POSIÇÕES DA COBAP, FEDERAÇÕES, ENTIDADES DE BASE E CNAPI, SOBRE A PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO (PEC nº 287/2016): Quanto a alteração do art. 195, II e 8º: POSIÇÃO DA COBAP, FEDERAÇÕES, ENTIDADES DE BASE E CNAPI : manter como está atualmente Quanto a alteração do art. 201, V: 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior ao salário mínimo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) a desvinculação das pensões por morte ao valor mínimo de salário mínimo. Entende-se que a redação do inciso V deve ser mantida na exata redação atualmente vigente. Quanto a alteração do art. 201, 1º e 1-A:
POSIÇÃO DA DA COBAP, FEDERAÇÕES, ENTIDADES DE BASE E CNAPI: são contra as alterações propostas no tocante a aposentadoria especial. As mudanças significarão uma rigidez maior na concessão das aposentadorias e poderão, na pratica, impedir o acesso aos benefícios. A criação de requisito etário para a aposentadoria especial, trazido pelo 1-A, é também um retrocesso inaceitável, que prejudicará muitas categorias, como por exemplo os mineiros. Vale ressaltar que a aposentadoria especial tem contribuição própria, majorada para os empregadores, resultando ainda em número reduzido de benefícios efetivamente concedidos se comparado ao número total de aposentadorias. Assim, não se justifica a alteração, nem economicamente nem socialmente. Ademais, se houver alteração no caso da aposentadoria especial, deverá ser incluída regra de transição específica, que não foi apresentada na PEC. Também entende a COBAP e FEAPESC que deva ser mantida a possibilidade de conversão do tempo especial em comum, ao contrário do que dispõe a PEC. (Art. 13. É assegurada, na forma da lei, a conversão de tempo ao segurado do regime geral de previdência social que comprovar tempo de contribuição na condição de pessoa com deficiência ou decorrente do exercício de atividade sujeita a condições especiais que efetivamente prejudiquem a saúde, cumprido até a data de promulgação desta Emenda.) Quanto a alteração do art. 201, 7º (idade e tempo de contribuição e igualdade entre sexos): as alterações nos termos propostos. Ainda que se aceite a necessidade de introdução de idade mínima para aposentadorias por tempo, a expetativa de vida do povo brasileiro é muito baixa para que se coloque idade mínima de 65 anos. Em especial se considerarmos a qualidade de vida da população depois da aposentadoria. Sugere-se a idade de 60 anos como parâmetro para fim de reforma. Quanto a equiparação entre os gêneros, entende-se que se alterada a idade para 60 anos poderia ser implementada sem muito prejuízo a população brasileira, tendo em vista que a expectativa de vida da mulher é superior à do homem.
Quanto a alteração do art. 201, 7º B (coeficiente de cálculo): as alterações nos termos propostos, entendendo que o percentual deverá começar aos 70%, somando 1% para cada 12 contribuições. Cumulada tal regra com a aposentadoria aos 60 anos e 25 de contribuição. Assim, aos 60 anos e 25 de contribuição o benefício seria de 95%. O benefício poderia chegar a 100% aos 30 anos de contribuição, lembrando que seria necessário ainda a idade mínima de 60 anos para tal benefício. Quanto a alteração do art. 201, 7º C (incapacidade de trabalho): as alterações nos termos propostos, entendendo que a aposentadoria por invalidez deve ser mantida em 100% da média, tendo em vista que se trata de benefício de risco e que o trabalhador não pode ser punido pela doença. A limitação no tocante a benefícios exclusivamente de acidente de trabalho traz restrição insustentável que acabará por prejudicar sobremaneira os trabalhadores que se incapacitarem. Assim, entende-se que todas as aposentadorias por invalidez deveriam ter seu valor calculado sobre 100% da média, e não apenas as decorrentes exclusivamente de acidentes de trabalho. Quanto a alteração do art. 201, 14 (tempo de contribuição): as alterações nos termos propostos, entendendo que alguns direitos serão prejudicados pela disposição. Isso porque, a contagem de tempo especial, a contagem de tempo rural, a contagem de tempo militar e de aluno aprendiz, que hoje são utilizados nas aposentadorias, poderão agora ser discutidos pelo INSS. Tais períodos trabalhados devem permanecer como direito dos trabalhadores brasileiros, não podendo ser suprimidos na reforma.
