Sessão 1 13/03. Apresentação do curso.

Documentos relacionados
EMENTA. Análise comparativa da diversidade cultural a partir de casos etnográficos. OBJETIVO GERAL

PROGRAMA. Aula 1 Apresentação do curso e discussão do programa. Preparar apresentação dos projetos para a próxima semana (cf. roteiro).

Parte I: A pesquisa de campo: uma perspectiva histórica

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PRÓREITORIA DE GRADUAÇÃO PLANO DE ENSINO

Pesquisa de Campo em Antropologia FLA0306 (2018-2)

Antropologia IV - Questões de Antropologia Contemporânea (2 semestre 2016) Código: FLA0206

Unidade: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Departamento: Antropologia. PROGRAMA 2º Semestre 2013

Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Departamento de Antropologia 2º Semestre de 2016

PROGRAMA. Fundamentos da pesquisa de campo a partir do estudo dos autores clássicos;

PROGRAMA PROVISÓRIO*

Antropologia IV - Questões de Antropologia Contemporânea (2 semestre 2016) Código: FLA0206

Universidade de São Paulo Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas Departamento de Antropologia 2º Semestre de 2016

Principais paradigmas e escolas de pensamento antropológico

Ortner, Sherry B Theory in anthropology since the sixties. Comparative Studies in Society and History 26 (1):

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS SCH PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA

Teoria Antropológica I

EMENTA OBJETIVOS DINÂMICA DO CURSO

Disciplina: HS Antropologia IV: Teorias Antropológicas III 2º semestre de 2007 Profª Ciméa B. Bevilaqua

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA

Relatório de Dados da Disciplina. Sistema Administrativo da Pós-Graduação

Teoria Sociológica II Antropologia (702/802) 2019/1

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA

Código: BAC 775 BAC 821

PROGRAMA Teoria II (60 horas) PPGA/UFPR Prof. Miguel Carid Naveira Ed. Dom Pedro I, Sala 617, Segunda-feira, 14h:00-18h:00. Ementa

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES SCHLA DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA

Cultura e política: debates contemporâneos sobre Ementa conceito de cultura, etnocentrismo, identidade e Requ DOCENTE(S) VALIDADE

Bourdieu, Pierre Esboço de uma Teoria da Prática. In Pierre Bourdieu: São Paulo: Ática.

Programa de Disciplina /2º semestre

5. A bibliografia proposta poderá ser alterada conforme o andamento das aulas.

4) PROGRAMA:. Metodologias em Antropologia;. O método etnográfico;. Discussão sobre a fundamentação teórica dos projetos de pesquisa dos alunos.

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA

ANT 7201 Teoria Antropológica I

Disciplina: Sociologia Prof. Edson Elias Turma: 1 ano Ensino Médio. O QUE É ANTROPOLOGIA?

Ementa: Teorias antropológicas III; tópicos especiais em teorias contemporâneas. PROGRAMA DE DISCIPLINA

EMENTA. Objetivo. Dinâmica do curso:

PROGRAMA GERAL DO COMPONENTE CURRICULAR- PGCC 1

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL

Tópicos em Antropologia: ANTROPOLOGIA DO GÊNERO

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS SCH DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA

DISCIPLINA: HS082 Antropologia II: Teorias antropológicas I CURSO DE CIÊNCIAS SOCIAIS. Profª Maria Inês Smiljanic. 2º Semestre de 2006

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS SCH DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL PLANO DE CURSO

Ementa. Objetivos e dinâmica do curso

Oficina de Etnografia (em construção, 10/07/2018)

Programa do curso Antropologia da Religião

Sessão 1: Introdução ao curso. Sessão 2: fatos sociais

Introdução à Antropologia (135011) Turma E Professor: Edson Alencar Collares de Bessa 1º Semestre de 2016

UNIVERSIDADE DO AMAZONAS MUSEU AMAZÔNICO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL PRÁTICA DE PESQUISA

1ª Sessão- Introdução STOCKING Jr., G.W (1982) Race, culture and evolution. Chicago, The University of Chicago Press. Cap. 2, pp

da disciplina: (somente para baixar os textos digitalizados) Senha: turma12017

Curso: MNA701 Teoria Antropológica I Professores: Eduardo Viveiros de Castro e Eric Macedo. Período: 1º Semestre de Horário: ª feira, 13h-16h

