FUNDO SOCIAL MUNICIPAL DOS MUNICÍPIOS DA RLVT Execução das despesas elegíveis em 2016 Relatório anual

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Transcrição:

FUNDO SOCIAL MUNICIPAL DOS MUNICÍPIOS DA RLVT Execução das despesas elegíveis em 2016 Relatório anual 1

ÍNDICE INTRODUÇÃO...3 METODOLOGIA DA VALIDAÇÃO...4 2 SUMÁRIO EXECUTIVO...6 I EVOLUÇÃO DAS DESPESAS FINANCIADAS PELO FUNDO SOCIAL MUNICIPAL ENTRE 2015 E 2016...7 II - DESPESAS DE FUNCIONAMENTO CORRENTE DO PRÉ-ESCOLAR PÚBLICO EM 2016...10 III - DESPESAS DE FUNCIONAMENTO CORRENTE COM O 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO PÚBLICO EM 2016...11 IV - DESPESAS COM PROFESSORES, MONITORES E TÉCNICOS DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO PÚBLICO COM FUNÇÕES DE ENRIQUECIMENTO ESCOLAR EM 2016...12 V - DESPESAS COM OS TRANSPORTES ESCOLARES DO 3º CICLO DE ENSINO BÁSICO EM 2016...13 ANEXOS...14 ÍNDICE DE TABELAS E GRÁFICOS Tabela 1 Taxa de execução do FSM em 2015 e 2016...7 Tabela 2 FSM - Evolução da despesa elegível - 2015/16...7 Tabela 3 Municípios com menor e maior taxa de execução do FSM atribuído pelo OE/2016...7 Tabela 4 FSM - Despesa elegível em 2015 e 2016, face à dimensão dos municípios...8 Tabela 5 FSM - Despesa elegível média, em 2015 e 2016, por NUTS III...9 Gráfico 1 - FSM - Despesa por NUTS III, em 2015 e 2016...8 Tabela 6 Peso da despesa financiada pelo FSM na despesa corrente de 2016...9 Tabela 7 Municípios com menor e maior peso das despesas financiadas pelo FSM na despesa corrente de 2016...9 Tabela 8 Despesas de funcionamento corrente do pré-escolar público por aluno, em 2016...10 Tabela 9 Municípios com menor e maior despesa de funcionamento corrente do pré-escolar público por aluno...10 Tabela 10 Despesa média por aluno com o funcionamento corrente do pré-escolar público, em 2016, por dimensão dos municípios...10 Tabela 11 Despesas de funcionamento corrente com o 1º ciclo do ensino básico por aluno, em 2016...11 Tabela 12 Municípios com menor e maior despesa de funcionamento corrente com o 1º ciclo do ensino básico por aluno...11 Tabela 13 Despesa média por aluno com o funcionamento corrente com o 1º ciclo do ensino básico, em 2016, por dimensão dos municípios...11 Tabela 14 - FSM Despesas com professores, monitores e técnicos do 1º ciclo do ensino básico público com funções de enriquecimento escolar...12 Tabela 15 Municípios com menor e maior despesa com professores, monitores e técnicos do 1º ciclo do ensino básico público com funções de enriquecimento escolar por aluno...12 Tabela 16 Despesa média por aluno com professores, monitores e técnicos do 1º ciclo do ensino básico público com funções de enriquecimento escolar, em 2016, por dimensão dos municípios...12 Tabela 17 FSM - Despesas com os transportes escolares dos alunos do 3º ciclo de ensino básico...13 Tabela 18 Municípios com menor e maior despesa elegível com transportes escolares dos alunos do 3º ciclo, em 2016...13

