Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe

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Direção-Geral da Saúde. 15 maio 2018

vigilância epidemiológica da gripe sazonal época 2017/2018, foi construído com base nos seguintes dados e respetivas fontes de informação:

vigilância epidemiológica da gripe sazonal época 2017/2018, foi construído com base nos seguintes dados e respetivas fontes de informação:

Este relatório, com dados de vigilância epidemiológica da gripe sazonal época 2017/2018, foi construído com base nos seguintes dados:

DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA. Gripe Sazonal Vigilância Epidemiológica. Região de Saúde do Norte Época 2014/2015

vigilância epidemiológica da gripe sazonal época 2017/2018, foi construído com base nos seguintes dados e respetivas fontes de informação:

vigilância epidemiológica da gripe sazonal época 2017/2018, foi construído com base nos seguintes dados e respetivas fontes de informação:

vigilância epidemiológica da gripe sazonal época 2017/2018, foi construído com base nos seguintes dados e respetivas fontes de informação:

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe. Época 2014/2015 Semana 04 - de 19/01/2015 a 25/01/2015

vigilância epidemiológica da gripe sazonal época 2017/2018, foi construído com base nos seguintes dados:

- Procura dos serviços de urgência hospitalares por síndrome gripal, tendo como fonte a pasta

vigilância epidemiológica da gripe sazonal época 2017/2018, foi construído com base nos seguintes dados:

Este relatório de vigilância epidemiológica da gripe sazonal época 2016/2017 foi construído com base nos seguintes dados:

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe. Época 2014/2015 Semana 02 - de 05/01/2015 a 11/01/2015

Descrevem-se a seguir, sumariamente, os resultados obtidos. RESULTADOS

Semana 40 a 45 de 2016 (3 de outubro a 13 de novembro de 2016)

Boletim semanal de Vigilância da Influenza/RS Semana epidemiológica 37/2016

Transcrição:

Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe P O R T U G A L Época 217/218 Semana 17 23 a 29 abr 218 Resumo Sumário Ausência de atividade gripal 1 Vigilância clínica Taxa de incidência de SG 2 Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios Caraterização do vírus da gripe 3 Severidade Internamentos por gripe em UCI A taxa de incidência de síndroma gripal (SG) foi de, por 1. habitantes. Na semana 17 observou-se uma redução no número de vírus da gripe detetados, tendo sido os vírus do tipo A os identificados com maior frequência, especialmente na Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe (Hospitais). O vírus da gripe do tipo B da linhagem Yamagata foi o predominante, na presente época. Não foi reportado qualquer caso de gripe pelas 17 Unidades de Cuidados Intensivos que enviaram informação. 4 Impacte Mortalidade por todas as causas 5 Monitorização da temperatura ambiente, taxa de incidência de SG e mortalidade 6 Situação internacional Mortalidade observada por todas as causas com valores de acordo com o esperado. O valor médio da temperatura mínima do ar na semana 17 de 218 foi de 9,68 C, a que correspondeu uma anomalia de +1,54 C relativamente ao valor normal 1971-2 para o mês de abril. Na semana 16 de 218 a maioria dos países reportou níveis de atividade gripal abaixo do limiar epidémico. Nota metodológica ISSN: 2183-7392 Data de publicação: 3/5/218 Dados disponíveis à data da publicação passíveis de alterações em edições posteriores. EDITOR: Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge I.P. PERIODICIDADE: semanal ACESSO: www.insa.pt COLABORADORES: Direção-Geral da Saúde, Instituto dos Registos e Notariado, Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Rede Médicos-Sentinela, Serviços de Urgência/Obstetrícia, Rede Nacional de Laboratóri os para o Diagnóstico da Gripe, Rede de Hospitais para a Vigilância Clínica e Laboratorial em Unidades de Cuidados Intensivos. Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge Av. Padre Cruz 1649-16 Lisboa Portugal Tel.: +351 217 519 2 Fax: +351 217 526 4 info@insa.min-saude.pt www.insa.pt Departamento de Epidemiologia Unidade de Observação em Saúde e Vigilância Epidemiológica Tel.: +351 217 526 488 Departamento de Doenças Infeciosas Laboratório Nacional de Referência da Gripe e outros Vírus Respiratórios Tel.: +351 217 526 455 1