Ementa Objetivo Metodologia e Avalia o

Assistência do filme: A Guerra do Fogo, 1981, de Jean-Jacques Annaud.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA - PPGA / UFPR

Antropologia e História Programa (versão 07/05/2018)

Ementa: O Objeto da Antropologia. 1ª sessão: Apresentação

Disciplina: FLA Introdução às Ciências Sociais (Antropologia) Introduction to Social Sciences (Anthropology) 1o semestre de 2019

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL

Ministério da Educação UNIVERSIDADE FEDERA DO PARANÁ Setor de Ciências Humanas Departamento de Antropologia. Ficha 2 (variável)

Ementa: O curso dá prosseguimento a TAI, focalizando algumas das teorias, autores e debates que marcaram a antropologia a partir da década de 1960.

Avaliação dos Alunos: Será feita através de um trabalho escrito (90%) e da participação nos seminários (10%). PROGRAMA

INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL - PPGAS / UFPR

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO INSTITUTO DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL

UNIDADES PROGRAMÁTICAS CARGA (DIA/MÊS) SEGUNDAS

Métodos e Técnicas em Antropologia Social

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL Mestrado e Doutorado em Antropologia Social.

Metodologia: O curso consistirá de tópicos que serão desenvolvidos pelos alunos a partir das questões propostas e da bibliografia de apoio.

Lévi-Strauss, Claude Introduction: Histoire et Ethnologie. In: Anthropologie Structurale: Paris: Plon, 1958.

Teoria Antropológica I Turma D Qua: 10h - 11:50 Sex: 10h - 11:50

UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

PROGRAMA. HA800 História do Pensamento Antropológico (Doutorado) Dia/Horário: segunda-feira, 14hs00 a 18hs00 Local: sala do PPGA/UFPR

O LUGAR DA INTERPRETAÇÃO E DA REFLEXÃO NA ANTROPOLOGIA

EMENTA DINÂMICA DO CURSO EM CLASSE

Os textos estarão disponíveis na copiadora Multiuso, pasta n 200.

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES SCHLA DEPARTAMENTO DE ANTROPOLOGIA

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL

Programa e Cronograma

Programa: Programa e Bibliografia:

FACULDADE SETE DE SETEMBRO FASETE

Ementa: Teorias antropológicas III; tópicos especiais em teorias contemporâneas PROGRAMA DE DISCIPLINA

Disciplina: Antropologia da Ciência e da Tecnologia 4ª e 6ª: 08h-10h (2017/2)

PODER EXECUTIVO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS PLANO DE ENSINO 1. IDENTIFICAÇÃO DA DISCIPLINA

Obs. Dependendo da dinâmica, ou demandas imprevistas, mudanças poderão ocorrer em relação ao conteúdo ou a avaliação. PROGRAMA

Metodologia de Pesquisa em Antropologia Social

Universidade de Brasília Departamento de Sociologia Teorias Sociológicas Contemporâneas 1º Semestre de 2018 Professor: Tiago Ribeiro Duarte

Universidade de Brasília Instituto de Ciências Sociais Departamento de Antropologia

Isabel Santana de Rose 1

Conferência de Digitação

Nova: ( ) Renovação: ( ) Profª Drª Iraní F. Gerab Presidente da Comissão Comentários:

Proposta de Curso Tópicos Especiais em Musicologia II (Teórica: 45h / Créditos: 3,0) - MUD724

Antropologia da Alimentação: dimensões teóricas e etnográficas. Programa

1ª Sessão Introdução: STOCKING Jr., G.W. (1982) Race, culture and evolution. Chicago, The University of Chicago Press. Cap. 2, pp

PROGRAMA DE DISCIPLINA 2015/2

FACULDADE DE FILOSOFIA, LETRAS E CIÊNCIAS HUMANAS FFLCH Curso de Graduação em Ciências Sociais 2º semestre/ 2017

Ementa PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO QUINTA DA BOA VISTA S/N. ÃO CRISTÓVÃO.

