LIMITES E POSSIBILIDADES DE UM TRABALHO INTERDISCIPLINAR Por Profa. Dra. Elizete Maria Possamai Ribeiro Ma. Margarete Farias Medeiros Ma. Marleide Coan Cardoso
Apresentação 1. Introdução 2. Reflexões teóricas 3. Disciplinas envolvidas na experiência 4. Atividades interdisciplinares 5. A visão do coordenador do curso 6. Os resultados 7. Referências.
Objetivos do curso de Licenciatura em Matemática IFC-Câmpus Sombrio Preparar professores reflexivos com domínio do conhecimento matemático, científico e pedagógico para atuarem na educação básica, com ênfase na formação para as séries finais do ensino fundamental e ensino médio, com um currículo amplo e flexível, nas mais diversas modalidades desenvolvendo atitudes que integrem os conhecimentos científicos, tecnológicos, sociais e humanísticos, capazes de produzir metodologias pedagógicas e de acompanhar os avanços científicos e tecnológicos, visando incorporar novas tecnologias à prática profissional, através das atividades de ensino, pesquisa e extensão (PPC, 2013, p.24).
Diretrizes curriculares nacionais (...) matriz curricular do curso de formação não deve ser a mera justaposição ou convivência de estudos disciplinares e interdisciplinares. Ela deve permitir o exercício permanente de aprofundar conhecimentos disciplinares e ao mesmo tempo indagar a esses conhecimentos sua relevância e pertinência para compreender, planejar, executar, avaliar situações de ensino e aprendizagem. Essa indagação só pode ser feita de uma perspectiva interdisciplinar (CNE/CP 9/2001, p.54, 2002).
Disciplinas envolvidas na experiência Laboratório de Prática de ensinoaprendizagem I e II (NPED 10 e 17); Estágios supervisionados I,II,III, e IV (ESTG 01,02,03 e 04); Pesquisa em Educação (NPED 14); Educação Matemática e Tecnologias (NPED 17).
O que é a Interdisciplinaridade?
O que é interdisciplinaridade? Está claro que a interdisciplina suscita mais perguntas do que respostas, e isto não em virtude de suas infinitas possibilidades, mas sim por causa da dificuldade de estabelecer seus limites. (JANTSCH e BIANCHETTI, 2002, p.109).
O que é interdisciplinaridade? O conceito é ainda muito discutido e existe diversas definições que vão depender da perspectiva de cada autor; Nosso foco está no fazer do Professor e nas disciplinas ;
Reflexões Teóricas Japiassu (1976) que discute a epistemologia da interdisciplinaridade; Fazenda (2011), Luck (2002), Jantsch e Bianchetti (2002) a interdisciplinaridade como atitude na prática docente; Thiesen (2008) como um movimento articulador no processo ensino e aprendizagem.
A importância da interdisciplinaridade No limiar do século XXI e no contexto da internacionalização caracterizada por intensa troca entre os homens, a interdisciplinaridade assume papel de grande importância. Além do desenvolvimento de novos saberes, a interdisciplinaridade na educação favorece novas formas de aproximação da realidade social e novas leituras das dimensões socioculturais das comunidades humanas (FAZENDA, 2011, p.22-23).
A cultura Digital Ensinar e aprender estão sendo desafiados como nunca antes. Há informações demais, múltiplas fontes, visões diferentes de mundo. Educar hoje é mais complexo porque a sociedade também é mais complexa e também o são as competências necessárias. As tecnologias começam a estar um pouco mais ao alcance do estudante e do professor. Precisamos repensar todo o processo, reaprender a ensinar, a estar com os alunos, a orientar as atividades, a definir o que vale a pena fazer para aprender, juntos ou separados (MORAN, 2004.p.3).
Limites e possibilidades Para viver a interdisciplinaridade é necessário, antes de tudo, conhecê-la, para seguidamente pesquisá-la, definir o que por ela se quer, respeitando as diferenças entre uma formação pela ou para a interdisciplinaridade (FAZENDA,2011)
As disciplinas Do 5º ao 8º semestre: Laboratório de prática de ensinoaprendizagem I e II (NPED 10 e 17), Estágio Supervisionado I, II, III, e IV (ESTG 01,02,03 e 04), Pesquisa em Educação (NPED 11), Educação Matemática e Tecnologias (NPED 14).