25/217 27/217 29/217 31/217 33/217 35/217 37/217 39/217 41/217 43/217 45/217 47/217 49/217 51/217 1/218 3/218 5/218 7/218 9/218 11/218 13/218 15/218 17/218 19/218 21/218 23/218 25/218 27/218 29/218 31/218 33/218 35/218 37/218 39/218 41/218 43/218 45/218 Vigilância clínica Taxa de incidência de síndroma gripal REDE MÉDICOS-SENTINELA Na semana 17/218 estimou-se uma taxa de incidência de síndroma gripal de, por cada 1. habitantes. 24 21 Área de atividade basal Taxa de incidência SG (216/217) Taxa de incidência SG (217/218) Taxa de incidência de SG /1 5 habitantes 18 15 12 9 6 3 IC97.5 IC9 IC4 Época de Gripe Sazonal Atividade muito elevada Atividade elevada Atividade moderada Atividade baixa Ausência de atividade Semanas Figura 1 Evolução da taxa de incidência semanal provisória de síndroma gripal (SG). Tabela 1 Número de casos, taxa de incidência de síndroma gripal e população sob observação semanal. Número de casos de síndroma gripal Taxa de incidência semanal provisória,/1 5 População sob observação 32.171 Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 217/218 Semana 17 23 a 29 abr 218 2

38/217 39/217 4/217 41/217 42/217 43/217 44/217 45/217 46/217 47/217 48/217 49/217 5/217 51/217 52/217 1/218 2/218 3/218 4/218 5/218 6/218 7/218 8/218 9/218 1/218 11/218 12/218 13/218 14/218 15/218 16/218 17/218 18/218 19/218 2/218 21/218 Casos SG (n) Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios REDE MÉDICOS-SENTINELA/EuroEVA REDE DE SERVIÇOS DE URGÊNCIA/OBSTETRÍCIA No âmbito do Programa Nacional de Vigilância da Gripe, foram analisados no Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios, 973 casos de síndroma gripal (SG), dos quais 451 (46%) são positivos para o vírus da gripe. Na semana 17/218, não foram detetados casos SG positivos para o vírus da gripe. Desde o início da época, foram detetados outros vírus respiratórios em 15% dos casos de SG: rinovírus (65), coronavírus (34), vírus parainfluenza (12), vírus respiratório sincicial (16), metapneumovírus humano (9), adenovírus (3) e infeções mistas (9). 125 1 75 SG negativos SG positivos para vírus respiratórios SG positivos para gripe 5 25 Semanas Figura 2 Distribuição semanal de casos de síndroma gripal (SG) positivos para vírus da gripe e outros vírus respiratórios detetados na época 217/218. n=973 Gripe 451; 46% Negativos 374; 39% Outros Vírus Respirat. 148; 15% Figura 3 Número e percentagem dos casos de síndroma gripal (SG) positivos para vírus da gripe e outros vírus respiratórios detetados na época 217/218. Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 217/218 Semana 17 23 a 29 abr 218 3

35/216 37/216 39/216 41/216 43/216 45/216 47/216 49/216 51/216 1/217 3/217 5/217 7/217 9/217 11/217 13/217 15/217 17/217 19/217 21/217 23/217 25/217 3/217 32/217 34/217 36/217 38/217 4/217 42/217 44/217 46/217 48/217 5/217 52/217 2/218 4/218 6/218 8/218 1/218 12/218 14/218 16/218 18/218 2/218 Casos positivos para gripe (n) Casos positivos para gripe (%) Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe Na semana 17/218 não foram analisados laboratorialmente casos SG. Até à semana 17/218 foram analisados 973 casos SG, dos quais 451 são positivos para o vírus da gripe: 31 do tipo B, 88 do subtipo A(H1)pdm9 e 62 do subtipo A(H3). Os vírus da gripe do tipo B são na sua maioria da linhagem Yamagata. 1 1 8 6 Vírus da gripe B (Victoria) Vírus da gripe B (Yamagata) Vírus da gripe B Vírus da gripe A(H3) Vírus da gripe A(H1)pdm9 % positivos para gripe 8 6 4 4 2 2 Semanas Figura 4 Distribuição semanal e percentagem de casos positivos para o vírus da gripe nas épocas 216/217 e 217/218. Influenza B = vírus da gripe do tipo B, para os quais ainda não foi determinada a linhagem. n=451 B/Vic 42; 9% B/Yam 259; 57% A(H3) 62; 14% A(H1)pdm9 88; 2% Figura 5 Número e percentagem dos casos positivos para vírus da gripe detetados na época 217/218, por tipo/ subtipo. Influenza B = vírus da gripe do tipo B, para os quais ainda não foi determinada a linhagem. Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 217/218 Semana 17 23 a 29 abr 218 4

