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Transcrição:

PROCESSO ADMINISTRATIVO ARES-PCJ Nº 79/2018 PARECER CONSOLIDADO ARES-PCJ Nº 30/2018 - CRBG ASSUNTO: INTERESSADO: REAJUSTE DOS VALORES DAS TARIFAS DE ÁGUA E ESGOTO E DOS DEMAIS SERVIÇOS DO MUNICÍPIO DE AMPARO SAAE SERVIÇO AUTÔNOMO DE ÁGUA E ESGOTOS DE AMPARO 1 1 - INTRODUÇÃO 1.1 AGÊNCIA REGULADORA PCJ A Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí - ARES-PCJ é um consórcio público de direito público, na forma de associação pública, criado nos moldes da Lei Federal nº 11.107/2005 (Lei dos Consórcios Públicos) para atendimento aos preceitos da Lei Federal nº 11.445, de 05/01/2007 (Diretrizes Nacionais do Saneamento Básico) e de seu Decreto regulamentador nº 7.017/2010. Conforme a Cláusula 8ª do seu Protocolo de Intenções, convertido em Contrato de Consórcio Público, a ARES-PCJ tem por objetivo realizar a gestão associada de serviços públicos, plena ou parcialmente, através do exercício das atividades de regulação e fiscalização de serviços públicos de saneamento básico, aos municípios associados. Dentre suas competências, cabe a ARES-PCJ a definição, fixação, reajuste e revisão dos valores das taxas, tarifas e outras formas de contraprestação dos serviços públicos de saneamento básico nos municípios consorciados e conveniados, que assegurem o equilíbrio econômico e financeiro do prestador e a modicidade tarifária. 1.2 OBJETIVO O objetivo deste Parecer Consolidado é apresentar os resultados da análise da solicitação de reajuste dos valores das Tarifas de Água e Esgoto e dos Preços Públicos dos demais serviços, encaminhada pelo Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Amparo SAAE, doravante denominado PRESTADOR, à ARES-PCJ - Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí, visando a recomposição tarifária para o reequilíbrio econômico e financeiro do Prestador, bem como subsidiar a tomada de decisão da Diretoria Executiva da ARES-PCJ, quanto à fixação de novo índice do Reajuste Tarifário.

2 - ANÁLISE JURÍDICA 2.1 FUNDAMENTO LEGAL 2.1.1 - MUNICÍPIO DE AMPARO 2 O Município de Amparo é subscritor do Protocolo de Intenções da ARES-PCJ e ratificou-o por meio da Lei nº 3.767, de 19 de março de 2014. Assim, delegou e transferiu à Agência Reguladora PCJ o exercício das atividades de regulação e fiscalização dos serviços públicos de saneamento básico. 2.1.2 PRESTADOR O SAAE Serviço Autônomo de Água e Esgotos de Amparo é o PRESTADOR dos serviços municipais de água e esgoto. Foi criado por meio da Lei municipal nº 637, de 14 de janeiro de 1969, na forma de autarquia municipal, para exercer as atividades relacionadas com o sistema público de abastecimento de água tratada e de coleta e tratamento de esgotos no Município de Amparo. 2.1.3 - CONSELHO DE REGULAÇÃO E CONTROLE SOCIAL O Município de Amparo, em atendimento à Lei Federal nº 11.445/2007 e à Resolução ARES-PCJ nº 01, de 21/11/2011 e suas alterações, instituiu seu Conselho de Regulação e Controle Social CRCS e nomeou seus membros, atendendo assim os requisitos para sua composição. O CRCS do Município de Amparo foi instituído pela Lei nº 3.812, de 18 de março de 2015. Por meio da Portaria nº 29, de 24 de março de 2017, foram nomeados os membros do CRCS. 2.2 - SOLICITAÇÃO DO REAJUSTE Por meio do Ofício nº 139/2018, de 14 de maio de 2018, o PRESTADOR encaminhou à Agência Reguladora PCJ documentos para solicitação de reajuste ordinário das tarifas de água e esgoto e dos preços públicos dos demais serviços praticados pela autarquia e anexou documentos contábeis e financeiros, além de dados e informações técnicas. A partir dessa solicitação do PRESTADOR, foi aberto o Processo Administrativo ARES-PCJ nº 79/2018, para fins de elaboração de estudos técnicos, econômicos e financeiros relativos ao pleito de reajuste tarifário. Os últimos documentos necessários para análise foram entregues à ARES-PCJ pelo PRESTADOR em 06/07/2018.

2.2.1 - ÚLTIMO REAJUSTE O último reajuste dos valores das Tarifas de Água e Esgoto praticados pelo PRESTADOR foi de 5,71% (cinco inteiros e setenta e um centésimos por cento) e dos Preços Públicos dos demais serviços foi de 4,08% (quatro inteiros e oito centésimos por cento), conforme a Resolução ARES- PCJ nº 190, de 14 de junho de 2017. 3 2.3 ADIMPLÊNCIA COM A ARES-PCJ Conforme informações do Setor Financeiro da ARES-PCJ, o PRESTADOR realizou o pagamento de todas as parcelas referentes à Taxa de Regulação da ARES-PCJ até o mês de junho de 2018, estando, portanto, adimplente. 2.4 OUVIDORIA Em consulta à Ouvidoria da ARES-PCJ, verificou-se que nos últimos 12 meses foi registrada 01 (uma) reclamação referente aos serviços prestados pela SAAE Amparo, conforme segue: PRAZO DE ATENDIMENTO QUANTIDADE DE RECLAMAÇÕES PERCENTUAL Dentro do Prazo (10 dias) 0 0 Com prorrogação do prazo (15 dias) 01 100% Solucionada (fora do prazo) 0 0 Em andamento 0 0 TOTAL 01 100% 2.4.1 OUVIDORIA ITINERANTE A Ouvidoria Itinerante da ARES-PCJ foi realizada no município de Amparo em 27/12/2017, das 10h às 16h, na Praça Cívica do Paço Municipal Prefeito Carlito Piffer.

Essa atividade visa a ampliação da relação da população com a entidade reguladora, a fim de colaborar no atendimento dos usuários junto ao prestador de serviço de saneamento. 2.4.2 PESQUISA DE SATISFAÇÃO Em dezembro de 2017, a ARES-PCJ realizou também pesquisa de satisfação dos usuários dos serviços de saneamento no município, que obteve os resultados abaixo para o Município de Amparo: 4 ATENDIMENTO NA SEDE ATENDIMENTO TELEFÔNICO COLETA DE ESGOTO TRATAMENTO DO ESGOTO ENTENDIMENTO DA CONTA LEITURA E ENTREGA CORRETA DA CONTA PREÇO DA ÁGUA E ESGOTO PRESSÃO DA ÁGUA QUALIDADE DA ÁGUA REGULARIDADE DE FORNECIMENTO

RESOLUÇÃO IMEDIATA DOS PROBLEMAS GOSTO DA ÁGUA 5 CHEIRO DA ÁGUA COR DA ÁGUA SATISFAÇÃO GERAL

3 ANÁLISE TÉCNICO OPERACIONAL 3.1 - ESTRUTURA OPERACIONAL 3.1.1 - ABASTECIMENTO DE ÁGUA TRATADA 6 O Município de Amparo apresenta atendimento de 100% de sua população urbana com abastecimento de água, por meio da operação de 04 estações de tratamento de água, 334 km de redes de distribuição, 55 reservatórios e 24.428 ligações (totais) de água, conforme autodeclaração prestada para a Macroavaliação da Prestação dos Serviços em 2016 e 2018 e para o Sistema SONAR em abril de 2018. 3.1.2 - COLETA E AFASTAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO O Município de Amparo atende atualmente 89% de sua população urbana com coleta e afastamento de esgoto, por meio da operação de 01 estação elevatória de esgoto (EEE), 21.807 ligações totais e 228,96 km de redes, segundo autodeclaração prestada para a Macroavaliação da Prestação dos Serviços em 2016 e 2018 e para o Sistema SONAR em abril de 2018. 3.1.3 - TRATAMENTO DE ESGOTO SANITÁRIO O Município de Amparo possui 02 estações de tratamento de esgotos (ETE) em operação, responsáveis pelo atendimento de 70% da população com tratamento de esgotos coletados. 3.2 - PLANEJAMENTO 3.2.1 - PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO (PMSB) O Município de Amparo elaborou Plano Diretor de Água e Esgoto em 2012, que foi revisado em 2016 com o auxílio da empresa Pertécnica HSMA Consultoria e Projetos Ltda. e, então, denominado Plano Diretor de Saneamento. O Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB) de Amparo aprovado pela Lei Municipal nº 3.954, de 28 de dezembro de 2017, produzirá os efeitos de Plano Diretor de Saneamento. 3.2.2 - PLANO DE COMBATE ÀS PERDAS O Município de Amparo não possui plano ou programa de combate às perdas no sistema público de abastecimento de água.

