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Transcrição:

M A N U A L D O E E R C Í C I O P R O F I S S I O N A L FISCALIZAÇÃO E N G E N H A R I A Q U Í M I C A Câmara Especializada de Engenharia Química

MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO ENGENHARIA QUÍMICA Câmara Especializada de Engenharia Química 1ª Edição - Maio/2010

JJ CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA, ARQUITETURA E AGRONOMIA DO RIO DE JANEIRO Presidente Engenheiro Agrônomo AGOSTINHO GUERREIRO 2009-2011 Diretoria 2010 1º Vice Presidente Engenheiro Eletricista e de Segurança do Trabalho LUIZ ANTONIO COSENZA 2º Vice Presidente Engenheiro Civil e de Segurança do Trabalho SÉRGIO NISKIER 1º Diretor Administrativo Arquiteta e Urbanista SÔNIA AZEVEDO LE COCQ D OLIVEIRA 2º Diretor Administrativo Técnico em Edificações e em Eletrotécnica ELIZEU RODRIGUES MEDEIROS 3º Diretor Administrativo Engenheiro Mecânico ALEANDRE SHEREMETIEFF JUNIOR 1º Diretor Financeiro Engenheiro Eletricista Industrial Elétrica e de Operação ALCEBÍADES FONSECA 2º Diretor Financeiro Engenheiro Civil ELIEZER ALVES DOS REIS 3º Diretor Financeiro Engenheiro Civil ROGÉRIO SALOMÃO MUSSE JJ Produção Editorial Gerente Interino e Coordenador de Apoio aos Colegiados: Eng. Eletricista e de Seg. do Trabalho Samuel Lischinsky Conteúdo: Câmara Especializada de Engenharia Química Ilustrações: Mega Diagramação: Curta Comunicação Organização: Assessoria de Marketing e Comunicação do Crea-RJ MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química 3

JJ Câmara Especializada de Engenharia Química - CEEQ Composição 2009 Coordenador Eng. Químico Paulo Murat de Sousa Coordenador-Adjunto Eng. Químico e de Segurança do Trabalho Odair Paes de Jesus Membros Engª. Química Maria isabel Pais da Silva Representante do Plenário Eng. Metalúrgico Luiz de Araújo Bicalho Composição 2010 Coordenador Eng. Químico Paulo Murat de Sousa Coordenadora-Adjunta Engª. Química Maria Isabel Pais da Silva Membros Eng. Químico e de Segurança do Trabalho Odair Paes de Jesus Técnico Têxtil Fiação em Tecelagem Jorge José de Lima Representante do Plenário Eng. Eletricista Industrial Elétrica e de Operação Eletricidade Alcebíades Fonseca Assessor Engª. Química Gisele Carvalho de Vasconcelos Nota: A Câmara reserva-se o direito de rever o presente Manual, quando de alterações de legislação ou novos entendimentos firmados com a anuência da Coordenadoria de Câmaras Especializadas. 4 MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química

JJ SUMÁRIO Prefácio... 07 Apresentação... 09 1. Objetivos... 11 2. Missão Institucional do Sistema Confea/Crea... 13 3. Competência da Câmara... 15 4. Procedimentos Gerais e Administrativos... 17 5. Fundamentação Legal... 27 6. Infrações e Penalidades... 31 7. Parâmetros e Procedimentos para a Fiscalização... 37 8. Glossário de Conceitos e Termos Técnicos... 47 9. Anexos... 53 MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química 5

JJ PREFÁCIO O Crea-RJ, por meio da sua Câmara Especializada de Engenharia Química - CEEQ, apresenta este Manual do Exercício Profissional - Fiscalização das atividades profissionais no âmbito de suas atribuições e jurisdição. O intuito precípuo deste trabalho é proteger a sociedade dos maus profissionais e daqueles que realizam sua função sem as atribuições oriundas da formação universitária. Este trabalho destina-se a todos os servidores e profissionais que participam, direta ou indiretamente, das ações de fiscalização do Conselho. Nosso objetivo é fixar critérios e normas para registro e orientação das atividades da engenharia química. Por isso, as equipes de fiscalização do Crea-RJ devem utilizá-lo sempre que for o preciso verificar a legalidade na prática da prestação de serviços, seja na elaboração de planos e projetos, seja na execução de obras. Este Manual é auto-explicativo. Basta localizar a atividade na qual se enquadra o profissional, a empresa executora ou a empresa e indivíduo responsável pela ação econômica e seguir a legislação, normas e procedimentos, garantindo, assim, os direitos dos profissionais e da sociedade. O Manual do Exercício Profissional - Fiscalização da CEEQ propõe uma nova postura, que visa proteger a sociedade através da valorização do profissional. A orientação prévia dada a eles e aos cidadãos reafirma o caráter educativo do Conselho. Falhas de planejamento, desempenho indevido de cargo em repartições públicas e até ofertas de projeto e construção pela internet são práticas recorrentes no universo da fiscalização profissional. Sendo assim, é imprescindível combatê-las, prevenindo os cidadãos contra o exercício ilegal da profissão e notificando práticas nocivas, no intuito de proteger a sociedade e garantir a qualidade profissional. Na certeza de que essa postura fortalece o relacionamento do Crea-RJ com seus servidores, profissionais e empresas da área tecnológica e sociedade, esperamos que este documento colabore para melhorar as condições de trabalho de todos. Eng. Químico Paulo Murat de Sousa Coordenador da Câmara Especializada de Engenharia Química Eng. Agrônomo Agostinho Guerreiro Presidente do Crea-RJ MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química 7

