra o HPV, antes da vacina, era o uso de preservativos. Caso o produto seja licenciado no Brasil, o Ministério da Saúde informou que estudará a possibilidade de incluir a Gardasil no calendário básico de vacinação.
Correio Braziliense 11/06/2006 Revista do Correio Por um sorriso perfeito As pastas de dentes contêm cada vez mais substâncias em suas fórmulas. Mas você sabe exatamente para que servem? Cadija Tissiani Da equipe do Correio @&TAB Cientistas do Instituto Tecnológico de Tóquio anunciaram recentemente um produto que promete pôr fim aos calafrios nos consultórios odontológicos. Segundo estudo publicado na revista científica Nature, trata-se de um esmalte sintético, usado como creme dental, que resolve o problema das cáries sem que o paciente precise enfrentar brocas ou obturações. A má notícia é que a tal pasta revolucionária, capaz de recuperar os locais prejudicados e prevenir novos danos, ainda está em fase de testes: os pesquisadores precisam descobrir agora uma maneira de evitar que a alta concentração de peróxido de hidrogênio cause inflamação nas gengivas. Por enquanto, a dica de ouro continua a ser prevenção. Há tantas opções de cremes dentais no mercado que a tradicional "anticárie" divide as prateleiras dos supermercados com produtos antiplaca, antitártaro, branqueadores, dessensibilizantes e, muitas vezes, com várias dessas funções ao mesmo tempo. Heitor Panzeri, coordenador do departamento de avaliação de produtos odontológicos da Associação Brasileira de Odontologia (ABO) explica: "Os dentifrícios (pastas de dentes) acompanham as leis de mercado, daí o número cada vez maior de atributos. Eles deixaram de ser apenas agentes de limpeza para compor produtos indicados para à manutenção da saúde bucal", esclarece o dentista. Ele ainda reforça: "Hoje um mesmo produto serve para várias finalidades. Uma pasta com atributo anticárie por exemplo, não deixa ter ação antiplaca". Para decifrar as ações estampadas nas caixinhas de pastas de dentes e seus benefícios agregados, a Revista do Correio ouviu vários especialistas e preparou um guia para você não se perder no meio de tantas opções. Decifrando os rótulos Os cremes dentais podem conter algumas substâncias terapêuticas como antiinflamatórios, dessensibilizantes, maior quantidade de abrasivos, componentes que favoreçam o clareamento dental ou compostos de proteção intensiva. De acordo com especialistas, o que diferencia uma pasta da outra é o princípio ativo. O que nas palavras de um leigo, pode ser entendido como o benefício principal proposto pelo fabricante do produto: Anticáries O flúor é o primeiro princípio ativo adicionado pela indústria às pastas de dentes. Para prevenir cáries, elas devem ter no mínimo 600ppm (partes por milhão) da substância. O nível máximo determinado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) é de 1500ppm. Os efeitos toxicológicos do flúor são grandes. Acima de 1500 ppm, no caso de ingestão da pasta, pode prejudicar a saúde e provocar fluorose dental (manchas esbranquiçadas e até marrons nos dentes). Para crianças, recomenda-se usar dentifrício com menor quantidade, 1000 ppm e mesmo 600 ppm,
segundo Heitor Panzeri. O cálcio e o fósforo também atuam positivamente no combate às cáries. Branqueadores Por possuírem abrasividade alta, as pastas branqueadoras são capazes de melhorar a qualidade da superfície dental pelo desgaste ou escovação de uma camada, a mais corada do esmalte. No entanto, trata-se de um clareamento superficial. O branqueamento efetivo só pode ser alcançado nos consultórios odontológicos. Além disso, a percepção do benefício varia de pessoa para pessoa. Antiplaca De acordo com o farmacêutico-bioquímico Jadir Nunes, algumas pastas têm agentes anti-sépticos que atacam os microorganismos formadores da placa