3.3 - CONDIÇÕES GERAIS DE PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS 3.3.1 - MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DISTRIBUÍDA A Agência Reguladora PCJ, através de seu Programa de Monitoramento da Qualidade da Água Distribuída, realiza em cada município associado 01 (uma) coleta mensal de água tratada, para realização de análises básicas (com 10 parâmetros: coliformes totais, Escherichia coli, cor aparente, turbidez, ph, cloro residual livre, fluoreto, ferro total, manganês e alumínio) e 01 (uma) coleta anual de água tratada, para realização de análises completas (com 87 parâmetros), totalizando 197 (cento e noventa e sete) parâmetros analisados anualmente. 7 A amostragem de água tratada é feita no cavalete. As coletas são feitas em locais escolhidos aleatoriamente pelos técnicos da Agência e as análises realizadas em conformidade com o Art. 18 da Resolução ARES PCJ nº 50, a Resolução SS-65 da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e com o Anexo XX da Portaria de Consolidação nº 05, de 28 de setembro de 2017, do Ministério da Saúde, por laboratório acreditado pelo Inmetro. Durante o ano de 2017, foram realizadas 11 (onze) análises de água da rede de distribuição do município de Amparo, sendo 10 (dez) básicas e 01 (uma) completa. Os resultados estão expressos abaixo. RESULTADOS DO MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DISTRIBUÍDA DATA ANÁLISE LOCAL RESULTADO 03/01/2017 Básica Avenida Bernardino de Campos, 173, Centro Conforme 02/02/2017 Básica Rua Ribeirão Preto, 243, Chácara São João Conforme 02/03/2017 Básica Rua José Jacobsen, 397, Centro (Arcadas) Conforme 09/05/2017 Completa Rua Americana, 135, Parque Flamboyant Resolvida 13/06/2017 Básica Rua Tico Tico, 22, Jardim das Aves Conforme 11/07/2017 Básica Rua Antônio Ângelo Carvalho, 50 Conforme 01/08/2017 Básica Rua Turim, 128, Jardim Itália Conforme 05/09/2017 Básica Rua Comendador Guimarães, 345 Não conforme 03/10/2017 Básica Rua João Rodrigues Fontes, 108 Conforme 07/11/2017 Básica Rua Comendador Guimaraes, 264 Conforme 05/12/2017 Básica Rua Pedro Rampagna, 169 Conforme A Não Conformidade apontada na análise completa foi resolvida e a referente à análise básica na Rua Comendador Guimarães, 345 encontra-se vencida desde 31/10/2017. 3.3.2 MONITORAMENTO DA EFICIÊNCIA DO TRATAMENTO DE ESGOTO

A Agência Reguladora PCJ também possui um programa de monitoramento da eficiência do tratamento de esgoto sanitário. As amostras de esgoto sanitário bruto são coletadas antes do tratamento preliminar (gradeamento/caixa de areia) e as amostras de esgoto sanitário tratado são coletadas no emissário final da ETE. Durante 2017, foram realizadas análises de eficiência do tratamento de esgotos no Município de Amparo, abrangendo as análises de DBO e DQO do esgoto bruto e as de DBO, DQO e eficiência de remoção de DBO do esgoto tratado. Os resultados estão expressos abaixo. 8 MONITORAMENTO DA EFICIÊNCIA DO TRATAMENTO DE ESGOTOS DATA 02/03/2017 03/10/2017 LOCAL ETE PIERO FIOVAVANTE Estrada Municipal do Modelo (Amp-362) ETE PIERO FIOVAVANTE Estrada Municipal do Modelo (Amp-362) *Decreto Estadual nº 8468/76 TIPO DE AMOSTRA VALOR DE REFERÊNCIA DBO* DBO (mg/l) DQO (mg/l) Efluente Bruto - 165 297 Efluente Tratado até 60 mg/l 60 142 Eficiência 64% Efluente Bruto - 194 381 Efluente Tratado até 60 mg/l 93 184 Eficiência 52% 3.3.3 MONITORAMENTO DE PRESSÃO O Programa de Monitoramento da Pressão da ARES-PCJ visa acompanhar as pressões nas redes de distribuição de água tratada e consiste na instalação de coletores de dados de pressão, com transmissão on-line para o prestador e para a ARES-PCJ. É considerada pressão aceitável, de acordo com as normas brasileiras e a Resolução ARES-PCJ nº 50/2014, o intervalo de 10 a 50 metros de coluna d água (mca). Se as pressões monitoradas não estiverem entre 10 e 50 mca em pelo menos 80% do tempo de monitoramento e houver reincidência, o município é notificado. Entre os meses de julho e agosto de 2017, foram instalados 02 (dois) pontos de monitoramento de pressão na rede de distribuição de água, sendo que ambos coletaram dados em pontos já monitorados anteriormente ( recoleta ). Os resultados estão expressos na tabela abaixo. A recoleta Rua Artur Alves de Godoy caracterizou-se como Não Conformidade (menos de 80% do tempo de monitoramento fora dos valores entre 10 e 50 mca de pressão na recoleta). O SAAE Amparo foi notificado (Notificação DE E347/2017) e a Não Conformidade encontra-se vencida desde 10/12/2017.

MONITORAMENTO DE PRESSÃO NA REDE PONTO DE MONITORAMENTO (ENDEREÇO) TEMPO TOTAL (h) PERMANÊNCIA NAS FAIXAS DE PRESSÃO (%) < 0 (B) 0 a 10 10 a 50 (A) PRESSÕES (mca) > 50 MÍN MÉD MÁX ICP (A B) 9 Rua Antônio Gomes Leal, 87 Rua Artur Alves de Godoy, 572 762 0 0 100 0 15,1 28,3 40,4 100% 762 0 0 23,5 76,5 46,5 50,69 52,7 23,5% Média ponderada 0 0 61,75 38,25 30,8 39,5 46,55 61,75% ICP: Índice de Conformidade de Pressão 3.4 - INDICADORES DE DESEMPENHO 3.4.1 - PERDAS FÍSICAS Os três principais indicadores de perdas estabelecidos pelo Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS) para o Município de Amparo estão expressos abaixo: INDICADORES DE PERDAS FÍSICAS E ECONÔMICAS (SNIS, ANO BASE 2016) INDICADOR UNIDADE ÍNDICE DO MUNICÍPIO MÉDIA ARES-PCJ Índice de Perdas na Distribuição % 43,34 35,34 Índice de Perdas Lineares (m³/dia.km) 22,1 23,69 Índice de Perdas por Ligação (L/lig.dia) 306,64 321,92 Ressalta-se que a ARES-PCJ ainda não exige do prestador limites para tais índices, sendo esta tabela apenas um quadro comparativo com outros municípios regulados pela Agência. 3.4.2 - INDICADORES DO SNIS A ARES-PCJ elaborou o Relatório de Avaliação de Desempenho da Prestação dos Serviços de Saneamento - 2015 para acompanhar a evolução da qualidade da prestação dos serviços de saneamento nos municípios associados por meio de dados do Sistema Nacional de Informação do Setor de Saneamento (SNIS) relativos ao período de 2012 a 2016, com base em critérios definidos na Câmara Técnica de Saneamento da Associação Brasileira de Agências de Regulação (ABAR). Os indicadores para Amparo estão expressos abaixo.