INTRODUÇÃO 1. O Fundo Social Municipal (FSM) é uma receita municipal anual e enquadra-se no âmbito da participação nos recursos públicos. Consiste numa subvenção específica, na medida em que se destina a financiar as despesas dos municípios com a concretização das atribuições e competências transferidas da administração central para estas autarquias locais no âmbito da educação. 2. As despesas municipais financiadas através do FSM estão identificadas no artigo 30.º da Lei n.º 73/2013, de 3 de setembro. Em 2016, as transferências financeiras para os municípios consignadas ao FSM visaram o financiamento das despesas com as seguintes áreas: 3 i. As despesas de funcionamento corrente do pré-escolar público, designadamente as remunerações de pessoal não docente, os serviços de alimentação, as despesas com prolongamento de horário e transporte escolar; ii. iii. As despesas de funcionamento corrente do 1º ciclo de ensino básico público, nomeadamente as remunerações de pessoal não docente, os serviços de alimentação, as atividades de enriquecimento curricular e transporte escolar, excluindo apenas as do pessoal docente afeto ao plano curricular obrigatório; As despesas com professores, monitores e outros técnicos do 1º ciclo de ensino básico público com funções educativas de enriquecimento curricular, em particular nas áreas de iniciação ao desporto e às artes, bem como de orientação escolar, de apoio à saúde escolar e de acompanhamento socioeducativo do ensino básico público. 3. A Lei do Orçamento do Estado (LOE) define anualmente o montante a transferir para cada município ao abrigo do FSM. Face às competências atualmente afetas aos municípios na área da educação, e atento o disposto no Decreto-Lei n.º 144/2008, de 28 de julho, o referido montante seria distribuído de acordo com os seguintes indicadores: a) Número de crianças que frequentam o ensino pré-escolar público; b) Número de jovens a frequentar o 1º ciclo do ensino básico público; c) Encargos com os transportes escolares do 3º ciclo. 4. Para 2016, a LOE/2016 definiu, na alínea b) do n.º 1 do artigo 44.º, um montante global de 163.325.967, dos quais foram afetos 39.364.838 aos 49 municípios da Região de Lisboa e Vale do Tejo (RLVT). 5. De referir que os Municípios de Cascais e Oeiras em 2016 não tiveram verbas atribuídas pela Lei do Orçamento do Estado a título de FSM, pelo que não tiveram que enviar a informação relativa às respetivas despesas para a CCDR, situação que já se verificava anteriormente com o Município de Lisboa. 6. Uma vez que o FSM é uma receita consignada ao financiamento de despesas específicas, os municípios devem demonstrar a realização das despesas financiadas, de forma a justificar as transferências recebidas da administração central. 7. De acordo com o n.º 2 do artigo 34.º da Lei n.º 73/2013, caso a despesa justificada pelos municípios seja inferior à verba que lhe foi afeta, no ano subsequente é deduzida à verba a que teria direito ao abrigo do FSM a diferença entre a receita de FSM e a despesa correspondente. 8. Neste âmbito, o artigo 62.º do Decreto-Lei n.º 18/2016, de 13 de abril, cometeu às CCDR a tarefa de validação da informação das despesas realizadas pelos municípios nos domínios da educação pré-escolar e do 1º ciclo do ensino básico, que estes comunicam trimestralmente à administração central, através do Sistema Integrado de Informação das Autarquias Locais (SIIAL). Foi ainda solicitada pela Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) a validação da informação respeitante às despesas com os transportes escolares dos alunos do 3º ciclo.

9. No presente documento apresenta-se uma análise das despesas apresentadas pelos municípios da RLVT, bem como uma súmula dos trabalhos de validação levados a efeito pela CCDRLVT. 10. Na análise das despesas financiadas pelo FSM teve-se em conta, para além da evolução entre 2015 e 2016 e valores por aluno, quando possível 1, a dimensão dos municípios. Para este efeito, utilizou-se a escala que agrega os municípios em três grupos, atendendo à respetiva dimensão populacional: pequenos, aqueles que têm uma população igual ou inferior a 20 000 habitantes; médios, os que têm uma população superior a 20 000 habitantes e até 100 000 habitantes e grandes os municípios com população superior a 100 000 habitantes. 4 METODOLOGIA DA VALIDAÇÃO 11. Sendo a informação sobre as despesas realizadas comunicada, trimestralmente, à administração central através do SIIAL, de forma agregada e acumulada, os municípios devem posteriormente enviar à CCDR uma listagem discriminada com as despesas realizadas. 12. A CCDR procedeu às seguintes verificações da informação constante da listagem mencionada: i. Confirmação dos montantes totais e por rubrica reportados pelo município na listagem enviada à CCDR, face às verbas registadas no SIIAL; ii. iii. Confirmação da aceitabilidade das despesas apresentadas, face à natureza e data das despesas financiadas; Neste ponto, refira-se que, não obstante o disposto no nº 3 do artigo 34.º da Lei n.º 73/2013, nos termos do qual a contabilidade analítica por centro de custos deve permitir identificar os custos referentes às funções educação ( ), a informação reportada pelos municípios é apurada quer através do regime de custos, quer da contabilidade de caixa, consoante a capacidade de resposta dos sistemas de informação utilizados pelos municípios; Análise de faturação relativa às despesas reportadas, incidindo em particular nas despesas enquadradas nas rubricas de natureza residual (outras despesas). 13. Para além da validação da informação respeitante à despesa, a CCDR procedeu igualmente à validação da informação das comparticipações recebidas pelos municípios no âmbito das despesas financiadas, atendendo a que as mesmas abatem ao montante das despesas. Foram confirmadas as receitas provenientes da Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), do Instituto de Gestão Financeira da Educação (IGeFE) e do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas (IFAP) (Regime da fruta escolar 2 ). 1 Não se dispõe de informação sobre o número de alunos do 3º ciclo que beneficiaram dos transportes escolares, pelo que a avaliação do impacto das despesas por aluno fica prejudicada, quer em termos globais, quer no que respeita ao 3º ciclo. 2 O regime da fruta escolar encontra-se definido na Portaria n.º 375/2015, de 20 de outubro.