bacteriana, evitando cáries e doenças de gengivas. Pesquisas na área indicam o triclosan como um dos anti-sépticos mais eficientes. Antitártaro Segundo especialistas, os produtos antitártaro são indicados às pessoas que têm predisposição ao problema. Mas é preciso ter em mente que eles não removem o tártaro, apenas impedem a sua formação em 65% dos casos. "O ideal é que a pessoa com tendência a desenvolver tártaro vá ao dentista primeiro e depois continue o tratamento com a pasta de dente", ensina Jadir Nunes. Bicarbonato de sódio O bicarbonato de sódio é um abrasivo de tempo curto, pois é solúvel. Age como coadjuvante, melhorando o ph da boca. Cálcio A promessa das pastas que vêm com cálcio em sua formulação é de fortalecer o esmalte do dente, o que precisa ser comprovado cientificamente antes de ir para o mercado. Também ajudam na ação do flúor. Dentes sensíveis Os produtos para dentes sensíveis contêm um diferencial que corresponde a um sal de potássio incluído na composição, que melhora os sintomas da hipersensibilidade. Atualmente a preferência tem sido por um sal tipo cloreto de potássio ou citrato de potássio. Mau hálito As causas do mau hálito podem ser inúmeras. Mas se o problema for relacionado à cavidade bucal é relativamente fácil combatê-lo com a escovação. Além do hálito fresco proporcionado temporariamente por sabores como menta e hortelã, as substâncias antiplaca de algumas pastas de dente ajudam a combater os microorganismos. Para obter um melhor efeito é aconselhável escovar a língua, onde há uma grande acúmulo de bactérias. O zinco é agente anti-halitose por excelência. Transforma os sulfetos, principais agentes do mau hálito, em precipitados sulfatos de zinco inodoros. Ingredientes naturais O juá, por exemplo, possui saponinas, que funcionam como detergente. São abrasivos naturais. O própolis atua como anti-séptico, e a camomila, como antiinflamatório para gengivas. Proteção prolongada Segundo Heitor Panzeri, da ABO, a presença de um composto complexo denominado Gantrez permite manter por aderência à gengiva e às superfícies dentais, os agentes antibacterianos, proporcionado assim uma proteção por 12 a 24 horas. O melhor creme dental A receita mais antiga contra as cáries é ainda a mais eficaz: limpeza. "As famosas escovadas após as refeições são essenciais. Mantendo a boca limpa, as doenças não aparecem", ressalta o farmacêutico-bioquímico Jadir Nunes, especialista
em higiene oral e presidente da Associação Brasileira de Cosmetologia. Em geral, a pasta com flúor, o agente mais reconhecido para a prevenção de cáries, é suficiente para manter a higiene oral. "É a pasta de dente familiar. Aquela mais popular mesmo, que todo mundo da casa usa", completa o especialista. As opções mais elaboradas são indicadas para pessoas que tenham predisposição a problemas específicos, como o mau hálito, tártaro ou dentes sensíveis. Heitor Panzeri reforça: "Nesses casos, o correto é procurar um cirurgião-dentista e orientar-se corretamente quanto a melhor opção". Fórmula ideal Segundo a cirurgiã-dentista Claudia Cia Worschech, da Universidade de Campinas, para que um creme dental seja eficiente, ele precisa conter: # Abrasivos: pequenas partículas insolúveis responsáveis pela limpeza do dente. Podem ser compostos por carbonato de cálcio, fosfato de cálcio, alumina ou sílica. # Protetores: colaboram com a remineralização do esmalte, dificultando a formação das cáries. É o velho e conhecido flúor. # Espumantes: propiciam o deslizamento da escova e facilitam a remoção dos detritos. # Espessantes: substâncias responsáveis pela consistência cremosa dos cremes dentais. # Estabilizantes e corantes: responsáveis pelo sabor. # Umectantes: tornam a pasta brilhante e cremosa. # Conservantes: evitam a degradação dos produtos que compõem a pasta