PADRÕES DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL A EVENTOS EXTREMOS CLIMÁTICOS NO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO



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Transcrição:

PADRÕES DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E VULNERABILIDADE SOCIOAMBIENTAL A EVENTOS EXTREMOS CLIMÁTICOS NO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO IV Workshop REDELITORAL Carlos Eduardo Nakao Inouye São Sebastião, 24 de novembro de 2011

Mudanças climáticas: tema ambiental do século XXI(GIDDENS, 2009) 4 Relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas(IPCC) O aquecimento global está de fato acontecendo (SOLOMON et al., 2007).

A preocupação com a questão das mudanças climáticas é inevitável Secas, enchentes, elevação do nível do mar, ondas de calor, tempestades mais intensas, e maior incerteza dos padrões climáticos Ocasionarão maior incidência de doenças, perda de biodiversidade e produção agrícola Transformações sociais e econômicas expressivas (WILBANKS et al., 2007; SATTERTHWAITE et al., 2007; HUNT; WATKISS, 2007).

Vulnerabilidade A noção de vulnerabilidade geralmente é definida como uma situação em que estão presentes três elementos: exposição ao risco; incapacidade de reação; e dificuldade de adaptação diante da materialização do risco (MOSER, 1998). Natural hazards: uma tradição geográfica. Fenômenos naturais que, em situações extremas, causavam danos e expunham as populações ao perigo. (Marandola& Hogan, 2005)

Vulnerabilidade A vulnerabilidade social é analisada em relação a indivíduos, famílias ou grupos sociais(kaztman et al., 1999). Por outro lado, a vulnerabilidade ambiental é discutida em termos territoriais (regiões, ecossistemas)(cutter, 1996). Vulnerabilidade socioambiental: integraçãoentreasduas dimensões asocialeaambiental(alves etal.,2010). coexistência, cumulatividade ou sobreposição espacial de situações de pobreza/privação social e de situações de exposição a risco e/ou degradação ambiental(alves, 2006).

EVENTOS EXTREMOS NO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO Praias de enseada (pocketbeaches) do Litoral Norte SP aliadas à presença das escarpas da Serra do Mar, torna a região muito vulnerável a eventos extremos A proximidade da Serra do Mar ao litoral: ocorrência de precipitação orográfica clima superúmido. Intensos escoamentos superficiais, aumento de descargas fluviais, movimentos de massa e escorregamentos (NEVES& MUEHE, 2008) Fundamental a identificação de áreas urbanizadas de maior densidade populacional, e também as áreas de maior vulnerabilidade aos processos físicos litorâneos, de modo a balizar as ações de planejamento da ocupação do solo nas zonas costeiras.

Método AQUISIÇÃO DOS DADOS PADRONIZAÇÃO DOS DADOS CONVERSÃO PARA RASTER RECLASSIFY PONDERAÇÃO DOS ATRIBUTOS SOBREPOSIÇÃO DE MAPAS WEIGHTED OVERLAY ATRIBUIÇÃO DE ÍNDICES DE VULNERABILIDADE

Método Riscos de exposição de frentes urbanas para diferentes intervenções de defesa costeira COELHO, Universidade de Aveiro O mapa de vulnerabilidade proposto por COELHO(2005) é produzido por meio de combinação aritmética dos parâmetros de vulnerabilidade dos mapas. O mapa final foi desenvolvido com a variação empírica de pesos de cada parâmetro analisado.

Mapa de vulnerabilidade Fatores de vulnerabilidade Índice de vulnerabilidade muito baixo (1) baixo (2) moderado (3) alto (4) muito alto (5) Elevação topográfica (m) > 30 > 20 a 30 > 10 a 20 > 5 a 10 5 Distância da costa (m) > 1000 > 200 a 1000 > 50 a 200 > 20 a 50 20 recalques por adensamento de solos instabilizações por inundações, recalques, moles; inundações corte/aterro/infiltração assoreamento, pluviais / Geotecnia Baixa suscetibilidade à recalques e inundações d'água, dificuldades de escavação, impacto por escorregamento a montante solapamento das margens dos rios / erosão nos solos subsuperficiais escorregamentos / recalques por adensamento de solos moles; inundação diárias associadas à maré Densidade populacional (hab) 0 a 279 > 279 a 1121 > 1121 a 2579 > 2579 a 5373 > 5373 floresta pastagem / residência / comércio / Uso do solo fechada plantação / outros restinga / manguezal