Constrangimentos do processo de validação 14. A validação da informação baseia-se essencialmente na comparação entre os montantes discriminados no ficheiro Excel enviado à CCDR, com os dados registados por cada município no SIIAL. Este procedimento não permite aferir se os dados registados no ficheiro correspondem efetivamente a despesas/custos. Designadamente, a afetação do pessoal indicado como pessoal não docente às funções educativas do pré-escolar e do 1º ciclo não pode ser confirmada no âmbito da verificação feita pela CCDR. 5 15. A validação da receita com base nas listagens das transferências financeiras efetuadas pela DGEstE, IGeFE e IFAP implica o envio por parte de todos os municípios das listas das transferências recebidas. 16. O atraso do envio da informação, por parte dos municípios, condiciona a validação por parte da CCDR. Por exemplo, o Município da Amadora ainda não apresentou a informação das respetivas despesas no SIIAL, o que impossibilitou que esta informação pudesse ser validada pela CCDR. Sugestões / Pontos a melhorar nos trabalhos desenvolvidos 17. É necessário o reforço da validação das despesas apresentadas, designadamente pela análise de faturação relativa às despesas, numa amostra que poderá ser de 10% para cada município, incidindo esta, preferencialmente 3, nas despesas apresentadas nas rubricas residuais ( Outras despesas de funcionamento corrente, Outras despesas com funções educativas de enriquecimento curricular ). 18. No âmbito da validação das comparticipações recebidas pelos municípios seria de equacionar o pedido da informação das transferências efetuadas no ano em validação diretamente às entidades da administração central que processam estas transferências (DGEstE, IGeFE e IFAP). Limitações dos dados da DGEEC (2014/2015) 19. A análise das despesas por aluno é condicionada pelo facto de não se dispor de informação sobre o número de alunos do 3º ciclo que beneficiam dos transportes escolares. A ausência desta informação impede que seja apurado com rigor o custo por aluno global, bem como o custo por aluno do 3º ciclo. 20. Os dados relativos ao número de alunos matriculados reportam-se ao ano letivo 2014/2015, uma vez que foi esta a informação disponível na página da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), com o detalhe necessário para este relatório. 3 A validação factual das despesas nas demais rubricas deve também ser assegurada.

