UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL CENTRAL DE LABORATÓRIOS BIOTÉRIO



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Transcrição:

NORMAS DO DE EXPERIMENTAÇÃO E MANUTENÇÃO 1. CEUA: Todos os experimentos com animais devem ser submetidos previamente à aprovação da CEUA (Comissão de Ética no Uso de Animais). Somente após a aprovação do experimento pela CEUA, será permitido seu início. 2. CADASTRO DO PROJETO NO : para início das atividades de pesquisa o pesquisador deverá Entregar cópia do projeto. Entregar cópia do parecer favorável da CEUA. Preencher formulário para cadastro do projeto. Disponibilizar cronograma de utilização das instalações do Biotério durante o experimento para aprovação e adequação das datas de hospedagem dos animais. 3. SOLICITAÇÃO DE ANIMAIS: os animais serão produzidos após parecer favorável da CEUA. Os animais serão disponibilizados para a pesquisa no prazo mínimo de 90 dias, considerando que o pesquisador irá utilizar animais com 60 dias de idade. 4. ANIMAIS ORIUNDOS DE OUTROS S: na utilização de animais provenientes de outros biotérios, deve-se apresentar a nota fiscal da compra e atestado comprovando o status sanitário dos mesmos. Também deve ser feita previamente a comunicação para a equipe do Biotério sobre a data de chegada dos animais. Solicita-se entrega de cronograma do experimento, lembrando que deve ser respeitado um período mínimo de dez dias para adaptação dos animais ao novo ambiente antes do início da experimentação. 5. BIOSSEGURANÇA: O Biotério de Experimentação está classificado como Nível I de Biossegurança Animal, para os trabalhos com animais convencionais. 6. TREINAMENTO: Todos os alunos/pesquisadores, que pretendem exercer atividades nas instalações do Biotério, deverão realizar previamente o Curso de Treinamento Teórico-prático ministrado semestralmente pela equipe deste Biotério. Este curso visa dar orientações básicas sobre a higienização (caixas, bicos e bebedouros), utilização adequada dos insumos (maravalha e ração), organização do Biotério, e local para descarte de materiais. Treinamentos específicos, manuseio animal e técnicas experimentais de acordo com o estudo a ser realizado, são de responsabilidade do orientador/pesquisador responsável pelo projeto.

7. AUTORIZAÇÃO: É expressamente proibido ao usuário entrar no Biotério de Manutenção Experimentação sem prévia autorização. Os usuários deverão efetuar a colocação de aventais e paramentar-se com os itens relacionados abaixo. Cabelos longos devem estar devidamente presos. EPIs (Equipamento de proteção individual): Uso de jaleco (mangas longas e devidamente fechado) Colocar as luvas Utilização de propés, máscara e gorros (procedimentos cirúrgicos). O usuário deve providenciar os EPIs necessários para sua pesquisa. Na saída do Biotério descartar as luvas e propés no saco de lixo branco. * Horário de funcionamento do Biotério é de segunda-feira a sexta-feira. Expediente Interno: 8:00 às 10:00. Pesquisa: 10:00 às 17:30. Ajustes de horários para a pesquisa devem ser viabilizados junto ao técnico do setor. 8. RESPONSABILIDADE DO PESQUISADOR: Durante a experimentação, os animais devem ser constantemente monitorados pelo aluno e/ou pesquisador responsável. O pesquisador responsável pela experimentação animal deve assegurar que todas as pessoas que tenham contato com animais de laboratório e/ou com materiais de descarte sejam avisadas do risco potencial. Os insumos (ração e maravalha) para a manutenção dos animais do experimento deverão ser fornecidos pelos pesquisadores. Ao término da experimentação animal o pesquisador tem prazo de uma semana para retirar das instalações do Biotério todo material (biológico, consumo) utilizado durante a pesquisa. 9. ÁREA DE TRABALHO: É expressamente proibido comer, beber, fumar, utilizar cosméticos com odor forte e falar alto. O usuário fica restrito somente à sala de alojamento, higienização e sala de procedimento em uso. O usuário deve providenciar os materiais e equipamentos que são necessários a sua pesquisa. 10. SALAS PARA ALOJAMENTO: São disponibilizadas duas salas para alojamento dos animais da pesquisa (sala para ratos; sala para camundongos). A sala pode ser compartilhada e animais de outro experimento podem estar alojados simultaneamente na mesma sala. Os experimentos que ficarão na mesma sala são selecionados de acordo com alguns parâmetros, como por exemplo, por espécie animal, e experimentos que apresentem necessidades semelhantes. Todas as gaiolas devem ter identificação com: nome do pesquisador responsável, nome do aluno, laboratório a que pertence e telefones de emergência.

