UN SOLlFUGO DA ARGENTINA E AL- GUNS OPILlOES DA COLOMBIA

Documentos relacionados
SETE NOVOS LANIATORES COLHIDOS

bois GÉNEROS E QUATRO ESPÉCIES DE PACHYLINA E

GUATUBESIA, NOVO GÊNERO DE GONYLEPTIDAE

UM NOVO GÊNERO E DOIS ALÓTIPOS DE "GONY- LEPTIDAE" (OPILIONES) 1

ALGUNS LANIATORES NOVOS DA REPUBLIC A ARGENTIN A MELLO-LEITÃ O

OPILIÕES COLIGIDOS POR ANTENOR LEITÁO DE CARVALHO NO TAPIRAPÉS 1 CANDIDO DE MELLO-LEITAO

DEIPARTAMENTO DE ZOOLOGIA. DOIS NOVOS CiÊNEROS E TRÊS NOVAS ESPÉCIES DE OPILIOES BRASILEIROS (*) POR INTRODUÇÁO

ALGUNS OPILIÕES NOVOS DA

Revta bras. Ent. 32(2): OPERA OPILIOLOGICA VARIA. XXI. (OPILIONES, GONYLEPTIDAE) ABSTRACT

OITO NOVOS LANIA.TORES DO EQUADOR

DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA. DUAS NOVAS ESPÉCIES DiE OPILIÕES DO ESiTANDO DO ESPíRITO SANTO (*) POR INTRODUÇÁO

Papéis Avulsos de Zoologia

OPERA OPILIOLOGICA VARIA. XVII. (OPIL!ONES, GONYLEPT!DXE) ABSTRACT

OPERA OPILIOLOGICA VARIA. VII (OPILIONES, GONYLEPTIDAE) '

PAPÉIS AVULSOS. DEPARTAh'íkNTO DE ZOOLOGIA OPILIÕES DA COLEÇÁO GOFFERJE " (OPILIONES - GONYLEPTIDAE) (*) HENEDICIO A. M So~nks e HÉLIA E. M.

OPERA OPILIOLOGICA VARIA. VIII. (OPILIONES, GONYLEPTIDAE) 1

OPILIÕES COLIGIDOS PELO DR. HENRY LEONARDO S NO xi NOÚ

OPERA OPILIOLOGICA VARIA. XVL NOVO GÊNERO DE GONYLEPTIDAE E PRESENÇA DE TRIAENONYCHIDA E NO BRASIL (OPILIONES).

Generos novos de Gonyleptídeos

Fam. PHALAGIBIDAS Simoãa

SECRETARIA+ DA AGRICULTURA

RIO DE JANEIRO, 30 DE SETEMBRO DE 1933 ANNAE S QUATRO NOVOS PALPATORES NEOTROPICO S MELLO - LEITÃ O SUEPAMILIA NEOPILIONINAE LAW R

NOVOS OPILIOES DE BANHADO (ESTADO DO PARANÁ) (*) POR, INTRODUÇÁO

OPERA OPILIOLOGICA VARIA. XII (OPILIONES, GONY LEPTIDAE, PACHYLINAE)

PAPEIS AVULSOS DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA SECRETARIA DA AGRICULTURA- S. PAULO - BRASIL POR

NOTAS SOBRE OPILIõES DO INSTITUTO BUTANTAN

Vol. VII, N. 15 pp PAPÉIS AVULSO S E UM NOVO OPILIÃO DO ESTADO DO PARÁ (* ) PO R

Revista Brasileira de Biologia

PAPÉIS AVULSO S DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA NOVOS OPILIÕES DO DEPARTAMENTO DE ZOOLOGI A DA SECRETARIA DA. AGRICULTURA DO ESTAD O DE SÃO PAULO.

AVULSOS DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA. CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DOS OPILIõES DA COLEGÃO "OTTO SCHUBART" (*) POR

Papéis Avulsos de Zoologia

DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA ALGUNS OPILIÓES DO MUSEU NACIONAL DO RIO DE JANEIRO (*) POR

DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA POR

NOVAS GONYLEPTIDA E NAS COLLECÇÕES DO INSTITUTO BUTANTAN PO R PACHYLINA E

OPERA OPILIOLOGICA VARIA. I. (OPILIONES, GONYLEPTIDAE)

PAPÉIS AVULSOS OPILIÕES DA "COLEÇÃO GOFFERJÉ" (OPILIONES: GONYLEPTIDAE, PHALANGODIDAE) 1

CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DOS SALTICIDAE (ARANEAE) DO BRASIL. VII. Maria José Bauab Vianna Benedict» A. M. Soares

