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PARECER ÚNICO Nº 458/2012 PROTOCOLO SIAM N 0923531/2012 Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental Nº 03102/2012/002/2012 LI Corretiva DEFERIMENTO Outorga: (Não se aplica) AIA: (Não se aplica) Reserva legal: Averbada na Matrícula nº 7.210 Empreendimento: CONSTRUTORA COWAN S.A CNPJ: 68.528.017/0001-50 Unidade de Conservação: (Não se aplica) Bacia Hidrográfica: Rio São Francisco VALIDADE: 1 (um) ano Município: Congonhas/MG Sub Bacia: Rio Paraopeba Atividades objeto do licenciamento Código DN 74/04 Descrição Classe C-10-02-2 Usina de produção de concreto asfáltico 3 Medidas mitigadoras: SIM NÃO Medidas compensatórias: SIM NÃO Condicionantes: SIM NÃO Automonitoramento: SIM NÃO Responsável Técnico pelos Estudos Técnicos Luciano Guimarães Xavier Registro de Classe MG-123632/D CREA Relatório de vistoria/auto de fiscalização: 85661/2012 Data: 05/11/2012 Equipe Interdisciplinar MASP Assinatura Giovana Gomes Barbosa 1.304.829-3 Leandro Cosme Oliveira Couto 83.160-4 Laércio Capanema Marques 1.148.544-8 Carine Rocha da Veiga 1.255.666-8 De acordo Diretoria Técnica MASP Assinatura Anderson Marques Martinez Lara 1.147.779-1 Diretor Chefe de do Apoio Núcleo Técnico Jurídico MASP Assinatura Bruno Malta Pinto Diretor de Controle Processual 1.220.033-3 Pág. 1

1. INTRODUÇÃO O presente Parecer Único tem por objetivo subsidiar o julgamento do pedido de Licença de Instalação Corretiva LIC requerida pela Construtora Cowan S.A, para a complementação das instalações de sua unidade de produção de concreto asfáltico, localizada na cidade de Congonhas/MG. Visando regularizar a situação ambiental do empreendimento, a Construtora Cowan S.A formalizou em 18/09/2012, o seu pedido de licença de operação corretiva conforme Processo Administrativo PA COPAM nº. 03102/2012/002/2012 e recibo de entrega de documentos nº 750863/2012. Porém, em vistoria no empreendimento realizada no dia 05/11/2012, conforme Auto de Fiscalização nº. 85661/2012, constatou-se que o empreendimento encontra-se em fase de implantação das estruturas produtivas e de apoio, não tendo iniciado, no entanto, sua operação. Diante disso, o referido processo de LOC foi reorientado para Licença de Instalação Corretiva LIC, sendo lavrado, em 13/11/2012 o Auto de Infração nº 59048/2012, por implantar estruturas produtivas, potencialmente poluidoras, sem, contudo, ter obtido respectiva licença ambiental de instalação; ressalta-se que não foi constatada a existência de poluição e/ou degradação ambiental. Assim, o empreendedor atendendo a solicitação da formalizou em 07/11/2012 o seu pedido de licença de instalação em caráter corretivo, conforme protocolo dos documentos listados no FOBI nº 234666/2012-A e recibo de entrega, protocolo nº 910730/2012. Desta forma, a análise técnica pautou-se nas informações apresentadas no Relatório de Controle Ambiental e Plano de Controle Ambiental RCA/PCA, nas observações realizadas em vistoria ao empreendimento e informações complementares conforme recibos de documentos anexos juntos aos autos. 2. DIAGNÓSTICO AMBIENTAL A Usina de Produção de Concreto Asfáltico sob responsabilidade da Construtora Cowan S.A está localizada na Fazenda Barro, s/nº no Distrito de Alto Maranhão no município de Congonhas/MG e visa atender as necessidades decorrentes de obras de recuperação e manutenção rodoviária no município. A área de entorno da usina de asfalto da Construtora Cowan não possui comunidades locais e está afastada do centro comercial de Congonhas. A declaração emitida pela Prefeitura Municipal de Congonhas em 04/07/2012 afiança que o tipo de atividade desenvolvida e o local de instalação do empreendimento estão em conformidade com as Leis e os Regulamentos administrativos municipais. Não foram constatadas restrições ambientais a partir da localização do empreendimento, uma vez que não há Unidades de Conservação ou respectivas zonas de amortecimento no raio limite de 3 km, ou mesmo cursos d água na área diretamente afetada, conforme Relatório de Restrições Ambientais expedido pelo Sistema Integrado de Informação Ambiental SIAM (par de coordenadas geográficas Lat. 20 33 39,0 e Long. 43 50 11,5 datum SAD 69). Pág. 2