38/217 39/217 4/217 41/217 42/217 43/217 44/217 45/217 46/217 47/217 48/217 49/217 5/217 51/217 52/217 1/218 2/218 3/218 4/218 5/218 6/218 7/218 8/218 9/218 1/218 11/218 12/218 13/218 14/218 15/218 16/218 17/218 18/218 19/218 2/218 Casos positivos para outros VR (n) Vigilância laboratorial Diagnóstico de outros vírus respiratórios Desde o início da época de vigilância foram detetados outros vírus respiratórios em 148 casos de SG: 65 rinovírus (hrv), 34 coronavírus (hcov), 12 vírus parainfluenza (PIV), 16 vírus sincicial respiratórios (RSV), 9 metapneumovírus humano (hmpv), 3 adenovírus (AdV) e 9 infeções mistas (IM). 2 18 16 14 12 1 8 Outros VR hcov hrv 6 4 2 Figura 6 Distribuição semanal de casos positivos para outros vírus respiratórios (VR) detetados na época 217/218. n=148 RSV 16; 11% IM 9; 6% hrv 65; 44% hcov 34; 23% hmpv 9; 6% PIV 12; 8% AdV 3; 2% Figura 7 - Número e percentagem de casos positivos para outros vírus respiratórios detetados na época 217/218. Nota: AdV adenovírus; hrv-rinovirus Humano; hcov - Coronavírus Humano; RSV-Vírus sincicial respiratório; PIV-Parainfluenza; hmpv-metapneumovirus Humano; IM - Infeção mista. Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 217/218 Semana 17 23 a 29 abr 218 5

4/217 41/217 42/217 43/216 44/217 45/217 46/217 47/217 48/217 49/217 5/217 51/217 52/217 1/218 2/218 3/218 4/218 5/218 6/218 7/218 8/218 9/218 1/218 11/218 12/218 13/218 14/218 15/218 16/218 17/218 18/218 19/218 2/218 Casos positivos para outros AR 4/217 41/217 42/217 43/216 44/217 45/217 46/217 47/217 48/217 49/217 5/217 51/217 52/217 1/218 2/218 3/218 4/218 5/218 6/218 7/218 8/218 9/218 1/218 11/218 12/218 13/218 14/218 15/218 16/218 17/218 18/218 19/218 2/218 21/218 22/218 Casos positivos para gripe (n) Casos SG reportados (n) Vigilância laboratorial Diagnóstico do vírus da gripe e outros vírus respiratórios HOSPITAIS /REDE PORTUGUESA DE LABORATÓRIOS PARA O DIAGNÓSTICO DA GRIPE Diagnóstico do vírus da gripe A Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe conta na época de 217/218 com a participação de 18 laboratórios, localizados em hospitais do continente e regiões autónomas da Madeira e dos Açores, assegura a deteção e caraterização dos vírus da gripe e outros vírus respiratórios que podem estar associados a casos de infeção respiratória grave. Na época 217/218, os laboratórios da Rede notificaram 13.355 casos de SG, dos quais 3.699 positivos para o vírus da gripe: 2.31 do tipo B, 1.652 do tipo A [439 do subtipo A(H1)pdm9, 495 do subtipo A(H3) e 718 vírus A não subtipados], 1 do tipo C e 15 casos de infeção mista. Na semana 17/218 foram detetados 5 casos positivos para o vírus da gripe: 1 do tipo B e 4 do subtipo A(H3). Foram também identificados outros agentes respiratórios em 1.783 casos de SG. O RSV foi o vírus mais frequentemente detetado desde o início da época. 45 4 35 3 25 2 15 Infecções Mistas C B A NS A(H3) A(H1)pdm9 Casos SG reportados 1 8 6 4 1 5 2 Semanas n=13355 Figura 8 Distribuição semanal de casos positivos para o vírus da gripe detetados na época 217/218, detetados pela Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe (Hospitais). 18 16 14 12 1 8 6 4 Bocavirus Metapneumovirus Coronavirus RSV Infecções Mistas Bacteria Adenovirus Parainfluenza Picornavirus (hrv/hev/hpev) 2 Semanas n=1783 Figura 9 Distribuição semanal de casos positivos para outros agentes respiratórios (AR) detetados na época 217/218, detetados pela Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe (Hospitais). Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 217/218 Semana 17 23 a 29 abr 218 6