Parte II Aracnídeos / Arachnids 1922 contribuição para o conhecimento dos escorpiões brasileiros

E VINTE E OITO ESPÉCIES DE GONYLEPTIDAE

CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO S OPILIOES DO PERU

OPERA OPILIOLOGICA VARIA. III. (OPILIONES, GONYLEPTIDAE) I

AJóti pos de Paragonyleptes antiquus (Melo-

P.APÉIS AVULSOS DO DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA

ARACNÍDIO S ANEXO N. 1. Relatório da excursão científica do Instituto Oswaldo Cruz realizad a na zona da E. F. N. O. B., em outubro de 1938

NOVOS SOLIFUGOS DO CHILE E, DO MEXICO

DEPARTAMENTO DE ZOOEOGHA. Divisão de Insecta. OpiPióes de Ubatuba B. M. SOARES -

CAVERNICOLA (OPILIONES: LANIATORES)

DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA

Duas novas espécies de Mauesia (Cerambycidae, Lamiinae, Mauesini) e chave para identificação das espécies do gênero

Galatheoidea Chirostylidae Uroptycbus uncifer (A. Milne Edwards, 1880)

MAlS ALGUNS NOVOS OPILIOES SUL-AMERICANOS

GONYASSAMIINAE, NOVA SUBFAMÍLIA DE GONYLEPTIDA E (OPILIONES, GONYLEPTOIDEA, GONYLEPTOMORPHI) DO BRASI L

p o r B. M. SOARE S Liogonyleptoides inermis (M. L., 1922).

DESCRIÇÃO DO GÊNERO PENSACOLOPS, G. N. E DE NOVA ESPÉCIE DE CHIRA PECKHAM, 1896 (ARANEAE, SALTICIDAE)

SEIS ESPÉCIES NOVAS DO GÊNERO MYCOTRETUS CHEVROLAT, 1837, DA REGIÃO AMAZÔNICA. (COLEÓPTERA, EROTYLIDAE). Moacir Alvarenga ( *)

SISTEMÁTICA DE Rhabdepyris KIEFFER (HYMENOPTERA, BETHYLIDAE) AMAZÔNICOS COM ANTENAS PECTINADAS

Novos táxons de Desmiphorini (Coleoptera, Cerambycidae, Lamiinae) da Costa Rica e do Brasil

OPERA OPILIOLOGICA VARIA. XXIII. ABSTRACT

ANATOMIA RADIOLÓGICA DOS MMII. Prof.: Gustavo Martins Pires

t Benedicto A. M. Soares- Regina de L. S. Jim 1.3

a~bu~vos CONTHcaBUH~AO AO ESTUDO DOS OIPHL1,IóEB DO ESTADO DO PARANA. \ DO MUSEU PAWANAENSE SEPARATA\ Vol. IV - Art..IX - Bgs. 207 à 230 Por / SOARES

Os membros inferiores são formados por cinco segmentos ósseos, que apresentamos a seguir. Todos os ossos desses segmentos são pares.

Arachnideos do Rio Grande do Su l

PAPÉIS AVULSO S DO ALTO DA SERR A OPILIOES B. M. SOARE S INTRODUÇA O SECRETARIA DA AGRICULTURA S. PAULO - BRASI L

Espécies novas de Eucerinae Neotropicais e notas sobre Dasyhalonia phaeoptera Moure & Michener (Hymenoptera, Anthophoridae) 1

Munida pusilla Benedict, 1902

Parte II Aracnídeos / Arachnids 1922 contribuição para o conhecimento dos escorpiões encontrados no Brasil

* BOLETIM DO MUSEU ',NÀc!oNAL,:,-. ' NOVA SERIE.i ' / J.. L. RIO DE JANEIRO - B'R'ASIL... PALPATORES PHALANGIIDAE

Deltocephalinae): primeiro registro no Brasil e descrição de duas espécies novas 1

Pré-Molares Permanente

.-. - i- Benedicto A. Ma.' Soares. Vol. XX - N Separata da Revista de Agricultura. , H61188 E. M. Soares, I 1/45

Novas espécies de Aglaoschema Napp, 1994 (Coleoptera, Cerambycidae) 1

PALPATORES SUL AMERICANOS

Derophthalma vittinotata, sp.n. Figs 1-4

OPERA OPILIOLOGICA VARIA. XXIV. (OPILIONES: GONYLEPTIDAE, PACHYLINAE, GONYLEPTINAE )

Mirídeos neotropicais, CCXXXIX: descrições de algumas espécies de Cylapinae do Amazonas (Hemiptera).

