VALIDADE CONVERGENTE DO SUBTESTE DE CRIATIVIDADE FIGURAL DA BATERIA DE AVALIAÇÃO DAS ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO



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Transcrição:

VALIDADE CONVERGENTE DO SUBTESTE DE CRIATIVIDADE FIGURAL DA BATERIA DE AVALIAÇÃO DAS ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO Luísa Bastos Gomes Faculdade de Psicologia Centro de Ciências da Vida luisagomes14@gmail.com Profa. Dra. Tatiana de Cássia Nakano Avaliação Psicológica de Potencial Humano Centro de Ciências da Vida tatiananakano@puc-campinas.edu.br Resumo: Considerando a importância dos estudos de busca por evidências de validade durante o processo de construção de instrumentos psicológicos, o presente estudo teve como objetivo a verificação da validade convergente de um subteste para avaliação da criatividade figural, parte de uma bateria para avaliação das altas habilidades / superdotação (BAAH/S). Uma amostra composta por 114 estudantes do 2º ano (n=15) e 3º ano (n=99) do ensino médio, com idades entre 15 e 20 anos (M=17; DP=0,85), provenientes de uma escola pública do interior do Estado de São Paulo fez parte da pesquisa. Os participantes responderam ao Teste de Criatividade Figural Infantil () e ao Subeste Completando Figuras (em processo de validação). Os resultados, a partir da correlação de Pearson, indicaram convergência entre as medidas visto que a maior parte dos fatores do apresentaram correlações positivas e significativas com os fatores do teste da BAAH/S, notadamente entre medidas semelhantes (r=0,64 entre os fatores emocionais; 0,60 entre os fatores cognitivos; 0,56 entre os fatores de enriquecimento de idéias). A correlação entre as características criativas avaliadas em ambos os testes mostrou-se, em sua maioria, significativa, com valores oscilando entre 0,21 e 0,61 (p 0,01). Tais resultados tornam possível afirmar, na presente amostra, a existência de relação moderada entre os instrumentos em questão, de modo a confirmar as evidências de validade convergente do subteste em desenvolvimento. Palavras-chave: Evidências de validade, Desenho, Criatividade Área do Conhecimento: Avaliação Psicológica Altas Habilidades 1. INTRODUÇÃO A criatividade vem despertando o interesse de pesquisadores em diversas áreas do conhecimento, passando a ser valorizada e estimulada nos mais diferentes contextos [1][2]. Este construto envolve a criação de novas ideias, produtos e abordagens, de tal forma que o pensamento criativo tem sido visto como um diferencial de indivíduos que possuem uma capacidade intelectual superior [3]. Acredita-se que a criatividade esteja presente em todas as pessoas, podendo manifestar-se espontaneamente, uma vez que não seja inibida ou bloqueada [4]. Atualmente, a criatividade está intrinsecamente ligada ao desenvolvimento do indivíduo. Alguns autores conceituam a criatividade relacionando-a com aspectos como as habilidades cognitivas, as características da personalidade e os elementos ambientais. A combinação destas variáveis pode permitir ao indivíduo o alcance da auto realização [5]. Sendo assim, afirma-se que esse construto pode ser desenvolvido e, para que isso ocorra, as funções envolvidas no desenvolvimento do potencial criativo dos indivíduos devem ser reforçadas pelo ambiente [6]. Desta forma as décadas de 60 e 70 foram marcadas por um grande interesse na criação de instrumentos para avaliação desse construto [7],. Houve uma procura para obter-se uma percepção mais integrada do fenômeno da criatividade, através da combinação de aspectos cognitivos com aspectos afetivos, de modo a ressaltar a importância de novos estudos visando à compreensão da criatividade e a mensuração de comportamentos criativos. Em relação à avaliação quantitativa da criatividade, fica explícita a utilização de [8] instrumentos validados e precisos sendo importante ressaltar que, na busca para avaliar a criatividade, as formas que os autores têm recorrido são inúmeras, havendo, portanto, uma variedade de medidas como as escalas, testes,