EVOLUÇÃO DOS PRINCIPAIS INDICADORES DO SNIS INDICADORES U01 - Índice de Atendimento Urbano de Água (%) (IN023) U02 - Índice de Atendimento Urbano de Esgoto (%) (IN024) U03 - Índice de Tratamento de Esgoto (%) (IN016) Q01 - Íncidência das Análises de Coliformes Totais Fora do Padrão (%) (IN084) Q02 - Extravasamentos de Esgotos por Extensão de Rede (Extravasamento/Km) (IN082) E01 - Índice de Perdas na Distribuição (%) (IN049) E02 - Índice de Produtividade de Pessoal Total (Ligação/empregado) (IN102) E03 - Despesa Média Anual por Empregado (R$/Empregado) (IN008) E04 - Despesa de Exploração por m3 Faturado (R$/m³) (IN026) E05 - Índice de Hidrometração (%) (IN009) E06 - Índice de Macromedição (%) (IN011) E07 - Índice de despesas por consumo de energia elétrica nos sistemas de água e esgotos (R$/kWh) (IN060) F01 - Margem da Despesa de Exploração (%) (IN030) C01 - Densidade de Economias de Água por Ligação (Economia/Ligação) (IN001) C02 - Extensão da Rede Água por Ligação (m/ligação) (IN020) C03 - Consumo Médio de Água por Economia (m³/mês/economia) (IN053) AMPARO SNIS 2012 2013 2014 2015 2016 5 3 3 5 5 100,00 93,22 92,57 99,99 100,00 4 4 4 4 4 98,00 93,22 92,57 94,99 95,00 1 1 1 1 2 14,41 29,86 27,75 44,90 52,21 5 5 3 5 5 0,00 0,00 0,35 0,00 0,00 1 1 2 1 1 6,70 5,01 4,52 5,60 6,19 1 1 2 1 1 45,04 45,73 35,19 41,22 43,34 1 1 1 1 1 110,40 126,93 122,18 123,27 125,31 5 5 4 3 3 18.924,07 22.069,05 34.239,29 38.037,22 39.927,27 5 5 5 4 5 1,59 1,68 1,78 2,50 2,17 5 5 5 5 5 100,00 100,00 100,00 100,00 100,00 4 4 3 5 5 99,14 99,06 90,00 99,64 100,00 NI 0,29 0,29 0,52 0,54 2 2 1 1 1 97,76 97,90 132,41 152,62 122,36 FA L S O FA L S O FA L S O FA L S O FA L S O 1,07 1,08 1,08 1,08 1,08 FA L S O FA L S O FA L S O FA L S O FA L S O 14,50 14,25 14,10 13,99 13,77 FA L S O FA L S O FA L S O FA L S O FA L S O 12,40 12,33 11,86 11,49 11,26 Fonte: Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento Legenda: IDEAL ( ) BOM ( ) SATISFATÓRIO ( ) REGULAR ( ) INSATISFATÓRIO ( ) NÃO INFORMADO ( ) 10

Ressalta-se que os próprios prestadores dos serviços de saneamento informam seus dados diretamente ao SNIS que, após tabulação, são divulgados na internet pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades. 3.5 INSPEÇÕES DE FISCALIZAÇÃO 11 3.5.1 COBERTURA DE FISCALIZAÇÃO Os analistas da Agência Reguladora PCJ fiscalizaram 100% dos subsistemas urbanos de água e esgoto em operação informados pelo SAAE Amparo na Macroavaliação do Município de Amparo, com visitas técnicas semestrais desde 2014. 3.5.2 RESULTADOS DAS FISCALIZAÇÕES NOS SISTEMAS DE ÁGUA E ESGOTO Os indicadores gerais de fiscalização para o Município de Amparo apontam para um número elevado de itens em desconformidade em relação aos itens passiveis de apontamento, traduzido pelo indicador ICPF, com resolução de apenas cerca de 6% das apontadas, como mostrado pelo indicador ISNC, conforme tabela abaixo. Sistema ÁGUA Subsistema Em potencial (A) Não Conformidades Apontadas (B) Resolvidas (C ) ICPF - Índice de Conformidade Potencial na Fiscalização ISNC - Índice de Solução de Não Conformidades 1 - (B / A) = (C / B) * 100 Captação Subterrânea 84 16 0 80,95% 0,00% Captação Superficial 40 3 0 92,50% 0,00% EEA 96 17 0 82,29% 0,00% ETA 171 38 8 77,78% 21,05% Reservatório 640 115 4 82,03% 3,48% ESGOTO ETE 32 2 0 93,75% 0,00% Total/média 1063 191 12 82,03% 6,28% Não Conformidades com prazos para solução expirados estão sujeitas às sanções previstas na Resolução ARES-PCJ nº 71/2014.

3.6 INVESTIMENTOS Neste item, são apresentadas duas análises sobre: i) os investimentos concedidos pela ARES-PCJ no reajuste anterior que foram realmente realizados pelo PRESTADOR e ii) a pertinência dos investimentos requisitados pelo PRESTADOR para o presente reajuste. Quanto aos investimentos previstos para o reajuste anterior, verificou-se quais deles foram remunerados no reajuste anterior e efetivamente realizados pelo PRESTADOR. Os investimentos previstos que não foram realizados foram glosados no presente reajuste. Ressalta-se que fatores externos ao prestador que ocasionem atrasos nos investimentos não são glosados. A glosa é calculada do seguinte modo: 12 Glosa = valor efetivamente gasto com o investimento (R$) - valor de recursos próprios concedidos no reajuste anterior (R$) No presente pleito, o PRESTADOR requisitou investimentos totalizando R$ 236.802,72 com recursos próprios e R$ 1.702.122,13 com recursos extra orçamentários. Os investimentos realizados pelo PRESTADOR em 2017 para os quais não havia previsão no reajuste anterior somaram R$ 107.507,25 com recursos próprios. Entretanto, alguns destes investimentos foram previamente remunerados pela tarifa nos reajustes anteriores, fato comprovado pela análise dos documentos acima mencionados. Considerando tais fatos, os recursos próprios aprovados para o presente reajuste resultaram no montante negativo de - R$ 331.551,71, somatório que inclui os investimentos realizados pelo PRESTADOR em 2017 para os quais não havia previsão no reajuste anterior, como verificado na tabela abaixo. Portanto, para compor a tarifa, o valor total a ser utilizado na Fórmula Paramétrica de Investimentos é negativo e igual a - R$ 331.551,71. RESUMO DOS INVESTIMENTOS APROVADOS PARA A COMPOSIÇÃO DA TARIFA MODALIDADE VALOR TOTAL DE RECURSOS EXTRA ORÇAMENTÁRIOS R$ 1.702.122,13 TOTAL DE RECURSOS PRÓPRIOS - R$ 331.551,71 A tabela abaixo foi preenchida pelo PRESTADOR e expõe a situação dos investimentos concedidos nos reajustes anteriores e aqueles efetivamente realizados. Todos os valores foram conferidos com todas as planilhas orçamentárias, contratos e demais documentos solicitados pela ARES-PCJ.