VINALTO GRAF ALICE FUMI KUMAGAI 3

15/03/2016 ESQUELETO APENDICULAR OSTEOLOGIA DO ESQUELETO APENDICULAR MEMBRO TORÁCICO. Constituído por ossos dos membros torácico e pélvico

1º MOLAR SUPERIOR A - CONFORMAÇÃO GERAL. Coroa cuboidal;

MACROCHELES NOVAODESSENSIS, SP.N. E MACROCHELES ROQUENSIS, SP.N. COLETADAS EM ESTERCO BOVINO NA REGIÃO NEOTROPICAL (ACARINA, MACROCHELlDAE)

MIRÍDEOS NEOTROPICAIS, XL: DESCRIÇÕES DE NOVAS ESPÉCIES DA AMAZÔNIA (HEMIPTERA).

GONYLEPTIDAS NOVOS OU POUCO CONHECIDOS D A REPUBLICA ARGENTINA, DA SUBFAMILIA PACHYLINA E

PAPÉIS AVULSOS DEPARTAMENTO DE ZOOLOGIA CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DOS OPILIÕES DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. (*) COSMETINAE'

Chrysodasia pronotata, sp.n. Figs 1-5

1º PRÉ-MOLAR INFERIOR

F. Chave ilustrada para ordens

UBM IV 2ºano 1º Semestre Mestrado Integrado em Medicina Dentária Octávio Ribeiro 2009/2010

A PROPOSITO DE ALGUNS OPILIOES NOVOS

Acta Biol. Par., Curitiba, 41 (3-4): KETI MARIA ROCHA ZANOL 2 Estrianna gen. nov. (Espécie tipo Estrianna sinopia sp. n.

Mirídeos neotropicais, CCXXXVII: Descrição de quatro espécies novas do gênero Peritropoides Carvalho (Hemiptera)

NOTAS SôBRE PEQUENA COLECÇÃO DE ARACNíDIOS DO PERú por

Universidade de São Paulo Instituto de Física de São Carlos Licenciatura em Ciências Exatas Biologia

Espécies novas de Ischnoptera (Blattellidae, Blattellinae) do Estado do Mato Grosso, Brasil e considerações sobre I. similis

Uma nova espécie de anfípode cavern ícola do Brasil Hyalel/a caeca sp.n. (Amphipoda, Hyalellidae).

ROTEIRO DE ESTUDO Membro inferior

Espécies novas de Blaptica do Rio Grande do Sul, Brasil (Blattaria, Blaberidae, Blaberinae)

Boethus catarinae sp. nov.

1 APARÊNCIA GERAL. a) Estado Geral: sadio, vigoroso e com bom desenvolvimento de tamanho e peso proporcional

Ricardo Pinto-da-Rocha I Helia Eller Monteiro Soares 2

DESCRIÇÃO DE DUAS ESPÉCIES NOVAS DE Elmohardyia RAFAEL (DIPTERA, PEPUNCULIDAE) DA REGIÃO AMAZÔNICA

Transcrição:

C. DE MELLO-LEITAO -- UN SOLlFUGO DA ARGENTINA E AL- GUNS OPILlOES DA COLOMBIA Annaes da Academia Braeileira de Sciencias -Tomo XII - N. 4-31 de Dezentbro de 1940.

- ----. _,_-. I -- A ----- ; i -. UN SOLIFUGO DA ARGENTINA E ALGUNS OPILIOES DA COLOMBIA Por intermedio dos meus amigos, Prof. Lizer y Trelles, de Buenos Ayres, e Dr. Alcides Prado, de S. Paulo, recebi um solífugo colhido em Aconcagua, República Argentina, pelo Sr. Ruiz Leal e alguns opilióes, coligidos en1 várias localidades de Colombia pelo irmáo Nicéforo Maria. A presente nota dá o resultado do estudo desse interesante material. Ammotrechznae cujos tarsos 11 e 111 sáo armados ventralmente de 2.2.2.2 espinhos e cujos tarsos IV sáo armados ventralmente de 2.2/2/2.4 espinhos. Dedo imovel das quelíceras com tres dentes adiante do dente intermediário; o dedo movel sem dente acessório na face interna. Tipo : Dasycleobis crinitus sp. n. Q -10 mm. Colorido geral castanho uniforme, c6r de chocolate. O abdomen revestido, em seu terco médio e em toda a extensáo, de uma larga faixa de longos pelos, os dois tercos laterais nús. Propeltídio mais largo que longo, com a borda anterior regularmente convexa, estando a proeminencia ocular ao mesmo nivel da saliencia dos lóbos laterais, que s5o salientes, arredondados, mais largos que longos. O propeltídio é de fórma geral trapezoide, com um sulco longitudinal mediano e revestido de pelos curtos, médios e longos, erectos, baciliformes, irregularmente dispostos, Peltídio estreito, semilunar, soldado ao propeltídio, formando um ourelo saliente. Mesopel-