inventários e questionários [8]. Atualmente o país conta com quatro instrumentos aprovados pelo Conselho Federal de Psicologia para avaliação do construto: Pensando Criativamente com Palavras [9], Pensando Criativamente com Figuras [10], Escala de Estilos de Pensar e Criar [11] e Teste de Criatividade Figural Infantil [12]. Especificamente em relação a este último, destaca-se o fato de que o mesmo foi desenvolvido tendo-se como base o teste figural de Torrance, sendo que, durante seu processo de validação, apresentou evidências de validade simultânea, em relação ao Teste de Torrance [1]. O que se faz notar, após décadas de estudo da criatividade, é que a mesma pode ser considerada um fenômeno essencial para a compreensão do indivíduo, bem como para sua realização pessoal e profissional. Como consequência o número de técnicas e testes utilizados para sua avaliação tem crescido ao longo dos anos. Estas diversas possibilidades de avaliação da criatividade têm demonstrado como são amplas suas maneiras de expressão [8]. Outro importante avanço foi obtido a partir do momento em que essa característica passou a ser considerada um dos componentes do fenómeno das altas habilidades / superdotação. A inserção do construto da criatividade na identificação de alunos com altas habilidades é como uma evolução nas concepções sobre superdotação [13],, ainda que se faça notar uma tendência na utilização de instrumentos para identificação destes indivíduos. Isso porque a investigação do percurso histórico relacionado à definição das altas habilidades permitiu perceber que este fenômeno foi bastante marcado por alusões à inteligência [14], de forma que os talentosos sempre foram considerados crianças que apresentassem um alto desempenho em testes de inteligência [15]. Atualmente esta visão foi alterada, de forma que as teorias foram elaboradas de uma maneira mais abrangente, de maneira a considerar, além da capacidade cognitiva, outras habilidades como criatividade, liderança, motivação, habilidades artísticas e interpessoais, processos emocionais e contextos sociais como componentes da superdotação [16][17][18][19][20]. Considerando-se que os testes disponíveis no Brasil para avaliação da criatividade não se encontram validados para uso específico na população de indivíduos com altas habilidades / superdotação, uma bateria de avaliação do fenómeno, composta por subtestes de raciocínio (verbal, abstrato, numérico e lógico), assim como subteste de criatividade verbal e de criatividade figural, foi construída [21]. Como parte dos requisitos do Sistema de Avaliação dos Testes Psicológicos, a busca por evidencias de validade tem se mostrado um dos indicadores mais importantes no processo de construção dos instrumentos [22], de modo que o presente estudo teve como objetivo a realização de um estudo de busca de evidências de validade do tipo convergente do subteste de criatividade figural da referida bateria. Para isso os resultados dos participantes no instrumento em estudo foram comparados com os resultados em outro teste que mede o mesmo construto, validado e publicado no Brasil. Este tipo de validade costuma ser utilizada de forma que os resultados obtidos por meio de outro teste válido, que prediga o mesmo desempenho que o teste a ser validado, sirva de critério para determinar a validade do novo teste [23],. Testes comprovadamente validados para a medida de algum traço podem certamente constituir um critério contra o qual se pode com segurança validar um novo teste. Nesse caso, se dois testes medem construtos idênticos, devem ter alta correlações entre si. Portanto os coeficientes devem ser de magnitude alta, usualmente acima de 0,50 para se considerar que um instrumento avalia o mesmo construto ( [22], p.118), sendo esse o resultado esperado. 2. OBJETIVO O objetivo deste tipo de estudo consiste na busca de evidências de validade convergente entre instrumentos já publicados no Brasil com a proposta de um novo instrumento que avalie Altas Habilidades/Superdotação, avaliando os mesmos constructos relacionados à criatividade figural. 3.MÉTODO 3.1 Participantes A amostra deste estudo foi composta por 114 alunos, sendo 52 do sexo masculino e 62 do sexo feminino, provenientes do 2º ano (n=15) e 3º ano (n=99) do ensino médio de uma escola pública do interior do Estado de São Paulo. Os participantes possuíam idades entre 15 e 20 anos (M=17 anos; DP=0,85). 3.2 Instrumentos 3.2.1 Teste de Criatividade Figural Infantil [12] : O instrumento é composto por três atividades que solicitam ao respondente que realize desenhos a partir de estímulos incompletos. A primeira atividade é composta por apenas um estímulo, a segunda atividade é composta por 10 estímulos diferentes e a terceira atividade compõe-se de 30 estímulos iguais. São avaliadas 12 características, sendo elas: Fluência, Flexibilidade, Originalidade, Elaboração, Uso de Contexto, Perspectiva Incomum, Perspectiva Interna, Movimento, Títulos Expressivos, Expressão de Emoção, Fantasia,