Vigilância laboratorial Caraterização do vírus da gripe REDE MÉDICOS-SENTINELA/EuroEVA REDE DE SERVIÇOS DE URGÊNCIA/OBSTETRÍCIA E REDE PORTUGUESA DE LABORATÓRIOS PARA O DIAGNÓSTICO DA GRIPE Vírus da gripe B: Foram caracterizados geneticamente 122 vírus do tipo B: 96 vírus do clade 3 da linhagem Yamagata (semelhantes à antiga estirpe vacinal B/Phuket/373/213, contemplada na vacina de 215/216) e 26 vírus do clade 1A da linhagem Victoria (24 semelhantes à estirpe vacinal B/Brisbane/6/28, contemplada na vacina da época 217/218 e 2 pertencem a um novo subgrupo sendo semelhantes à estirpe de referência B/Norway/249/217). Vírus da gripe A(H3): Do subtipo A(H3) foram caracterizados 37 vírus: 26 do subgrupo genético 3C.2a (semelhantes à estirpe vacinal 217/218, A/Hong Kong/481/214) e 11 do subgrupo genético 3C.2a1 (semelhantes à estirpe A/Singapore/INFIMH-16-19/216 que será contemplada na vacina de 218/219 para o hemisfério norte). Vírus da gripe A(H1)pdm9: Foram caracterizados 46 vírus do subtipo A(H1)pdm9, todos do grupo genético 6B.1 (semelhantes à estirpe vacinal de 217/218, A/Michigan/45/215). Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 217/218 Semana 17 23 a 29 abr 218 7

Severidade Informação da responsabilidade da Direção-Geral da Saúde. uesp@dgs.pt. Internamentos por gripe em Unidades de Cuidados intensivos REDE DE HOSPITAIS PARA A VIGILÂNCIA CLÍNICA E LABORATORIAL EM UNIDADES DE CUIDADOS INTENSIVOS Não foi reportado qualquer caso de gripe pelas 17 Unidades de Cuidados Intensivos que enviaram informação. Desde o início da época foram notificados 218 casos de gripe pelas UCI que colaboram na vigilância da doença. Relativamente aos 26 casos sobre os quais foi possível obter informação adicional, verificou-se que 119 (58%) eram homens, 116 (56%) tinham 65 ou mais anos de idade e 162 (79%) tinham doença crónica subjacente. Dos 97 casos em que o estado vacinal é conhecido, 15 (15%) estavam vacinados contra a gripe sazonal. Os vírus Influenza identificados foram do tipo A em 18 (52%) doentes, do tipo B em 97 (47%) e num doente foram simultaneamente identificados ambos. Verificou-se um aumento apreciável da proporção de casos de gripe admitidos em UCI entre as semanas 51 de 217 e 1 de 218, em que foi atingido o valor máximo (7,6%). A partir daí aquele valor sofreu um decréscimo, com algumas flutuações, aproximando-se progressivamente da linha de base que foi atingida na semana 17 (%). A interpretação destes dados deve ser cautelosa, considerando o reduzido número de casos reportados. Até ao momento a Reserva Estratégica Nacional de zanamivir foi ativada para 6 doentes. Proporção de doentes com gripe em UCI % 16 14 12 1 8 6 4 2 4 45 5 3 8 13 18 42 47 52 5 1 15 2 44 49 2 7 12 17 41 46 51 3 8 13 18 43 48 1 6 11 16 43 48 1 6 11 16 Semanas 212-213 213-214 214-215 215-216 216-217 217-218 Figura 1 - Evolução semanal da proporção de doentes com gripe em Unidades de Cuidados Intensivos desde a época 212/213. Tabela 2 Nº de casos de gripe, Hospitais e UCI que reportaram, admissões em UCI por todas as causas e proporção de doentes com gripe em UCI, por semana, na época 217-218 4 41 42 43 44 45 46 47 48 49 5 51 52 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 11 12 13 14 15 16 17 18 19 2 Total Nº de casos de gripe 1 2 1 1 2 1 4 9 21 14 17 14 24 21 18 17 13 12 5 7 4 6 3 1 218 Nº de hospitais 16 18 19 2 16 19 18 23 19 2 18 19 2 22 21 23 24 23 22 22 22 24 24 2 2 19 21 19 19 15 Nº de UCI 21 22 24 24 21 24 23 28 25 25 23 24 25 28 26 28 29 3 28 28 29 31 31 27 26 25 27 25 24 17 Nº de Admissões na 198 199 236 257 198 256 24 322 273 241 25 25 232 277 298 314 337 373 321 327 35 31 289 274 25 214 272 26 227 182 Proporção de doentes,,,4,8,,,4,3,,8,4 1,6 3,9 7,6 4,7 5,4 4,2 6,4 6,5 5,5 5,6 4,3 4,2 1,8 2,8 1,9 2,2 1,2,4, Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 217/218 Semana 17 23 a 29 abr 218 8