Investimentos Projetado para Executado em Projetado para Executado em Projetado para A remunerar 2016 (R$) 2016 (R$) 2017 (R$) 2017 (R$) 2018 (R$) em 2018 (R$) 1 FEHIDRO Ribeirão - Fase I R$ 7.130,54 R$ 79.702,07 R$ 72.571,53 2 FEHIDRO Ana Cintra R$ 11.330,52 R$ 125.502,79 R$ 114.172,27 3 FEHIDRO Ribeirão - Fase II R$ 29.864,62 R$ 31.597,86 R$ 1.733,24 4 FEHIDRO Arcadas R$ 182.447,87 R$ 151.929,09 -R$ 30.518,78 5 Laudo de Camargo R$ 100.555,70 R$ 0,00 -R$ 100.555,70 6 Tamburi R$ 286.461,52 R$ 0,00 -R$ 286.461,52 7 Projeto cadastramento de redes R$ 210.000,00 R$ 0,00 -R$ 210.000,00 8 Aquisição de conversores de sinal analógico para digital R$ 391,50 R$ 391,50 9 Aquisição de caixa d/água em fibra - JD das Aves R$ 3.330,00 R$ 3.330,00 10 Aquisição de bombas para ETA65-20; CAM w6 CHS17 R$ 2.244,77 R$ 2.244,77 11 Aquisição de bombas para ETA65-20; CAM w6 CHS17 R$ 4.935,50 R$ 4.935,50 12 Aquisição de tela de alambrado para reforma de prédios R$ 3.132,00 R$ 3.132,00 13 Aquisição de cuba inox para bebedouros públicos R$ 1.250,00 R$ 1.250,00 14 Aquisição de cortador de pedra/ferro R$ 2.639,00 R$ 2.639,00 15 Aquisição de soprador para ETE de Arcadas R$ 4.585,00 R$ 4.585,00 16 Aquisição de manômetro para aplicação na captação R$ 240,00 R$ 240,00 17 Aquisição de aparelho de ar condicionado - Ger. Manute R$ 1.270,00 R$ 1.270,00 18 Aquisição de aparelho de ar condicionado - Ger. Operac R$ 1.860,00 R$ 1.860,00 19 Aquisição de aparelhos p/monitoramento - almoxarifado R$ 1.095,00 R$ 1.095,00 PARECER CONSOLIDADO ARES-PCJ Nº 30/2018 -CRBG

Investimentos Projetado para Executado em Projetado para Executado em Projetado para A remunerar 2016 (R$) 2016 (R$) 2017 (R$) 2017 (R$) 2018 (R$) em 2018 (R$) 20 Aquisição de bomba - Elevatória Moreirinha R$ 9.000,00 R$ 9.000,00 21 Aquisição de peças para montagem de computadores R$ 7.873,12 R$ 7.873,12 22 Aquisição de monitores, placas de vídeos e adaptadores R$ 1.503,00 R$ 1.503,00 23 Aquisição de refrigeradores para cozinha SAAE R$ 1.169,00 R$ 1.169,00 24 Aquisição de refrigeradores para cozinha SAAE R$ 1.169,00 R$ 1.169,00 25 Aquisição de impressora multifuncional A3 engenharia R$ 1.790,00 R$ 1.790,00 26 Aquisição de cadeiras giratórias e fixas - Administrativo R$ 1.014,00 R$ 1.014,00 27 Aquisição de scanner de mesa hom. Softplan - Jurídico R$ 4.061,00 R$ 4.061,00 28 Aquisição de telefone comum para diversos dep. R$ 581,85 R$ 581,85 29 Aquisição de HD para servidor arquivos R$ 1.270,00 R$ 1.270,00 30 Aquisição de servidor para expansão dos rec armaz R$ 3.280,00 R$ 3.280,00 31 Aquisição de servidor para expansão dos rec armaz R$ 900,00 R$ 900,00 32 Aquisição de porta de vidro e fechadura para controle de R$ 1.200,00 R$ 1.200,00 33 Aquisição de calculadora de mesa elétrica com bobina R$ 275,90 R$ 275,90 34 Aquisição de armários para arquivos - RH e Faturamento R$ 6.320,00 R$ 6.320,00 35 Aquisição de equip. monitoramento ETE R$ 242,00 R$ 242,00 36 Aquisição de equip. monitoramento ETE R$ 1.204,00 R$ 1.204,00 PARECER CONSOLIDADO ARES-PCJ Nº 30/2018 -CRBG

Investimentos Projetado para 2016 (R$) Executado em 2016 (R$) Projetado para 2017 (R$) Executado em 2017 (R$) Projetado para 2018 (R$) A remunerar em 2018 (R$) 37 Aquisição de monitores, placas de vídeos e adaptadores R$ 20,00 R$ 20,00 38 Aquisição de manômetro - Engenharia R$ 160,00 R$ 160,00 39 Aquisição de contentores de 1000lt para hipoclorito e sul R$ 1.960,00 R$ 1.960,00 40 Aquisição de bomba auxiliar ETA I R$ 260,00 R$ 260,00 41 Aquisição de conjunto de bomba ETAIII R$ 17.000,00 R$ 17.000,00 42 Aquisição de câmeras IP - refeitório, atendimento estoque R$ 570,00 R$ 570,00 43 Aquisição de relógios de ponto R$ 7.832,00 R$ 7.832,00 44 Aquisição de ventilador - segurança do trabalho R$ 292,00 R$ 292,00 45 Aquisição de aparelhos celulares de cobrança p/cmpipa R$ 2.399,91 R$ 2.399,91 46 Aquisição de câmeras IP - refeitório, atendimento estoque R$ 645,00 R$ 645,00 47 Aquisição de escadas para manutenção e seg trabalho R$ 299,90 R$ 299,90 48 Aquisição de escadas para manutenção e seg trabalho R$ 569,80 R$ 569,80 49 Aquisição de videomonitoramento dos relógios de ponto R$ 1.998,00 R$ 1.998,00 50 Aquisição de fragmentadora de papel - finanças R$ 3.675,00 R$ 3.675,00 TOTAL R$ 18.461,06 R$ 0,00 R$ 809.329,71 R$ 388.731,81 R$ 107.507,25 -R$ 331.551,71 PARECER CONSOLIDADO ARES-PCJ Nº 30/2018 -CRBG

Os quatro primeiros investimentos listados na tabela acima estão brevemente descritos no quadro seguinte: IDENTIFICAÇÃO DOS CONTRATOS E DESCRITIVO DAS OBRAS 1 - FEHIDRO Ribeirão Fase I (nº 413/2015): Contratação de empresa para substituição de redes de água, sendo 2.315,3 metros de redes de água, pelo método convencional e 341 ligações domiciliares pelo método não destrutivo no bairro Ribeirão e adjacências. 16 2 - FEHIDRO Rua Ana Cintra, Biquinha e adj. (nº 414/2015): Contratação de empresa para substituição de redes de água, sendo 4.131 metros de redes de água, pelo método convencional e 380 ligações domiciliares pelo método não destrutivo na Rua Ana Cintra, Biquinha e adjacências. 3 - FEHIDRO Ribeirão Fase II (nº 04821.606-03/2017): Contratação de empresa para substituição de redes de água, sendo 1.075,3 metros de redes de água, pelo método convencional e 176 ligações domiciliares pelo método não destrutivo no bairro Ribeirão (Parte II). 4 - FEHIDRO Arcadas (nº 0482.602-67/2017): Contratação de empresa para substituição de redes de água, sendo 6.062,54 metros de redes de água, pelo método convencional e 367 ligações domiciliares pelo método não destrutivo no Distrito de Arcadas.

4 - ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA 4.1 INFORMAÇÕES INICIAIS 4.1.1 SOLICITAÇÃO DO REAJUSTE 17 Em 14 de maio de 2018 foi protocolado pedido de reajuste dos valores das Tarifas de Água e Esgoto e dos Preços Públicos dos Demais Serviços praticados pelo SAAE Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Amparo (PRESTADOR), conforme Ofício nº 139/2018. O PRESTADOR, durante o processo de estudos do pedido de reajuste tarifário, encaminhou à Agência Reguladora PCJ uma série de documentos, referentes aos exercícios de 2017 e 2018, com informações contábeis, econômicas, financeiras e dentre outras. Os últimos documentos necessários para análise foram entregues em 06/07/2018. 4.1.2 ÚLTIMO REAJUSTE O último reajuste tarifário do Município de Amparo foi autorizado pela Resolução ARES-PCJ nº 190, de 14 de junho de 2017, sendo o reajuste de 5,71% (cinco inteiros e setenta e um centésimos por cento) nos valores das Tarifas de Água e Esgoto, e de 4,08% (quatro inteiros e oito centésimos por centro) nos valores dos Preços Públicos dos Demais Serviços. 4.1.3 INFLAÇÃO ATUAL (ACUMULADA) A inflação acumulada nos últimos 12 (doze) meses, período compreendido entre junho/2017 a maio/2018, medida pelos principais índices, são: ÍNDICE IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IBGE) 2,86% INPC - Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IBGE) 1,76% IGP-M - Índice Geral de Preços do Mercado (FGV) 4,26% ICV - Índice do Custo de Vida (DIEESE) 2,50% IPC - Índice de Preços ao Consumidor (FIPE) 1,54% 4.2 ANÁLISE DO FATURAMENTO O faturamento do PRESTADOR está relacionado aos valores de Volume Faturado (m³). Serão demonstrados os dados referentes ao Volume Faturado (m³) e, na sequência, os valores do Faturamento com as Tarifas de Água e Esgoto.