SUMÁRIO EXECUTIVO 1. O FSM é uma verba do Orçamento do Estado distribuída aos municípios para o exclusivo financiamento das funções desenvolvidas no domínio da educação,da saúde ou da ação social. 2. Para o ano de 2016, foi atríbuído aos 49 municípios da Região de Lisboa e Vale do Tejo o montante de 39,36 M, o que representou 24% do montante global de FSM distribuído aos municípios a nível nacional. 6 3. As despesas elegíveis reportadas pelos municípios da RLVT atingiram os 69,59 M em 2016, permitindo uma taxa de execução das transferências atribuídas pelo OE/2016 de 177%. 4. A execução do FSM reflete a dimensão dos municípios, constatando-se que o conjunto dos municípios de maior dimensão é também o que regista o maior volume de despesa. Foi também este grupo de municípios que em 2016 registou o maior aumento de despesas. 5. Por outro lado, se tivermos em conta as despesas por aluno, constata-se que quanto maior a dimensão dos municípios, menor o custo médio por aluno, o que será explicado pela existência de economias de escala e diluição dos custos fixos, nos municípios de maior dimensão. 6. As despesas com educação reportadas no âmbito da justificação das transferências ao abrigo do FSM representaram 6,13% das despesas correntes dos municípios da RLVT. 7. Os municípios da RLVT reportaram uma despesa líquida com o funcionamento corrente do préescolar público de 8,8 milhões de euros, em que o valor médio da despesa por aluno de todos os municípios é de 437,01. 8. As despesas de funcionamento corrente para o 1º ciclo do ensino básico registadas pelos municípios da RLVT atingiram os 52,65 milhões de euros, em que o valor médio da despesa por aluno de todos os municípios é de 546,34. 9. As despesas com professores, monitores e outros técnicos com funções educativas de enriquecimento curricular do 1º ciclo da RLVT somaram, em 2016, 1,28 M. Sendo de referir que apenas 18 municípios reportaram despesas desta natureza. O valor médio da despesa por aluno de todos os municípios é de 84,61. 10. As despesas com transporte escolar dos alunos do 3º ciclo financiadas pelo FSM reportadas pelos municípios da RLVT totalizaram 6,86 M, não sendo possível apurar o valor de despesa por aluno por falta de informação sobre o número de alunos que beneficiam deste apoio.

I EVOLUÇÃO DAS DESPESAS FINANCIADAS PELO FUNDO SOCIAL MUNICIPAL ENTRE 2015 E 2016 i. As despesas elegíveis para o FSM reportadas pelos municípios da RLVT atingiram os 69,59 M em 2016, permitindo uma taxa de execução das transferências atribuídas pelo OE/2016 de 177%. 4 (ver Quadro 1 anexo) ii. A despesa elegível apresentada superou em 30,23 M o montante atribuído aos municípios da RLVT a título de FSM, em 2016. 7 iii. Comparativamente à taxa apurada para 2015, a taxa de execução verificada em 2016 reflete um aumento de 22 pontos percentuais, conforme consta da tabela seguinte: Tabela 1 Taxa de execução do FSM em 2015 e 2016 Despesa elegível em 2015 ( ) FSM atribuído em 2015 ( ) Taxa execução FSM OE/ 2015 Despesa elegível em 2016 ( ) FSM atribuído em 2016 ( ) Taxa execução FSM OE/2016 RLVT 60.922.845,43 39.364.838,00 155% 69.591.441,89 39.364.838,00 177% iv. As despesas elegíveis para o FSM reportadas em 2016 cresceram 14%, face às verbas reportadas pelos mesmos municípios no ano anterior. Tabela 2 FSM - Evolução da despesa elegível - 2015/16 2015 ( ) 2016 ( ) Variação 2015/16 ( ) Tx variação 2015/16 RLVT 60.922.845,43 69.591.441,89 8.668.596,46 14% v. Contudo, o aumento de despesas financiáveis pelo FSM não se refletiu em todos os municípios, uma vez que 16 apresentaram despesas inferiores às reportadas em 2015. Os dados por município podem ser consultados no Quadro 2 anexo. Tabela 3 Municípios com menor e maior taxa de execução do FSM atribuído pelo OE/2016 5 municípios com menor taxa de execução 5 municípios com maior taxa de execução Cartaxo 101% Alenquer 293% Moita 106% Óbidos 327% Peniche 107% Loures 363% Barreiro 109% Mafra 427% Seixal 112% Chamusca 450% 4 Os dados relativos à despesa do Município da Amadora ainda não foram validados pela CCDR, uma vez que se encontram por registar no SIIAL.