4/216 42/216 44/216 46/216 48/216 5/216 52/216 2/217 4/217 6/217 8/217 1/217 12/217 14/217 16/217 18/217 2/217 22/217 24/217 26/217 28/217 3/217 32/217 34/217 36/217 38/217 4/217 42/217 44/217 46/217 48/217 5/217 52/217 2/218 4/218 6/218 8/218 1/218 12/218 14/218 16/218 18/218 2/218 Óbitos (n) 4/27 1/27 14/28 27/28 4/28 1/28 14/29 27/29 4/29 53/29 13/21 26/21 39/21 52/21 13/211 26/211 39/211 52/211 13/212 26/212 39/212 52/212 13/213 26/213 39/213 52/213 13/214 26/214 39/214 52/214 13/215 26/215 39/215 52/215 12/216 25/216 38/216 51/216 12/217 25/217 38/217 51/217 12/218 Óbitos (n) Taxa de incidência de SG /1 5 habitantes Impacte Mortalidade por todas as causas SISTEMA DA VIGILÂNCIA DIÁRIA DA MORTALIDADE INSTITUTO DOS REGISTOS E NOTARIADO INSTITUTO DE GESTÃO FINANCEIRA E EQUIPAMENTOS DA JUSTIÇA Mortalidade observada com valores de acordo com o esperado. 4 Óbitos Limite de confiança 95% da linha de base Linha de base Taxa de incidência 3 35 3 25 25 2 2 A(H3) A(H1)pdm9 A(H3) B/A(H3) 15 15 1 B/A(H1) A(H1)pdm9/B A(H1)pdm9/A(H3) B/A(H1)pdm9 A(H1)pdm9 A(H3) 1 5 5 Semana Figura 11 Evolução semanal do número de óbitos por todas as causas, taxa de incidência semanal provisória de síndroma gripal por 1 5 habitantes e vírus predominante por época gripal, desde a semana 4 de 27. 4 35 3 25 2 15 1 5 Linha de base Limite de confiança 95% da linha de base Óbitos Semana Figura 12 Evolução semanal do número de óbitos por todas as causas, desde a semana 4 de 216. Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 217/218 Semana 17 23 a 29 abr 218 9

Monitorização da temperatura ambiente, taxa de incidência de síndrome gripal e mortalidade REDE MÉDICOS-SENTINELA INSTITUTO PORTUGUÊS DO MAR E DA ATMOSFERA SISTEMA DA VIGILÂNCIA DIÁRIA DA MORTALIDADE De acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no mês de março, o valor médio da temperatura mínima do ar de 6,21 C, foi inferior ao normal em -,62 C. O valor médio da temperatura mínima do ar na semana 17 de 218 foi de 9,68 C, a que correspondeu uma anomalia de +1,54 C relativamente ao valor normal 1971-2 para o mês de abril. Na temperatura média semanal prevêem-se valores abaixo do normal, para todo o território, nas semanas de 3/4 a 6/5, de 7/5 a 13/5 e de 21/5 a 27/5, e apenas nas regiões Centro e Sul na semana de 14/5 a 2/5. Figura 13 Evolução semanal do número de óbitos por todas as causas, temperatura mínima média (Continente) e taxa de incidência semanal provisória de síndroma gripal (SG) por 1 5 habitantes na época 217/218. Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 217/218 Semana 17 23 a 29 abr 218 1

Situação internacional: Europa Na semana 16 de 218 a maioria dos países reportou níveis de atividade gripal abaixo do limiar epidémico. Na semana 16 de 218, 61 (12 %) das 57 amostras-sentinela testadas foram positivas para o vírus Influenza, 38 % das quais era do tipo B. Dos 8 casos por vírus do tipo B a que foi possível atribuir uma linhagem, todos pertenciam à linhagem B/Victoria. Dos 36 casos por vírus Influenza do tipo A subtipados, 69 % pertencia ao subtipo A(H1N1)pdm9. De entre as amostras-não-sentinelas, 2 522 amostras (num total de 14 61) foram positivas para o vírus Influenza, 73 % dos quais pertencia ao tipo A. Desde o início da época, na maioria dos casos de gripe em adultos internados foi identificado um vírus do subtipo A(H1N1)pdm9 ou do tipo B. Nos casos internados em UCI observou-se um maior número de casos de gripe do tipo A, enquanto que em outras enfermarias os casos de gripe por vírus do tipo B foram os mais frequentes. Desde o início da época foi reportada a caracterização genética de 2 8 amostras. Das 887 amostras de vírus do tipo A(H3N2), 57 % pertencia ao grupo genético 3C.2a (componente da vacina), 42 % pertencia ao subgrupo genético 3C.2a1 e 1 % ao subgrupo genético 3C.3a. Os dois primeiros grupos são antigenicamente semelhantes. Das 488 amostras de vírus A(H1N1)pdm9 que foram atribuídas a um grupo genético, todas pertenciam ao grupo 6B.1 (componente da vacina). Das 128 amostras de vírus B/Victoria, 54 pertenciam ao subgrupo que apresenta alterações genéticas e antigénicas que os distinguem dos restantes vírus. Todos os 1 297 vírus do tipo B da linhagem Yamagata, caraterizados geneticamente, pertencem ao grupo genético 3. A suscetibilidade aos inibidores da neuraminidase foi avaliada em 1 436 vírus. Em 1 caso por vírus A (H3N2) foi observada redução da suscetibilidade ao zanamivir e oseltamivir; em 1 caso por vírus A(H1N1) pdm9 foi observada redução da suscetibilidade ao oseltamivir; em 3 casos por vírus do tipo B foi identificada redução da inibição pelo zanamivir e num outro foi identificada redução da inibição pelo zanamivir e oseltamivir. A efetividade da vacina contra a gripe na europa foi estimada em valores que variaram entre 25 % e 52 %. De acordo com projeto EuroMOMO, a mortalidade por todas as causas esteve acima do esperado durante nos últimos meses na Europa Ocidental. Informações disponíveis em: http://flunewseurope.org/ Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 217/218 Semana 17 23 a 29 abr 218 11