Extensão de Limites, agrupadas em quatro fatores (Enriquecimento de Idéias, Emocional, Preparação [21] Criativa e Aspectos Cognitivos),. O primeiro fator foi chamado de Enriquecimento de Idéias, devido às características que o compõem, que envolvem ver a situação de uma forma mais detalhada, com acréscimo de detalhes e o enriquecimento da resposta. É composto pelas características Elaboração, Uso de Contexto, Perspectiva Interna, Perspectiva Incomum e Movimento. O segundo fator, chamado de Emotividade foi composto por características que envolvem o uso de recursos criativos ligados à uma percepção mais emocional, facilitadora no processo de descoberta de uma nova idéia. É composta pelas características de Expressão de Emoção, Títulos Expressivos e Fantasia. O terceiro fator foi chamado de Preparação Criativa devido ao fato da sua proposta ser bem diferente das outras duas atividades, solicitando-se a realização de um único desenho. Por este motivo foi considerado um fator de treino para a realização das atividades posteriores que permitem o uso mais livre da criatividade e um maior número de respostas. Por fim, o quarto fator foi chamado de Aspectos Cognitivos, visto que é composto por características criativas que fazem uso de recursos cognitivos, que envolvem a busca de soluções diferenciadas. É composto pelas características de Fluência, Flexibilidade, Originalidade e Extensão de Limites. Pesquisas investigando as evidências de validade e precisão do Teste de Criatividade Figural Infantil foram realizadas [24] e indicaram valores entre 0,81 e 0,94 de correlação para validade concorrente com o Teste Figural de Torrance (p 0,001) para todas as características avaliadas) e índices de precisão por meio do teste e reteste entre 0,84 e 0,95 (p 0,001), confirmando sua validade e precisão para uso em amostras brasileiras [25]. Outros estudos ainda mostraram que os resultados sofrem influência significativa das variáveis série [25], região e tipo de escola [12]. 3.2.2 Subteste Completando Figuras da Bateria de Altas Habilidades / Superdotação [26] Para avaliação da criatividade figurativa, uma única atividade foi incluída na bateria, envolvendo o fornecimento de respostas a estímulos incompletos, sob a forma de desenhos, baseada na atividade 2 do Teste de Criatividade Figural Infantil [12], aprovado para uso pelo Conselho Federal de Psicologia. Assim como a atividade do teste original, a mesma compõe-se de 10 estímulos, os quais foram, entretanto, alterados. A correção das respostas permite a avaliação de diversas características descritoras das pessoas criativas (fluência, flexibilidade, elaboração, originalidade, expressão de emoção, fantasia, movimento, perspectiva incomum, perspectiva interna, uso de contexto, extensão de limites e títulos expressivos), agrupadas em três fatores: Elaboração (composto pelas características de Fantasia, Perspectiva Incomum, Perspectiva Interna, Uso de Contexto e Elaboração), Emocional (composto por Expressão de Emoção, Movimento e Títulos Expressivos) e Aspectos Cognitivos (composto por Fluência, Flexibilidade e Originalidade) [26]. 3.3 Procedimentos Primeiramente submeteu-se este projeto ao Comitê de Ética em Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, o qual aprovou a realização desta pesquisa. Em seguida, os termos de consentimentos livre e esclarecidos foram enviados aos pais. Os testes foram aplicados de forma coletiva em sala de aula com duração aproximada de 1 hora e 30 minutos. Os estudantes responderam primeiramente ao instrumento de criatividade figural infantil e, em seguida, o subteste completando figuras que compõe a Bateria de Altas Habilidades / Superdotação. A estatística descritiva foi estimada, assim como a correlação de Pearson entre os fatores de cada instrumento e cada característica criativa isoladamente. 4. RESULTADOS A fim de verificar o desempenho dos indivíduos em cada uma das características avaliadas nos instrumentos, realizou-se a análise descritiva para cada uma das características isoladamente. Os resultados indicaram a existência de pontuação zero relacionadas às mínimas em todas as características avaliadas pela BAAH/S, o mesmo ocorrendo em várias características no. Convém salientar, que a diferença entre as pontuações máximas referem-se à quantidade de desenhos em cada instrumento. Nota-se que a característica de Extensão de Limites somente é avaliada no visto que a mesma não apresentou carga fatorial na BAAH/S. Em ambos os testes, a maior média de pontuação é apresentada pelos participantes na característica de Elaboração, a qual consiste no detalhamento da resposta. Por outro lado, a menor média é apresentada na característica de Expressão de Emoção, também em ambos os testes. Essa característica envolve a representação de emoções, tanto no desenho quanto nos seus