4.2.1 VOLUME FATURADO (m³) Segue demonstrativo das variações dos Volumes Faturados (m³), referente ao Exercício de 2017 e de janeiro a abril/2018: PERÍODO VALOR VOLUME DE ÁGUA E ESGOTO FATURADO (m³) 2017 2018 VALOR MENSAL MENSAL 2017 x 2018 JANEIRO 711.954 724.641-1,64% 1,78% FEVEREIRO 757.695 6,42% 780.712 7,74% 3,04% MARÇO 727.708-3,96% 726.537-6,94% -0,16% ABRIL 720.967-0,93% 744.932 2,53% 3,32% TOTAL (1) 2.918.324 2.976.822 2,00% MAIO 703.595-2,41% JUNHO 706.017 0,34% JULHO 690.590-2,19% AGOSTO 696.988 0,93% SETEMBRO 708.288 1,62% OUTUBRO 740.807 4,59% NOVEMBRO 755.993 2,05% DEZEMBRO 736.758-2,54% TOTAL (2) 5.739.036 0 TOTAL (1+2) 8.657.360 2.976.822 18 Verifica-se que, com base nos relatórios apresentados pelo PRESTADOR, no período de janeiro a abril/2018 houve uma variação de 2% no Volume Faturado com relação ao mesmo período do Exercício anterior. 4.2.2 FATURAMENTO DAS TARIFAS DE ÁGUA E ESGOTO Segue demonstrativo das variações dos Faturamentos Tarifários de Água e Esgoto, referente ao Exercício de 2017 e de janeiro a abril/2018:

PERÍODO VALOR FATURAMENTO ÁGUA E ESGOTO 2017 2018 VALOR MENSAL MENSAL 2017 x 2018 JANEIRO 1.414.913,51 1.476.146,26-5,21% 4,33% FEVEREIRO 1.607.273,24 13,60% 1.771.971,50 20,04% 10,25% MARÇO 1.460.089,00-9,16% 1.508.907,47-14,85% 3,34% ABRIL 1.411.947,80-3,30% 1.620.272,30 7,38% 14,75% TOTAL (1) 5.894.223,55 6.377.297,53 8,20% MAIO 1.348.169,64-4,52% JUNHO 1.360.880,23 0,94% JULHO 1.281.471,31-5,84% AGOSTO 1.289.041,46 0,59% SETEMBRO 1.425.167,64 10,56% OUTUBRO 1.792.414,77 25,77% NOVEMBRO 1.672.356,97-6,70% DEZEMBRO 1.557.329,99-6,88% TOTAL (2) 11.726.832,01 0,00 TOTAL (1+2) 17.621.055,56 6.377.297,53 19 Como pode ser observado, a variação do Faturamento Tarifário no período de janeiro a abril dos exercícios de 2017 e 2018 foi de 8,20%, esta variação ocorreu principalmente devido ao reajuste tarifário aplicado no exercício de 2017. 4.3 DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS 4.3.1 INADIMPLÊNCIA TARIFÁRIA Os índices de inadimplência informados pelo PRESTADOR são: PERÍODO INADIMPLÊNCIA 30 Dias 13,34% 60 Dias 11,71% 90 Dias 10,72% Fonte: SAAE - Amparo Em complemento, conforme balancete contábil, o saldo de dívida ativa em abril/2018 é de R$ 9.527.887,09, este valor representa em média 48% do total do Ativo (R$ 19.818.791,34), ou seja,

um percentual elevado de valores a receber. Entende-se que o prestador deve intensificar os procedimentos para cobrança e recebimento da dívida ativa. 4.3.2 ANÁLISE DAS RECEITAS E DESPESAS Com base nos demonstrativos contábeis apresentados pelo PRESTADOR, seguem demonstradas as situações gerais, bem como a evolução das Receitas Arrecadadas e das Despesas Liquidadas acrescidas dos restos a pagar liquidados, excluídas as receitas/transferências e despesas com Resíduos Sólidos no Exercício de 2017 e de janeiro a abril/2018. 20 A partir do Exercício de 2018 os serviços de Resíduos Sólidos foram transferidos para competência da Prefeitura, porém as receitas continuarão a ser arrecadadas pelo PRESTADOR, consequentemente transferidas para Prefeitura e excluídas para fins de reajuste tarifário. COMPARATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS - EXERCÍCIO DE 2017 RECEITAS PERÍODO DESPESAS LIQUIDADAS ARRECADADAS SALDO JANEIRO 1.417.672,17 1.342.358,85 75.313,32 FEVEREIRO 1.167.311,14 1.444.844,24-277.533,10 MARÇO 1.867.347,18 1.744.681,04 122.666,14 ABRIL 1.338.257,01 1.523.294,82-185.037,81 TOTAL (1) 5.790.587,50 6.055.178,95-264.591,45 MAIO 1.635.130,26 1.489.918,08 145.212,18 JUNHO 1.461.452,69 1.884.521,09-423.068,40 JULHO 1.424.863,42 1.309.394,35 115.469,07 AGOSTO 1.453.281,89 1.248.531,74 204.750,15 SETEMBRO 1.460.357,00 1.129.143,90 331.213,10 OUTUBRO 1.531.121,66 1.371.591,81 159.529,85 NOVEMBRO 1.628.481,42 1.196.566,17 431.915,25 DEZEMBRO 1.604.890,50 1.686.084,31-81.193,81 TOTAL (2) 12.199.578,84 11.315.751,45 883.827,39 TOTAL (1+2) 17.990.166,34 17.370.930,40 619.235,94 PERÍODO COMPARATIVO DAS RECEITAS E DESPESAS - EXERCÍCIO DE 2018 RECEITAS DESPESAS ARRECADADAS 2017 x 2018 LIQUIDADAS 2017 x 2018 SALDO JANEIRO 1.615.061,65 13,92% 1.041.706,52-22,40% 573.355,13 FEVEREIRO 1.768.134,49 51,47% 1.458.784,59 0,96% 309.349,90 MARÇO 1.553.470,11-16,81% 1.528.185,57-12,41% 25.284,54 ABRIL 1.626.401,49 21,53% 1.459.484,08-4,19% 166.917,41 TOTAL 6.563.067,74 13,34% 5.488.160,76-9,36% 1.074.906,98