11. SALAS DE PROCEDIMENTOS: São disponibilizadas duas salas para procedimentos. Estas salas possuem alguns equipamentos como: um freezer, bancada com pia, balança para pesagem de animais, gaiolas ratos e camundongos, câmara de CO 2. Os materiais disponibilizados pelo Biotério nestas salas são: papel toalha; papel kraft; sacos de lixo hospitalar e álcool 70%. Estas salas são apropriadas para a realização de procedimentos experimentais como: inoculações, coleta de sangue e cirurgias em geral. Tais procedimentos não podem ser realizados na própria sala dos animais, pois liberam alguns odores e possíveis vocalizações, que quando realizados nas próprias salas de animais, acabam deixando-os estressados, refletindo negativamente nos resultados experimentais. Sala disponível mediante agendamento prévio com técnico do Biotério. 12. SALAS DE HIGIENIZAÇÃO: São disponibilizadas duas salas de higienização (camundongos e ratos). Estas salas estão localizadas junto à sala de alojamento dos animais de experimentação, é neste espaço que deve ser descartado todo material proveniente da limpeza das caixas, bem como lixo e materiais sujos. 13. SALA DE DESCONTAMINAÇÃO: Possui uma autoclave para a esterilização de materiais provenientes da higienização e da experimentação animal. Os materiais esterilizados são: gaiolas, grades, maravalha e bebedouros. A esterilização de material para pesquisa poderá ser realizada mediante agendamento prévio no Biotério. 14. BOAS PRÁTICAS LABORATORIAIS: As superfícies de trabalho precisam ser descontaminadas sempre antes e depois do uso e especialmente após a ocorrência de respingos ou qualquer outro tipo de contaminação. Para o descarte de materiais perfuro cortantes, como seringas e agulhas, deve-se descartar o conjunto todo (não recapear as agulhas) em caixas próprias para materiais perfuro cortantes, que são encontradas nas salas de procedimentos. Quando o balde de lixo (saco de lixo hospitalar) estiver cheio, amarrar a boca do saco. Pegar outro saco de lixo hospitalar e recolocar no balde. Quando a caixa para perfuro cortantes estiver cheia, fechar a caixa devidamente como determinado nas instruções do rótulo. Pegar outra caixa para perfuro cortantes e recolocar na sala, caso tiver dificuldades para montar a caixa para perfuro cortantes, solicitar ajuda do funcionário da área.

15. IDENTIFICAÇÃO: Na identificação das gaiolas deve constar: o nome do aluno, do pesquisador responsável, quantidade de animais e anotações sobre óbitos de animais, sendo que os modelos das fichas devem ser solicitados à equipe técnica do Biotério. ATENÇÃO: Quando os animais forem mantidos em regime de restrição alimentar e/ou hídricos, a equipe do Biotério deve estar avisada. O mesmo também deve estar descrito na ficha de identificação. 16. MANUSEIO DOS ANIMAIS: Os animais devem ser manuseados gentilmente. Os ratos e camundongos podem ser pegos pela cauda quando for estritamente necessário e para procedimentos rápidos. 17. CONTENÇÃO: Os ratos devem ser contidos firmemente, porém de forma gentil, atrás das patas dianteiras e cabeça, segurando as patas e cauda com a outra mão. Nos camundongos, deve-se segurá-los com o polegar e o dedo indicador, por meio da pele solta na base do pescoço, e segurar a cauda com o dedo mínimo. 18. SEPARAR GRUPOS: Para a separação dos grupos de animais do experimento, os materiais necessários podem ser encontrados na sala de apoio. Atenção deve ser dada às grades das gaiolas; pois as grades de ratos e de estoque de camundongos são similares com diferença apenas no espaço entre uma fresta e outra, sendo o espaço maior nas grades de ratos e menor nas grades de camundongos. Bebedouros: apertar bem a rolha do bebedouro e perceber se está vazando ou se não está caindo a água, virando o bebedouro para baixo, só então colocá-lo na gaiola. Preencher as fichas das gaiolas com todas as informações requeridas acima. Sempre observar a quantidade máxima de animais por gaiola, que é de 5 ratos nas gaiolas grandes, 5 camundongos nas gaiolas pequenas. 19. ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL: Elementos adicionais ao ambiente de um animal podem contribuir para um enriquecimento ambiental. Os dispositivos artificiais como, por exemplo, Iglu de tamanhos apropriados para a espécie ou tubos de PVC, demonstram benefício ao bem-estar animal, diminuindo o estresse por exemplo. Quando for utilizar enriquecimento ambiental, comunicar à equipe do Biotério. 20. DESCARTE DE MATERIAIS: O lixo resultante da limpeza da sala, material e biológico provenientes de animais da experimentação, devem ser acondicionados em sacos plásticos brancos nos baldes de lixo disponibilizados nas salas. No término do descarte, os sacos devem ser fechados