Situação internacional: Europa Figura 14 Intensidade da atividade gripal na Europa, semana 16/218. Fonte: Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC). Nota: A informação da situação internacional à data da publicação deste boletim é referente à semana anterior. Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 217/218 Semana 17 23 a 29 abr 218 12

Serviços de Urgência/Obstetrícia A Rede dos Serviços de Urgência/Obstetrícia é operacionalizada pelos Serviços de Urgência Hospitalar e Serviços de Atendimento Permanente ou similares dos Centros de Saúde do Serviço Nacional de Saúde. Participam na componente laboratorial que constitui um indicador precoce do início de circulação do vírus da gripe em cada época de vigilância. Enviam para o Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e outros Vírus Respiratórios no INSA, exsudados nasofaríngeos de doentes com suspeita de gripe, para identificação e tipificação dos vírus da gripe e outros vírus respiratórios. Os casos são selecionados de acordo com a opinião do médico tendo em conta a definição de caso de síndroma gripal usada pelo ECDC. Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe Rede ativada em 29 pelo Despacho Ministerial nº 16548/29, de 21 de julho (Diário da República, 2ª série, nº 139: 2857), é atualmente constituída por 16 laboratórios, na sua maioria de hospitais do Continente e Regiões Autónomas. Assegura a deteção e caraterização dos vírus da gripe que estão na origem de casos mais graves de infeção respiratória viral. A análise laboratorial envolve a utilização de métodos de biologia molecular para a caraterização dos vírus da gripe em circulação na população. Em colaboração com o laboratório de referência do INSA é efetuado o isolamento das estirpes do vírus da gripe e a sua caraterização antigénica e genética. A população sob vigilância é constituída pelos utentes com infeção respiratória, pertencentes à área de influência dos hospitais ou laboratórios da Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe. Participantes em 217/218: (Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e Outros Vírus Respiratórios), Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E., Hospital de São João, E.P.E., Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, E.P.E., Hospital Central do Funchal, E.P.E., Hospital do Divino Espírito Santo de Ponta Delgada, E.P.E.R., Hospital do Santo Espírito da Ilha Terceira, E.P.E.R., Centro Hospitalar de Lisboa Norte, E.P.E., Centro Hospitalar do Porto, E.P.E., Instituto Português de Oncologia de Lisboa, Francisco Gentil, E.P.E., Centro Hospitalar da Cova da Beira, E.P.E., Centro Hospitalar de Setúbal, E.P.E., Centro Hospitalar do Alto Ave, Hospital do Espírito Santo (Évora), Laboratório de Saúde Pública Dra. Laura Ayres (ARS Algarve), Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, Unidade Local de Saúde da Guarda, Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, E.P.E. Vigilância Laboratorial O diagnóstico laboratorial do vírus da gripe e outros vírus respiratórios é efetuado em amostras biológicas do trato respiratório superior (exsudado da nasofaringe) de doentes com SG. São utilizadas metodologias de diagnóstico molecular, nomeadamente a amplificação do genoma viral por PCR em multiplex. Estas metodologias permitem a identificação dos tipos e subtipos do vírus da gripe [A (H1)pdm9, A(H3), B(Yamagata), B(Victoria)] e a identificação de outros vírus respiratórios [Rinovirus Humano (hrv), Vírus sincicial respiratório (RSV), Coronavírus Humano (hcov), Adenovirus (AdV), Metapneumovirus Humano (hmpv) e Vírus Parainfluenza (PIV)]. A caraterização antigénica dos vírus da gripe é efetuada pela metodologia clássica de inibição de hemaglutinação e a caraterização genética é baseada na sequenciação genómica do gene da hemaglutinina. Para a monitorização da suscetibilidade dos vírus da gripe aos antivirais inibidores da neuraminidase (oseltamivir e zanamivir) é efetuada a pesquisa de marcadores moleculares de resistência e a caracterização fenotípica (determinação do IC 5 ) em estirpes do vírus da gripe isoladas em cultura celular no Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e outros Vírus Respiratórios. Unidades de Cuidados Intensivos Na época 211/212 foi realizado um estudo piloto com o objetivo de fazer a vigilância epidemiológica dos casos graves de gripe admitidos em Unidades de Cuidados Intensivos de alguns hospitais. Participaram nesse ano 6 hospitais. Nas épocas seguintes, utilizando a metodologia testada, foi possível estender a vigilância a mais hospitais. Hospitais participantes em 217/218: Hospital Dr. Manoel Constâncio; Hospital do Divino Espírito Santo; British Hospital; Hospital São José; Hospital Santa Marta; Hospital Curry Cabral; Hospital dos Capuchos; Hospital D. Estefânia; Hospital de Cascais Dr. José de Almeida; Hospital Amato Lusitano; Hospital Pêro da Covilhã; CUF Descobertas; Hospital de São Francisco Xavier; Hospital Egas Moniz; Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca; Hospital da Senhora da Oliveira; Hospital Beatriz Ângelo; Hospitais da Universidade de Coimbra; Hospital do Litoral Alentejano; Hospital Pulido Valente; Hospital de Santa Maria; Hospital São João; Hospital Vila Franca de Xira; Hospital de São Teotónio; Hospital dos Lusíadas; Hospital Dr. Nélio Mendonça. Definição de caso: Doentes admitidos nas Unidades de Cuidados Intensivos dos hospitais participantes, com gripe confirmada laboratorialmente. Vigilância Diária da Mortalidade O VDM é um sistema de vigilância epidemiológica que pretende detetar e estimar de forma rápida os impactes de eventos ambientais ou epidémicos relacionados com excessos de mortalidade. Este sistema funciona com base num protocolo de cooperação entre o INSA e Instituto de Gestão Financeira e Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 217/218 Semana 17 23 a 27 abr 218 14