A Câmara Especializada de Engenharia Química - CEEQ, propõe o presente Manual de Fiscalização como ferramenta padrão fundamental para o exercício das atividades de fiscalização da Engenharia Química. A fiscalização é exercida pela Câmara Especializada de Engenharia Química, a quem compete fixar normas e diretrizes gerais da política de fiscalização do exercício profissional. O programa de fiscalização tem como meta alcançar o seguinte objetivo: APRESENTAÇÃO Garantir à sociedade a prestação de serviços técnicos por profissional habilitado, em condições de oferecer tecnologia moderna e adequada para cada caso, visando a alcançar os objetivos técnicos, econômicos e sociais compatíveis com o desenvolvimento técnico e necessidades dos usuários. Este Manual, além de complementar a formação e o treinamento dos agentes de fiscalização, melhorando, especificamente no âmbito da Câmara Especializada de Engenharia Química - CEEQ, a qualidade dos serviços prestados, proporcionará também segurança à sociedade garantindo que os serviços técnicos especializados sejam executados somente por profissionais habilitados, assim como fará uma fiscalização educativa e ética, propiciando uma adequação da legislação vigente com o dia a dia da prática profissional. O presente Manual teve como base a versão aprovada pela CCEEQ na III Reunião ordinária da CCEEQ (2009), realizada em Belo Horizonte - MG, atendendo a diretriz do Confea no sentido de possibilitar a fiscalização por empreendimentos e o Manual de Fiscalização da CEEQ do Crea- RJ versão Nº 2 de 2005, que foi elaborado com base no Manual de Fiscalização da CEEQ - Paraná, Manual de Fiscalização do Crea - São Paulo. MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química 9

Exercem atividade na área de Engenharia Química, conforme disposto no anexo da Resolução nº 473/2002, do Confea, os profissionais abaixo citados: Engenheiro de Alimentos; Engenheiro de Materiais; 1. OBJETIVOS Engenheiro de Petróleo; Engenheiro de Plásticos; Engenheiro Químico; Engenheiro Têxtil; Engenheiro Industrial Modalidade Química; Engenheiro de Produção Modalidade Materiais; Engenheiro de Produção Modalidade Química Engenheiro de Produção Modalidade Têxtil; Engenheiro de Operação Modalidade Petroquímica; Engenheiro de Operação Modalidade Química; Engenheiro de Operação Modalidade Têxtil; Tecnólogo em Alimentos Tecnólogo em Cerâmica; Tecnólogo em Indústria Têxtil; Tecnólogo em Materiais; Tecnólogo em Processos Petroquímicos; Tecnólogo em Petróleo e Gás; Tecnólogo em Química; Tecnólogo Têxtil; MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química 11

estado físico, de conteúdo energético ou de composição. Técnico em Alimentos; Técnico em Borracha; Técnico em Celulose; Técnico em Celulose e Papel; Técnico em Cerâmica; Técnico em Cerveja e Refrigerantes; Técnico em Fiação; Técnico em Fiação e Tecelagem; Técnico em Malharia; Técnico em Papel; Técnico em Petroquímica; Técnico em Plástico; Técnico em Química; Técnico em Tecelagem; Técnico em Vestuário; Técnico em Têxtil; Técnico em Cervejaria; Técnico em Controle de Qualidade de Alimentos; Técnico em Materiais; Técnico em Petróleo e Gás; Técnico em Processamento de Frutas e Hortaliças. De acordo com sua habilitação específica, limitados à sua formação curricular, os profissionais atuam em pesquisa, projeto, análise e operação dos processos onde a matéria sofre alteração de fase, de Atuam também na obtenção, definição, pesquisa e utilização de materiais, na criação de novos produtos, nos processos e nos sistemas de produção em escala industrial, nas áreas de química, energia, meio ambiente, petroquímica, entre outras. Na indústria alimentícia atuam na fabricação, na preservação, no armazenamento, no transporte e no consumo dos produtos, visando melhorar o padrão alimentar da população, bem como no controle de matérias primas, produção, processamento, controle de qualidade, no gerenciamento e na análise da produção de alimentos. Atuam no planejamento, na produção e na infra-estrutura da indústria têxtil, participando de pesquisas, análises e experimentações em laboratórios têxteis, bem como no desenvolvimento de novos produtos. A fiscalização é exercida pela Câmara Especializada de Engenharia Química, a quem compete fixar normas e diretrizes gerais da política de fiscalização do exercício profissional. O programa de fiscalização tem como meta alcançar os seguintes objetivos: a) Na área de serviços profissionais: Garantir à sociedade a prestação de serviços técnicos por profissional habilitado, e em condições de oferecer a tecnologia moderna e adequada para cada caso, visando alcançar o desenvolvimento técnico, econômico, social e ambiental. b) Na área de produção e matérias primas em geral: Garantir a produção e serviços, de melhor qualidade através da participação efetiva de profissional habilitado. c) Na área de proteção do meio ambiente e do próprio homem: Propugnar o uso racional e sustentável de produtos e serviços visando proteger a sociedade, os trabalhadores e o meio ambiente. 12 MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química

Os Conselhos Federal e Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, denominados Confea e Creas, respectivamente, são autarquias dotadas de personalidade jurídica de direito público, constituindo serviço público federal, criado pelo Decreto nº 23.569, de 11 de Dezembro de 1933, e atualmente regido pela Lei n 5.194, de 24 de Dezembro de 1966. 2. MISSÃO INSTITUCIONAL DO SISTEMA Confea/Crea O Confea, instância superior da fiscalização do exercício profissional da Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia, possui atribuições, dentre outras, de regulamentar a execução da Lei nº 5.194/66, coordenando a ação dos Creas no âmbito dos estados da Federação, de forma a assegurar a unidade de ação no cumprimento de sua missão institucional. O Sistema Confea/Crea garante proteção para a sociedade através da fiscalização dos serviços técnicos e execuções de obras relacionadas à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia, com a verificação da participação de profissionais e empresas habilitados, observando princípios éticos, econômicos, tecnológicos e ambientais compatíveis com suas necessidades. Os Creas, visando uma maior eficiência da fiscalização do exercício profissional, possuem a prerrogativa de criar Câmaras Especializadas por grupo ou modalidade profissional. Estes setores são incumbidos de, entre outras atribuições, julgar e decidir, em primeira instância, sobre os assuntos de fiscalização e infrações à legislação no âmbito da profissão sob sua gestão e da categoria profissional. MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química 13