Ementa: Estudos teórico-metodológicos em Antropologia PROGRAMA I CONTÉUDO

Disciplina: Antropologia da Saúde - Enfermagem Código: HS 184 EMENTA

Transcrição:

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO QUINTA DA BOA VISTA S/N. SÃO CRISTÓVÃO. CEP 20940-040 RIO DE JANEIRO RJ BRASIL Tel 55 (21) 2568-9642 fax 55 (21)2254-6695 www://ppgasmuseu.etc.br e-mail:ppgasmn@gmail.com/ Disciplina: MNA-888 Etnografia, escrita e teoria etnográfica Professores: Moacir Palmeira, Dibe Ayoub (Pós-doc PPGAS) 1º semestre de 2019 N de créditos: 03 (três), 45 horas aula, 15 sessões Horário: 4ª Feira 13:00h às 16:00h Local: Sala 201 Neste curso, discutiremos as relações entre campo, teoria, afeto e escrita na análise etnográfica. Mais do que procedimento descritivo, a etnografia é reflexão e produção teórica. O trabalho de campo se torna a marca da antropologia no início do século XX, quando a análise etnográfica, destinada à descrição das particularidades de povos tomados como singulares, passa a sustentar a comparação e a descoberta de universais. Questionamentos teórico-metodológicos acerca do pressuposto da universalidade de certas categorias, bem como reflexões sobre as relações de poder que perpassam as noções de campo, alteridade e os vínculos entre quem pesquisa e os sujeitos com quem pesquisa, transformam substancialmente o fazer antropológico a partir dos anos 1970. O campo deixa de ser definido por fronteiras geográficas e temporais e pelo exótico, e torna-se cada vez mais colorido por tramas de afeto e risco que demandam responsabilidades e posicionamentos. Agora, antropólogas e antropólogos muitas vezes fazem parte dos coletivos com que realizam suas pesquisas, ou de algum modo criam identificação com eles. Além disso, as interpelações de pesquisa passam a se estender a diferenças que não se resumem a vidas e relações humanas, mas conjugam outros seres. Relativismo, alteridade, observação e participação adquirem, assim, novos tons. Ao mesmo tempo, algumas práticas permanecem. O trabalho de campo continua a ser realizado e registrado em diário (s), gravações, fotografias - registros que posteriormente sustentam a escrita de etnografia. As relações em campo definem possibilidades de inserção, e geram compromissos éticos. Mas o campo acaba? Qual o tempo da análise etnográfica? Como nossos afetos e as preocupações dos sujeitos com quem trabalhamos adentram nossas análises? O que acontece quando nossos trabalhos vão a público e quais as suas implicações políticas? Essas são algumas das reflexões que pretendemos realizar ao longo do curso. Sessão 1 13/03 Apresentação do curso. 1

Sessão 2 Etnografia e antropologia: campo, teoria e fazer antropológico 20/03 PEIRANO, Mariza. A favor da etnografia. In: PEIRANO, Marisa. A favor da etnografia. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1995, p. 31-58. PEIRANO, Mariza. Etnografia não é método. Horizontes Antropológicos 20 (42): 377-391, 2014. NADER, Laura. Ethnography as theory. Hau: Journal of Ethnographic Theory 1(1): 211-219, 2011. INGOLD, Tim. Anthropology is not ethnography. In: INGOLD, Tim. Being Alive: Essays on Movement, Knowledge and Description. London and New York: Routledge, 2011, p. 229-243 Sessão 3 Etnografia e comparação 27/03 MALINOWSKI, Bronislaw. Introdução: Tema, método e objetivo desta pesquisa. In: MALINOWSKI, Bronislaw. Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Abril S/A, 1976, p. 21-38. REDFIELD, Robert. Anthropology and the Primitive Community. In: REDFIELD, Robert. Peasant Society and Culture: An Anthropological Approach to Civilization. Chicago: The University of Chicago Press, 1956, p. 1-34. GINGRICH, Andre, FOX, Richard G. Introduction. In: GINGRICH, Andre, FOX, Richard G. Anthropology, by Comparison. London and New York: Routledge, 2002, p. 1-24 KUPER, Adam. Comparison and contextualization: Reflexions on South Africa. In: GINGRICH, Andre, FOX, Richard G. Anthropology, by Comparison. London and New York: Routledge, 2002, p. 143-166. Alguns manuais de etnografia: MAUSS, Marcel. Manuel d ethnographie. Paris: Payot, 1947 (capítulos 2, 3 e 4). ROYAL ANTHROPOLOGICAL INSTITUTE. Notes and Queries on Anthropology. London: Routledge and Kegan Paul, 1929 (Parte 2 Social Anthropology, capítulos 1 e 2). Sessão 4 Entre a etnografia e o diário 03/04 MALINOWSKI, Bronislaw. Argonautas do Pacífico Ocidental. São Paulo: Abril S/A, 1976 (capítulos a definir). MALINOWSKI, Bronislaw. Um diário no sentido estrito do termo. Rio de Janeiro; São Paulo: Editora Record, 1997 (capítulos a definir). 2