Mapa de distância da costa Digitalização da linha de costa do Litoral Norte Shape Linha Aplicação de função buffer sobre o shp linha. 20m, 50m, 200m, 1000m

Classificação geotécnica (IPT, 1994) Aumento da temperatura e chuvas intensas 2 Baixa suscetibilidade à recalques e inundações 2 7 Média suscetibilidade à recalques diferenciais, instabilizações por corte/aterro/infiltração d'água, dificuldades de escavação, impacto 3 por escorregamento a montante 3 Alta suscetibilidade à inundações, recalques, assoreamento, solapamento das margens dos rios 4 4 Alta suscetibilidade à erosão nos solos subsuperficiais, induzida por movimentos de terra 4 5 Alta suscetibilidade à recalques por adensamento de solos moles; inundações pluviais 5 6 Alta suscetibilidade à escorregamentos (naturais e induzidos) 5 8 Muito alta suscetibilidade à recalques por adensamento de solos moles; inundação diárias associadas à maré 5

Mapa de uso e cobertura do solo Fonte: adaptado de S.O.S. Mata Atlântica Classes consideradas Residência / comércio Floresta fechada Outros Restinga Manguezal

Mapa de densidade populacional Base de informações do Censo Demográfico 2010: resultados da Sinopse por setor censitário Cálculo de área dos setores censitários no ArcGIS V014 Pessoas residentes Densidade populacional = V014/área (hab/km²)

Mapa de vulnerabilidade Conversão dos arquivos produzidos para raster: Mapa de elevação do terreno Mapa de distância da costa Mapa aspectos geotécnicos Mapa densidade populacional Mapa de uso e cobertura do solo Pesos dos mapas, baseados na ponderação de Coelho (2005) 30% Elevação 20% Distância da costa 20% Geotécnico 20% Densidade pop. 10% Uso do solo

ÍNDICE % 1 1,5 2 84 3 10 4 4 5 0,5

Municípios Vegetação Unidades de Conservação Área Natural (1) PE da Ilha PE da Serra do PE de Total geral Anchieta Mar Ilhabela (ha) (ha) % ha % da veg Caraguatatuba 48.000 35.894 75% 32.902 32.902 92% Ilhabela 33.600 29.704 88% 27.947 27.947 94% São Sebastião 47.900 34.131 71% 27.385 27.385 80% Ubatuba 68.200 62.055 91% 821 50.375 51.196 83% TOTAL 197.700 161.784 82% 821 110.662 27.947 139.430 86% (adaptado de SMA, 2009)

ÍNDICE % 1 1 2 15 3 52 4 32 5 0

Proposta de índice de vulnerabilidade socioambiental Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS) combinação entre duas dimensões: socioeconômica e demográfica Análise preliminar das áreas em situação de vulnerabilidade socioambiental de São Sebastião (Litoral Norte, SP)

Modelagem Dinâmica Espacial LUCC(LanduseandCoverChange) Land Change Science Land Change Science Pesquisas interdisciplinares causas e consequências das mudanças no uso e cobertura da terra Utiliza sensoriamento remoto, modelagem e análises geoespaciais

- Dinamica EGO - Dispositivo que testa hipóteses - Cenários alternativos da paisagem, influenciados por conjunturas econômicas, sociais, políticas e ambientais - DINAMICA EGO - Cálculo da matriz de transição áreas não-construída área construída - Cálculo da matriz de transição do uso do solo - TERRA VIEW - Preenchimento de células

ALVES, F. L. et al. ModellingCoastal Vulnerabilities Tool for Decision Support System at Inter-municipality Level. Journal of Coastal Research, Portugal, 2011.