A Câmara Especializada é órgão decisório da estrutura básica do Crea-RJ. Constitui a primeira instância de julgamento no âmbito da jurisdição do Conselho Regional. 3. COMPETÊNCIA DA CÂMARA Segundo o art. 46 da Lei n 5.194/66, são atribuições da Câmara: a) julgar os casos de infração da presente Lei, no âmbito de sua competência profissional específica; b) julgar as infrações do Código de Ética; c) aplicar as penalidades e multas previstas; d) apreciar e julgar os pedidos de registro de profissionais, das firmas, das entidades de direito público, das entidades de classe e das escolas ou faculdades na Região; e) elaborar as normas para a fiscalização das respectivas profissões; f) opinar sobre os assuntos de interesse comum de duas ou mais especializações profissionais, encaminhando-os ao Conselho Regional. MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química 15

O AGENTE FISCAL: O agente fiscal é o funcionário do Conselho Regional designado para exercer a função de agente de fiscalização. Lotado na unidade encarregada da fiscalização do Crea, atua conforme as diretrizes e as determinações específicas traçadas e decididas pelas câmaras especializadas. 4. PROCEDIMENTOS GERAIS E ADMINISTRATIVOS O agente fiscal verifica se as obras e serviços relativos à Engenharia, à Arquitetura e à Agronomia estão sendo executados de acordo com as normas regulamentadoras do exercício profissional. No desempenho de suas atribuições, o agente fiscal deve atuar com rigor e eficiência para que o exercício das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea ocorra com a participação de profissional legalmente habilitado. COMPETÊNCIA LEGAL DO AGENTE FISCAL: A aplicação do que dispõe a Lei n.º 5.194, de 1966, no que se refere à verificação e à fiscalização do exercício das atividades e das profissões nela reguladas, é de competência dos Creas. Para cumprir essa função os Creas, usando da prerrogativa que lhe confere o art. 77 da Lei n 5.194, designa funcionários com atribuições para lavrar autos de infração às disposições dessa lei, denominados agentes fiscais. ATRIBUIÇÕES DO AGENTE FISCAL: a) Fiscalizar o cumprimento da legislação das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea e as pessoas jurídicas (empresas) obrigadas a se registrarem no Crea por força das atividades exercidas e discriminadas em seu objetivo social; b) Ter em conta que, no exercício de suas atividades, suas ações devem sempre estar voltadas para os aspectos MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química 17

educativo, instrutivo e preventivo nos casos de descumprimento da Legislação Pertinente; c) Examinar in loco documentos (projetos, ART, memorial descritivo, laudos, contratos, catálogos de equipamentos e produtos, outros) relativos à obras e serviços da área tecnológica, verificando as atribuições legais do responsável em conformidade com as atividades exercidas, anotando-os no Relatório de Fiscalização - RF; d) Identificar obra/serviço (empreendimento) ou atividade privativa de profissional da área tecnológica, efetuando a fiscalização de acordo com a legislação em vigor; e) Elaborar relatório de fiscalização - RF, circunstanciando, caracterizando a efetiva atividade exercida; f) Realizar diligências processuais quando designado; g) Fiscalizar, em caráter preventivo, os órgãos públicos federais, estaduais e municipais, bem como profissionais e empresas públicas ou privadas, registrados ou não no Crea; h) Esclarecer e orientar os profissionais, empresas e pessoas que estão sendo fiscalizados, sobre a legislação vigente e a forma de regularização da situação; i) Fiscalizar obra/ serviço onde tenha havido qualquer tipo de sinistro/ acidente emitindo o Relatório de Visita circunstanciado com o maior número de informações possíveis, conforme instrução de serviços do Crea; j) Lavrar, por competente delegação, Notificações e Autos de Infração, de acordo com a legislação vigente, quando se tenha esgotado o prazo concedido ao notificado sem que a situação tenha sido regularizada, persistindo e/ou comprovadas, portanto, as irregularidades; k) Exercer outras atividades relacionadas a sua função. CONDUTA DO AGENTE FISCAL: O Agente Fiscal, quando do desempenho das suas atividades, deve proceder a fiscalização tanto in loco, como à distância, estando, para isso, devidamente preparado quanto à legislação pertinente, cultura empresarial, comportamento nas suas abordagens e postura ética. O ato fiscalizatório deve ocorrer em qualquer empreendimento onde ocorra o exercício da Engenharia de Segurança do Trabalho. A partir do enfoque mais abrangente dado recentemente pelos Creas à fiscalização (incluindo-se os empreendimentos em funcionamento), aliado à reconhecida relevância e seriedade do ato fiscalizatório, verifica-se a necessidade do constante desenvolvimento das habilidades do Agente Fiscal. Este profissional leva informações importantes e deixa a imagem do Conselho Profissional junto às empresas. Independente do tipo de fiscalização efetuada, é essencial que ele transmita a seus 18 MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química

interlocutores a valorização e credibilidade da classe profissional, assim como a responsabilidade social praticada no Sistema Confea/Crea. Desta forma e premissas, o Agente Fiscal do Crea deve estar treinado e capacitado para: a) atuar dentro dos princípios que norteiam a estrutura organizacional do Sistema Confea/Crea; b) agir dentro dos princípios éticos e organizacionais; c) observar as normas e medidas de segurança do trabalho (uso de EPI); d) conhecer a legislação básica relacionada às profissões vinculadas ao Sistema Confea/Crea, mantendo-se atualizado em relação a mesma; e) identificar as características das profissões regulamentadas e fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea; f) distinguir os diversos ramos de atividades econômicas que exigem a participação de profissionais das áreas tecnológicas; g) ter desenvoltura para trabalhos com informática; h) proceder de acordo com as determinações do seu setor superior; i) cumprir as ordens recebidas, opondo-se por escrito quando entendê-las em desacordo com os dispositivos legais aplicáveis; j) cumprir de forma transparente a sua função de fiscalizar colocando em prática os conhecimentos da legislação vigente e as determinações recebidas; e k) conhecer os procedimentos e características de processos administrativos. PERFIL PROFISSIONAL DO AGENTE FISCAL: Para desempenho da atividade de fiscalização, restrita à verificação de que os preceitos da legislação estão sendo cumpridos, por pessoa física ou jurídica, no que diz respeito ao exercício das profissões da área tecnológica, em todas as suas atividades e níveis de formação, não se exige que o agente fiscal seja detentor de diploma ou certificado nas áreas abrangidas pelo Sistema Confea/Crea. No caso de o Crea admitir em seu quadro de agentes fiscais apenas profissionais com formação nas áreas abrangidas pelo Sistema Confea/Crea, as atividades de fiscalização, independentemente de sua natureza, serão exercidas por esses profissionais. Além disso, observa-se que se o Crea possuir poucas demandas relativas à supracitada fiscalização de caráter específico poderá o agente fiscal profissional do Sistema, desenvolver também outras atividades complementares à fiscalização, a critério do Crea-RJ. POSTURA DO AGENTE FISCAL: Quando da fiscalização no local da obra ou serviço, sede de empresas e/ou escritório de profissional, o agente fiscal deve: identificar-se, sempre, como agente de fiscalização do Crea, exibindo sua carteira funcional; agir com a objetividade, firmeza e imparcialidade necessárias ao cumprimento do seu dever; exercer com zelo e dedicação as atribuições que lhe forem conferidas; tratar as pessoas com cordialidade e respeito; apresentar-se de maneira adequada com a função que exerce; ter em conta que, no exercício de suas atividades, suas ações devem sempre estar voltadas para os aspectos educativo, instrutivo e preventivo; identificar o proprietário ou responsável pela obra ou serviço; MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química 19

