POLPA E GELEIA DE FRUTOS DO UMBUZEIRO: COMPARATIVO DA CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA E CAPACIDADE ANTIOXIDANTE C.X.S. Leite 1*, M.S. Gonçalves 2, I.A. Santos 2, M.C.P. Porfírio 1, M.V. Borges 1, M.V. Silva 3 1 Programa de Pós-graduação em Engenharia e Ciência de Alimentos, Núcleo de Estudos em Ciência de Alimentos Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB - CEP: 45700-000 - Itapetinga - BA - Brasil, Telefone:(77)3261-8461-e-mail: (cris.salinas@yahoo.com.br); (marjoriecpporfirio@hotmail.com); (marilia.engali@gmail.com) 2 Núcleo de Estudos em Ciências dos Alimentos Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia- UESB - CEP: 45700-000 - Itapetinga - BA - Brasil, Telefone:(77)3261-8461- e-mail: (marcia_goncalves08@hotmail.com); (yngridy13@hotmail.com) 3 Departamento de Ciências Exatas e Naturais, Núcleo de Estudos em Ciência de Alimentos Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB - CEP: 45700-000 - Itapetinga - BA - Brasil, Telefone:(77)3261-8461-email: (mviana@hotmail.com) *Autor a ser contactado. RESUMO - O umbuzeiro (Spondias Tuberosa A.) é uma árvore endêmica do semiárido brasileiro. A demanda por frutos de umbuzeiro é grande no Nordeste brasileiro, no entanto, plantios comerciais são ausentes e a produção é obtida de forma extrativista. Objetivou-se com o presente estudo determinar a caracterização físico-química e a capacidade antioxidante da polpa e da geleia de umbu. Não houve diferença significativa para a análise de ph entre a polpa e a geleia, enquanto que observou-se diferença significativa para acidez titulável total. Os resultados demonstraram que a polpa e a geleia possuem quantidades significativas de constituintes fenólicos totais, sendo 1321,7 e 1365,2 mg.100g - 1 de ácido gálico, respectivamente; para poder redutor a geleia apresentou 0,22 e a polpa 0,23 mg.ml -1 expresso em CE 50. ABSTRACT - The Spondias Tuberosa A. is an endemic tree of the Brazilian semiarid. The demand for his fruits is great in the Northeast of Brazil, however, commercial plantations are absent and the production is obtained in an extractive way. The objective of this study was to determine the physicochemical characterization and the antioxidant capacity of pulp and jam of umbu (Spondias Tuberosa A.). There was no significant difference for ph analysis between pulp and jelly, while a significant difference was observed for total titratable acidity. The results showed that pulp and jelly have significant amounts of total phenolics constituents, being 1321.7 and 1365.2 mg.100g-1 gallic acid, respectively; for reducing power the gel had 0.22 and the pulp 0.23 mg.ml -1 expressed in EC 50. PALAVRAS-CHAVE: constituintes bioativos; Spondias Tuberosa A. Camara; bioensaios. KEYWORDS: bioactive constituents; Spondias Tuberosa A. Camara; bioassays. 1. INTRODUÇÃO
O umbuzeiro (Spondias Tuberosa A.), é uma árvore frutífera, da família Anacardiaceae, uma espécie nativa do semi-árido do Nordeste brasileiro. Tendo seu fruto uma grande importância econômica para o Semi-Árido nordestino, pois sua polpa é aproveitada para a fabricação de doces e geleias, entre outros produtos, além disso os seus frutos são muito apreciados e procurados para o consumo in natura (Duque, 1980; Cavalcanti et al., 2000). Os frutos de umbuzeiro apresentam apelo "exótico" para mercados de outras Regiões do Brasil, como Sudeste e Sul, e para o mercado externo, o que vem estimulando o aumento de sua produção. As frutas tropicais são altamente perecíveis, deteriorando-se em poucos dias. Esse fato dificulta sua comercialização, na forma in natura, a grandes distâncias. Estima-se que, nas áreas tropicais e subtropicais, as perdas pós-colheita de frutas e hortaliças variam entre 15 e 50%, principalmente por manuseio e preservação inadequados (Chitarra e Chitarra, 2005). A transformação de frutas em produtos possibilita absorver grande parte da colheita, favorecendo o consumo de frutas durante o ano todo e a redução do desperdício de alimentos. As geleias podem ser consideradas como o segundo produto