3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO Trata-se de uma usina de produção de Concreto Betuminoso Usinado a Quente CBUQ, com capacidade instalada de 55 t/h, enquadrada no código C-10-02-2, sendo considerada como porte médio e classe 3, de acordo com a Deliberação Normativa COPAM Nº. 74, de 9 de setembro de 2004. A usina de concreto asfáltico da Construtora Cowan está localizada à margem direita da Rodovia BR-383, seguindo-se no sentido de Belo Horizonte para Jeceaba, no trecho do Km 602, zona rural do Distrito Alto Maranhão no município de Congonhas. Possui as seguintes unidades: área destinada à disposição dos tanques de estocagem de cimento asfáltico CAP 50/70, RR 1C, e CM 30 e óleo BPF, pátio destinado a estocagem de pilhas de agregados; além de estruturas de apoio compreendendo escritório de atividades, refeitório, vestiário e sanitários. O empreendimento ocupará uma área total 8.696,580 m 2 cedida pelo Sr. Sebastião Clemente Santana, proprietário do imóvel denominado Barro Branco, através de comandato (documento anexo ao processo). Para o desenvolvimento de suas atividades, a usina operará regularmente com um quadro de aproximadamente14 funcionários, em regime de operação de segunda a sábado, das 7h às 17h. Ressalta-se que segundo dados obtidos do RCA Relatório de Controle Ambiental de acordo com o cronograma de obras e serviços da Construtora Cowan S.A, a usina ocupará a área até meados do mês de fevereiro de 2014. A água a ser utilizada no empreendimento será captada no Córrego Porteiro, ponto de coordenadas UTM X 621718, Y7725238 devidamente regularizada junto ao IGAM através da Certidão de Registro de Uso de Água, Processo Cadastro nº 015303/2011 Protocolo 824262/2011, com consumo estimado em aproximadamente, 18m 3 /mês, e será destinado à higienização pessoal, consumo humano e aspersão das vias de tráfego. A energia elétrica será fornecida pela concessionária de energia elétrica - CEMIG. Esta energia será destinada ao acionamento de motores dos equipamentos e iluminação do pátio da usina, da área de escritórios e das obras de pavimentação em geral. 4. PROCESSO PRODUTIVO O recebimento dos agregados (brita e pó de pedra) será por meio de transporte rodoviário, e serão armazenados em pilhas na área própria de estocagem. O deslocamento de agregados para os silos de alimentação será realizado por pá mecânica. O cimento asfáltico de petróleo CAP 50/70, e as emulsões RR 1C e CM-30 serão recebidos e armazenados em tanques metálicos instalados sobre bases horizontais, com respectiva bacia de contenção. Pág. 3

A produção inicia com a transferência dos agregados para silos específicos através do uso de uma pá carregadeira. A alimentação dos silos será intermitente, pois, a forma de tronco de pirâmide do silo permitirá a alimentação contínua da correia transportadora que se encontra sob o mesmo. A correia transportadora alimentará o secador de agregados. Os agregados entrarão no secador, que compreende um cilindro rotativo dotado de queimador em uma de suas extremidades, onde ocorrerá o processo de secagem para a eliminação de água e aquecimento para a correta temperatura de mistura com o ligante (de 150 C a 190 C, variável de acordo com o tipo de mistura e ligante). Uma vez secos e aquecidos, os agregados alcançarão o misturador externo. O secador de agregados será do tipo rotativo, contra-fluxo, e possuirá basicamente três estágios. O primeiro estágio corresponderá à alimentação dos agregados e também onde estará situado o bico queimador de óleo. No segundo, ocorrerá à mistura e secagem dos agregados e o terceiro, será o misturado do CAP de modo a obter-se o CBUQ - Concreto Betuminoso Usinado a Quente. Como o secador terá uma inclinação em relação à horizontal, o agregado movimentará em forma helicoidal e sairá pelo lado oposto ao início do processo. Ao sair, será conduzido por um elevador de canecas até o silo de espera. Deste silo, será vertido diretamente na caçamba dos caminhões basculantes que fará a distribuição para as frentes de serviço. O secador rotativo da usina de asfalto utilizará óleo diesel para aquecimento. O consumo de óleo será da ordem de 5 a 6 L/toneladas de CBUQ produzido, o que equivalerá à cerca de 30.000 L/mês. A empresa também utilizará óleo diesel para a limpeza de equipamentos, das linhas de alimentação, ferramentas e na partida do sistema. O óleo diesel também entrará no processo como elemento de lubrificação que impedirá ao CBUQ de agarrar nas paredes dos equipamentos. As matérias-primas a serem utilizadas no processo produtivo estão relacionadas na tabela a seguir. Os agregados constituídos por brita e pó de pedra serão fornecidos pelo empreendimento PRECAL Mineração LTDA já as emulsões asfálticas (CAP, CM-30 e RR-1C) e óleo diesel serão fornecidos pela Petrobrás Distribuidora S.A. Pág. 4

