O MUNDO ISLÂMICO
A Civilização Árabe foi uma das mais brilhantes do período medieval e se estendeu da Índia até a Península Ibérica, passando pela Mesopotâmia, Palestina (Terra Santa), Egito, Norte da África. Tendo como ponto de partida a Península Arábica, região desértica, salpicada por alguns oásis, os árabes ganharam o mundo depois de unificados em torno da fé islâmica.
ARÁBIA PRÉ-ISLÂMICA: Os árabes são semitas. Dividiam-se em tribos, governadas por um xeque, e eram, em sua maioria, nômades ou seminômades. Eram chamados também de beduínos e não tinham unidade política. Espalhavam-se por toda a Península Arábica mas só podiam fixar-se na costa do Mar Vermelho ou em oásis onde praticavam alguma agricultura. Suas atividades econômicas principais eram o pastoreio e o comércio.
ARÁBIA PRÉ-ISLÂMICA: Adoravam vários deuses (politeísmo) e Alá (o deus lua) era somente um deles. Tinham um lugar sagrado, que recebia muitos peregrinos, a Caaba. Este santuário estava localizado na cidade de Meca e dentro dele se encontravam muitas imagens de deuses e a Pedra Negra. Suas cidades principais eram Meca e Yatribe, atual Medina.
A Caaba Centro de peregrinação muçulmana.
MAOMÉ O PROFETA: Maomé ou Mohamed nasceu em Meca no ano de 570 d.c. Era comerciante e casou-se com uma viúva rica, Khadidja, muito mais velha que ele. Quando tinha aproximadamente 40 anos, teria recebido do anjo Gabriel o livro sagrado dos muçulmanos, o Corão ou Alcorão. Como não sabia ler o texto foi ditado por Maomé e escrito por outras pessoas, uma delas, sua esposa, considerada a primeira muçulmana.
MAOMÉ O PROFETA: Os Cinco Pilares do Islã são: 1. Só existe um deus, Alá, e Maomé é seu profeta; 2. Rezar cinco vezes ao dia voltado na direção de Meca; 3. Jejuar durante o mês de Ramadã; 4. Praticar caridade; 5. Visitar Meca pelo menos uma vez na vida.
MAOMÉ O PROFETA: A religião muçulmana tem muito em comum com as duas outras religiões monoteístas, o Judaísmo e o Cristianismo. Os muçulmanos consideram o Velho Testamento, acreditam que Abraão é o pai dos árabes. Crêem no paraíso, nos anjos, no inferno. Consideram também Jesus Cristo como um profeta que teria antecedido Maomé, havendo um capítulo no Corão dedicado à Virgem Maria.
O TRIUNFO DA NOVA CRENÇA: Maomé inicia a sua pregação mas esta não é bem recebida pelos comerciantes que lucravam com as peregrinações à Meca. Em 622, Maomé é obrigado a fugir da cidade indo se esconder em Yatribe que passou a ser chamada de Medina (Cidade do Profeta). Essa data é conhecida como Hégira e marca o início do calendário muçulmano.
O TRIUNFO DA NOVA CRENÇA: Maomé intensifica a sua pregação e declara guerra santa aos infiéis. Os muçulmanos que morressem na tarefa de conquistar e converter os infiéis teriam a entrada garantida no paraíso. No ano de 630, Maomé conquista Meca e retira os ídolos da Caaba mantendo somente a Pedra Negra e imagens da Virgem e do Menino Jesus. O Islamismo se espalha rapidamente. Em 632, ano da morte do Profeta, os árabes estavam unificados mas Maomé morre sem indicar um sucessor.
O TRIUNFO DA NOVA CRENÇA: Maomé intensifica a sua pregação e declara guerra santa aos infiéis. Os muçulmanos que morressem na tarefa de conquistar e converter os infiéis teriam a entrada garantida no paraíso. No ano de 630, Maomé conquista Meca e retira os ídolos da Caaba mantendo somente a Pedra Negra e imagens da Virgem e do Menino Jesus. O Islamismo se espalha rapidamente. Em 632, ano da morte do Profeta, os árabes estavam unificados mas Maomé morre sem indicar um sucessor.