em importância comercial para a indústria de conservas de frutas brasileiras (Soler, 1991). Geleia de frutas é um termo genérico para a mistura, com umidade intermediária, preparada pela ebulição de polpa de fruta com açúcar, e, em alguns casos, ácido e agente gelificante (Oliveira et al., 2013). A polpa de umbu é caracterizada pela alta acidez, que causa, durante o armazenamento, elevada sinérese no doce. A redução da acidez pode contribuir para a redução da sinérese, e o emprego de agentes com propriedade de evitar este fenômeno, sem prejudicar as características sensoriais, pode ser alternativa interessante para melhorar as características do produto final (Mao et al., 2001; Renard et al., 2006). O consumo de frutas tropicais aumentou nos últimos anos porque, além do seu valor nutricional, as frutas são reconhecidas como fontes de compostos bioativos (Rufino et al., 2010; Souza et al., 2012; Silva et al., 2014). Os compostos fenólicos encontrados em frutas possuem forte atividade antioxidante, que está positivamente associada à proteção contra o estresse oxidativo no organismo, uma das causas mais importantes de doenças crônicas degenerativas (Almeida et al., 2011; Clerici e Carvalho-Silva, 2011). Esses compostos estão presentes em grandes quantidades em espécies nativas e exóticas produzidas em grande parte em países tropicais, aumentando assim o interesse da indústria de alimentos nestas frutas (Souza et al., 2012). Todavia, a composição desses constituintes nesses alimentos é diversificada de acordo com a variedade, cultivar, condições edafoclimáticas, entre outros fatores (Cerqueira et. al, 2007; Faller e Fialho, 2009). Trabalhos realizados com umbu, sobretudo com análise da polpa e geleia desse fruto, ainda são pouco encontrados na literatura, dificultando a comparação dos dados. Embora o umbu tenha grande aceitação na região Nordeste, devido a sua ocorrência no semiárido, ainda é pouco explorado cientificamente acerca dos benefícios dos frutos e de seus derivados. Assim sendo, este trabalho teve como objetivo avaliar as propriedades físico-químicas e a capacidade antioxidante da polpa e da geleia de umbu. 2. MATERIAL E MÉTODOS As polpas e os frutos do umbu foram adquiridos em uma mini-indústria de beneficiamento de frutas pertencente a associação comunitária de Capoeirão e Adjacências no município de Ibiassucê- Bahia. Posteriormente foram conduzidas ao Núcleo de Estudos em Ciências de Alimentos (NECAL) da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia-UESB, campus de Itapetinga, e armazenadas à -18ºC. A geleia foi elaborada com polpa de umbu e açúcar na proporção de 2:1(m.m -1 ). A cocção foi realizada em tacho aberto de aço inoxidável, com agitação manual contínua. A mistura foi
aquecida até aproximadamente 100 C, deixando-se chegar à concentração final de sólidos solúveis de 67 Brix, determinada em refratômetro. Após o processamento, envasou-se a geleia à quente em embalagens de vidro previamente esterilizadas, sendo então fechadas com tampa de metal e invertidas. A seguir, os frascos foram resfriados em água até aproximadamente 40 C e armazenados sob refrigeração até a condução das análises. 2.1 Caracterização físico-química Determinação do ph: Determinou-se ph segundo metodologia recomendada pela AOAC (2010). Determinação da Acidez Titulável Total (ATT): O índice de acidez foi determinado pelo método titulométrico segundo a metodologia estabelecida pela AOAC (2010). Os resultados foram expressos em gramas de ácido cítrico por 100 gramas de amostra. 