vi. Dos 33 municípios que em 2016 aumentaram as despesas face às reportadas no ano anterior, as maiores variações percentuais verificaram-se nos Municípios da Golegã (+254%), Alcanena e Setúbal (ambos com +70%), Lourinhã (+64%) e Caldas da Rainha (+48%). Em termos absolutos, o maior crescimento ocorreu no Município de Loures, com mais 2,3 M 5. Em sentido contrário, o Município de Torres Vedras reportou em 2016 uma despesa elegível inferior em 438 mil euros à registada em 2015 6, o que correspondeu ao maior decréscimo verificado nos municípios da RLVT. vii. As despesas elegíveis para o FSM refletem a dimensão dos municípios, constatando-se que o conjunto dos municípios de maior dimensão é também o que tem o maior valor de despesa média. Foi também este grupo de municípios que em 2016 registou o maior aumento das despesas. 8 Tabela 4 FSM - Despesa elegível em 2015 e 2016, face à dimensão dos municípios Dimensão dos municípios Despesa média por município ( ) 2015 2016 Tx variação 2015/16 Pequena 347.610,00 376.628,91 8% Média 1.218.772,96 1.319.414,99 8% Grande 3.220.365,55 3.940.348,84 22% RLVT 1.243.323,38 1.420.233,51 14% viii. Na AML, os municípios reportaram uma despesa total elegível para o FSM de 42,76 M, contra os 35,61 M que haviam registado em 2015. A Lezíria do Tejo, sendo a NUTS III com menor peso nas despesas do FSM na RLVT, aumentou 696,18 mil em relação a 2015, tendo registado em 2016 despesas na ordem dos 7,12 M. Gráfico 1 FSM - Despesa por NUTS III, em 2015 e 2016 45 42,76 2015 40 35 35,61 2016 30 25 20 15 11,01 12,13 10 6,43 7,12 7,88 7,58 5 0 AML Lezíria do Tejo Médio Tejo Oeste Milhões ix. Em termos de valores médios da despesa elegível para o FSM nas várias NUTS da RLVT, é na AML que a despesa média é mais elevada; na Lezíria do Tejo, pelo contrário, regista-se o valor médio mais baixo. x. Com exceção da NUTS III Médio Tejo, nas restantes NUTS III da RLVT evidencia-se um aumento do valor da despesa média com educação financiada pelo FSM, entre 2015 e 2016. 5 Entre 2015 e 2016, o Município de Loures diminuiu o montante de receita reportada em cerca de 1 M ; em contrapartida, reportou um acréscimo de despesa de cerca de 1 M. 6 Registou-se um decréscimo da despesa reportada pelo Município de Torres Vedras em 2016, refletido nas várias rubricas FSM.

Tabela 5 FSM - Despesa elegível média, em 2015 e 2016, por NUTS III NUTS III Despesa média por município ( ) 2015 2016 Tx variação 2015/16 AML 2.374.064,42 2.850.498,38 20% Lezíria do Tejo 584.284,06 647.573,10 11% Médio Tejo 716.260,29 689.167,00-4% Oeste 917.157,61 1.010.818,76 10% 9 xi. As despesas com educação reportadas no âmbito da justificação das transferências ao abrigo do FSM representaram 6,13% das despesas correntes dos municípios da RLVT. Tabela 6 Peso da despesa financiada pelo FSM na despesa corrente de 2016 Despesa elegível em 2016 ( ) Despesa corrente em 2016 ( ) a) % despesas elegíveis na despesa corrente RLVT 69.591.441,89 1.134.461.327,83 6,13% a) Valores provisórios xii. Contudo, a realidade por município evidencia uma diversidade significativa, que pode ser consultada no Quadro 3 em anexo. Nos Municípios de Alenquer, Chamusca, Loures, Mafra e Tomar, as despesas com educação com o pré-escolar, 1º ciclo e transportes escolares do 3º ciclo representaram mais de 10% do total das despesas correntes pagas em 2016. Por outro lado, nos Municípios de Alcanena, Alcochete, Alpiarça, Barreiro, Cartaxo, Mação, Nazaré, Sardoal, Seixal, estas despesas constituíram uma fatia inferior a 4% das respetivas despesas correntes. Tabela 7 Municípios com menor e maior peso das despesas financiadas pelo FSM na despesa corrente de 2016 Municípios Despesa elegível em 2016 ( ) Despesa corrente em 2016 ( ) a) % despesas elegíveis na despesa corrente SARDOAL 135.258,18 4.872.899,20 2,78% NAZARÉ 311.380,24 10.296.703,29 3,02% MAÇÃO 221.994,64 7.049.871,23 3,15% CARTAXO 401.472,86 12.439.395,52 3,23% ALCOCHETE 402.185,46 11.853.046,38 3,39% ALPIARÇA 172.044,87 4.805.460,12 3,58% SEIXAL 2.270.872,05 60.166.335,10 3,77% BARREIRO 1.215.445,93 31.491.789,69 3,86% ALCANENA 286.269,54 7.276.890,66 3,93% CHAMUSCA 741.502,80 7.287.646,95 10,17% MAFRA 4.131.600,57 39.944.218,98 10,34% LOURES 9.054.526,75 87.523.315,33 10,35% ALENQUER 2.273.250,41 18.848.896,18 12,06% TOMAR 2.042.517,66 15.912.317,76 12,84% os mais baixos os mais altos RLVT 69.591.441,89 1.134.461.327,83 6,13% a) Valores provisórios