identificar o profissional ou empresa responsável pela execução da obra ou serviço (solicitar cópia da Anotação de Responsabilidade Técnica, ART), caso não identifique o seu registro; informar ao proprietário ou responsável pela obra ou serviço sobre a legislação que rege o exercício profissional; identificada irregularidade, informar ao proprietário ou responsável pela obra ou serviço e aplicar a legislação vigente; orientar sobre a forma de regularizar a obra ou serviço; rejeitar vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; e elaborar relatório de fiscalização. Se, durante a fiscalização, o proprietário ou responsável pela obra ou serviço não quiser apresentar documentos, perder a calma ou tornar-se violento, o agente fiscal deverá manter postura comedida e equilibrada. A regra geral é usar o bom senso. Se necessário e oportuno, suspender os trabalhos e voltar em outro momento. CONHECIMENTOS BÁSICOS NECESSÁRIOS AO DESEMPENHO DA FUNÇÃO: Legislação relacionada às profissões vinculadas ao Sistema Confea/Crea; Características das profissões regulamentadas e fiscalizadas pelo Sistema Confea/Crea; Capacidade de identificar os diversos ramos de atividades econômicas que exigem a participação de profissionais da área tecnológica. Informática; Procedimentos e características do processo administrativo; e Manual de Fiscalização e procedimentos operacionais. INSTRUMENTOS DE FISCALIZAÇÃO: No cumprimento da rotina de seu trabalho, o agente fiscal deverá utilizar algumas ferramentas para registrar os fatos observados e, se pertinente, dar início ao processo administrativo devido. Um processo administrativo bem instruído proporcionará maior facilidade e celeridade na análise dos fatos pelas instâncias decisórias do Crea. Neste item, serão descritas algumas ferramentas imprescindíveis ao agente fiscal, necessárias à boa execução do seu trabalho. RELATÓRIO DE FISCALIZAÇÃO: Tem por finalidade descrever, de forma ordenada e minuciosa, aquilo que se viu, ouviu ou observou. É um documento destinado à coleta de informações das atividades exercidas no âmbito das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea e, em vias de regra, é desenvolvido no local onde o serviço ou a obra está sendo executada. Na visita, seja o empreendimento público ou privado, o agente fiscal deve solicitar a apresentação das ARTs de projeto e de 20 MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química

execução, bem como verificar a existência de placa identificando a obra e o responsável técnico. No caso de prestação de serviços, deverá ser solicitada também, além das respectivas ARTs de projeto e de execução, a apresentação de possíveis ordens de serviços, notas fiscais e dos contratos firmados, entre o empreendedor e o profissional responsável técnico. O relatório, normalmente padronizado pelo Crea, deve ser preenchido cuidadosamente e deve conter, no mínimo, as seguintes informações: data de emissão, nome completo, matrícula e assinatura do agente fiscal; nome e endereço completos da pessoa física ou jurídica fiscalizada, incluindo, se possível, CPF ou CNPJ; identificação da obra, serviço ou empreendimento, com informação sobre o nome e endereço do executor, descrição detalhada da atividade desenvolvida e dados necessários para sua caracterização, tais como fase, natureza e quantificação; nome completo, título profissional e número de registro no Crea do responsável técnico, quando for o caso; identificação das ARTs relativas às atividades desenvolvidas, se houver; informações acerca da participação efetiva do responsável técnico na execução da obra, serviço ou empreendimento, quando for o caso; descrição minuciosa dos fatos que configurem infração à legislação profissional; e identificação do responsável pelas informações, incluindo nome completo e função exercida na obra, serviço ou empreendimento, se for o caso. Para complementar as informações do relatório de fiscalização, o agente fiscal deve recorrer ao banco de dados do Crea e/ou de outras instituições.. Sempre que possível, ao relatório de fiscalização devem ser anexados documentos que caracterizam a infração e a abrangência da atuação da pessoa física ou jurídica na obra, serviço ou empreendimento, a saber: cópia do contrato social da pessoa jurídica e de suas alterações; cópia do contrato de prestação do serviço; cópia dos projetos, laudos e outros documentos relacionados à obra, ao serviço ou ao empreendimento fiscalizado; fotografias da obra, serviço ou empreendimento; laudo técnico pericial; declaração do contratante ou de testemunhas; ou Informação sobre a situação cadastral do responsável técnico, emitido pelo Crea. No caso de a pessoa física ou jurídica fiscalizada já ter sido penalizada pelo Crea em processo administrativo punitivo relacionado à mesma infração, o agente fiscal deverá encaminhar o relatório elaborado à gerência de fiscalização para que seja determinada a lavratura imediata do auto de infração. NOTIFICAÇÃO: Este documento tem por objetivo informar ao responsável pelo serviço/obra ou seu representante legal, sobre a existência de pendências e/ou indícios de irregularidades no empreendimento objeto de fiscalização. Serve, ainda, para solicitar informações, documentos e/ou providências, visando regularizar a situação dentro de um prazo estabelecido. A gerência de fiscalização do Crea, com base no relatório elaborado, caso seja constatada ocorrência de infração, determinará a notificação da pessoa física ou jurídica fiscalizada para prestar informações julgadas necessárias ou adotar providencias para regularizar a situação. O formulário de notificação, normalmente padronizado pelo Crea, deve ser preenchimento criteriosamente e deve conter, no mínimo, as seguintes informações: MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química 21