Quanto a alteração do art. 201, 15 (aumento da idade mínima): as alterações nos termos propostos, entendendo que a inclusão de aumento automático da idade mínima sem o devido debate social e legal, por normas administrativas (Tabelas do IBGE), descumpre o devido processo legislativo, causando instabilidade social e insegurança jurídica da população e do Estado Democrático de Direito. Cabe lembrar que em 2001, por alteração administrativa na forma de cálculo, a mesma tabela do IBGE sofreu alteração significativa na apuração da expectativa de sobrevida, representando aumento de 50% em algumas faixas etárias, apenas pela mera mudança de entendimento administrativo sobre o tema. Assim, como não existe lei regrando especificamente a forma de cálculo dessas tabelas, não poderia ser a mesma a única fonte de alteração de norma tão significativa no tocante ao direito previdenciário. Quanto a alteração do art. 201, 16 (pensão por morte): as alterações nos termos propostos, entendendo que o cálculo das pensões deve ser mantido na forma como atualmente vigente. As mudanças propostas terão efeito muito danoso para o povo brasileiro. Quanto a alteração do art. 201, 17 (acumulação de benefícios): POSIÇÃO DA COBAP, FEDERAÇÕES, ENTIDADES DE BASE E CNAPI: São contra as alterações propostas, devendo permanecer como está atualmente.
Quanto a alteração do art. 203, V: a alteração da idade do BPC, permanecendo a idade de 65 anos do benefício ao idoso, bem como garantindo o pagamento mínimo mensal de um salário mínimo nacional. Quanto a alteração do art. 40 4, II: POSIÇÃO DA COBAP, FEDERAÇÕES, ENTIDADES DE BASE E CNAPI: a revogação proposta. são contra Aposentadoria diferenciada do professor: POSIÇÃO DA COBAP, FEDERAÇÕES, ENTIDADES DE BASE E CNAPI: entendem que deva ser mantida a aposentadoria especial do professor, rechaçando a proposta de equiparação trazida na PEC. Sem idade mínima para concessão do benefício no Regime Geral, sendo rejeitada, por conseguinte, também, a regra de transição. OUTRAS OBSERVAÇÕES GERAIS DA POSIÇÃO DA COBAP, FEDERAÇÕES, ENTIDADES DE BASE E CNAPI SOBRE A REFORMA PROPOSTA: A POSIÇÃO DA COBAP, FEDERAÇÕES, ENTIDADES DE BASE E CNAPI entendem: a) devam ser unificados os regimes de previdência do Brasil;
b) os já aposentados podem ser prejudicados com a reforma, tendo em vista as alterações na pensão por morte; c) devam ser revistas isenções e renúncias, devendo haver uma política séria de cobrança aos grandes devedores; d) entidades filantrópicas passem a contribuir com a Seguridade Social; e) seja respeitado o orçamento da Seguridade Social, sem transferência dos recursos da Seguridade para outras áreas ( DRU ); f) seja aumentado o prazo prescricional dos débitos previdenciários, a fim de garantir mais recursos ao sistema, evitando a rápida prescrição dos débitos, sugerindo-se sem prazo de prescrição; e) deva ser estabelecida alguma forma de compensação para o orçamento da Seguridade Social, tendo em vista os projetos que foram financiados através da realocação de recursos originários de contribuições sociais; f) possa ser revista a idade limite da pensão por morte, sendo possível o pagamento até a idade de 18 anos, salvo estudante universitário; g) Recriação do Ministério da Previdência; h) CPI nas contas da previdência;