II - DESPESAS DE FUNCIONAMENTO CORRENTE DO PRÉ-ESCOLAR PÚBLICO EM 2016 i. As despesas de funcionamento corrente do pré-escolar público distribuem-se por remunerações de pessoal não docente, serviços de alimentação, prolongamento de horário, transporte escolar e outras despesas de funcionamento corrente. ii. Os municípios da RLVT reportaram uma despesa líquida com o funcionamento corrente do pré-escolar público de 8,8 milhões de euros. O montante das despesas registadas por cada município consta do Quadro 4 anexo. 10 Tabela 8 Despesas de funcionamento corrente do pré-escolar público por aluno, em 2016 Despesa elegível em 2016 ( ) N.º alunos matriculados préescolar 2014/2015 Despesa elegível por aluno ( ) 8.797.616,08 35.060 250,93 iii. A ponderação da despesa elegível com o número de alunos matriculados no mesmo nível de ensino 7 permite identificar uma diversidade significativa entre os municípios da RLVT. O valor médio da despesa por aluno de todos os municípios é de 437,01. Por município, as despesas por aluno variam entre 5,92 registados no Município do Barreiro e 1.090,04 no Município da Chamusca (tabela seguinte e Quadro 4 anexo). Tabela 9 Municípios com menor e maior despesa de funcionamento corrente do pré-escolar público por aluno 5 municípios com menor despesa elegível por aluno ( ) 5 municípios com maior despesa elegível por aluno ( ) Barreiro 5,92 Ferreira do Zêzere 822,43 Moita 22,05 Rio Maior 855,25 Benavente 26,92 Lourinhã 864,83 Sintra 67,19 Mação 1.049,29 Amadora 100,31 Chamusca 1.090,04 iv. No caso das despesas de funcionamento corrente do pré-escolar público, constata-se que o grupo dos municípios de pequena dimensão regista um valor médio de despesas por aluno superior ao apurado nos grupos de média e grande dimensão. Tabela 10 Despesa média por aluno com o funcionamento corrente do pré-escolar público, em 2016, por dimensão dos municípios Dimensão dos municípios Despesa média por aluno ( ) Pequena 532,04 Média 421,02 Grande 219,13 7 Dados relativos aos alunos do 1º ciclo do ensino básico público consultados em 17 de abril em www.dgeec.mec.pt

III - DESPESAS DE FUNCIONAMENTO CORRENTE COM O 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO PÚBLICO EM 2016 i. As despesas de funcionamento corrente com o 1º ciclo do ensino básico público abrangem as remunerações de pessoal não docente, serviços de alimentação, atividades de enriquecimento curricular, transporte escolar e outras despesas de funcionamento corrente. ii. As despesas de funcionamento corrente registadas pelos municípios da RLVT atingiram os 52,65 milhões de euros. O montante das despesas deste tipo em cada município é apresentado em anexo, no Quadro 5. 11 Tabela 11 Despesas de funcionamento corrente com o 1º ciclo do ensino básico por aluno, em 2016 Despesa elegível em 2016 ( ) N.º alunos matriculados 2014/2015 Despesa elegível por aluno ( ) 52.650.442,30 102.676 512,78 iii. A média das despesas elegíveis por aluno, nas despesas de funcionamento corrente com o 1º ciclo relatadas pelos municípios, é de 546,34, em 2016. Este valor oscila entre os 213,26 gastos pelo Município de Peniche, e os 1.431,94 despendidos no Município da Chamusca. Tabela 12 Municípios com menor e maior despesa de funcionamento corrente com o 1º ciclo do ensino básico por aluno 5 municípios com menor despesa elegível por aluno ( ) 5 municípios com maior despesa elegível por aluno ( ) Peniche 213,26 Mafra 877,71 Torres Vedras 254,34 Alenquer 1.122,21 Alcochete 256,94 Loures 1.249,51 Arruda dos Vinhos 262,25 Tomar 1.259,72 Salvaterra de Magos 287,56 Chamusca 1.431,94 iv. Tal como se verificou nas despesas com o pré-escolar, também as despesas de funcionamento corrente com o 1º ciclo apresentam valores médios por aluno mais elevados no grupo dos municípios de pequena dimensão, comparativamente aos grupos de média e grande dimensão. Tabela 13 Despesa média por aluno com o funcionamento corrente com o 1º ciclo do ensino básico, em 2016, por dimensão dos municípios Dimensão dos municípios Despesa média por aluno ( ) Pequena 616,86 Média 514,73 Grande 491,30

