A Torre Simbolismo De um céu tempestuoso surge um raio (força da natureza) que fulmina a torre (construção humana). O simbolismo nos atenta para os limites da ação humana, que nunca será superior à força da natureza. O que é construído no mundo material, pode ser dissolvido por forças superiores a qualquer momento.
O QUE O ARCANO NOS MOSTRA? A Torre nos diz sobre acontecimentos súbitos que parecem nos tirar nossas bases, mas que no fundo são libertadores.
No tarô de Waite temos o raio danificando a torre construída pelos humanos. Ao mesmo tempo, a torre é destituída de sua coroa e fogo sai das três janelas, usadas para representar a trindade. Waite sugere que este arcano fala sobre a chegada do mal que destrói a espiritualidade (simbolizada pela coroa). Entretanto, ele não conclui nada, pois em sua obra leva em consideração também que pode ser o fim da materialidade através da ação superior.
NEI NAIFF Ele tem uma leitura bem distinta sobre este arcano. Diferente dos autores que fizeram uma leitura com base no ocultismo, onde cada um fala uma coisa, Nei Naiff usa a simbologia e a ligação com a estrutura do tarô construída por ele, para chegar a uma resposta. Ele sugere que a Torre seja a ruptura do poder e do status, por força maior (raio). O arcano simbolizaria então, a perda/ruptura de algo construído em bases erradas. Logo, haverá uma correção para a libertação da vaidade, ambição, excessos e até mesmo libertação do ego. Trata-se de uma libertação cármica, que trará no futuro um caminho melhor e mais evoluído, pois o arcano sucessor é a Estrela.
A ruína O arcano sugere libertação, mudanças, rompimentos, prejuízos, falência, miséria, desamparo, adversidade, calamidade, decepção e acidentes
Os 4 planos de interpretação: (Nei Naiff) Material: dívidas, prejuízos financeiros, perdas, doenças, fracassos, desemprego, mudanças Namoro e casamento: separação ou grandes discussões, fase muito ruim para o relacionamento. Solteiros: impossibilidade de um relacionamento Mental: desilusão, confusão mental, estresse Sentimental: decepção, tristeza, frustração, desamor Espiritual: desorientação
Fonte: 1. A análise de um arcano nos 4 planos foi desenvolvida pelo tarólogo e tarotista Nei Naiff em seu livro Tarô, vida e destino (editora Best Seller,2013). A descrição dos 4 planos foi desenvolvida por Ana Cristal, baseado nas informações do livro citado acima de autoria de Nei Naiff. 2. A outra fonte de estudos herméticos é o curso da alquimia, produzido pela escola de Alquimia Joel Aleixo, da qual sou uma eterna aluna Bibliografia: BANZHAF, Hajo. Tarô sabedoria para todos os dias. São Paulo: Pensamento, 2007. Manual do tarô. São Paulo: Pensamento, 1992. As chaves do tarô. São Paulo: Pensamento, 1995. Guia completo do tarô. São Paulo: Pensamento, 1996 NAIFF, Nei. Tarô, vida e destino. Rio de Janeiro: Best Seller, 2013, Tarô, oráculo e métodos. Rio de Janeiro: Best Seler, 2014 NICHOLS, Sallie. Jung e o tarô: Uma jornada arquetípica. São Paulo: Cultrix, 2007 MEBES, G.O. Os arcanos maiores do tarô. São Paulo: Pensamento, 1996 WAITE, Arthur Edward Waite. Tarô: a sorte pelas cartas. Ediouro, 1985 MARTEAU, Paul. El tarot de Marsella. Chile: EDAF, 1985 PAPUS. O tarô dos boêmios. São Paulo: Martins Fontes, 1992 PRIETO, CLAUDINEY. O novo tarô de Marselha Um roteiro para leitura, estudo e divinação. São Paulo: Alfabeto, 2016 EVOLA, Julius. A tradição hermética nos símbolos, na sua doutrina e na sua arte régia. São Paulo: Livraria Martins Fontes WEIL, Pierre. Esfinge: Estrutura e Mistério do Homem. Vozes, Petrópolis, 1972 CEMBORAIN, L. Las esfinges. Labor, Buenos Aires, 1947