títulos. Tais resultados podem ser visualizados na Tabela I. Tabela II. Análise Descritiva dos fatores gerais relacionados ao e BAAH/S. Fator Mín. Máx. M DP Tabela I. Análise Descritiva e Correlação de Pearson entre características criativas do e BAAH/S Enriquecimento de ideias 14 141 53,81 23,54 Emocional 0 35 8,08 8,19 Preparação criativa Aspectos cognitivos 0 29 7,75 5,14 14 105 47,18 15,74 33 261 117,08 39,30 Fator Geral Elaboração BAAH/S 0 61 21,64 11,06 Emocional BAAH/S 0 20 4,71 5,34 Cognitivo BAAH/S 0 30 21,42 5,69 *p<0,05; **p<0,01. A correlação entre as mesmas características, avaliadas em ambos os instrumentos, apontou para a existência de valores significativos e positivos entre a maior parte das medidas, oscilando entre 0,68 e 0,21. A maior convergência é encontrada na característica de Títulos Expressivos, e a menor, em Fantasia. Não foram encontradas correlações significativas entre as características de Perspectiva Interna, Movimento e Expressão de Emoção. A análise descritiva dos fatores gerais de cada instrumento também foi analisada, como pode ser visualizado na Tabela II. Em ambos instrumentos a maior média alcançada relacionou-se ao primeiro fator, os quais estão associados à característica de agregar detalhes ao desenho, visualizando-o de maneira mais detalhada. Importante destacar que novamente, os fatores relacionados a BAAH/S obtiveram valores 0 associados às mínimas, o que pode ser explicado pelo mesmo motivo citado acima e utilizado para explicar a mesma ocorrência na Tabela I. Posteriormente a correlação de Pearson foi novamente empregada com o objetivo de verificar a relação entre os fatores gerais de cada instrumento. É possível notar, na Tabela 3, que a maior parte das medidas apresentou correlação significativa e positiva, com valores oscilando entre 0,64 e 0,19. As exceções encontram-se entre o fator emocional do e os fatores elaboração e cognitivo da BAAH/S, entre o fator preparação criativa do e o fator cognitivo da BAAH/S e entre o fator cognitivo do e o fator emocional da BAAH/S. Tabela III. Correlação de Pearson entre os fatores de criatividade figural do e os fatores da criatividade figural da BAAH. Fator R* Elaboraçã o BAAH/S Emociona l BAAH/S Cognitiv o BAAH/S Enriqueciment o de ideias r 0,56 *** 0,25 *** 0,19 ** Emocional r 0,13 0,64 *** 0,14 Preparação criativa r 0,42 *** 0,27 *** 0,16 Aspectos cognitivos r 0,32 *** 0,04 0,60 *** Fator Geral r 0,55 *** 0,34 *** 0,40 *** *Correlação; **p<0,05; ***p<0,01. Os resultados apontam ainda para evidências de validade positivas entre ambas as medidas, visto que a correlação entre os fatores relacionados à elaboração apresentou valor signifi-

cativo (r=0,56, p<0,01), entre os fatores emocionais (r=0,64, p<0,01) e entre os fatores cognitivos (r=0,60,, p<0,01), atendendo ao valor apontado pela literatura de pelo menos de, pelo menos, 0,50. Note-se ainda que o fator geral do apresentou correlação significativa com os três fatores da BAAH/S. 5.DISCUSSÃO A partir do objetivo central do presente estudo, o qual investigou evidências de validade convergente de um instrumento para avaliação da criatividade, a literatura afirma que o conceito de validade é a consideração mais importante no que diz respeito ao desenvolvimento e avaliação de testes, ocorrendo a partir da avaliação das interpretações dos escores obtidos pelo sujeito, a fim de afirmar ou não a validade de tal instrumento [27]. Evidências de validade baseadas em variáveis externas relacionam-se à aplicação de outro instrumento que avalie o mesmo construto e, também pode ser conhecida como validade convergente [27][28]. Os resultados apresentados anteriormente indicam que o instrumento em questão (Subteste de Criatividade Figural da BAAH/S) apresenta evidências de validade convergente, pois, vê-se correlações estatisticamente significativas com outro instrumento que avalia o mesmo construto, confirmando, portanto, que possui convergência com medidas similares e grau de especificidade adequado [29]. No que diz respeito às análises, os dados apontaram para correlações significativas e positivas tanto entre os fatores quanto entre as