IV - DESPESAS COM PROFESSORES, MONITORES E TÉCNICOS DO 1º CICLO DO ENSINO BÁSICO PÚBLICO COM FUNÇÕES DE ENRIQUECIMENTO ESCOLAR EM 2016 i. No âmbito das despesas com professores, monitores e técnicos do 1º ciclo estão compreendidas as despesas que dizem respeito a enriquecimento curricular nas áreas de iniciação ao desporto e às artes, orientação escolar, apoio à saúde escolar, acompanhamento socioeducativo do ensino básico público e outras despesas com funções educativas de enriquecimento curricular. 12 ii. Nestes domínios, as despesas dos municípios da RLVT somaram, em 2016, 1,28 M. As despesas reportadas pelos municípios constam do Quadro 6 anexo, sendo de referir que apenas 18 municípios reportaram despesas desta natureza. Tabela 14 FSM - Despesas com professores, monitores e técnicos do 1º ciclo do ensino básico público com funções de enriquecimento escolar Despesa elegível em 2016 ( ) N.º alunos matriculados 2014/2015 a) Despesa elegível por aluno ( ) 1.282.183,58 38.615 33,20 iii. Tal como se constatou nas tipologias de despesas anteriormente analisadas, também nesta se verifica uma variação mais ou menos significativa nas despesas realizadas pelos municípios, quer em termos absolutos, quer em valores por aluno. Sendo o valor médio de despesa de 84,61 nos 18 municípios que registaram despesas deste tipo, o valor mais baixo foi registado no Município de Odivelas, com 0,43 gastos por aluno, e o mais elevado foi registado no Município da Golegã, com 346,93, conforme se verifica na tabela seguinte e no Quadro 6 anexo. Tabela 15 Municípios com menor e maior despesa com professores, monitores e técnicos do 1º ciclo do ensino básico público com funções de enriquecimento escolar por aluno 5 municípios com menor despesa elegível por aluno ( ) 5 municípios com maior despesa elegível por aluno ( ) Odivelas 0,43 Peniche 108,74 Alenquer 12,54 Torres Vedras 138,51 Caldas da Rainha 14,34 Sobral de Monte Agraço 152,80 Benavente 16,49 Óbidos 161,73 Ourém 19,23 Golegã 346,93 iv. Como se tem constatado, a despesa média por aluno revela uma ligação direta com a dimensão dos municípios, sendo que, no grupo dos municípios de pequena dimensão, as despesas são superiores, diminuindo com o aumento da dimensão do município, o que se prende principalmente com a existência de economias de escala e com a diluição dos custos fixos subjacentes à prestação destes serviços. Tabela 16 Despesa média por aluno com professores, monitores e técnicos do 1º ciclo do ensino básico público com funções de enriquecimento escolar, em 2016, por dimensão dos municípios Despesa média por Dimensão dos municípios aluno ( ) Pequena 157,33 Média 57,67 Grande 24,03