STOCKING, Jr., George W. The ethnographer s magic: Fieldwork in British Anthropology From Tylor to Malinowski. In: STOCKING Jr., George W. Observers Observed: Essays on Ethnographic Fieldwork. Madison: The University of Wisconsin Press, 1983, p. 70-120. Sessão 5 Trabalho de campo: relações, tensões e possibilidades de análise 10/04 WHYTE, William Foote. Sobre a evolução de Sociedade de esquina. In: WHYTE, William Foote. Sociedade de esquina = Street corner society: a estrutura social de uma área urbana pobre e degradada. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005, p. 283-363. RABINOW, Paul. Reflections on Fieldwork in Morocco. Berkeley, London: University of California Press, 1977. DUBISH, Jill. Lovers in the field: sex, dominance and the female anthropologist. In: KULICK, Don, WILSON, Margaret. Taboo: Sex, Identity and Erotic Subjectivity in Anthropological Fieldwork. London: Routledge, 1995, p.29-50. BOURDIEU, Pierre. Objetificação participante. Revista Brasileira de Sociologia da Emoção 16 (48), 2017, p. 73-86. POWDERMAKER, Hortense. Stranger and Friend: The Way of An Anthropologist. New York, London: W.W. Norton & Company, 1967 (parte II: Lesu). HASTRUP, Kirsten. The Ethnographic Present: A Reinvention. Cultural Anthropology, vol. 5, n.1, 1990, p. 45-61. Sessão 6 - Representações, poder e autoridade etnográfica 17/04 GEERTZ, Clifford. Estar lá: a antropologia e o cenário da escrita, Estar aqui: de quem é a vida, afinal? In: GEERTZ, Clifford. Obras e vidas: O antropólogo como autor. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2009, p. 11-39. 170-193. CLIFFORD, James. Sobre a autoridade etnográfica. In: CLIFFORD, James. A experiência etnográfica: antropologia e literatura no século XX. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2002, p. 17-62. ASAD, Talal. Introdução a Anthropology & the Colonial Encounter. Ilha, v 19, n 2, 2017, p. 314-327. ABU-LUGHOD, Lila. Writing against culture. In: FOX, Richard. Recapturing Anthropology: Working in the Present. Santa Fe: School of American Research Press, 1991, p. 137-154. 3

GEERTZ, Clifford. Hegemonies. In: GEERTZ, Clifford. After The Fact: Two Countries, Four Decades, One Anthropologist. Cambridge, London: Harvard University Press, 1995, p. 64-95. Sessão 7 - Tempo e etnografia 24/04 FABIAN, Johannes. O Tempo e a Escrita sobre o Outro. In: FABIAN, Johannes. O Tempo e o Outro. Petrópolis: Vozes, 2013, p. 100-128. LEACH, Edmund. Two essays concerning the symbolic representation of time. In: LEACH, Edmund. Rethinking Anthropology. London: The Athlone Press, 1961, p. 124-136. ADAM, Barbara. Perceptions of time. In: INGOLD, Tim. Companion Encyclopedia of Anthropology. London and New York: Routledge, 1994, p. 503-526. COHEN, Anthony. Post-fieldwork fieldwork. Journal of Anthropological Research, vol 48, n 4, 1992, p. 339-354. Sessão 8 Questionando universais e a ideia de tradução 08/05 STRATHERN, Marilyn. Os limites da autoantropologia. In: STRATHERN, Marilyn. O efeito etnográfico e outros ensaios. São Paulo: Cosac Naify, 2014, p. 133-157. WAGNER, Roy. A presunção da cultura. In: WAGNER, Roy. A invenção da cultura. São Paulo: Cosac Naify, 2012, p. 37-68. MAHMOOD, Saba. The Subject of Freedom. In: Politics of Piety: The Islamic revival and the Feminist Subject. Princeton: Princeton University Press, 2005, p. 1-39. PINA-CABRAL, João de. Semelhança e verossimilhança: horizontes da narrativa etnográfica. Mana, v. 9, n.1, 2003, p. 109-122. PINA-CABRAL, João de. Against translation: The Role of the Researcher in the Production of Ethnographic Knowledge. In: PINA-CABRAL, João de, CAMPBELL, Joseph. Europe Observed. London: The Macmillan Press, 1992, p. 1-23. 4