menção à competência legal do Crea para fiscalizar o exercício das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea; data da lavratura, nome completo, matrícula e assinatura do agente fiscal; nome e endereço completos da pessoa física ou jurídica fiscalizada, incluindo, se possível, CPF ou CNPJ; identificação da infração, mediante descrição detalhada da irregularidade constatada, capitulação da infração e da penalidade, e valor da multa que estará sujeito o notificado caso não regularize a situação; e indicação das providências a serem adotadas pelo notificado e concessão do prazo de dez dias para regularizar a situação objeto da fiscalização. As notificações devem ser entregues pessoalmente ou enviadas por via postal com Aviso de Recebimento AR ou por outro meio legal admitido que assegure a certeza da ciência do autuado. O comprovante de recebimento da notificação deverá ser anexado ao processo administrativo que trata do assunto. Caso o autuado recuse ou obstrua o recebimento da notificação, o fato deverá ser registrado no processo. AUTO DE INFRAÇÃO: Este documento deve ser lavrado contra leigos, profissionais ou pessoas jurídicas que praticam transgressões aos preceitos legais que regulam o exercício das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea. Segundo o ilustre professor e jurista Hely Lopes Meirelles, estes atos pertencem à categoria dos atos administrativos vinculados, aqueles para os quais a lei estabelece os requisitos e condições de sua realização. Nessa categoria de atos, as imposições legais absorvem, quase por completo, a liberdade do administrador, uma vez que seu poder de agir fica adstrito aos pressupostos estabelecidos pela norma legal para a validade da ação administrativa. Desatendido qualquer requisito, compromete-se a eficácia do ato praticado, tornando-o passível de anulação pela própria administração ou pelo judiciário, se assim requerer o interessado. Ainda, tratando-se de atos vinculados, impõe-se à administração o dever de motivá-los, no sentido de evidenciar a conformação de sua prática com as exigências e requisitos legais que constituem pressupostos necessários de sua existência e validade. Portanto, o auto de infração não pode prescindir de certos requisitos, tais como a competência legal de quem o pratica, a forma prescrita em lei ou o regulamento e o fim indicado no texto legal em que a fiscalização se apóia. Assim como a notificação, o auto de infração, grafado de forma legível, sem emendas ou rasuras, deve apresentar, no mínimo, as seguintes informações: menção à competência legal do Crea para fiscalizar o exercício das profissões abrangidas pelo Sistema Confea/Crea; data da lavratura, nome completo, matrícula e assinatura do agente fiscal; nome e endereço completos da pessoa física ou jurídica autuada, incluindo, obrigatoriamente, CPF ou CNPJ; identificação da obra, serviço ou empreendimento, com informação sobre a sua localização, nome e endereço do contratante, indicação da natureza da atividade e sua descrição detalhada; identificação da infração, mediante descrição detalhada da irregularidade, capitulação da infração e da penalidade, e valor da multa a que estará sujeito o autuado; data da verificação da ocorrência; indicação de reincidência ou nova reincidência, se for o caso; e indicação do prazo de dez dias para efetuar o pagamento da multa e regularizar a situação ou apresentar defesa à câmara especializada. 22 MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química

A infração somente será capitulada, conforme o caso, nos dispositivos do exercício profissional das Leis nºs 4.950-A e 5.194, ambas de 1966, e 6.496 de 1977, bem como, as do Ministério do Trabalho das Leis nºs 6.514 de 1977, 7.410, de 1985 e Decreto nº 92.530, de 1986, sendo vedada a capitulação com base em instrumentos normativos do Crea e do Confea. Os autos de infração devem ser entregues pessoalmente ou enviadas por via postal com Aviso de Recebimento, AR ou por outro meio legal admitido que assegure a certeza da ciência do autuado. O comprovante de recebimento do auto de infração deverá ser anexado ao processo administrativo que trata do assunto. Caso o autuado recuse ou obstrua o recebimento do auto de infração, o fato deverá ser registrado no processo. FICHA CADASTRAL - EMPRESAS: Documento próprio do Crea para coleta de informações junto a empresas que apresentam indícios de atuação nas áreas abrangentes do Sistema Confea/Crea, com a finalidade de certificação do exercício de atividades nestas áreas por parte daquelas empresas. ESTRATÉGIAS DE FISCALIZAÇÃO: Conceitualmente, estratégia consiste na aplicação dos meios disponíveis com vista à con secução de objetivos específicos. Neste item, serão abordados aspectos relacionados a estratégias de fiscalização como um componente do planejamento desta. O PLANEJAMENTO DA FISCALIZAÇÃO: A fiscalização deve ser uma ação planejada, coordenada e avaliada de forma contínua, tendo em foco o alcance dos seus objetivos. Para tal, a unidade do Crea responsável pela fiscalização, em parceria com a respectiva câmara especializada, deverá definir, periodicamente, um programa de trabalho contendo diretrizes, prioridades, recursos necessários e metas a alcançar, dentre outros. Durante o processo de execução do programa de trabalho, os resultados da ação deverão ser monitorados e submetidos constantemente a uma avaliação por parte da unidade responsável pela fiscalização. Essas informações deverão ser levadas ao conhecimento das respectivas câmaras especia lizadas, de forma a agregar críticas que servirão para nortear a reprogramação do período seguinte. No planejamento deve ser definida, também, a estratégia de trabalho, explicitando os meios necessários à consecução dos objetivos. Deve constar do planejamento as diretrizes básicas, entendi das como um conjunto de instruções ou indicações para se tratar e levar a termo o plano de fiscali zação. Essas diretivas podem ser expressas a partir das respostas às seguintes questões: A. O que fiscalizar? B. Quem/onde fiscalizar? C. Como fiscalizar? D. Qual a meta? A. O QUE FISCALIZAR Consiste em estabelecer prioridades, definidas de forma conjunta entre a unidade de fis calização e as câmaras especializadas, ressaltando a diversificação da fiscalização e contemplando as várias modalidades profissionais. A eleição das prioridades deve guardar estreita relação com as atividades econômicas desenvolvidas na região, capacidade atual e projetada dos recursos humanos e financeiros e, também, com a identificação dos empreendimentos e serviços que, devido à natureza de suas atividades, se constituam em maiores fontes de riscos à sociedade. MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química 23