IMPÉRIO ÁRABE-MUÇULMANO:
O CALIFADO: Califa quer dizer sucessor. Os quatro primeiros Califas (Abu-Becker, Omar, Oman e Ali) governaram em Meca. Durante o governo de Omar iniciou-se a expansão e foram anexadas ao Império Árabe as seguintes regiões: Pérsia (depois de 10 anos de luta); a Síria; a Palestina (Terra Santa); o Egito (dois anos de luta); e o Norte da África.
O CALIFADO: As populações cristãs e judias dessas regiões poderiam manter a sua fé em troca de impostos mais altos mas os demais deveriam se converter. Os árabes se aproveitaram da estrutura de governo do Império Bizantino para organizar o seu Estado. O último dos quatro califas foi Ali, esposo de Fátima filha de Maomé.
O CALIFADO: Ali conquistou outros territórios e defendia que Maomé o teria escolhido antes de sua morte. Durante o seu governo estourou uma guerra civil e com a sua morte, em 661, o governo dos árabes passou para a dinastia do Omíadas. Os seguidores de Ali deram origem a seita islâmica dos xiitas, partidário, que advogam que somente os herdeiros de Ali e Fátima podem governar o Islã.
O CALIFADO: A primeira dinastia foi a dos Omeíadas que governou de 661 a 750. Eles transferiram a capital para Damasco e conquistaram a Índia, a Armênia, o Cáucaso e a Península Ibérica colocando fim ao reino dos Visigodos. Sua expansão territorial na Europa chegou ao fim em 732 quando foram derrotados pelos francos na Batalha de Poitiers.
O CALIFADO: Em 750, depois de uma revolta, os sucessores de um dos tios de Maomé, Abas, deram início à dinastia dos Abássidas. A capital foi transferida para a Mesopotâmia, onde foi fundada a grande capital do mundo árabe, Bagdá. Durante o governo dos Abássidas o império árabe atingiu seu apogeu.
O CALIFADO: Os Califas incentivavam o desenvolvimento artístico e cultural. A expansão territorial também continuou e durante o governo dos Abássidas o território árabe chegou a se estender da China até a Península Ibérica. Nesse período o Império começa a se fragmentar.
O CALIFADO: Em 760, os muçulmanos da Espanha declaram sua independência e em 968 foi a vez do Egito. Com o enfraquecimento dos Califas, seus guardas pessoais que eram oriundos da recémconvertida tribo dos turcos, começou a ganhar mais e mais poder. Em 1055, uma das tribos turcas, a dos seldjúcidas, tomou Bagdá. O Império turco se se estendeu pela Ásia e África, tornando-se um perigo para os europeus.
IMPÉRIO OTOMANO 1680
GLOSSÁRIO: Jihad: quer dizer esforço, isto é, qualquer missão que necessite de empenho por parte do muçulmano. Hoje, no senso comum, virou sinônimo de guerra santa. Suna: conjunto dos ditos de Maomé (hadiz) registrados depois da sua morte pelos seus seguidores. É um complemento ao Corão. Sharia: A lei Islâmica.
GLOSSÁRIO: Sunitas: representam a maioria dos muçulmanos hoje e se dividem em vários grupos. Apareceram no século XI em oposição aos xiitas. Acreditam na Suna, veneram os seguidores de Maomé e defendem que qualquer fiel deve ter o direito ao governo.
GLOSSÁRIO: Xiitas: seguidores de Ali (4º Califa) e Fátima, filha de Maomé. O termo vem de shiá (partidário/seguidor) e defendem que o governo deve estar nas mãos dos descendentes do profeta. São maioria somente no Irã e no Iraque. Xiita, hoje, no senso comum, é usado para designar qualquer radical ou extremista, o que é de certa forma um preconceito.