1 área urbana 2 Restinga 3 Mata 4 (nenhum) 5 -Mangue

Áreas construídas 1986 / 2008 0 área construída 1 area não-construída

AocupaçãohumananolitoralnortedeSãoPaulo Turismo x Desenvolvimento x ambiente natural a dicotomia entre desenvolvimento e conservação ocorre justamente em áreas urbanas vulneráveis à impactos ambientais, como mostrado neste trabalho Necessidade de identificação das áreas vulneráveis sob o enfoque das mudanças ambientais globais balizamento de ações para adaptação e mitigação dos impactos. A dimensão do risco das populações com os impactos da mudança e variabilidade do clima, é influenciada principalmente por tomadores de decisão que planejam, implementam e gerenciam ações governamentais e políticas públicas no nível local.

Bibliografia INSTITUTO TECNOLÓGICO DE AERONÁUTICA Alves, H. P. F. Vulnerabilidade socioambiental na metrópole paulistana: uma análise sociodemográficadas situações de sobreposição espacial de problemas e riscos sociais e ambientais. Revista Brasileira de Estudos de População, São Paulo, v. 23, n. 1, p. 43-59, 2006. Alves, H. P. F.; Mello, A. Y. I.; D antona, A. O.; Carmo, R. L. Vulnerabilidade socioambiental nos municípios do litoral paulista no contexto das mudanças climáticas. In: Encontro Nacional de Estudos Populacionais, 17, 2010, Caxambu. Anais... Campinas: UNICAMP, 2010. Artigos. CD-ROM, On-line. Disponível em: http://www.abep.nepo.unicamp.br/encontro2010/docs_pdf/tema_3/abep2010_2503.pdf. Acesso em: 09 set. 2011. CECCARELLI, Talita Sampaio. Paradigmas para os projetos de obras marítimas no contexto das mudanças climáticas.dissertação (Mestrado em Engenharia), Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. Coelho, C.D., 2005. Riscos de exposição de frentes urbanas para diferentes intervenções de defesa costeira. Portugal: University of Aveiro, Ph.D. thesis, 404p. Cutter S. L. Vulnerability to environmental hazards. Progress in Human Geography, v.20, n.4, p.529-539, Dec. 1996. GIDDENS, A. The politics of climate change. Cambridge: Polity Press, 2009. HUNT, A.; WATKISS, P. Literature review on climate change impacts on urban city centres: initial findings. Organisationfor Economic Co-operation and Development (OECD), ENV/EPOC/GSP(2007)10/FINAL, OECD Publishing, 2007. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Censo Demográfico 2010. Rio de Janeiro, 2011. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/>. Acesso em: 03 de maio de 2011.

Kaztman, R.; Beccaria, L.; Filgueira, F.; Golbert, L.; Kessler, G. Vulnerabilidad, activosy exclusión social en Argentina y Uruguay. Santiago de Chile: OIT, 1999. MARANDOLA JR.; E.; HOGAN, D.J. Vulnerabilidade e riscos: entre geografia e demografia. Revista Brasileira de Estudos de População, São Paulo, Moser, C. The asset vulnerability framework: reassessing urban poverty reduction strategies. World Development, New York, v.26, n. 1, 1998. NEVES C.F., MUEHE D. Vulnerabilidade, impactos e adaptação a mudanças do clima: a zona costeira. Parcerias Estratégicas. Brasília, 2008. SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DE SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo -SMA. Litoral Norte: Metodologia para avaliação ambiental integrada de projetos. São Paulo: 2009. SATTERTHWAITE, D. et al. Adapting to climate change in urban areas: the possibilities and constraints in low-and middle-income nations. Discussion Paper N.1, International Institute for Environment and Development (IIED), London, 2007. SOLOMON, S. et al. (Orgs.) Climate change 2007: The physical science basis. Contribution of Working Group I to the Fourth Assessment Report of the IPCC. Cambridge: Cambridge University Press, 2007. v. 22, n. 1, p. 29-53, jan./jun. 2005. WILBANKS, T. J. et al. Industry, settlement and society. In: PARRY, M. et al. (Orgs.). Climate Change 2007: Impacts, adaptation and vulnerability. Contribution of Working Group II to the Fourth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Cambridge: Cambridge University Press, 2007. p. 357-390.

Obrigado! Carlos Eduardo Nakao carlos.nakao@gmail.com