V - DESPESAS COM OS TRANSPORTES ESCOLARES DO 3º CICLO DE ENSINO BÁSICO EM 2016 i. As despesas com transporte escolar dos alunos do 3º ciclo financiadas pelo FSM reportadas pelos municípios da RLVT totalizaram 6,86 M. O detalhe por município consta do Quadro 7 anexo. Tabela 17 FSM - Despesas com os transportes escolares dos alunos do 3º ciclo de ensino básico Despesa elegível em 2016 ( ) 6.861.199,93 13 ii. Apresentaram despesas com o transporte escolar do 3º ciclo 41 municípios, sendo que os restantes 8 municípios com receitas do FSM em 2016 não registaram despesas deste tipo. iii. Uma vez que não se dispõe de informação sobre o número de alunos do 3º ciclo que beneficiam do transporte escolar, não é possível a apresentação da comparação das verbas despendidas pelos municípios, atendendo ao critério por aluno. iv. A comparação da despesa elegível com base em valores absolutos permite identificar como o município com menor despesa com o transporte escolar dos alunos do 3º ciclo o Município de Almada (4.849,20 ), enquanto o Município de Sintra registou a despesa mais elevada (1.316.130,37 ). Tabela 18 Municípios com menor e maior despesa elegível com transportes escolares dos alunos do 3º ciclo, em 2016 5 municípios com menor despesa elegível ( ) 5 municípios com maior despesa elegível ( ) Almada 4.849,20 Ourém 287.310,84 Sardoal 14.348,31 Mafra 333.968,93 Alpiarça 20.389,48 Torres Vedras 475.829,68 Barreiro 27.273,89 Tomar 594.892,74 Seixal 28.960,05 Sintra 1.316.130,37

ANEXOS 14

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Quadro 6 FSM - Despesas com professores, monitores e técnicos do 1º ciclo do ensino básico público com funções de enriquecimento escolar, por município NUTS III Dimensão Municípios Despesa elegível em 2016 ( ) N.º alunos matriculados 2014/2015 a) Despesa elegível por aluno ( ) MT M ABRANTES 0,00 - - MT P ALCANENA 0,00 - - O M ALCOBAÇA 0,00 - - AML P ALCOCHETE 0,00 - - O M ALENQUER 20.072,20 1601 12,54 AML G ALMADA 0,00 - - LT M ALMEIRIM 0,00 - - LT P ALPIARÇA 0,00 - - AML G AMADORA 279.990,21 5878 47,63 b) O P ARRUDA DOS VINHOS 0,00 - - LT M AZAMBUJA 0,00 - - AML M BARREIRO 0,00 - - LT M BENAVENTE 22.192,40 1346 16,49 O P BOMBARRAL 0,00 - - O P CADAVAL 0,00 - - O M CALDAS DA RAINHA 25.400,00 1771 14,34 LT M CARTAXO 33.253,60 949 35,04 LT P CHAMUSCA 21.957,83 285 77,05 MT P CONSTÂNCIA 0,00 - - LT P CORUCHE 0,00 - - MT M ENTRONCAMENTO 0,00 - - MT P FERREIRA DO ZÊZERE 0,00 - - LT P GOLEGÃ 71.120,72 205 346,93 AML G LOURES (106.826,96) 7378 - O M LOURINHÃ 0,00 - - MT P MAÇÃO 0,00 - - AML M MAFRA (98.643,79) 3602 - AML M MOITA 0,00 - - AML M MONTIJO 162.133,70 2158 75,13 O P NAZARÉ 24.464,76 508 48,16 O P ÓBIDOS 72.614,56 449 161,73 AML G ODIVELAS 2.220,80 5132 0,43 MT M OURÉM 30.764,91 1600 19,23 AML M PALMELA 0,00 - - O M PENICHE 119.395,25 1098 108,74 LT M RIO MAIOR 0,00 - - LT M SALVATERRA DE MAGOS 0,00 - - LT M SANTARÉM 0,00 - - MT P SARDOAL 0,00 - - AML G SEIXAL 0,00 - - AML M SESIMBRA 0,00 - - AML G SETÚBAL 0,00 - - AML G SINTRA 0,00 - - O P SOBRAL DE MONTE AGRAÇO 59.286,64 388 152,80 MT M TOMAR 0,00 - - MT M TORRES NOVAS 120.878,46 1221 99,00 O M TORRES VEDRAS 421.908,29 3046 138,51 AML G VILA FRANCA DE XIRA 0,00 - - MT P VILA NOVA DA BARQUINHA 0,00 - - TOTAL 1.282.183,58 38.615 33,20 20 a) Considerados apenas os alunos dos municípios com despesa reportada neste item. b) Dados não validados pela CCDR (em alteração pelo município) Fonte: Dados enviados pelos municípios relativos ao FSM; DGEEC.

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