O saldo apurado no Exercício de 2017 foi de R$ 619.235,94, já no período de janeiro a abril/2018 o saldo acumulado é de R$ 1.074.906,98. No período de janeiro a abril/2018 nota-se um aumento nas receitas de 13,34% e uma queda nas despesas de 9,36%, com relação ao mesmo período de 2017. 4.3.3 DISPONIBILIDADE FINANCEIRA 21 Os resultados das Receitas e das Despesas impactam diretamente nos resultados financeiros do prestador. Com base nos documentos apresentados verifica-se que, conforme Balancete Contábil, no Exercício de 2016 o saldo de Disponibilidades Financeiras de todas as atividades do PRESTADOR era de R$ 57.603,10, já no Exercício de 2017 foi de R$ 539.237,23, e até abril/2018 o saldo acumulado é de R$ 1.211.854,86. O saldo de disponibilidades é composto tanto por recursos próprios quanto vinculados (orçamentários e extra orçamentários). Destaca-se que dentre os desembolsos realizados pela Autarquia constam os restos a pagar de exercícios anteriores. Observando que Restos a Pagar de acordo com o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público 1 : São todas as despesas regularmente empenhadas, do exercício atual ou anterior, mas não pagas ou canceladas até 31 de dezembro do exercício financeiro vigente. Distingue-se dois tipos de restos a pagar: os processados (despesas já liquidadas); e os não processados (despesas a liquidar ou em liquidação). 4.4 DETALHAMENTO DAS DESPESAS Foram detalhados os valores mensais das despesas com pessoal, energia elétrica, serviços de terceiros e materiais, que são representativas no contexto desta análise. 4.4.1 DESPESAS COM PESSOAL As Despesas com Pessoal abrangem todos os valores gastos com funcionários próprios e comissionados e correspondem aos salários, encargos, gratificações, benefícios, dentre outros, relativos à folha de pagamento. Segue comparativo das Despesas com Pessoal, referente ao Exercício de 2017 e de janeiro a abril/2018: 1 SECRETARIA DO TESOURO NACIONAL. MANUAL DE CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO. Brasília-DF. 2017. Disponível em: <http://www.tesouro.fazenda.gov.br/mcasp>.

PERÍODO VALOR DESPESAS COM PESSOAL 2017 2018 VALOR MENSAL MENSAL 2017 x 2018 JANEIRO 699.409,51 702.672,92-2,46% 0,47% FEVEREIRO 673.077,42-3,76% 699.331,58-0,48% 3,90% MARÇO 692.478,38 2,88% 617.829,81-11,65% -10,78% ABRIL 681.191,00-1,63% 668.997,69 8,28% -1,79% TOTAL (1) 2.746.156,31 2.688.832,00-2,09% MAIO 662.656,66-2,72% JUNHO 805.667,53 21,58% JULHO 678.741,97-15,75% AGOSTO 353.468,96-47,92% SETEMBRO 330.511,23-6,49% OUTUBRO 345.255,91 4,46% NOVEMBRO 322.844,40-6,49% DEZEMBRO 720.419,24 123,15% TOTAL (2) 4.219.565,90 0,00 TOTAL (1+2) 6.965.722,21 2.688.832,00 22 Nota-se uma variação negativa nas Despesas com Pessoal de 2,09% no período de janeiro a abril/2018, se comparado com o mesmo período do Exercício de 2017. No período de agosto a novembro/2017, de acordo com informações do Diretor de Finanças devido aos limites de remanejamento de dotações, parte das despesas de pessoal foram liquidadas na unidade orçamentária de Resíduos Sólidos. Entendemos que este tipo procedimento deve ser evitado, e as liquidações devem ocorrer nas unidades orçamentárias corretas. Já no Exercício de 2018 os lançamentos voltaram às médias normais de execução. 4.4.2 DESPESAS COM ENERGIA ELÉTRICA Consideram-se como Despesas com Energia Elétrica todos os dispêndios relativos desse item, incluindo as instalações administrativas e operacionais, tais como: estações de tratamento de água, estações elevatórias, bombeamentos, dentre outras. Trata-se de gastos que, de forma geral, impactam nos resultados dos prestadores de serviço de saneamento básico. Sendo assim, os comparativos abaixo demonstram a evolução desses valores, bem como dos consumos (kw) relativos ao Exercícios de 2017 e de janeiro a abril/2018.

4.4.2.1 DESPESAS COM ENERGIA ELÉTRICA LIQUIDADAS Segue demonstrativo das Despesas com Energia Elétrica liquidadas no Exercício de 2017 e de janeiro a abril/2018. PERÍODO VALOR DESPESAS LIQUIDADAS COM ENERGIA ELÉTRICA 2017 2018 VALOR MENSAL MENSAL 2017 x 2018 JANEIRO 101.611,97 81.210,45-78,75% -20,08% FEVEREIRO 219.038,93 115,56% 247.762,99 205,09% 13,11% MARÇO 228.440,58 4,29% 224.126,11-9,54% -1,89% ABRIL 357.679,22 56,57% 258.612,62 15,39% -27,70% TOTAL (1) 906.770,70 811.712,17-10,48% MAIO 311.376,92-12,95% JUNHO 409.262,53 31,44% JULHO 134.090,24-67,24% AGOSTO 238.498,54 77,86% SETEMBRO 262.524,46 10,07% OUTUBRO 281.503,43 7,23% NOVEMBRO 278.999,16-0,89% DEZEMBRO 382.210,33 36,99% TOTAL (2) 2.298.465,61 0,00 TOTAL (1+2) 3.205.236,31 811.712,17 23 Verifica-se uma variação negativa de 10,48% nas despesas liquidadas de Energia Elétrica no período de janeiro a abril/2018 em relação ao mesmo período do Exercício anterior. Nota-se ainda uma liquidação inferior à média no mês de janeiro. Também é importante uma análise com base no período de competência das contas de energia elétrica. 4.4.2.2 DESPESAS COM ENERGIA ELÉTRICA POR COMPETÊNCIA Segue demonstrativo das Despesas com Energia Elétrica pelo período de competência das contas relativas ao Exercício de 2017 e de janeiro a abril/2018.

PERÍODO DESPESAS COM ENERGIA ELÉTRICA - POR COMPETÊNCIA VALOR 2017 2018 VALOR MENSAL MENSAL 2017 x 2018 JANEIRO 301.614,86 259.123,89-5,28% -14,09% FEVEREIRO 290.243,96-3,77% 223.949,88-13,57% -22,84% MARÇO 294.301,32 1,40% 244.335,07 9,10% -16,98% ABRIL 247.450,10-15,92% 253.311,53 3,67% 2,37% TOTAL (1) 1.133.610,24 980.720,37-13,49% MAIO 267.620,05 8,15% JUNHO 272.831,87 1,95% JULHO 246.479,87-9,66% AGOSTO 246.713,03 0,09% SETEMBRO 282.320,85 14,43% OUTUBRO 259.363,56-8,13% NOVEMBRO 256.188,17-1,22% DEZEMBRO 273.564,79 6,78% TOTAL (2) 2.105.082,19 0,00 TOTAL (1+2) 3.238.692,43 980.720,37 24 Analisando os valores pela competência das contas, nota-se uma variação negativa de 13,49% nas Despesas de Energia Elétrica na comparação de janeiro a abril dos Exercícios de 2017 e 2018. 4.4.2.3 CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA (kw) Trata-se de estudo comparativo referente ao consumo total de Energia Elétrica, em quilowatt (kw), relativo ao Exercício de 2017 e de janeiro a abril/2018.

PERÍODO DESPESAS COM ENERGIA ELÉTRICA - CONSUMO POR KW VALOR 2017 2018 VALOR MENSAL MENSAL 2017 x 2018 JANEIRO 564.857,00 491.591,00 2,88% -12,97% FEVEREIRO 480.504,00-14,93% 429.178,00-12,70% -10,68% MARÇO 516.379,00 7,47% 497.657,00 15,96% -3,63% ABRIL 484.080,00-6,25% 478.972,00-3,75% -1,06% TOTAL (1) 2.045.820,00 1.897.398,00-7,25% MAIO 519.682,00 7,35% JUNHO 517.238,00-0,47% JULHO 466.038,00-9,90% AGOSTO 455.693,52-2,22% SETEMBRO 550.176,00 20,73% OUTUBRO 479.790,00-12,79% NOVEMBRO 476.444,00-0,70% DEZEMBRO 477.840,00 0,29% TOTAL (2) 3.942.901,52 0,00 TOTAL (1+2) 5.988.721,52 1.897.398,00 25 Comparando os consumos de Energia Elétrica pela competência das contas, nota-se que no período de janeiro a abril/2018 houve que uma queda de 7,25% com relação ao ano anterior. 4.4.3 DESPESAS COM SERVIÇOS DE TERCEIROS Os gastos demonstrados abaixo são referentes a serviços de terceiros do Exercício de 2017 e de janeiro a abril/2018.