Nota metodológica Em Portugal, o sistema de vigilância da gripe é composto pelas seguintes redes: Rede Médicos-Sentinela; Serviços de Urgência /Obstetrícia; Rede Portuguesa de Laboratórios para o Diagnóstico do Vírus da Gripe; Unidades de Cuidados Intensivos; Este programa tem início no princípio de outubro, termina em maio do ano seguinte e integra componentes clínicas e laboratoriais Na presente época, o Sistema de Nacional de Vigilância da Gripe foi ativado em outubro de 217, na semana 4 e funcionará até à semana 2, em maio de 218. A componente clínica deste sistema manter-se-á ativa durante todo o ano de 218. Parte da informação resultante da vigilância é semanalmente publicada, à quinta-feira, no presente boletim, publicado pelo Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e baseado no conjunto de dados e informações gerados pelos 6 componentes descritos a seguir, sumariamente. Fontes de informação e indicadores produzidos Fontes Rede Médicos-Sentinela Serviços de Urgência/Obstetrícia Rede Nacional de Laboratórios para o Diagnóstico da Gripe Vigilância Laboratorial Rede de Hospitais para a Vigilância Clínica e Laboratorial em Unidades de Cuidados Intensivos Vigilância Diária da Mortalidade Indicadores Taxa de incidência de síndroma gripal na população geral, identificação e caraterização laboratorial dos vírus da gripe em circulação (análise antigénica, genética e de suscetibilidade aos antivirais) Identificação e caraterização laboratorial dos vírus da gripe em circulação (análise antigénica, genética e de suscetibilidade aos antivirais) Resistência do vírus da gripe aos antivirais por tipo e subtipo Caraterização epidemiológica e laboratorial dos casos de infeção respiratória admitidos em Unidades de Cuidados Intensivos Evolução do número de óbitos por semana, em Portugal Rede Médicos-Sentinela A Rede Médicos-Sentinela (MS) é um sistema de informação em saúde constituído por cerca de 123 Médicos de Família, distribuídos pelo território do Continente e Regiões Autónomas, cuja atividade profissional é desempenhada em Unidades de Saúde Familiar (USF) ou Unidades de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP). A participação destes médicos é voluntária e consiste na notificação semanal, para o Departamento de Epidemiologia do INSA, dos novos casos de síndroma gripal (numerador para o cálculo da taxa de incidência) que ocorreram nos utentes inscritos das respetivas listas (componente clínica do sistema de vigilância); simultaneamente, enviam para o laboratório, exsudados nasofaríngeos de doentes com suspeita de gripe, para identificação e tipificação dos vírus (componente laboratorial). As estirpes do vírus da gripe isoladas são caraterizadas antigénica e geneticamente, permitindo avaliar a sua semelhança com as estirpes vacinais e ainda monitorizar a ocorrência de mutações. A população sob vigilância é constituída pelo somatório dos utentes inscritos nas listas dos MS que estiveram ativos em determinada semana, i.e., que reportaram, pelo menos, 1 caso de doença ou que informaram explicitamente não terem casos para reportar. Definição de caso: Síndroma gripal (usada pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC): Início súbito, + 1 dos seguintes sintomas sistémicos: Febre ou febrícula, Mal-estar, debilidade, prostração, Cefaleia, Mialgias ou dores generalizadas. + 1 dos seguintes sintomas respiratórios: Tosse, Dor de garganta ou inflamação da mucosa nasal ou faríngea sem sinais respiratórios relevantes, Dificuldade respiratória. Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 217/218 Semana 17 23 a 29 abr 218 13