Sessão 9 - O campo : lugar, mundo, movimento e descrição 15/05 MARCUS, George. Ethnography In/Of The World System: The Emergence of Multi- Sited Ethnography. Annual Review of Anthropology, 24, 1995, p. 95-117. GUPTA, Akhil, FERGUSON, James. Discipline and Practice: The Field as Site, Method and Location in Anthropology. In: GUPTA, Akhil, FERGUSON, James. Anthropological Locations: Boundaries and Grounds of a Field Science. Berkeley, Los Angeles, London: University of California Press, 1997, p. 1-46. INGOLD, Tim. Against space: place, movement, knowledge. In: INGOLD, Tim. Being alive: essays on movement, knowledge and description. London and New York: Routledge, 2011, p. 145-155. INGOLD, Tim. Footprints through the weather-world: walking, breathing, knowing. Journal of the Royal Anthropological Institute, vol. 16, special issue s1, 2010, p. 121-139. RUMSTAIN, Ariana. A Casa e o Mundo: Família e trabalho na dinâmica das idas e vindas do mundo da vida e da vida no mundo. Tese de Doutorado em Antropologia Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2015. (Introdução e capítulo 1). Sessão 10 Gênero e trabalho de campo 22/05 HARAWAY, Donna. Situated Knowledges: The Science Question in Feminism and The Priviledge of Parcial Perspective. Feminist Studies, vol 14, n. 3, 1988, p. 575-599. ABU-LUGHOD, Lila. Veiled Sentiments: Honor and Poetry in a Bedouin Society. Berkeley: University of California Press, 1986 (capítulos 1 e 7). DAINESE, Graziele. Chegar ao Cerrado Mineiro: hospitalidade, política e paixões. Tese de Doutorado em Antropologia Social, Museu Nacional. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2011 (Introdução e Capítulo 5 Outros desentendimentos ). LANG, Sabine. Traveling Woman: Conducting a Fieldwork Project on Gender Variance and Homosexuality among North American Indians. In: LEWIN, Ellen, LEAP, William. Out in the field: reflections of lesbian and gay anthropologists. Champaign: University of Illinois Press, 1996, p. 86-110. Sessão 11 Alteridade, conhecimento e afeto 29/05 EVANS-PRITCHARD, Edward Evan. A noção de bruxaria como explicação de infortúnios, Algumas reminiscências e reflexões sobre o trabalho de campo. In: EVANS-PRITCHARD, Edward Evan. Bruxaria, oráculos e magia entre os Azande. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2005, p. 49-61, 243-255. FAVRET-SAADA, Jeanne. Ser afetado. Cadernos de campo, n. 13, 2005, p. 155-161. CARVALHO, José Jorge de. Antropologia: saber acadêmico e experiência iniciática. Anuário Antropológico/90. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1993, p. 91-107. 5