PERÍODO VALOR DESPESAS COM SERVIÇOS DE TERCEIROS 2017 2018 VALOR MENSAL MENSAL 2017 x 2018 JANEIRO 383.177,44 147.852,05-61,77% -61,41% FEVEREIRO 134.003,01-65,03% 272.602,76 84,38% 103,43% MARÇO 350.071,13 161,24% 368.411,91 35,15% 5,24% ABRIL 264.635,56-24,41% 319.067,42-13,39% 20,57% TOTAL (1) 1.131.887,14 1.107.934,14-2,12% MAIO 272.245,05 2,88% JUNHO 302.043,47 10,95% JULHO 338.295,35 12,00% AGOSTO 324.353,46-4,12% SETEMBRO 283.704,85-12,53% OUTUBRO 404.668,88 42,64% NOVEMBRO 381.230,02-5,79% DEZEMBRO 386.709,43 1,44% TOTAL (2) 2.693.250,51 0,00 TOTAL (1+2) 3.825.137,65 1.107.934,14 26 Comparando os valores de janeiro a abril dos Exercícios de 2017 e 2018, nota-se uma variação negativa de 2,12% nas despesas com serviços de terceiros. 4.4.4 DESPESAS COM MATERIAIS Os gastos demonstrados abaixo são referentes a Materiais do Exercício de 2017 e de janeiro a abril/2018, que são compostos por Produtos Químicos, Materiais de Consumo, Combustíveis, dentre outros.

PERÍODO VALOR DESPESAS COM MATERIAIS 2017 2018 VALOR MENSAL MENSAL 2017 x 2018 JANEIRO 156.009,93 98.754,49-38,56% -36,70% FEVEREIRO 220.823,44 41,54% 215.929,37 118,65% -2,22% MARÇO 348.857,46 57,98% 136.494,23-36,79% -60,87% ABRIL 186.166,68-46,64% 190.418,47 39,51% 2,28% TOTAL (1) 911.857,51 641.596,56-29,64% MAIO 222.844,88 19,70% JUNHO 296.948,49 33,25% JULHO 133.396,77-55,08% AGOSTO 235.036,21 76,19% SETEMBRO 217.659,94-7,39% OUTUBRO 109.357,17-49,76% NOVEMBRO 184.567,10 68,77% DEZEMBRO 160.726,94-12,92% TOTAL (2) 1.560.537,50 0,00 TOTAL (1+2) 2.472.395,01 641.596,56 27 Verifica-se que houve uma variação negativa de 29,64% nas Despesas com Materiais na comparação do período de janeiro a abril dos Exercícios de 2017 e 2018. Contudo, considerando o ciclo tarifário, se compararmos os valores apurados de agosto/2017 a abril/2018 no montante de R$ 1.548.943,92, com os dados apresentados no último reajuste referentes ao período de agosto/2016 a abril/2017 de R$ 1.508.765,11, a variação apurada é de 2,66%. 4.5 CÁLCULO DA DEFASAGEM TARIFÁRIA Por meio do cálculo da Defasagem Tarifária, conforme metodologia definida na Resolução ARES- PCJ n.º 115/2015, é possível identificar se a Tarifa Média Praticada (TMP) pelo PRESTADOR está, ou não, condizente com os custos praticados. Para fins de cálculo da Defasagem Tarifária são utilizados os valores apurados do Custo Médio Atual (CMA) e da Tarifa Média Praticada (TMP) pelo PRESTADOR. Na realização do cálculo do Custo Médio Atual (CMA) e da Tarifa Média Praticada (TMP) consideram-se como período de estudos 12 (doze) meses. Nesse caso, o período considerado é de agosto/2017 a julho/2018. Desta forma, de agosto/2017 a abril/2018 tem-se valores

realizados e de maio a julho/2018 são utilizados valores projetados, para os componentes abaixo detalhados. 4.5.1 COMPOSIÇÃO DO CÁLCULO DO CUSTO MÉDIO E DA TARIFA MÉDIA PRATICADA (VALORES REALIZADOS E PROJETADOS) Seguem os valores referentes às despesas, investimentos, faturamento, recursos para investimentos (externos), outras receitas e volume realizados entre os meses de agosto/2017 a abril/2018, e projetados para os meses de maio a julho/2018. 28 COMPONENTES DO CÁLCULO DO CUSTO MÉDIO E TARIFA MÉDIA PRATICADA REALIZADOS E PROJETADOS DESCRIÇÃO VALOR REALIZADO AGO/2017 ABR/2018 VALOR PROJETADO MAI/2018 JUL/2018 VALOR TOTAL (R$) 1. Despesas de Exploração 11.826.566,12 4.433.975,23 16.260.541,35 1.1 Pessoal 4.761.331,74 2.016.624,00 6.777.955,74 1.2 Materiais 1.548.943,92 516.314,64 2.065.258,56 1.3 Serviços de Terceiros 2.888.600,78 962.866,93 3.851.467,71 1.4 Energia Elétrica 2.255.448,09 875.362,75 3.130.810,84 1.5 Outras 372.241,59 62.806,91 435.048,50 2. DAP 0,00 0,00 0,00 2.1 Depreciação e Amortização 0,00 0,00 0,00 2.2 Amortização de Dívidas 0,00 0,00 0,00 2.3 Provisões 0,00 0,00 0,00 3. Investimentos Realizados 293.512,57 0,00 293.512,57 4. Receita Tarifária (Faturamento) 14.113.608,36 4.704.536,12 18.818.144,48 5. Outras Receitas 1.099.782,30 366.594,10 1.466.376,40 6. Recursos para Investimentos (Externos) 133.854,69 0,00 133.854,69 7. Volume Faturado (m³) 6.615.656 2.205.219 8.820.875 4.5.2 CÁLCULO DO CUSTO MÉDIO ATUAL (CMA) Para se apurar o Custo Médio Atual (CMA) a ARES-PCJ utiliza a seguinte Fórmula: CMA = (DEX + DAP + INR) x (RPS) OR RPI VF

Onde: CMA = Custo Médio Atual a ser coberto com as tarifas DEX = Despesas de Exploração / Correntes DAP = Despesas com Depreciação, Amortizações e Provisões INR = Investimento Realizado no período RPS = Remuneração do Prestador dos Serviços OR = Outras Receitas RPI = Recursos para Investimentos (externos) VF = Volume Faturado 29 CMA = (16.260.541,35 + 0 + 293.512,57) x (1,00) - 1.466.376,40-133.854,69 8.820.875 14.953.822,83 CMA = 8.820.875 CMA = 1,6953 4.5.3 CÁLCULO DA TARIFA MÉDIA PRATICADA (TMP) Para se apurar a Tarifa Média Praticada (TMP) a ARES-PCJ utiliza a seguinte Fórmula: TMP = RTF VF Onde: TMP = Tarifa Média Praticada RTF = Receita Tarifária (Faturamento) VR = Volume Faturado TMP = 18.818.144,48 8.820.875 TMP = 2,1334

4.5.4 VERIFICAÇÃO DA DEFASAGEM TARIFÁRIA Com todos os dados demonstrados é possível verificar se houve Defasagem Tarifária (DT), que é calculada por meio da divisão do Custo Médio Atual (CMA) pela Tarifa Média Praticada (TMP), sendo: CMA DT = 1 x 100 TMP 30 Onde: DT = Defasagem Tarifária CMA = Custo Médio Atual TMP = Tarifa Média Praticada DT = ( 1,6953-1 ) x 100 2,1334 DT = -20,54% Conforme dados acima, verifica-se que não houve Defasagem Tarifária (DT) no período analisado. 4.6 CÁLCULO DAS TARIFAS MÉDIAS 4.6.1 TARIFA MÉDIA NECESSÁRIA (TMN) A metodologia praticada pela Agência Reguladora, conforme Resolução ARES-PCJ n.º 115/2015, determina que para cálculo da Tarifa Média Necessária são projetados os custos e despesas, incluindo os investimentos, para período de vigência da futura tarifa, que quando comparada com a Tarifa Média Praticada atual, resulta no percentual do reajuste necessário. O PRESTADOR apresentou projeções para o período de agosto/2018 a julho/2019, as quais foram ajustadas durante o processo de cálculo. Os valores dos Investimentos para os próximos 12 (doze) meses considerados para o cálculo constam do Parecer Técnico n.º 02/2018-DFF e totalizam R$ 1.370.570,42, sendo R$ 1.702.122,13 com recursos externos, ou seja, apura-se um valor negativo de R$ 331.551,71. Para o cálculo da Tarifa Média Necessária (TMN) foram analisados os componentes abaixo relacionados:

COMPARATIVO DOS VALORES REALIZADOS E PROJETADOS REALIZ. E PROJ. PROJETADOS DESCRIÇÃO AGO/2017 AGO/2018 JUL/2018 JUL/2019 1. Despesas de Exploração 16.260.541,35 20.039.160,52 1.1 Pessoal 6.777.955,74 8.144.288,00 1.2 Materiais 2.065.258,56 2.124.324,95 1.3 Serviços de Terceiros 3.851.467,71 4.163.994,68 1.4 Energia Elétrica 3.130.810,84 3.501.451,00 1.5 Outras 435.048,50 2.105.101,89 1.5.1 Outras 435.048,50 258.412,76 1.5.1 Outras - Precatórios 0,00 1.846.689,13 2. DAP 0,00 376.362,89 2.1 Depreciação e Amortização 0,00 0,00 2.2 Amortização de Dívidas 0,00 0,00 2.3 Provisões 0,00 376.362,89 3. Investimentos Realizados/a Realizar 293.512,57 1.370.570,42 TOTAL DAS DESP. E INVESTIMENTOS 16.554.053,92 21.786.093,83 4. Outras Receitas 1.466.376,40 1.488.423,65 5. Recursos para Invest. (Externos) 133.854,69 1.702.122,13 6. Volume Faturado (m³) 8.820.875 8.997.292 31 Com base nessa composição de valores, para o cálculo da Tarifa Média Necessária (TMN), de acordo com a Resolução ARES-PCJ n.º 115/2015, utiliza-se a seguinte Fórmula Paramétrica: TMN = (t 1,4) [(DEXt + DAPt + IRt). RPSt ORt RPIt + VTCt] / (1+i) t (t 1,4) VFt / (1+i) t Onde: TMN = Tarifa Média Necessária DEXt = Despesas de Exploração projetadas para os períodos t DAPt = Depreciação, Amortizações e Provisões para os períodos t IRt = Investimentos a serem realizados nos períodos t RPSt = Taxa de Remuneração do Prestador do Serviço para os períodos t ORt = Outras Receitas previstas para os períodos t RPIt = Recursos Externos Previstos para Investimentos para os períodos t VTCt = Variação Tarifária a Compensar (Superávit/Déficit), para os períodos t

VFt = Volume Faturado nos períodos t t = Período até próxima revisão tarifária, variando de 1 a 4 i = Taxa de Desconto do Fluxo de Caixa TMN = [((20.039.160,52 + 376.362,89 + 1.370.570,42) x 1) 1.488.423,65 1.702.122,13-0]/ (1+0)¹ 8.997.292/(1+0)¹ 32 TMN = 18.595.548,05 8.997.292 TMN = 2,0668 4.6.2 - TARIFA MÉDIA PRATICADA (TMP) Para fins de cálculo do Reajuste Necessário será utilizada a Tarifa Média Praticada (TMP), apurada no período de agosto/2017 a julho/2018, no valor de R$ 2,1334, conforme cálculo já demonstrado. 4.6.3 - COMPARATIVO DAS TARIFAS (CT) Após a apuração da Tarifa Média Necessária (TMN) e da Tarifa Média Praticada (TMP), é possível fazer um comparativo entre elas, por meio da seguinte fórmula: TMN CT = 1 x 100 TMP Onde: CT = Comparativo das Tarifas TMN = Tarifa Média Necessária TMP = Tarifa Média Praticada CT = ( 2,0668 1 ) x 100 2,1334 CT = -3,12%

Como pode ser verificado nos cálculos acima, demonstrados no Comparativo entre a Tarifa Média Necessária (TMN) calculada conforme Fórmula Paramétrica e a Tarifa Média Praticada (TMP), o percentual de Reajuste apurado é negativo em 3,12% (três inteiros e doze centésimos por cento negativo). Recomenda-se o PRESTADOR intensifique os procedimentos para redução inadimplência, melhorando seus resultados de arrecadação das receitas, inclusive para diminuição da dívida ativa. 33 4.7 ÍNDICE DE REAJUSTE 4.7.1 ÍNDICE DE REAJUSTE DOS VALORES DAS TARIFAS DE ÁGUA E ESGOTO Diante de todas as informações, considerando a metodologia de cálculo definida na Resolução ARES-PCJ nº 115/2015, bem como as projeções apresentadas, os investimentos conforme Parecer Técnico e o resultado do comparativo das Tarifas, o percentual de reajuste tarifário apurado foi negativo em 3,12% (três inteiros e doze centésimos por cento negativo). Assim, com base no inciso I e único do art. 24 da Resolução ARES-PCJ nº 115, de 17 de dezembro de 2015, a Agência Reguladora PCJ propõe o índice de 2,86% (dois inteiros e oitenta e seis centésimos por cento), referente à variação da inflação dos últimos 12 (doze) meses medida pelo IPCA, para o Reajuste Tarifário, que deverá ser aplicado sobre os valores das atuais Tarifas de Água e Esgoto em todas as Categorias e Faixas de sua Estrutura Tarifária. 4.7.2 ÍNDICE DE REAJUSTE DOS VALORES DOS PREÇOS PÚBLICOS DOS DEMAIS SERVIÇOS De acordo com o art. 24 da Resolução ARES-PCJ nº 115, os valores dos Preços Públicos dos Demais Serviços praticados pelo PRESTADOR serão reajustados em 2,86% (dois inteiros e oitenta e seis centésimos por cento), referente à variação da inflação dos últimos 12 (doze) meses medida pelo IPCA.

5 - CONCLUSÃO Segundo a Lei Federal nº 11.445/2007, a regulação tem por objetivo definir tarifas que assegurem tanto o equilíbrio econômico-financeiro do prestador de serviços de saneamento quanto a modicidade tarifária proporcionada aos usuários, mediante mecanismos que induzam à eficiência e à eficácia dos serviços. 34 Para tanto, a Agência Reguladora PCJ utiliza Fórmula Paramétrica desenvolvida especificamente para o cálculo da tarifa e verificação do equilíbrio econômico e financeiro do prestador dos serviços de saneamento. Em análise das contas do PRESTADOR referentes ao Exercício de 2017 e ao período entre janeiro e abril/2018 em função dos últimos reajustes tarifários, verificou-se equilíbrio no Saldo Orçamentário (Item 4.3) e no comparativo entre a Tarifa Média Necessária (TMN) e a Tarifa Média Praticada (TMP) (Itens 4.6.1 e 4.6.2). Dessa forma, visando assegurar e manter o equilíbrio econômico e financeiro do PRESTADOR, e de acordo com art. 24 da Resolução ARES-PCJ nº 115, de 17 de dezembro de 2015, a Agência Reguladora PCJ, para fins de reajuste dos valores das Tarifas de Água e Esgoto e do Preços Públicos dos Demais Serviços, PROPÕE os seguintes índices: a) Reajuste de 2,86% (dois inteiros e oitenta e seis centésimos por cento) sobre os atuais valores das Tarifas de Água e Esgoto, a ser aplicado em todas as categorias e faixas de consumo a partir de agosto de 2018, conforme disposto no Anexo I deste Parecer; b) Reajuste de 2,86% (dois inteiros e oitenta e seis centésimos por cento) sobre os atuais valores dos Preços Públicos dos Demais Serviços prestados a partir de agosto de 2018, conforme disposto no Anexo II deste Parecer.