Equipamentos da Justiça, I.P. (IGFEJ) do Ministério da Justiça. Para isso, diariamente o IGFEJ envia de forma automática o número de óbitos registados no dia anterior em todo o país. Esta componente pretende avaliar o impacte da epidemia de gripe em termos de severidade. Definição de caso: Óbito, por qualquer causa, de individuo residente em Portugal. Definições utilizadas Época de Gripe Definida como o período de tempo de aproximadamente 33 semanas que decorre entre a semana 4 de um determinado ano (início de outubro) e a semana 2 do ano seguinte (meados de maio). Área de atividade basal Designada também por área de atividade basal, constitui o intervalo de valores da taxa de incidência correspondente a uma circulação esporádica de vírus da gripe. Permite definir períodos epidémicos, comparar as epidemias anuais em função da sua intensidade e duração e determinar o impacte dessas epidemias na comunidade. Foi estimada utilizando o método Moving Epidemic Method (MEM). Atividade gripal Definida pelo grau de intensidade da ocorrência da doença, medido pela estimativa semanal da taxa de incidência de SG e do seu posicionamento relativo à área de atividade basal, e pelo número de vírus circulantes detetados. Indicadores de dispersão geográfica da atividade gripal Ausência de atividade gripal Pode haver notificação de casos de SG mas a taxa de incidência permanece abaixo ou na área de atividade basal, não havendo a confirmação laboratorial da presença do vírus da gripe. Atividade gripal esporádica Casos isolados, confirmados laboratorialmente, de infeção por vírus da gripe, associados a uma taxa de incidência de SG que permanece abaixo ou na área de atividade basal. Surtos locais Casos agregados, no espaço e no tempo, de infeção por vírus da gripe confirmados laboratorialmente. Atividade gripal localizada em áreas delimitadas e/ou instituições (escolas, lares, etc.), permanecendo a taxa de incidência de SG abaixo ou na área de atividade basal. Atividade gripal epidémica Taxa de incidência de SG acima da área de atividade basal, associada a uma confirmação laboratorial da presença de vírus da gripe. Atividade gripal epidémica disseminada Taxa de incidência de SG, por mais de duas semanas consecutivas, acima da área de atividade basal e com uma tendência crescente, associada à confirmação da presença de vírus da gripe. Indicadores da intensidade da atividade gripal A intensidade da atividade gripal é definida com base em toda a informação de vigilância recolhida através das várias fontes de dados e é avaliada, tendo em consideração a informação histórica nacional sobre a gripe, segundo o método MEM. Ausência Nível de atividade gripal caraterizado por uma taxa de incidência de SG abaixo ou na área de atividade basal. Baixa Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG superior à área de atividade basal e inferior ou igual a 76,9/1 5. Moderada Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG superior a 76,9/1 5 e inferior ou igual a 131,7/1 5. Elevada Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG superior 131,7/1 5 e inferior ou igual a 167,/1 5. Muito Elevada Nível de atividade gripal associado à presença de vírus da gripe e correspondendo a uma taxa de incidência provisória de SG superior 167,/1 5. Indicadores da tendência da atividade gripal Estável Os últimos três valores da taxa de incidência não se encontram em tendência crescente nem decrescente. Crescente Os últimos três valores encontram-se em tendência crescente. Decrescente Os últimos três valores encontram-se em tendência decrescente. Percentagem de doentes com gripe admitidos em Unidades de Cuidados Intensivos Percentagem de doentes com gripe admitidos, em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI), em determinada semana = número de admissões por gripe confirmada, em UCI, na referida semana/número de admissões por qualquer causa, em UCI, na mesma semana x 1 utentes. Boletim de Vigilância Epidemiológica da Gripe Época 217/218 Semana 17 23 a 29 abr 218 15