2.2 Determinação fitoquímica e capacidade antioxidante Obtenção dos extratos hidroetanólicos: Os extratos hidroetanólicos (etanol:água, 80:20 v.v -1 ) foram obtidos a partir de 5 gramas de amostra de acordo com o procedimento proposto por Zhao e Hall (2008). Determinação dos Constituintes Fenólicos Totais (CFT): Determinou-se os CFT de acordo com o procedimento proposto pela ISO 14502-1 (2005), utilizando o reagente de Folin-Ciocauteau (RFC) e as leituras foram realizadas a 773 nm. Para obtenção das curvas analíticas lineares, foi utilizado uma solução estoque de ácido gálico na concentração de 1 mg.ml -1. Os resultados foram expressos em mg de equivalente de ácido gálico (GAE) por 100 g de amostra. Poder Redutor (PR): Determinou-se o PR de acordo com Oyaizu (1986). O ensaio fundamenta-se na capacidade dos antioxidantes para reduzir o complexo Fe (III)/ferricianeto [FeCl 3 /K 3 Fe(CN) 6 ], à forma ferrosa, Fe (II), em meio ácido para manter a solubilidade do ferro. Observando-se assim, a mudança da coloração amarela (Fe 3+ /ferricianeto) para tons de verde ou azul Fe (II). A concentração de extrato necessária para inibir 50% (CE 50 ) do complexo Fe(III)/ferricianeto [FeCl 3 /K 3 Fe(CN) 6 ] foi calculada a partir da equação da reta proveniente da representação gráfica da absorbância registrada a 700 nm em função da concentração de extrato, substituiu-se o y por 5 e x correspondeu ao valor de CE 50. Análise Estatística: As determinações foram realizadas em 3 repetições e os resultados apresentados como média ± desvio padrão. A análise de variância (ANOVA) e as comparações múltiplas de Tukey, ao nível de significância de 5%, foram realizadas usando o Sistema de Análises Estatísticas e Genética (SAEG) versão 8.0. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os resultados médios das análises físico-químicas de ph e ATT realizadas na polpa e na geleia do fruto do umbuzeiro encontram-se na Tabela 1 a seguir. Não houve diferença significativa entre os valores de ph da polpa e da geleia de umbu. O valor médio obtido para o ph da polpa encontra-se acima daquele determinado por Lima et. al (2003) no estudo das propriedades termofísicas de polpa de umbu, que foi de 2,16. Enquanto que Folegatti et.al (2003) observaram para a geleia de umbu valores de ph entre 2,82 e 3,05, valores inferiores ao relatado no presente trabalho. Para a formação de um gel estável, é necessário obter um ph ideal e, para que esse processo aconteça de forma eficaz, é necessário que o ph esteja no intervalo de 3,1 a 3,5, considerando sempre o teor de sólidos solúveis (item relacionado a quantidade de açúcar presente no produto) próximo de
65%. Cabe ainda ressaltar que o ph tem um papel importante na conservação das geleias e doces de frutas, pois apresentam um ph inferior a 4,5, característica capaz de reduzir consideravelmente a quantidade de microrganismos deterioradores e causadores de doenças e, consequentemente, aumentar o tempo de prateleira desses produtos (Soler et al., 1991). Tabela 1- Valores médios do ph e ATT expressa em g de ácido cítrico por 100 g de amostra. Determinações Polpa Geleia ph 3,14± 0,02 a 3,18± 0,02 a ATT 0,25 ± 0,14 b 0,35 ± 0,21 a As médias seguidas pela mesma letra em cada linha não diferem estatisticamente entre si pelo teste Tukey (p < 0,05). Valores médios ± desvio padrão Os valores de ATT encontrados diferiram significativamente entre a polpa e a geleia. Este estudo apresentou valores inferiores àqueles determinados por Folegatti et al. (2003), que se encontravam entre 0,62 e 0,88 para geleia de umbu e 1,56 para a polpa. Esta variação pode ser explicada pelo grau de maturação do fruto, uma vez que, à medida que o fruto amadurece, o teor de ácido cítrico diminui. Os valores médios de ph e ATT encontrados neste trabalho favorecem a conservação da geleia, não havendo necessidade da adição de ácido cítrico na formulação, para evitar o crescimento de leveduras. Os teores dos constituintes fenólicos totais (FT) e do poder redutor (PR) para a polpa e geleia do fruto do umbuzeiro estão apresentados na Tabela 2. Pode-se observar que não houve diferença significativa entre eles. Tabela 2- Teores médios dos constituintes fenólicos totais (CFT) e Poder Redutor (PR) em polpa e geleia de umbu. Determinações Polpa Geleia CFT (mg.100g -1 GAE) 1321,7 ± 0,00 a 1365,2 ± 0,03 a PR (CE 50 mg.ml -1 ) 0,23± 0,03 a 0,22 ± 0,01 a As médias seguidas pela mesma letra em cada linha não diferem estatisticamente, entre si pelo teste Tukey (p < 0,05). Valores médios ± desvio padrão. A determinação fitoquímica revelou elevado teor de fenólicos totais