B. QUEM / ONDE FISCALIZAR Após definidas as obras e serviços prioritários para a fiscalização deve-se verificar: onde estão sendo realizados; e se as atividades relacionadas às respectivas obras e serviços estão sendo executadas por profis sional registrado e em situação regular perante o conselho. os documentos relacionados as atividades do SESMT, que competem aos profissionais do Sistema Confea/Crea. C. COMO FISCALIZAR A verificação do exercício profissional poderá ocorrer de forma indireta ou direta, desenvol vendo-se as ações no escritório ou no campo, respectivamente. a) Forma indireta Ocorre quando se desenvolve o trabalho sem deslocamento físico do agente fiscal, por meio de pesquisa em: jornais e revistas; diário oficial do estado; catálogos telefônicos (páginas amarelas); Feiras, catálogos empresariais e folder de empreendimentos: pesquisas em sítios na rede mundial de computadores Internet; e convênios com órgãos públicos e privados. Sistema corporativo do Crea-RJ Esta forma de fiscalização não deve ser a única a ser empreendida pelo Crea. É oportuno que ocorra em associação com a forma direta, sendo recomendável a sua utilização como base para o planejamento da fiscalização. b) Forma direta É caracterizada pelo deslocamento do agente fiscal, constatando in loco as ocorrências, inclusive aquelas identificadas no escritório. D. QUAL A META Uma das etapas do processo de planejamento é a definição das metas a serem alcançadas. As metas expressam os quantitativos a serem atingidos em um intervalo de tempo e estão relacionadas aos objetivos estabelecidos pelo Crea. No momento do planejamento, o Crea deverá ajustá-las às suas disponibilidades de recursos humanos e financeiros, estabelecendo as prioridades. PROCEDIMENTOS DO AGENTE DE FISCALIZAÇÃO: Por ocasião da visita à obra, empreendimento ou empresa, o Agente de Fiscalização deverá elaborar o RF sempre que constatar a execução de serviços técnicos e atividades na área tecnológica. Na visita, tanto em obras em andamento como em empresas e estabelecimentos em funcionamento, públicos ou privados, o Agente de Fiscalização deverá solicitar a apresentação dos projetos e respectivas ARTs (de projetos e/ou de execução), devidamente preenchidas, assinadas e pagas (chancela), sendo que, no caso de prestação de serviços, o Agente de Fiscalização deverá verificar/solicitar a respectiva ART, o contrato entre as partes e/ou a nota fiscal e/ou ordem de serviço, obtendo, sempre que possível e necessário, cópia dos mesmos, observando: a) Quando ART: Capacidade, quantidade/dimensões, autenticidade e outros dados relevantes da obra/serviço. Se os projetos e/ou a execução estão de acordo com o declarado nas ARTs; b) Quando Contrato entre as partes: A validade do contrato, objeto do contrato, detalhe da obra/serviço, razão social e CNPJ da empresa contratada. c) Quando Nota Fiscal e/ou Ordem de Serviços: O tipo de serviço contratado (detalhado), período da realização do serviço (anotar no RF o número da nota fiscal/ordem de serviço). 24 MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química

Sendo necessário, o Agente de Fiscalização deve, em formulário apropriado, que será apensado ao RF, anotar informações complementares que tragam ao mesmo, mais dados e informações ao ato fiscalizatório bem como, ao processo que se estará iniciando. OBS 1: Quando a atividade for a de prestação de serviços, é necessário obter e informar no RF, dados sobre o equipamento utilizado e/ou em manutenção, obtendo marca, modelo, potência, ou outras informações relevantes que julgar necessárias. OBS 2: Na visitação direta (fiscalização) às obras, orientar, educar e prevenir as empresas da obrigatoriedade da anotação do(s) responsável(is) Técnico(s) pelo PCMAT da obra/empreendimento em execução (art.º 16 da Lei 5.194/66). OBS 3: Indústrias: - Orientar, educar e prevenir a empresa para a contratação de responsável técnico, profissional legalmente habilitado, que se responsabilize pelas atividades desenvolvidas pertinentes à área tecnológica. PROCEDIMENTOS INTERNOS: Após a entrega do RF pelo Agente Fiscal no setor interno de fiscalização, a fim de se complementar as informações obtidas no campo, deverão ser feitas verificações administrativas junto ao sistema informatizado (Sistema Corporativo) na busca de dados com relação à: a) ARTs que tenham ou deveriam ter sido registradas, referentes aos serviços contratados; b) se as ART s estão de acordo com a legislação vigente com relação aos campos obrigatórios a serem preenchidos, o valor correto da taxa recolhida, e as atribuições do profissional condizente com a atividade técnica anotada/ assumida. c) se o Profissional (ou Profissionais) está (ão) devidamente habilitado (s) para o exercício das atividades anotadas, ou seja, atribuições compatíveis com as atividades; d) se as Empresas/Pessoas Jurídicas que prestam serviços técnicos possuem registro ou visto regular no Crea. De posse do relatório de fiscalização, acompanhado das possíveis informações complementares emitidas pelo próprio Agente Fiscal e, das informações internas obtidas junto ao sistema informatizado do Crea, poder-se-á definir ou concluir por uma das situações a seguir, para as quais se tem o respectivo procedimento, quais sejam: a) Obra e/ou serviço regular: O Processo é encaminhado para análise e determinação de arquivamento. b) Obra e/ou serviço irregular: 1) Verificar se existe participação de profissional(is) devidamente habilitado(s) com seu registro regular e suas atribuições condizentes com a(s) atividade(s) profissional(is) desenvolvida(s) -, sendo que: Caso se constate a participação de profissional(is), devese notificá-lo(s) para que apresente(m), dentro do prazo estipulado, a(s) respectiva(s) ART(s), referentes àquela obra/ serviço, na qual aparece(m) como partícipe(s), sendo que, o não atendimento à solicitação no prazo pré-determinado, o(s) mesmo(s) deverá(ão) ser autuado(s) por falta de ART. Após a verificação da participação ou a existência de profissionais e, ou de empresas na obra, seja através do relatório de fiscalização, informações complementares, sistema informatizado do Crea ou ainda a apresentação da(s) ART(s) solicitada(s), deverá ser analisada a situação do(s) profissional(is) com relação à(s) sua(s) atribuição(ões) para a(s) atividade(s) assumida(s)/desenvolvida(s) bem como, com relação a regularidade do(s) seu(s) registro(s)/ visto(s) junto ao Crea, sendo que, para esses casos, poderão ser encontradas as seguintes situações: Profissional sem atribuição para a atividade desenvolvida: Caso em que o mesmo será informado do cancelamento da ART referente ao serviço anotado e da possibilidade da MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química 25