302 UN SOLIFUGO DA ARGENTINA E ALGUNS OPILIÓES DA COLOMBIA tídio quasi retangiilar, um pouco mais largo que longo. Proeminencia ocular reniforme, de concavidade anterior, corn uma depressáo mediana acentuada e revestido de pelos curtos. Abdomen corn o lobo mediano marcado pela presenca de unla larga faixa de longos pelos erectos, sedosos, os Ióbos laterais nús. Face ventral densamente pilosa, cada estermito provido de tres filas transversais de pelos baciliformes. 1 Palpos de femur, tibia e protarso quasi iguais, o femur levemente maior que que a tibia e esta um pouco 32 mais longa que o protarso ; o femur é levemente dilatado etn sua porcao sub-apical ; a q 22 tibia é cilindrica e o protarso A+ ;,i levemente se dilata distalmente. Femur com cinco pa- b' 'L res de espinhos ventrais, 1 3 sendo os dorsais muito maiores, especialmente os dois.jr c7-- medios, e, entre os espinhos dorsais, tres longuíssimas cerdas, bem mais longas que L os espinhos maiores; tibia corn seis pares de espinhos ventrais, sendo, como no 4 femur, os dorsais muito mais longos, e entre os espinlios B7-l: cerdas sinuosas (menores que as do femur); protarso corn tres pares de espinhos ventrais, os dorsais maiores. mas muito menos longos que os dos dois segmentos ba- 5 silares (Fig 1). 1 - Palpo de Dasycleobis crjnitus (vista lateral). 2 -Protarso e tarso 111 dc Uagcleobis crinitus (vista \-elltral. 3 Tarso de Dasycleobis crinitus (vista ventral) 1 - Quelícera (face esternn) de Dasycleobis crinitus. 5 -» interna» )> >) znatas /le III: Tibias sem espinhos dorsais, corn dois robustos espinhos inferiores; protarsos corn 1-1 -1 espinhos dorsais dispostos eni linha ohliqua, na face anterior, e con1 um espinho subapical mediano ; na face ventral 1-2-2 espinhos, sendo os ultimos apicais. Patus IV: Anst. da Acad. B~ooileira da Scimetaa.

C. DE MELLO-LEITAO 303 tibias e protarsos armados como os das patas 11 e 111. Tarsos 11 e 111 corn 2-2-2-2 espinhos ventrais (Fig. 2); tarsos IV corn 2-2/2/2-4 espinhos ventrais (Fig. 3). Queliceras ponco elevadas, de altura nienór que uin terco do comprimento, de perfil dorsal mui levemente sinuoso, os mucrones pouco curvos. Dedo imovel corn tres dentes anteriores adiante do dente intermédio, dos quais dois bem maiores, separados por um pequeno, eqiiidistantes; dente principal igual aos dois dentes anteriores maiores; dois dentes externos robustos, iguais ao principal e quatro dentes internos, pequenos, geminados dois a dois. Dedo movel de borda inferior quasi reta, bem como o mucroti. O clente intermí-dio é contiguo ao basilar, largamente separado do dista] por uma distancia maior que a metade do mucron, sendo o dente basilar mais robusto que o distal. (Figs. 4 e 5). Localidade tipo : Monte Aconcagua, Provincia de Mendoza - Republica Argentina. Col. : Senhor Adrian Ruiz Leal. Tipo e paratipos: Em niinha colecáo. Opilioes COSMETIDAE COSMETINAE Genero CYNORTA C. Koch, 1939 Cynorta refracta sp. n. (Fig. 6). ~3-7 mm. Femures: 2,s-5-6-4-5-2 mm. Patas: 9-2-20-12.8-1 7, 6 mm. - 5, 6 inm. Femures : 2, 4-5-3, 6-5 mm. Patas : 8, 4-1 8, 6-1 1, 6-1 6, 2 mm. Borda anterior do cefalotorax fortemente excavada, corn pequena saliencia mediana, entre as queliceras, leveniente sinuosa de um e outro lado e ingulos salierites, um pouco recurvados para fóra. C6moro ocular a igual distancia da borda anterior e do primeiro sulco dorsal, mais de duas vezes mais larga que longa, de cristas superciliares muito pouco nítidas. Área 1 do escudo abdominal corn dois pequeninos tubérculos. Área 111 convexa coin dois espinhoc c6nicos, rombos, pouco elevados. Áreas 11, IV e V do escudo dorsal e tergitos dorsais livres iner- 6 mes e lisos no escudo dorsal, com uilia fila de peque- 6 - Cynorta refracta t. XII, n. 4, al de Dezembro de 1840.