para a polpa e geleia de umbu, indicando, assim, que estes produtos constituem boa fonte de antioxidantes naturais e apresentam potencial de aproveitamento na elaboração de produtos com alegações funcionais. Em estudo realizado por Melo e Andrade (2010) com polpa e farinha do resíduo de umbu foram encontrados 32,70 e 452,21 mg.100g -1 em equivalente de catequina, respectivamente, nas análises para quantificação de CFT. Costa et al. (2015) encontraram 776,00 mg.100g -1 GAE quando também avaliaram resíduos de umbu. Portanto, as diferenças observadas por diversos autores pode ser atribuídas às peculiaridades dos métodos de extração, matéria-prima analisada e às diferentes condições edafoclimáticas de cultivo. Quanto ao poder redutor expresso em EC 50 observou-se 0,23 e 0,22 mg.ml -1 para polpa e geleia respectivamente. Para essa análise não foi observado diferença significativa entre os produtos. Entretanto, estes resultados apresentaram expressivo potencial antioxidante da polpa e da geleia de
umbu. A literatura é escassa em relação a capacidade antioxidante da polpa e geleia de umbu, através da técnica utilizada para o poder redutor. Estudos com frutas brasileiras, nas mesmas condições de análise, são necessários para que haja comparações futuras, aumentando, assim, seu grau de confiabilidade. 4. CONCLUSÃO Nas condições avaliadas nesse estudo, conclui-se que as características físico-químicas da polpa são adequadas para o processamento da geleia. Ademais, constatou-se que os extratos obtidos dos produtos processados apresentam expressivo potencial antioxidante. Entretanto, estudos devem ser conduzidos para identificação dos constituintes bioativos, avaliação microbiológica e sensorial junto aos consumidores do produto. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AOAC- Official Methods of Analysis. (2010). 18th Edition, Revision 3, Association of Official Analytical Chemists. Almeida, M., M. B.,Sousa, P. H. M. S., Arriaga, A. M. C., Prado, G. M. P., Magalhães, C. E. C., Maioa, G. A., Lemos, T. L. G. (2011). Bioactive compounds and antioxidant activity of fresh exotic fruits from northeastern Brazil. Food Research International, 11, p. 2155-2159. Cavalcanti, N. B.; Resende, G. M.; Brito, L. T. (2000). Processamento do fruto do umbuzeiro (Spondia Tuberosa Arruda Câmara). Ciência e Agrotecnologia, v.24, p.252-259. Cerqueira, F. M.; Medeiros, M. H. G.; Augusto, O. (2007). Antioxidantes dietéticos: controvérsias e perspectivas. Química Nova, v. 30,p. 441-449. Chitarra, M. I. F.; Chitarra, A. B. (2005). Pós-Colheita de Frutos e Hortaliças Fisiologia e Manuseio. 2. ed. Lavras: ESAL/ FAEPE, 785 p. Clerici, M., Carvalho-Silva, L. (2012). Nutritional bioactive compounds and technological aspects of minor fruits grown in Brazil. Food Research International, 44, p. 1658-1970. Costa, F. I.; Porfirio, M. C.; Oliveira, J. B.; Santana, G. A.; Lage, R. S.; Silva, M. V. (2015). Avaliação fitoquímica e screening da capacidade antioxidante de resíduos de umbu. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, p. 341-348. Duque, G. O umbuzeiro. In: o nordeste e as lavouras xerófilas. (1980). 3 ed. Mossoró: esam/ Fundação Guimarães Duque, (Coleção mossoroense 143), p.283-289. Faller, A. L. K.; Fialho, E. (2009). Polyphenol availability in fruits and vegetables consumed in brazil. Revista Saúde Pública, v. 43, p. 211-218. Folegatti, M. I. S.; Matsuura, F. C. A. U.; Cardoso, R. L.; Machado, S. S.; Rocha, A. S.; Lima, R. R. (2003). Aproveitamento industrial do umbu: processamento de geleia e compota. Revista Ciência e Agrotecnologia, v. 27, p.1308-1314. International Organization for Standardization. ISO 14502-1. (2005). Determination of substances characteristic of green and black tea: Part 1, Content of total polyphenols in tea - Colorimetric method using Folin-Ciocalteu reagent. Geneva: ISSO, 1. Lima, I. J., Queiroz, A. J.; Figueiredo, R. M. (2003). Propriedades termofísicas da polpa de umbu. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, p.31-42.
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