sua autuação por exercício de atividades estranhas além do que, deve haver a notificação do proprietário/contratante para que contrate um novo profissional a fim de proceder a regularização da obra ou serviço dentro do prazo estipulado; Profissional e/ou Empresa sem registro/visto: Caso em que o(s) mesmo(s) deve(m) ser notificado(s) para regularizar essa situação, a qual, caso não seja procedida e atendida, suscitará a(s) sua(s) autuação(ões) por falta de registro/visto e na notificação do proprietário/contratante a fim de proceder a regularização da obra dentro do prazo estipulado, 1.2) Caso não seja encontrado ou constatado participação de profissional ou empresa executora, deve-se notificar o proprietário para regularizar a situação, a qual, caso não seja atendida no prazo prédeterminado, suscitará a sua autuação por exercício ilegal (pessoa física ou jurídica). Quando do atendimento à notificação, o proprietário deve contratar um profissional devidamente habilitado com seu registro regular e atribuições condizentes com a(s) atividade(s) profissional(is) desenvolvida(s) - para efetuar a regularização necessária, a qual deve ser procedida de acordo com resolução especifica do Confea ( atualmente a de nº 229/75), além de, necessariamente ser deferida pelo Crea. Notas: Caso o proprietário já tenha sido autuado, poderá ainda proceder à regularização da situação conforme citado acima, quando lhe será oportunizado o pagamento da multa imposta, em seu valor mínimo. Nos casos em que houver apenas o pagamento da multa, sem a devida regularização, o(s) proprietário(s) estará(ão) passível(is), após o trânsito em julgado da primeira infração, de novas autuações até que seja deferida, pelo Crea, a competente regularização. Nos casos em que a(s) multa(s) não seja(m) paga(s), mesmo tendo sido a regularização deferida pelo Crea, o(s) seu(s) respectivo(s) Auto(s) de Infração(ões) será(ão) inscrito(s) na Dívida Ativa e cobrados judicialmente. 2) Quando ocorrerem a reincidência e nova reincidência, ou seja, o proprietário infrator praticar novamente o ato pelo qual já fora condenado, seja em outra obra, serviço ou atividade técnica, desde que capitulado no mesmo dispositivo legal daquela transitada em julgado, os valores das multas serão aplicados em dobro. Destaca-se ainda: a) O Crea, antes da emissão de qualquer Auto de Infração, deve, com base no relatório de fiscalização, elaborado pelo Agente Fiscal e nas informações e dados complementares auferidas administrativamente junto ao seu Sistema Corporativo de Informações e Cadastro, caso seja constatada ocorrência de alguma infração, notificar o pretenso infrator para prestar informações julgadas necessárias ou adotar providências para regularizar a situação dentro do prazo estipulado. b) Uma vez ter se esgotado o prazo legal dado ao pretenso infrator para proceder à regularização de uma falta ou irregularidade, sem que isso tenha sido providenciado e deferido pelo Crea, deve ser emitido o Auto de Infração, o qual abrangerá todas as situações compreendidas pelas Leis Federais números 5.194/66, 4.950-A/66, 6.496/77, 6.514/77, 7.410/85 e Decreto nº 92.530/86 da forma que consta do Capítulo sobre Infrações, Capitulações e Penalidades. c) Os casos duvidosos devem ser enviados à câmara especializa para deliberação. 26 MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química

A Lei Federal nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966 Regula o exercício das profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro Agrônomo, é dá outras providências. Em complementação, o Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - Confea, baixa Resoluções para regulamentar a aplicação dos dispositivos previstos nessa Lei. 5. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL Principais artigos da Lei Federal n 5.194, de 24 de dezembro de 1966 Artigo 1º - Caracteriza as profissões pelas realizações de interesse social e humano. Artigo 6º - Do exercício ilegal da profissão: alínea a - exercer atividades sem possuir registro nos Conselhos; alínea b - exercer atividades estranhas às atribuições discriminadas em seu registro; alínea c - empréstimo de nome às pessoas leigas, físicas e/ ou jurídicas, sem sua real participação; alínea d - profissional suspenso que continua exercer atividades; alínea e - firma que exerce atividades reservadas aos profissionais da engenharia, arquitetura e agronomia, sem a participação de profissional habilitado. Artigo 13 - Projeto e serviço de engenharia, arquitetura e agronomia exclusivo de profissional habilitado. Artigo 14 - Obrigatoriedade de mencionar o nome, título profissional e número da carteira na execução de cada serviço. Artigo 15 - Nulidade de contrato quando não firmado com profissional e/ou empresa habilitados. Artigo 17 - Direito autoral. Artigo 26 - Conceituação do Confea. MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química 27