Quadro 01: Matérias-primas e consumo médio mensal. Material Fornecedor Brita 1 Brita 0 PRECAL Mineração LDTA Pó de Pedra Cimento Asfaltico Petróleo CAP 50/70 Petrobrás Distribuidora S.A Emulsão CM-30 Emulsão RR-1C Óleo Diesel Fonte: RCA Relatório de Controle Ambiental, 2012. Consumo Mensal Médio 264 ton 1.115 ton 2.075 ton 500 ton 84 ton 40 ton 80 ton Serão instalados os seguintes equipamentos: Quadro 02: Relação de equipamentos. Descrição do equipamento Quantidade Capacidade Operacional Usina de Asfalto UA2-01 55 t/h Dosador de agregados 03 6 m³ Correias transportadoras 04 - Secador de agregados / Misturador 01 - Queimador 01 - Exaustor 01 01 Centrífugo 40 cv Elevador quente 01 - Compressor de ar 02 72 PCM Ciclone Filtro de Mangas (devolve o pó - para o Misturador) 01 Filtro de Mangas 01 288 mangas Bomba de combustível 01 - Bomba de asfalto 01 - Fonte: RCA Relatório de Controle Ambiental, 2012. 5. IMPACTOS AMBIENTAIS E MEDIDAS MITIGADORAS 5.1 Efluentes líquidos sanitários Os efluentes sanitários serão gerados pelas atividades humanas e representarão a descarga doméstica dos 14 funcionários previstos na área, representando uma vazão diária estimada em 980 L/dia (7,0 m³/mês). Para controle e tratamento deste efluente a empresa propôs a implantação de um conjunto de fossa séptica ligada em série a um filtro anaeróbio e, em seguida, a um sumidouro, sendo Pág. 5

dimensionado para uma população de 20 (vinte) usuários. Tal medida será objeto de condicionante deste parecer. 5.2 Efluentes líquidos pluviais Considerando a característica do terreno, as águas pluviais são drenadas naturalmente da área física do empreendimento, não necessitando de intervenções. 5.3 Efluentes líquidos Industriais O processo de produção de concreto asfáltico não gera efluentes líquidos industriais, entretanto, a utilização e o armazenamento de substâncias oleosas (tanques de armazenamento, tambores de resíduos contaminados por óleos, etc.) serão realizados em áreas impermeabilizadas, devidamente dotadas de bacias de contenção. Anexo às bacias de contenção dos tanques deverá ser instalado um sistema de separação óleo/água que irá tratar toda água que por ventura cair sobre as mesmas antes do descarte no sistema de drenagem. Tal medida será objeto de condicionante deste parecer. A manutenção de veículos operacionais e maquinários, tais como troca de óleo e peças, serão realizadas em oficina terceirizada, fora dos domínios do empreendimento. 5.4 Emissões atmosféricas As emissões atmosféricas serão constituídas, basicamente, por SO 2 e material particulado. Considera-se que tais emissões serão minimizadas através do sistema de controle constituído por filtro de mangas, já instalado (após secador rotativo). O material particulado (finos, pó) oriundo do processo de secagem será retido por dois componentes principais: o primeiro é o Separador Estático, que capturará os finos de maior granulometria e o segundo é o Filtro de Mangas, responsável pela retenção dos finos de menor granulometria. Estes componentes devolverá o material particulado ao misturador, evitando que seja lançado à atmosfera. Será objeto de condicionante, quando da concessão da licença de operação, realização, semestral, de amostragem das emissões atmosféricas, obedecendo, para tanto, aos parâmetros (Material particulado e SO2), limites e unidades dos padrões previstos na DN COPAM nº. 11/86. Outra forma de emissão de poeira fugitiva será proveniente do tráfego interno de veículos e maquinários e o manejo das pilhas de matérias-primas, que deverão ser minimizadas por aspersão de água, através de caminhões-pipa. Pág. 6