GOLDMAN, Marcio. Os tambores dos mortos e os tambores dos vivos. Etnografia, antropologia e política em Ilhéus, Bahia. Revista de Antropologia, v. 46, n. 2, 2003, p. 445-476. Sessão 12 - Relativismo e etnografia com outras espécies 05/06 LATOUR, Bruno. Relativismo. In: LATOUR, Bruno. Jamais fomos modernos: ensaio de antropologia simétrica. São Paulo: Editora 34, 2013, p. 91-128. TSING, Anna. Friction: An Ethnography of Global Connection. Princeton and Oxford: Princeton University Press, 2005 ( Preface, e Cap. 5 A History of Weedness ). LEAL, Natacha Simei. O début do touro Ranchi: uma celebração da pecuária de gado de elite. In: BEVILAQUA, Cimea, VANDER VELDEN, Felipe. Parentes, vítimas, sujeitos: perspectivas antropológicas sobre relações entre humanos e animais. Curitiba: Ed.UFPR; São Carlos: EdUFSCAR, p.77-102. KIRKSEY, S. Eben, HELMREICH, Stefan. The emergence of multispecies ethnography. Cultural Anthropology, vol. 25, n.4, 2010, p. 545-576. HAMILTON, Lindsay, TAYLOR, Nik. Listening for the Voices of Animals. In: Ethnography After Humanism: Power, Politics and Method in Multi-Species Research. London: Palgrave Macmillan, 2017, p. 51-67. Sessão 13 Etnografias no perigo 12/06 BIONDI, Karina. Pesquisar (n)o crime: a transformação das dificuldades pragmáticas em prazer analítico. Cadernos de campo, vol 26, n.1, 2017, p. 294-308. MORENO, Eva. Estupro em campo: reflexões de uma sobrevivente. Cadernos de campo, vol. 26, n.1, 2017, p.235-265. MARCELIN, Louis. Violence, Human Insecurity and the Challenge of Rebuilding Haiti: A Study of a Shantytown in Port-au-Prince. Current Anthropology, vol 56, n 2, 2015, p. 230-255. SILVEIRA, Pedro Braum Azevedo da. Rat pa kaka: política, desenvolvimento e violência no coração de Porto Príncipe. Tese de Doutorado em Antropologia Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2014 (Introdução e Capítulo 4: Guerra ). WILLIAMS, Bianca C. Don t ride the bus! : and other warnings women anthropologists are given during fieldwork. Transforming Anthropology, vol 17, n 2, 2009, p. 155-158. SLUKA, Jeffrey A. Reflections on Managing Danger in Fieldwork: Dangerous Anthropology in Belfast. In: ROBBEN, Antonius C.G.M., SLUKA, Jeffrey A. 6

Ethnographic Fieldwork: An Anthropological Reader. Malden, Oxford, Carlton: Blackwell Publishing, 2007, p. 259-269 Sessão 14 Etnografias em casa -19/06 HURSTON, Zora Neale. Mules and Men. New York: Harper Collins Publishers, 2008 ( Introduction, Part II: Hoodoo ). NARAYAN, Kirin. How Native is a Native Anthropologist? American Anthropologist, 95, 1993, p. 671-686. RODRIGUEZ, Cheryl. A Homegirl Goes Home: Black Feminism and the Lure of Native Anthropology. In: MCCLAURIN, Irma. Black feminist anthropology: theory, politics, práxis and poetics. New Brunswick, New Jersey, London: Rutdgers University Press, 2001, p.233-257. HILL COLLINS, Patricia. Aprendendo com a outsider within: a significação sociológica do pensamento feminista negro. Revista Sociedade e Estado, vol 31, n 1, 2016, p. 99-127. BENITES, Sandra. Viver na língua Guarani Nhandewa (mulher falando). Dissertação de Mestrado em Antropologia Social, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2018. Sessão 15 Etnografias vão a público 26/06 MARQUES, Ana Claudia, VILLELA, Jorge. O que se diz, o que se Escreve. Etnografia e trabalho de campo no sertão de Pernambuco. Revista de Antropologia, 48 (1), 2005, p. 37-74. FASSIN, Didier. Epilogue: The Public Afterlife of Ethnography. In: FASSIN, Didier. If truth be told: the politics of public ethnography. Durham and London: Duke University Press, 2017, p. 323-357. KING, Cecil. Here Come The Anthros. In: ROBBEN, Antonius C.G.M., SLUKA, Jeffrey A. Ethnographic Fieldwork: An Anthropological Reader. Malden, Oxford, Carlton: Blackwell Publishing, 2007, p. 191-194. BRETTEL, Caroline. When They Read What We Write. The Politics of Ethnography. Wetport, London: Bergin & Garvey, 1993 (capítulos a definir). ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ANTROPOLOGIA. Código de Ética. 7