Atividades interdisciplinares NPED 10 com ESTG 01 Produção de recursos didáticos; Oficinas pedagógicas; Planos de aula; Critérios de avaliação de oficinas; Microaulas.
Atividades interdisciplinares NPED 11 com ESTG 02 Pesquisa de opinião na comunidade externa à escola campo de estágio; Produção de texto sobre a etapa de observação no campo de estágio; Produção de texto sobre o antes e depois da regência de classe; Elaboração de projetos de pesquisa.
Questões sobre o texto da regência 1) Quais foram os professores que teve e que tipo de professor você quer ser? 2) Quem somos nós professores de matemática? 3)Quem somos nós futuros professores de matemática? 4) Para quem ensinar matemática? Como ensinar Matemática?
Atividades interdisciplinares NPED 14 e ESTG 03 Construção do experimento didático; Utilização e análise de softwares livres; Sites para o ensino e aprendizagem da matemática na educação básica; Construção de mapas conceituais; Criação de espações virtuais de trabalho do tipo pbworks; Análise de objetos de aprendizagem; Criação de applets a partir do software GeoGebra; Discussão sobre a utilização das tecnologias no ensino e aprendizagem. Criação de planilha eletrônica para avaliação das apresentações.
Atividades interdisciplinares NPED 17 e ESTG 04 Planos de ensino; Macroaula; Microaula perante banca.
A visão do coordenador do curso A qualidade do ensino está relacionada ao elo entre as disciplinas; A teoria e a prática caminham juntas; A prática pedagógica é a associação da ação do professor; O professor precisa se atualizar continuamente para acompanhar a evolução e a ligação de outras áreas do conhecimento; A interdisciplinaridade melhorou o ensinoaprendizagem em todos os aspectos.
Os resultados A interdisciplinaridade contribui de forma significativa na formação do acadêmico; Este trabalho interdisciplinar permite aos estudantes desenvolver suas atividades a fim de definir o papel de professor que deverão assumir perante à sociedade; Torna-se fundamental um enfoque interdisciplinar, pois somente ele irá possibilitar uma certa identificação entre o vivido e o estudado, desde que o vivido resulte da interrelação de múltiplas e variada experiências (FAZENDA, 2011, p. 75). matinterdisciplinar.pbworks.com
Referências BLANCO, Maria Marcedes Garcia in FIORENTINI, Dario (organizador). Formação de professores de Matemática: explorando novos caminhos com novos olhares. Campinas: Mercado de letras, 2003. DELORS, Jacques (Coord.). Os quatro pilares da educação. In: Educação: um tesouro a descobrir. São Paulo: Cortez, 1999. p. 89-102. FAZENDA, Ivani Catarina Arantes. Integração e interdisciplinaridade no ensino brasileiro. São Paulo: Edições Loyola, 1993. GRAVINA, M.A., BASSO, M.V.A. Mídias Digitais na Educação Matemática. In: GRAVINA, M.A. et. al. (Orgs). Matemática, Mídias Digitais e Didática tripé para a formação de professores de Matemática. Editora da UFRGS, 2012, p. 4-25. Disponível em: <http://www6.ufrgs.br/espmat/livros/livro_matematica_midias_didatica_completo.pdf>. Acesso em: 04 mai. 2014. JANTISCH, Ari Paulo e BIANCHETTI, Lucidio (org.). Interdisciplinaridade: para além da filosofia do sujeito. Petrópolis: vozes, 1995. JAPIASSU, Hilton. Interdisciplinaridade e patologia do saber. Rio de Janeiro: Imago, 1976. LUCK, Heloisa. Pedagogia Interdisciplinar: fundamentos teóricos e metodológicos. Petrópolis: Vozes, 1994 MORAN, J. M. Os novos espaços de atuação do educador com as tecnologias. Anais do 12º Endipe: Conhecimento local e conhecimento universal: diversidade e tecnologias na educação.curitiba:champagnat,2004.disponível em: <http://www.eca.usp.br/prof/moran/espacos.htm#intro> acesso em 19 mai.2014. THIESEN, Juarez da Silva. A interdisciplinaridade como um movimento articulador no processo ensino-aprendizagem. In: Revista Brasileira de Educação. Rio de Janeiro: ANPEd, v.13,n.39,p.545-553, set./dez.2008