5.5 Emissões de ruído O ruído a ser gerado pelas atividades da Usina de Produção de Concreto Asfáltico terá origem, comumente, no trânsito de caminhões e no funcionamento de diversos equipamentos operacionais. Ressalta-se que, na área do entorno, não há residências ou pequenas comunidades. Será proposto, como condicionante, quando da concessão da licença de operação, a realização de medições dos níveis de ruído, através do programa de monitoramento. Os respectivos resultados deverão atender aos parâmetros definidos pela Norma Brasileira ABNT-NBR 10.151. 5.6 Resíduos sólidos A produção de concreto asfáltico não gerará quantidades significativas resíduos sólidos industriais, porém, poderão ser gerados, por questões de qualidade, refugos de alguns traços de massa asfáltica, de deverão ter a sua destinação adequada. As sucatas, tambores e outros materiais resultantes da atividade deverão ser mantidos em galpão coberto e pavimentado, a fim de se evitar possível contaminação do solo. Estamos propondo como condicionante deste parecer que a empresa implante um depósito temporário de resíduos devidamente coberto com piso impermeabilizado, sistema de controle de possíveis vazamentos com canaletas de contenção e caixas de retenção. O setor administrativo gerará resíduos sólidos específicos, compreendendo: sobras de alimentos, embalagens de marmitex de alumínio, papéis de escritório e resíduos de banheiro. Estes resíduos deverão ser armazenados em tambores metálicos e ter sua destinação ambientalmente correta. Será objeto de condicionante, quando da concessão da referida licença de operação, a apresentação periódica de relatório de controle da destinação final de todos os resíduos sólidos do empreendimento. 6. RESERVA LEGAL Conforme constatado nos autos, a empresa apresentou cópia do registro de imóvel, matrícula nº 7.210 referente ao imóvel rural denominado Vargem das Pedras, distrito de Alto Maranhão, de propriedade da Srª Selma Aparecida Santana de Oliveira, cuja porção de terras com área total de 33.31,88 ha, sendo averbada uma área de 7,0 ha, o qual se localiza a planta industrial da Construtora COWAN. 7. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE APP Conforme citado anteriormente, no local onde se encontra instalado o empreendimento não está inserido em área de preservação permanente. Pág. 7

8. UNIDADE DE CONSERVAÇ ÃO Conforme consulta à base de dados georreferenciados do Sistema Integrado de Informação Ambiental (Siam) para as coordenadas geográficas do ponto central do empreendimento, este não está inserido no interior ou na zona de amortecimento de UC. 9. UTILIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS A água a ser utilizada no empreendimento será captada no Córrego Porteiro, ponto de coordenadas UTM X 621718, Y7725238 devidamente regularizada junto ao IGAM através da Certidão de Registro de Uso de Água, Processo Cadastro nº 015303/2011 Protocolo 824262/2011, com consumo estimado em aproximadamente, 18m 3 /mês, e será destinado à higienização pessoal, consumo humano e aspersão das vias de tráfego. Tal certidão concede ao empreendedor a captação de 0,5 l/s durante 20 horas/dia o que perfaz a vazão total captada de 1080 m³/mês. Portanto, a vazão outorgada, será suficiente para atender a demanda do empreendimento. 10. COMPENSAÇÃO AMBIENTAL O empreendimento Usina de Produção de Concreto Asfáltico não é passível da incidência da Compensação Ambiental, nos termos da Lei Nº. 9.985, de 18 de julho de 2000 e do Decreto 45.175, de 17 de setembro de 2009, considerando que: 1) não será causador de significativo impacto ambiental, seja pelas intervenções associadas à sua implantação, seja ao longo dos impactos a serem gerados durante a sua operação; 2) a operação regular e controlada do empreendimento não acarretará impactos adicionais capazes de comprometer a biodiversidade da área que abrange. 11. CONTROLE PROCESSUAL CONSTRUTORA COWAN S.A. vem, através de seu representante legal, requerer, validamente, Licença de Instalação Corretiva, nos termos do item 1 do presente parecer, para a atividade de usinas de produção de concreto asfáltico, no município de Congonhas/MG. Consta dos autos do processo a declaração da Prefeitura Municipal de Congonhas/MG informando que o tipo de atividade desenvolvida e o local de instalação do empreendimento estão em conformidade com as leis e regulamentos da municipalidade. O empreendimento está localizado em zona rural e possui reserva legal averbada na matrícula do imóvel onde é realizada a atividade. Pág. 8