e identificados. Os animais mortos devem ser acondicionados em sacos plásticos brancos, identificados (data e pesquisador) e colocados no freezer da sala de procedimentos. 21. LIVRO DE REGISTRO DE PROCEDIMENTOS REALIZADOS E LEGISLAÇÃO: Estão disponíveis na antecâmara de entrada do Biotério (sala 307): Livro para Registro dos Procedimentos realizados neste local, bem como uma pasta com a legislação vigente no País, para uso de animais (Diretriz Brasileira para Cuidado e a Utilização de Animais para Fins Científicos e Didáticos DBCA, 2013). 22. NOTIFICAÇÃO DE OCORRÊNCIAS: responsáveis pelos animais e pelo Biotério devem notificar imediatamente ao pesquisador e à CEUA qualquer evento adverso imprevisto que possa impactar negativamente o bem-estar animal. RECOMENDAÇÕES PARA O TRABALHO COM ANIMAIS 1. JEJUM: A) O jejum alimentar e pré-operatório deve ser de no máximo 6-8 horas. (Exceto sob justificativa). B) A privação de água não deve ultrapassar 6 horas, a equipe do Biotério deve ser informada quanto à utilização do jejum nos animais, gaiolas devem estar identificadas. 2. DOR: Todo animal que em qualquer fase do experimento demonstrar sofrimento deverá ser imediatamente eutanasiado, exceto nos casos em que informações, como dor e estresse sejam relevantes para o experimento. A eutanásia deve ser realizada com a presença do médico veterinário cadastrado no projeto de pesquisa. 3. VIAS DE INOCULAÇÃO: Na administração de injeções, os animais devem ser corretamente imobilizados para que a mesma seja conduzida sem risco para o pesquisador e o animal, a manipulação incorreta ou brusca pode implicar estresse e, consequentemente, desequilíbrio das funções orgânicas. Os volumes recomendados de administração das principais vias estão Anexo I: Principais Vias de Administração de Substâncias. 4. COLETAS DE SANGUE: Todas as recomendações sobre volume de coleta de sangue estão relacionadas no Anexo II: Coletas de Sangue. 5. PROCEDIMENTOS CIRÚRGICOS: Para o bem-estar do animal, bem como obtenção de resultados confiáveis, são necessárias técnicas cirúrgicas adequadas, anestesia apropriada, instrumentação correta, procedimentos antissépticos e cuidados pré e pós-operatórios (administração de analgésicos, anti-inflamatórios e antibióticos).

A saúde, o estado psicológico do animal e a habilidade do responsável pela cirurgia também devem ser considerados. DADOS RELATIVOS À MANUTENÇÃO DO AMBIENTE DO DE EXPERIMENTAÇÃO ULBRA Sistema de Ar Condicionado Temperatura Adequada- 22± 2 c Umidade Adequada- 55± 10% Trocas de Ar- 15-20 Trocas/Hora Um timer para controle da luminosidade- 12h Luz/12h Escuro Nutrição- Ração Comercial NUVILAB CR1

BIBLIOGRAFIA ANDERSEN, L. M; D ALMEIDA, V; GUIMIKO; KAWAKAMI, R; MARTINS, F. J. P; MAGALHÃES, E. L.; TURFIK, S. Princípios Éticos e Práticos do Uso de Animais de Experimentação. 1 Edição, São Paulo: Escola Paulista de Medicina, Universidade Federal de São Paulo, Departamento de Psicologia, 2004. ANDRADE, A. Animais de Laboratório: Criação e Experimentação. Organizado por Antenor Andrade, Sérgio Correia Pinto e Rosilene Santos de Oliveira, Rio de Janeiro: Fiocruz, 2002.387p. FESTING, M., KONDO, K., LOOSLI,R., POILEY, S.M., SPIEGEL,A. International Commitee on Laboratory Animals. International Standardized Nomenclature for outbred stocks of Laboratory Animals. ICLA Bull. 1972 COLÉGIO BRASILEIRO DE EXPERIMENTAÇÃO ANIMAL (COBEA), Princípios Éticos na Experimentação Animal.. CANADIAN COUNCIL ON ANIMAL CARE. Guide to the Care and Use of Experimental Animals. Ottawa Canadian Council on Animal Care (CCAC), 1984,v.1.120p. RUSSEL, W.M.S.; BURCH,R.L. The principles of human experimental technique. Disponível em: URL: http://altweb.jhsph.edu/publications/humane exp/het-toc.htm NATIONAL RESEARCH COUNCIL-INSTITUTE OF LABORATORY ANIMAL RESOUCES, Committee on Rodents. Guide for the Care and Use of Laboratory Animals. Washington:National Academy Press, 1996.125p. POOLE, T.B. (ED). The UFAW handbook on the care and management of laboratory animals. 6th ed. London: UFAW, Churchill Livingstone, 1987.635p. FELASA. Recommendations for the health monitoring of mouse, rat, hamster, guinea pig and rabbit breeding colonies. Lab Anim, v.28, p.1-12, 1994.