Artigo 33 - Conceituação do Crea. Artigo 46 - Atribuições das Câmaras Especializadas. Artigo 55 - Exercer a profissão somente após o registro. Artigo 58 - Obrigatoriedade de visto quando exercer atividade em outro Estado. Artigo 59 - Dispõe sobre registro de empresa. Artigo 64 - Cancelamento de registros por falta de pagamento de anuidades. Artigo 71 - Penalidades aplicáveis por infração a presente Lei. Artigo 72 - Penalidades aplicáveis aos que deixarem de cumprir o Código de Ética. Artigo 73 - Estipulação de multas. Artigo 74 - Sobre suspensão de profissionais. Artigo 75 - Cancelamento definitivo de registro. A Lei Federal nº 5.524, de 05 de novembro de 1968 Dispõe sobre o exercício da profissão de Técnico Industrial de nível médio. A Lei nº 6.496, de 07 de dezembro de 1977 Institui a Anotação de Responsabilidade Técnica na prestação de serviços de Engenharia, da Arquitetura e da Agronomia; autoriza a criação, pelo Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia Confea, de Mútua de Assistência Profissional e dá outras providências. Lei nº 6.839 de 31 de outubro de 1980 Dispõe sobre registro de empresas nas entidades fiscalizadoras do exercício de profissões. Lei nº 8.078 de 11 de setembro de 1990 Dispõe sobre a proteção do Consumidor, e dá outras providências. Decreto nº 23.569/33 Regula o exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor. Decreto nº 90.922/85 Regulamenta a Lei nº 5.524/68, que dispõe sobre o exercício da profissão de técnico industrial e técnico agrícola de nível médio ou de 2º grau. Decreto-Lei nº 8.620/1946 Dispõe sobre a regulamentação do exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor, regida pelo Decreto nº 23.569/1933, e dá outras providências; Decreto-Lei nº 241/1967 Inclui entre as profissões cujo exercício é regulado pela Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, a profissão de engenheiro de operação. Principais artigos da Lei Federal n 6.496, de 07 de dezembro de 1977 Artigo 1º - Obrigatoriedade da ART para quaisquer serviços profissionais. Artigo 3º - A falta de ART implicará multa ao profissional e/ou a empresa. Principais Resoluções do Confea pertinentes à fiscalização: Resolução nº 218/73 Discrimina atividades das diferentes modalidades profissionais da Engenharia, Arquitetura e Agronomia. 28 MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química

Art. 16 da Resolução nº 218/73 - discrimina as atividades profissionais do engenheiro de petróleo; Art. 17 da Resolução nº 218/73 - discrimina as atividades profissionais do engenheiro químico ou engenheiro industrial, modalidade química; Art. 19 da Resolução nº 218/73 - discrimina as atividades profissionais do engenheiro tecnólogo de alimentos; Art. 20 da Resolução nº 218/73 - discrimina as atividades profissionais do engenheiro têxtil Resolução nº 229/75 Dispõe sobre a regularização dos trabalhos de Engenharia, Arquitetura e Agronomia iniciados ou concluídos sem a participação efetiva de responsável técnica. Resolução nº 235/75 Discrimina as atividades profissionais do engenheiro de produção; Resolução nº 241/76 Discrimina as atividades profissionais do engenheiro de materiais. Resolução nº 262/79 Dispõe sobre as atribuições dos Técnicos de 2º grau, nas áreas da Engenharia, Arquitetura e Agronomia. Revogado o contido no Art. 2º, exceto o seu parágrafo único, pela Resolução 473/2002 Resolução nº 278/83 Dispõe sobre o exercício profissional dos Técnicos Industriais e Técnicos Agrícolas de Nível Médio ou de 2º grau e dá outras providências. Resolução nº 288/83 Designa o título e fixa as atribuições das novas habilitações em Engenharia de Produção e Engenharia Industrial; Resolução nº 313/86 Dispõe sobre o exercício profissional dos Tecnólogos das áreas submetidas à regulamentação e fiscalização instituídas pela Lei nº 5.194/66, e dá outras providências. Revogado o Art. 16, pela Resolução 473/ 2002 Resolução nº 336/86 Dispõe sobre registro de empresas jurídicas nos Creas. Resolução nº 417/98 Dispõe sobre Empresas enquadráveis nos Artigos 59 e 60 da Lei nº 5.194/66. Resolução nº 1.002/2002 Adota o Código de Ética Profissional da Engenharia, da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia e dá outras providências. Resolução nº 1.008/2004 Dispõe sobre os procedimentos para instauração, instrução e julgamento dos processos de infração e aplicação de penalidades. Resolução nº 1.010/2005 Dispõe sobre a regulamentação da atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e caracterização do âmbito de atuação dos profissionais inseridos no Sistema Confea/ Crea, para efeito de fiscalização do exercício profissional. MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química 29

Resolução nº 1.019/2006 Dispõe sobre a composição dos plenários e a instituição de câmaras especializadas dos Conselhos Regionais de Engenharia, Arquitetura e Agronomia Creas e dá outras providências Resolução nº 1.025/2009 Dispõe sobre a Anotação de Responsabilidade Técnica e o Acervo Técnico Profissional, e dá outras providências. Decisão Normativa nº 032/1988 Estabelece atribuições em projetos, execução e manutenção de central de gás ( Centrais de Gás de distribuição em edificações, em redes urbanas subterrâneas e em produção, transformação, armazenamento e distribuição de gás); Decisão Normativa nº 034/1990 Dispõe quanto ao exercício profissional de nível superior das atividades de Engenharia de Avaliações e Perícias de Engenharia; Decisão Normativa nº 066/2000 Dispõe sobre o registro nos Creas das empresas fabricantes de pólvora, explosivos, detonantes, munição para caça e esporte, fósforos de segurança e artigos pirotécnicos. Decisão Normativa nº 067/2000 Dispõe sobre o registro e a anotação de responsabilidade técnica das empresas e dos profissionais prestadores de serviços de desinsetização, desratização e similares. Decisão Normativa nº 74/2004 Dispõe sobre a aplicação de dispositivos da Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966, relativos a infrações. 30 MANUAL DO EERCÍCIO PROFISSIONAL - FISCALIZAÇÃO Engenharia Química