304 UN SOLIFUGO DA ARGENTINA E ALGUNS OPILIOES DA COI~O~lBIiz ninos granulos nos tergitos livres. Opérculo anal dorsal coin grnnula- @es bem maiores, dispostas em tres filas pouco regulares. Esternitos abdominais livres e placa anal ventral con1 granulaqóes muito pequeninas. Área estigmática lisa; ancas com urna fila marginal anterior de pequenas granulacoes. Quelíceras da femea fracas, con1 o segmento basilar coin algumas granulacóes esparsas. Quelíceras do macho miiito robustas, de segmento basilar pendunculado, com um espinho apical interno e tres espinhos externos além de grani11;ic;óes maiores e mais grosseirns que na feinea: o segmento distal niuito dilatado e alto, liso. Trocanteres 11 e 111 com pequeno tubérciilo pontudo eiri ambos os sexos ; ancas IV granulosas, as granulaqoes lnaiores e ~iinis abundantes no macho, e com uin tiil>érculo espiniforiiie basilar. No macho rsse tubérculo é inrnos acelitiindo e há junto A 1)orrla distal Eranulacóes pontudas. Patas granulosas. Tarsos de 6-14-8 8 segmentos, a porcáo basilar dos tarsos 1 levemente dilatadas no macho; a porcao distal dos tarsos 11 com tres artículos. Colorido geral castanho queimado. Na unizo do cafalotorax com o escudo abdominal urna grande mancha amarelo clara, parecendo urna borboleta e na qual ha uma linlia semilunar de pontinhos cnstanhos e, adiante da mesma, uma pequena reta ; essa mancha continua ein uma curta faixa mediana na area 1 que tem, alénl disco, de cada lado, pequeno ponto circular amarelo claro. Em continuacao da faisa mediana ha duas pequenas faixas, cortadas ao nivel dos sulcos. Atrás dos espinhos da área 111 urna faixa transversal sinuosa, que vai de uma borda lateral A outra e tendo, en1 seu terco médio, uma outra faixa transversal semilunar. (Fig. 5). As bordas laterais apresentam estreita orla amarelo-queimada. Localidade tipo : Arredores de Bogotá, Colonibia. Col. : IrmZo Nicéforo Maria. Tipo : en1 iiiinha colee50 particular. I'aratipos : Na colecao do Instituto La Salle. Genero PAECJI.~\E~IA C. d. Kocl:, 1 cqjs Paecilaema X-signatum SI,. 11. (I:ig. 7) Aun. da Aead. Urusiltidro de Scimeias.

Borda anterior do cefalotorax sinuosa, corn uma leve saliencia romba arredondada. Cefalotorax com granulacóes em uma larga faixa, um pouco mais larga que o c6moro ocular C6moro ocular baixo, pouco distinto na regiáo granulosa em que está situado, menos de duas vezes mais largo que longo. Escudo dorsal densa e grosseiramente granuloso em seu terco médio, formando urna larga faixa granulosa. Area 1 corn dois pequenos tubérculos baixos ; area 111 corn dois robustos espinhos erectos. Tergitos dorsais livres com urna fila de pequenas granulacoes. Placa anal dorsal corn algumas 7- Paecilaema X-siggranulacóes esparsas. Placa anal ventral quasi lisa. natum. Esternitos livres com uma fila de granulacóes bem menores. Area estigmática e ancas IV lisas. Ancas 111 a 1 muito graniilosas. Todos os troncanteres com pequenino espinho posterior. Ancas IV corn pequeno tubérculo c6nico basilar e outro, menór e mais estreito, espiniforme, distal. Patas granulosas. Tarsos de 7-1 9-1 0-11 artículos, as porq6es distais de todos os tarsos de tres artículos. Corpo castanho queirnado escuro com uin belo desenho amarelo claro em forma de X, de ramos anteriores maiores e menos divergentes, dilatados em sua porcáo cefalotorácica, onde apresentam duas pequenas manchas castanho queimadas; na uniáo dos dois ramos anteriores outra pequena mancha esciira; ramos posteriores muito divergentes, com duas pequenas apófises anteriores e unizos atrás por uma faixa transversa irregular. (Fig. 7). Além desse X, apresenta o escudo dorsal, de cada lado, ao nivel da area 111, um L marginal, de ramo transversal dirigido para dentro e entre ele e a ponta posterio; do X um ponto circular amarelo claro. A área V tem a borda livre, em seus dois tercos extremos, amarelo clara. Quelíceras, palpos e patas c6r de mogno. Localidade tipo : Arredores de Bogotá, Colombia. Col. : Irmáo Nicéforo Maria. Tipo: em minha colecáo; paratipos na colecáo do Instituto La Salle. GONYLEPTIDAE-PROSTYGNINAE Genero I,EPTOSTYGNU G..n Com6ro ocular inerme, no meio do cefalotorax. Áreas 1, 11, IV e V do escudo dorsal, tergitos dorsais livres e opérculo anal inermes, sem tubérculos ou espinhos. Área 111 corn alto espinho mediano, fort. XZI, n. 4, 31 de Dezembro de 1340.