ANEXO I: Principais vias de administração de substâncias A Tabela 1 apresenta o volume de administração de substâncias para ratos e camundongos. Tabela 1: Volume para administração de substâncias e dimensão de agulhas de acordo com as diferentes vias. Espécie/via Subcutânea Intramuscular Intraperitoneal Endovenosa Rato Volume (ml) Agulha (mm) 5-10 13 x 25 ou 25 x 5 0,3 20 x 5,5 ou 25 x 6 5-10 25 x 6 ou 20 x 5,5 0,5 25 x 5 Camundongo Volume (ml) Agulha (mm) 2-3 13 x 4,5 ou 25 x 5 0,03 13 x 4,5 ou 25 x 5 2-3 13 x 4,5 ou 25 x 5 0,2 13 x 4,5 ou 25 x 5 Fonte: Adaptado de Canadian Council on Animal Care in Science. Via oral O método mais simples para a administração oral é dar a substância misturada à comida ou à água potável. A quantidade de alimento e água que o animal ingere deve ser conhecida, para calcular a substância a ser misturada. Gavagem A agulha ponta-bola é usada para evitar danos ao esôfago. O animal é manualmente contido, sendo a imobilização da cabeça essencial nesse procedimento. A agulha é introduzida lentamente na cavidade oral, através da boca e da faringe para o esôfago. Nenhuma resistência deve ser sentida, e deve-se assegurar que o tubo não penetre na traqueia. A substância tem de ser administrada lentamente. Os roedores comem e bebem muitas vezes ao dia. Por esse motivo, dificilmente estão com o estômago vazio. Como a distensão máxima do estômago é no final do período escuro e a quantidade mínima, no final do período claro, pequenos volumes devem ser administrados no início do período claro. O volume indicado é de 1 ml de solução para cada 100 g de peso corporal. Se a solução for aquosa, esse volume pode subir para 2 ml para cada 100 g de animal.

ANEXO II: Coleta de sangue Existem variadas técnicas de coleta de sangue, tanto para ratos como para camundongos. Porém, para a melhor escolha da técnica, deve-se ter conhecimento de alguns parâmetros relacionados aos animais, como espécie, tamanho do animal, tipo de amostra necessária (soro, plasma, células inteiras), qualidade da amostra necessária (esterilidade, contaminação de fluídos, tecidos), quantidade de sangue necessária, frequência de amostragem, estado de saúde do animal, formação e experiência do operador e efeito da contenção ou anestesia sobre o parâmetro arterial medido. A frequência e o volume aceitáveis de coleta de sangue dependem do volume total de sangue circulante dos animais e da quantidade de glóbulos vermelhos (RBC). Como representativo do volume de sangue total, calcula-se 10% do peso dos ratos e 6% a 8% do peso dos camundongos. Do volume de sangue circulante, cerca de 10% do volume total pode ser removido com segurança a cada duas a quatro semanas; 7,5% desse volume pode ser removido a cada sete dias; e 1% a cada 24 horas17,20,25,como descrito na Tabela 1. Para a coleta de volumes maiores que o recomendado, deve-se apresentar uma justificativa e fazer a reposição de líquidos e substitutos celulares. É importante salientar que o volume de sangue é recuperado em 24 horas, mas os eritrócitos retornam aos níveis normais somente em duas semanas. Tabela 1. Volume de sangue aproximado e intervalos entre coletas. Peso do animal (g) 20 25 30 35 40 125 150 200 250 300 350 Volume de sangue circulante (ml) 1,10-1,40 1,37-1,75 1,65-2,10 1,93-2,45 2,20-2,80 6,88-8,75 8,25-10,50 11,00-14,00 13,75-17,50 16,50-21,00 19,25-24,50 Fonte: Adaptado de National Research Council. 1% (ml) A cada 24 h 0,011-0,014 0,014-0,018 0,017-0,021 0,019-0,025 0,022-0,028 0,069-0,088 0,082-0,105 0,11-0,14 0,14-0,18 0,17-0,21 0,19-0,25 10% (ml) A cada duas semanas 0,11-0,14 0,14-0,18 0,17-0,21 0,19-0,25 0,22-0,28 0,69-0,88 0,82-1,0 1,1-1,4 1,4-1,8 1,7-2,1 1,9-2,5