Islamismo: A história de um povo UCP - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CCSA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ECONOMIA

Transcrição

1 UCP - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CCSA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ECONOMIA ISLAMISMO A história de um povo PETRÓPOLIS 2011

2 2 UCP - UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PETRÓPOLIS CCSA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS ISLAMISMO A história de um povo Trabalho apresentado como requisito para a Disciplina Introdução a Teologia II, do Curso de Economia, da UCP - Universidade Católica de Petrópolis, sob a orientação do Prof. Bruno Tamancoldi. PETRÓPOLIS

3 3 SUMÁRIO 1-INTRODUÇÃO ORIGEM DO ISLAMISMO ALCORÃO OS PILARES DO ISLAMISMO Recitação do credo islâmico Shahada ou Chahada Preces Cotidianas Salat ou Salah Pagamento do Zakat ou Zakah Observação do mês do Ramadã Saum CONCLUSÃO BIBLIOGRAFIA...9 3

4 4 1- INTRODUÇÃO O Islamismo é uma das três principais religiões monoteístas ao lado do cristianismo e judaísmo, e suas regras de fé e prática são baseadas nos ensinamentos de Maomé ( d.c.), chamado O Profeta, contidos no livro sagrado islâmico, o Corão. A palavra islã significa submeter, e exprime a submissão à lei e à vontade de Alá. Seus seguidores são chamados de muçulmanos, que significa aquele que se submete a Deus. O Islamismo é atualmente a segunda maior religião do mundo, dominando acima de 50% das nações em três continentes. O número de adeptos que professam a religião mundialmente já passa dos 935 milhões. O objetivo final do Islamismo é subjugar o mundo e regê-lo pelas leis islâmicas, mesmo que para isso necessite matar e destruir os infiéis ou incrédulos da religião. Segundo eles, Alá deixou dois mandamentos importantes: o de subjugar o mundo militarmente e matar os inimigos do Islamismo: judeus e cristãos. 4

5 5 2- ORIGEM DO ISLAMISMO O Islã foi fundado em 622 d.c., na cidade de Medina, Arábia. Seu fundador, Mohammad ou Maomé, nasceu na cidade de Meca, em 570 d.c, num contexto religioso que mesclava animismo, politeísmo, monoteísmo, etc. Cristãos e judeus vivam nas imediações. Como qualquer membro da tribo coraxita, do clã dos haxemitas, Maomé teve infância e juventude modestas, viveu e cresceu entre mercadores. Seu pai, Abdulá, morreu por ocasião do seu nascimento, e sua mãe, Amina, quando ele tinha seis anos. Havia em Meca um santuário chamado Kaaba ou Caaba, que conserva até hoje uma pedra negra, considerada sagrada pelos árabes. Alguns desses praticavam a adoração a "Ala", porém, este era visto como um deus tribal, sem caráter universal. O escritor Libanês Albert Hourani confirma isto:... O nome dado a Deus era Alá, já em uso para um dos deuses locais - Uma História dos Povos Árabes-; São Paulo; Editora Cia das Letras; 2000; Página 33. Em 610 d.c., aos quarenta anos, Maomé, enquanto meditava numa caverna, teria recebido a visita do anjo Gabriel (Jibril, em árabe), que lhe revelou o que hoje é conhecido como Alcorão. Khadija, uma viúva rica que se casou com Maomé, investiu toda sua fortuna na propagação da nova doutrina. Começou a pregar que só havia um único Deus, o Juízo Final e que ele era o derradeiro mensageiro de Deus, o restaurador da religião verdadeira que há muito havia desaparecido. Essa pregação trouxe forte oposição de seus contemporâneos. Isso levou Maomé a fugir para Medina, no ano 622 d.c.. Esse acontecimento, conhecido como Hégira (migração), marcou o início do calendário muçulmano. Nessa cidade ele estabeleceu sua doutrina, recrutou adeptos e construiu a primeira mesquita. Lá se aproxima dos judeus da cidade, mas como eles se recusam a abraçar o Islamismo, persegue-os fulminantemente até eliminá-los. No site encontramos um relato sobre a chacina realizado por Maomé naquela época: Em 630, com seus seguidores, Maomé entrou em Meca, submetendo-a, com seu exército, à nova fé. Sua primeira atitude foi destruir os ídolos da Kaaba. Morreu dois anos 5