306 UN SOLIFUGO DA ARGENTlNA E ALGUNS OPILIOES DA COLOAIBIA mado por dois espinhos geminados. Face ventral das ancas IV e segmento estigmático inermes. Femur dos palpos sem espinhos dorsais e corn robusto espinho apical interno; face ventral corn urna fila de robustos espinhos. Patas 1 muito delgadas, inuito mais fracas que as outras. Tarsos 1 de seis segmentos, os tres *segmentos distais levemente dilatados no macho. Os outros tarsos de mais de seis segmentos. Pelo espinho da área 111 e, sobrettido, pelo aspecto singular das patas 1, este genero logo se distingue dos outros generos de Prostygninae. Tipo : Leptostygnus leptochirus sp. n. 6-5 mm. Femures : 2,7-7,6-5, 8-8,6 mm. Patas: 9,3-24,8-18- 26 mm. Corpo de bordas quasi paralelas, as ancas IV pouco mais robustas que as outras. Borda anterior do cefalotorax lisa, levemente sinuosa, corn uma saliencia romba entre as quelíceras. C6moro ocular baixo, levemente deprimido em sua porcao mediana, inerme, corn abundantes granulacóes. Cefalotorax com dois grupos de grossas granulacóes atrás do c6moro ocular, o resto liso. Áreas 1, 11, IV e V inermes, areas 1 e V divididas. Área 111 con1 alto espinho erecto mediano, forniado por dois espinhos geminados, no ápice de robusto cone. Area 1 corn tres ou quatro granulacóes em cada metade. Áreas 11 e V corn uma fila de granulacóes, havendo na área 11 mais duas granulacóes junto ao sulco lateral. Robusto cone da area 111 densamente granuloso, de granulacao muito menores. Áreas laterais ásperas, mas sem granula~óes. Tergitos livres corn uma fila de cinco ou seis robustas granulacóes pontudas; placa anal dorsal corn duas granulacóes pontudas e algumas arredondadas menores. Opérculo anal ventral e esternitos livres corn urna fila de pequenas granulacóes baixas. Área estigmática e ancas corn abundantes granulacóes semelhantes As dos esternitos. Quelíceras muito dilatadas em seus segmentos distais ; o segmento basilar convexo, granuloso. Palpos curtos e robustos : trocanter corn um espinbo ventral ; femur corn uma fila ventral de quatro robustos espinhos, sendo os dois basilares duas vezes maiores que os dois distais, e corn um robusto espinho apical interno, maior que os centrais distais ; patela corn robusto espinho interno, igual ao apical interno do femur ; tíbia corn quatro espinhos externos, os dois médios maiores, e corn tres internos, sendo o dista1 muito menor; tarso com dois espinhos externos e tres internos quasi iguais. Ann. da Acad. Erasileira dr Scimcias.