Não foi informada ou constatada in loco qualquer supressão de vegetação, nem intervenção em Área de Preservação Permanente (APP). O uso/intervenção em recurso hídrico é através de captação no Córrego Porteiro, cuja outorga encontra-se devidamente regularizada junto ao IGAM (Processo Cadastro nº 015303/2011). O adimplemento dos custos de análise referentes ao licenciamento ambiental em questão foi providenciado, bem como o recolhimento dos emolumentos referentes ao FOBI n.º 234666/2012. É o que se percebe dos comprovantes de pagamento anexados aos autos. No que tange às publicações, em periódico de grande circulação e a oficial, referentes ao requerimento da Licença de Instalação Corretiva, estas se encontram presentes nos autos, atendendo com isto o princípio da publicidade dos atos administrativos previsto no artigo 37 da CR/88, bem como atenderam a todos os requisitos previstos na Deliberação Normativa n.º 13/1995 do COPAM. Noutro giro, quanto à validade do prazo dessa licença, há de se respeitar a dos empreendimentos listados na Deliberação Normativa COPAM n.º 74/04 de Classe 3, nos exatos termos previstos na Deliberação Normativa COPAM n.º 17, de 17 de dezembro de 1996, qual seja, um ano, correspondendo ao prazo previsto no cronograma constante do plano de controle ambiental aprovado para implantação da atividade ou empreendimento. Assim, no que se refere à atividade do licenciamento em si, eis que toda a documentação compreendida no presente encontra-se em conformidade com o exigido para o seu requerimento. 12. CONCLUSÃO A avaliação dos estudos ambientais apresentados a esta Superintendência não evidenciou fatores restritivos à implantação do empreendimento Usina de Produção de Concreto Asfáltico Processo COPAM Nº. 03102/2012/002/2012 para a Construtora Cowan S.A. Dessa forma, o presente Parecer Único recomenda o deferimento do pedido de concessão de Licença de instalação Corretiva ao empreendimento mencionado, o qual realizará a atividade de produção de concreto asfáltico, condicionada ao cumprimento integral do PCA Plano de Controle Ambiental e dos itens relacionados no anexos I, deste parecer. A Licença Ambiental em apreço não dispensa nem substitui a obrigatoriedade de obtenção, pelo empreendedor, de quaisquer outras licenças, permissões ou autorizações legalmente exigíveis. Pág. 9

ANEXO I Processo COPAM Nº: 03102/2012/002/2012 Classe/Porte: M Empreendimento: Construtora Cowan S.A Atividades: Usina de Produção de Concreto Asfáltico Endereço: Fazenda Barro Branco Localização: Distrito de Alto Maranhão Município: Congonhas/MG Referência: CONDICIONANTES DA LIC VALIDADE: 01 ano ITEM DESCRIÇÃO PRAZO * 01 Implantar conjunto de fossa séptica ligada em série a um filtro anaeróbio e, em seguida, a um sumidouro, dimensionado para uma população de 20 (vinte) usuários. Apresentar relatório técnico fotográfico comprovando a implantação deste sistema de controle. 02 03 04 Implantar em todas as bacias de contenção dos tanques, sistema de separação óleo/água. Apresentar relatório técnico fotográfico comprovando a implantação deste sistema de controle. Implantar depósito temporário de resíduos coberto, com piso impermeabilizado, sistema de controle de possíveis vazamentos com canaletas de contenção e caixas de retenção. Apresentar Laudo de Vistoria final emitido pelo Corpo de Bombeiros do Estado de Minas Gerais. Formalização da Licença de Operação - LO. Formalização da Licença de Operação - LO. Formalização da Licença de Operação - LO. Formalização da Licença de Operação - LO. (*) Contado a partir da data de concessão da licença (**) Eventuais pedidos de alteração nos prazos de cumprimento das condicionantes estabelecidas nos Anexos deste Parecer Único, poderão ser resolvidos junto à própria SUPRAM, mediante a análise técnica e jurídica, desde que não alterem o mérito/conteúdo das condicionantes OBSERVAÇÕES: I O não atendimento aos itens especificados acima, assim como o não cumprimento de qualquer dos itens do RCA/PCA apresentado ou mesmo qualquer situação que descaracterize o objeto desta licença, sujeitará a empresa à aplicação das penalidades previstas na Legislação e ao cancelamento da Licença de instalação obtida; II - Em razão do que dispõe o art. 6º da Deliberação Normativa COPAM Nº 13/1995, o empreendedor tem o prazo de 10 (dez) dias para a publicação, em periódico local ou regional de grande circulação, da concessão da presente licença. III - Cabe esclarecer que a não possui responsabilidade técnica sobre os projetos de controle ambiental e programas de treinamentos aprovados para implantação, sendo a execução, operação, comprovação de eficiência e/ou gerenciamento dos mesmos de inteira responsabilidade da própria empresa, seu projetista e/ou prepostos. Pág. 10