6 6 depois, aos 63 anos. Ele está sepultado na mesquita de Medina, a primeira mesquita islâmica do mundo. Os muçulmanos estão divididos em dois grandes grupos: os Sunitas e os Xiitas. Os Sunitas subdividem-se em quatro grupos menores: Hanafitas, Malequitas, Chafeitas e Hambanitas. Os Sunitas são os seguidores da tradição do profeta, continuada por All-Abbas, seu tio. Os Xiitas são partidários de Ali, marido de Fátima, filha de Maomé. São os líderes da comunidade e continuadores da missão espiritual de Maomé. 3- ALCORÃO O Alcorão, que literalmente significa a recitação, é a máxima autoridade no Islã, que ensina ter Deus revelado cada palavra através do anjo Gabriel a Maomé, que era analfabeto. Segundo os muçulmanos, o Corão contém a mensagem de Deus a Maomé, as quais lhe foram reveladas entre os anos 610 a 632. Seus ensinamentos são considerados infalíveis. É dividido em 114 suras (capítulos), ordenadas por tamanho, tendo o maior 286 versos. O Alcorão somente foi reduzido a escrito após a morte de Maomé e, mais precisamente, depois da morte de 70 companheiros de Maomé na batalha de Iamama. Temeroso com esta morte de que se perderia o conteúdo das revelações, o califa Abu Bakr determinou a reunião das revelações em um único volume, determinando que isto fosse feito por Zaid ibn Thabit, cujos trabalhos só terminaram no califado de Otmã, o terceiro califa, que, então, precisou a versão final do Alcorão. Deve-se observar que a redação feita por Zaid não foi à única: outros companheiros de Maomé promoveram também compilações particulares que apresentavam divergências entre si e provocaram naturalmente divisões doutrinárias entre os adeptos. Compreende-se assim a decisão de Otmã no sentido de mandar fazer uma redação oficial do livro santo. A nova versão foi então imposta oficialmente pelo califa: enviaram-se cópias às principais cidades com ordem de destruição das demais cópias e coleções. O resultado final é uma obra contendo 114 suras (capítulos) ou suratas, cada um dividido em versículos. Tem versículos, palavras e Escrito em árabe, suas traduções, mesmo quando autorizadas pelas lideranças islâmicas (e, em 2005, foi autorizada a primeira tradução oficial em língua portuguesa, embora já houvesse duas versões em 6

7 7 português sem tal reconhecimento), não são consideradas como sendo o Alcorão, mas tão somente o significado dos versículos, sem valor autoritário. 4- OS PILARES DO ISLAMISMO Todo muçulmano tem cinco ou seis deveres a cumprir, deveres estes de que depende a sua salvação. Como, no Islamismo, o homem salva-se a si próprio, temos um sistema de salvação pelas obras e estas obras se evidenciam pelo cumprimento dos deveres do Islão. Estes deveres, também considerados de Pilares, são explicitados em um Hadith, ou seja, em um dito de Maomé, a saber: O Islam se assenta sobre pilares : 4.1 Recitação do credo islâmico Shahada ou Chahada Não existe nenhum deus além de Alá e Maomé é o seu profeta. (Ao recitar esta frase o indivíduo torna-se um islâmico). 4.2 Preces Cotidianas Salat ou Salah Cumprem-se este dever fazendo cinco orações diárias, em árabe, com a sua face voltada para Meca, onde se encontra a Caaba. Refutação: O Islamismo exige apenas uma reza, algo sem valor diante de Deus Mt 6: Pagamento do Zakat ou Zakah Imposto anual de 2,5% do lucro pessoal, como forma de purificação e ajuda aos pobres. É um ato que purifica o fiel. Também ofertam para a riquíssima Liga Muçulmana. 4.4 Observação do mês do Ramadã Saum Todo muçulmano, após atingir a puberdade, obrigatoriamente deve jejuar no mês de Ramada(2: ). Nele se comemora a primeira revelação do Alcorão recebida por Maomé. Durante um mês, as pessoas jejuam desde o nascer até o pôr do sol. Segundo eles, os portões do paraíso se abrem, os do inferno se fecham, e os que jejuam têm seus pecados perdoados. 7

8 8 5 CONCLUSÃO O art 5º, parágrafo VI, da na nossa Constituição Brasileira reza:... é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias.... Agora, será que esse direito de culto permite qualquer culto? Será que essa liberdade religiosa permanece de pé mesmo quando tal religião se volta contra a sociedade que deveria beneficiar? O Alcorão e suas doutrinas paralelas, que são distribuídos livremente em nosso território, mesmo incitando a violência, devem ser usados como livros sagrados? Essas são questões que precisamos refletir e rever dentro de um contexto sociológico brasileiro, caso contrário, nossa liberdade pode se voltar contra nós. Essa mesma Constituição também reza que a nossa sociedade deve ser livre, justa e solidária (Art. 3º-I), mas se o islamismo for implantado em alguma parte de nosso país, essa região passará a ter uma lei islâmica (sharia) e não mais a brasileira. E ai, como será? 8

9 9 6- BIBLIOGRAFIA BOWKER, John. Para entender as Religiões: As grandes religiões mundiais explicadas por meio de uma combinação perfeita de texto e imagens. Trad. de Cássio de Arantes Leite. São Paulo: Ática, p. HASSAN, Ali. O que é o Islam. Volume XI. São Paulo: Fundação Al-Balagh, Jonier, Jacques. Islamismo História e Doutrina; Coleção Herança Espiritual. Scherer, Burkhard. As Grandes Religiões; Temas Centrais Comparados. Site: 9