C. DE MELLO-LEITAO 307 Patas granulosas, relativamente curtas e fracas, as anteriores extraordinariamente delgadas. Patelas IV corn dois espinhos apicais, Tarsos de 6 (a porcáo dista1 levemente dilatada), 14,8,8 segmentos. Corpo castanho queimado claro corn as granulacóes negras ; o cone da area 111 denegrido. Quelíceras marmoradas de denegrido e oliváceo. Palpos e patas c6r dc mogno. Localidade tipo : Cúcuta, Colombia. Col. : IrmZo Nicéforo Rilaria. Tipo: Em iriinl~ri colecao; paratipos na colecáo de Instituto de La Salle. CRANAINAE Genero ALLOCRANAUS Roewer, 1915 Allocranaus giganteus sp. m. (Fig. 8). 3-20 mm. Feinures: 5, 3-7, 4-1 6, 4 mm. Patas : 21, 4-34, 4-27, 4-35, 6 mm. Borda anterior do cefalotorax muito lisa 1 em sua porcao medina, com urna fila de 6 pequenas, L ', granula~óes de cada lado. Comoro ocular baixo, ir rnuito largo, com dois tubérculos chicos baixos í e duas granula~óes atrás dos tubérculos. Cefaloto-,*Y' rax muito liso e brilhante. Area 1 corn poucas granulacóes esparsas. As outras Breas corn urna fila de granula~óes, as áreas 111 e IV corn dois tubérculos medianos. Tergitos livres corn dois tubérculos medianos e uma fila de granulacóes quasi e-. s.l contiguas. Opérculo anal dorsal dividido por dois i U Ci i sulcos obliquos em tres áreas granulosas Esternitos livres corn uma fila de granulacoes. Área estigmática lisa. Ancas IV e 111 pouco granulosas. Ancas 11 corn granulacóes mais abundantes. Ancas1 densameiíte granulosas, com urna fila marginal 8 de granulacóes maiores, pontudas, setíferas. 8-Allocranaus giganteus. Palpos robustos. Trocanter corn um espinho dorsal e dais ventrais; femur curvo, corn urna fila de espinhos dorsais pouco eleva- t. XII, a. 4, 31 de Dezembro de 1940.

308 UN SOLIFUGO DA ARGENTINA E A1,GLTNS OPILIOES DA COLOSIRIA dos e outra fila de espinhos ventrais, sendo o basilar maior e mais robusto, sem espinho apical interno; patela granulosa, sem espinho ; tibia com algumas granulacóes dorsais, quatro espinhos inferiores internos (dois maiores e dois menores, e tres externos, os dois distais contíguos e muito desiguais ; tarsos con1 dois espinhos internos e tres externos. Quelíceras robustas, o segmento basilar corn varias granulacóes esparsas, o segmento dista1 corn poucas granulacóes perto de sua borda interna. Tarsos de 6, 1 1,7,8 articulas. Colorido geral castanho yueimado claro, sem desenho. Localid~de tipo : Arredores de Bogotá, Colombia. Col. : Irmáo Nicéforo Maria Tipo: En1 minha colecáo. Genero CUCUTACOLA G. n. Cornoro ocular corn dois espinhos. ~ rea 1 do escudo dorsal corn dois tubérculos. Área 11 inerme. Área 111 corn dois espinhos. Área IV e tergitos livres 1 a 111 corn dois espinhos. Femur dos palpos com uma fila de granulacóes dorsais e um espinho apical interno. Tarsos anteriores de 5 segmentos, 111 e IV de seis e TI de mais de seis. Tipo : Cucutacola nigra sp. n. (Fig. 9). 2 mm. Q - nim. Femures : 2-4, 2-3,2-4,2 mm. Patas : 7,6-13,8-10,4-19, Borda anterior do cefalotorax inerme e lisa. Coinoro ocular baixo, corn dois espinhos baixos e algumas granulacóes. Cefalotoraxcom granulacóes esparsas. Áreas 1 a III muito densamente yranulosas, corn granulacóes pontudas. Area 1 corn dois tubérculos. Área 111 corn dois espinhos conicos erectos, finamente granulosos. Áreas laterais com duas filas de pequenas granulacóes. Área IV e tergitos livres corn urna fila de granulacóes grosseiras, pontiagudas e dois espinhos pequenos, pouco maiores que as granulacóes. Placa anal dorsal com grossas granulacóes arredondadas Opérculo anal ventral corn granulacóes menores. Esternitos, livres corn umafila de pequeninas granulacóes. Area estigmática e ancas muito densamente granulosas, c corn granulacóes maiores que as dos esternitos. 9 - Cucutacola nigra. Ann. da Aead. Brasilelra & Sctacias.