características, em ambos os instrumentos, que avaliam a mesma medida. A análise da descrição de cada fator torna possível verificar semelhanças para tais resultados. Os fatores relacionados à elaboração relacionam-se ao fato do indivíduo olhar a situação de forma mais detalhada, acrescentando detalhes, enriquecendo a resposta, visualizando-a em um contexto amplo [21]. Esta correlação é moderada, tornando possível a hipótese de que os indivíduos, em ambos instrumentos, possuem capacidade de empenho e dedicação em relação às novas ideias. Os fatores relacionados à emoção compõem-se da utilização dos recursos criativos voltados à percepção emocional, o que facilitaria a [21] descoberta de novas ideias. Dentre as correlações apresentadas acima, a mais alta relaciona-se a tais fatores, podendo ser explicada pela questão de ambos serem os fatores que possuem o menor número de características, quando comparados aos demais, facilitando a comparação dos resultados. Neste sentido, tal correlação pode indicar que, em ambos os instrumentos, os indivíduos possuem maior facilidade de envolver suas emoções em seus processos criativos. Os fatores relacionados à cognição são definidos como aqueles compostos por características que utilizam os processos cognitivos na busca por soluções originais e que ultrapassam os limites previamente estabelecidos [21]. A correlação encontrada entre tais fatores pode indicar, em ambos os instrumentos, indivíduos capazes de gerar um grande número de ideias diversificadas, considerando várias possíveis soluções e ultrapassando o senso comum [12]. Por fim, observou-se que o Fator Geral do correlacionou-se significativamente com os três fatores do Subteste Completando Figuras da BAAH/S. A criação deste subteste e de seus fatores foi baseada nas três atividades do. Através da análise fatorial exploratória [26], verificou-se que a Bateria de Altas Habilidades / Superdotação avalia três construtos (inteligência, criatividade verbal e criatividade figural), ou seja, tais dados podem auxiliar na confirmação das correlações aqui apresentadas entre os fatores gerais de ambos os instrumentos. Ainda relacionado aos resultados, vale ressaltar a observação de que as características cognitivas foram melhores pontuadas que as características emocionais. Os instrumentos separam as características cognitivas e as emocionais, considerando a avaliação da criatividade a partir de um modelo multidimensional, ou seja, são instrumentos que consideram tanto fatores emocionais e afetivos quando cognitivos para avaliar o construto em questão [30]. Porém, apesar dos mesmos envolverem os dois âmbitos, historicamente, apenas os aspectos cognitivos do sujeito eram destacados, ou seja, a atenção era voltada àquele indivíduo com boas notas, ótimo aluno, considerado gênio [31], enquanto outros que expressassem seu interesse através das emoções eram considerados como problemáticos e/ou desatentos. Neste sentido, ressalta-se que a história da criatividade foi marcada pela influência cognitivista de Guilford, voltada ao pensamento divergente, ou seja, aos aspectos cognitivos. Apenas a partir de 1980, Torrance agregou os aspectos emocionais, por sentir que haviam lacunas na avaliação da criatividade [32] [21]. 6. CONCLUSÃO A análise dos resultados apontou para correlações significativas e moderadas entre a maioria das características de ambos os instrumentos, bem como entre a maioria dos fatores gerais. Os dados aqui

apresentados atingem o objetivo proposto inicialmente e comprovam a existência de validade convergente do instrumento em questão. Também corroboram com a literatura científica, a qual defende a importância de estudos desta natureza no processo de construção de instrumentos. Neste sentido, espera-se que o conhecimento gerado a partir de tais análises possa auxiliar o processo de reparar as lacunas encontradas no Brasil acerca dos desafios relacionados ao desenvolvimento de novos instrumentos. AGRADECIMENTOS Agradecimentos a FAPIC pelo apoio recebido. Agradeço a minha orientadora Tatiana de Cássia Nakano, tanto pela oportunidade quanto pelos ensinamentos e paciência. A Priscila Zaia, Gabriela Fabbro Spadari e Mariana Antunes Miranda pela dedicação e apoio na realização do projeto. REFERÊNCIAS [1] Nakano, T.C. & Wechsler, S.M. (2006). Teste Brasileiro de Criatividade Figural: Proposta de instrumento. Revista Interamericana de Psicologia, 40(1), 103-110. [2] Zanella, A.V. & Titon, A.P. 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