C. DE MELLO-LEITAO 309 Quelíceras pouco robustas. Segmento basilar con1 duas filas basilares de granulacóes pontiagudas; segmentos distais lisos. Palpos curtos e robustos: trocanter corn um espinho ventral; femur curvo, comprimido, corn uma fila de nove granulaqoes setíferas na face ventral e outra fila igual na face dorsal e corn um pequeno espinho apical interno; patela corn um espinho interno; tibia corn cinco espinhos internos e quatro externos; tarso corn tres espinhos internos e quatro externos. Patas granulosas; femures 111 e IV curvos em S, 111 corn um espinho apical posterior, IV corn dois espinhos apicais. Ancas IV com fortes granula~oes pontudas e um espinho apical ; trocanter IV corn um espinho apical interno e dois espinhos dorsais distais. Tarsos de 5-9-6-6 artículos. Corpo negro. Quelíceres e palpos olivas, marniorados de negro. Patas negraa; os protarsos e tarsos 1, 111 e IV amarelos con1 aneis negros Localidade tipo : Cúcuta, Colombia. Col. : Irmáo Nicéforo Maria. Tipo : Em niinha coleqao. STYGNIDAE-PHAREINAE Corpo quasi retangular, de bordas laterais paralelas. Comoro ocular ausente, os olhos largamente separados, postos em pequenas eminencias isoladas, o cefalotorax inerme. Área 1 do escudo dorsal corn dois tubérculos, área 111 corn dois espinhos. Áreas 11, IV e V sem tubérculos ou espinhos. Tergitos livres 1, 11 e 111 corn dois tubérculos. Femur e patela dos palpos retos e delgados, inermes. Tarsos 1, 111 e IV de seis segmentos, 11 de mais de seis. Tipo : Liophareus mamillatus sp. n. (Vig. 1 o). d - 12 mm. Femures : 6, 4-1 0-1 2,4-10-13 mm. Feniur dos pal- POS, 6,4 mm. Borda anterior do cefalotorax corn uma fila de granulacóes baixas. pouco nítidas. Cefalotorax granuloso, con1 uma pequena eminencia baixa, mediana, junto á borda anterior e dois tubérculos altos, arredondados, finamente granulosos, inais separados entre si que das t. XII, n. 4, 81 de Deeenibro de 1840.

310 UN SOLIFUGO DA ARGENTINA E ALGUNS OPILIÓES DA COLOMBIA bordas laterais, nos quais esta0 os olhos. Escudo dorsal corn granulacóes maiores. pontiagudas e outras, bem nienores, arredondadas, irregularmente esparsas ; na area 1 dois tubérculos e algumas granulacóes; área 11 corn uma fila de granulac$es; área 111 corn dois espinhos cí3nicosl muito granulosos na base, no resto da area granulacóes irregularmente dispostas. Áreas 1V e V inermes e con1 urna fila de gr.%- nulos. Areas laterais corn uma fila de pequenos granulos baixos. Tergitos livres corn dois tubérculos e urna fila de grossas granulacóes, em 1 e 11, só corn os dois tubércclos em 111. Opérculo anal dorsal liso. Opérculo anal ventral e rsternitos livres lisos. Área estigniática muito pouco granulosa. Ancas granulosas. 10 - TAiophareiis mamillatiis Quelíceras dilatadas, de segniento basilar pedunculado, con1 algumac granulacóes arredondadas. Palpos inaiores que o corpo ; trocanter corn dois pequenos espinhos ventrais; femur delgado coin pequeno espinho basilar e uma fila de granula~óes ventrais; patela inerme; tibia dilatada, corn sete espinhos externos e cinco internos en1 dois grupos; tarsos corn cinco espinhos de cada lado. Patas de femures direitos e granulosos. Tarsos de 6-16-6-6 artículos. Ann. da Acad. Erasileira de Scienciaa.

Corpo castanho queimado escuro, quasi negro. Quelíferas e palpos ainarelo-oliva, marmorados de negro. Patas c6r de mogno escuro, Localidade tipo : Arredores de Bogotá, Colombia. Col. : Irmáo Nicéforo Maria. Tipo : em minha colecao. PHALANGIIDAE-GAGRELLINAE Genero PRIONOSTEMMA POCOC~, 1903 Prionostemma intermedium sp. n. (Fig. 1 1). - 4 mm. Femures : 10-22-1 3,6-12 mm. Todo o corpo muito fina e densamente granuloso. C6moro ocular mais largo que alto, corn a depressáo mediana formando um sulco nitido e corn duas filas de denticulos muito pequeninos. Patela dos palpos levemente dilatada em sua porcáo distal, corn uma apófise interna menor que a largura desse segmento; a tibia cilíndrica. 9 3 11 - Prionostemma intermedium. Corpo negro; cefalotorax corn duas pequenas manchas esbranquicada, o esternito seguinte corn a faixa distal posterior interrompida em sua porcáo mediana. Ancas unieormemente negras. Quelíceras denegridas. Palpos negros no femur e patela, corn a tibia e tarsos esbranquicados. Localidade tipo : Arredores de Bogotá, Colombia. Col. : Irmáo Nicéforo Maria. t. XII, n. 4, 31 de Derembro da 1840.