PARQUE MUNICIPAL MORRO DAS PEDRAS

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Transcrição:

PARQUE MUNICIPAL MORRO DAS PEDRAS CARACTERIZAÇÃO DA VEGETAÇÃO (E levantamento Preliminar da Fauna) FLORIANÓPOLIS/SC Março / 2017

1 ÁREA DE ESTUDO 1.1 LOCALIZAÇÃO A área de Estudo deste Laudo Técnico localiza-se no interior do Bairro Morro das Pedras sul do município de Florianópolis/SC. As Figuras 1, 2 e 3 apresentam a localização da área de estudo (Parque Municipal Morro das Pedras ). Figura 1 Localização da Ilha de Santa Catarina e área de estudo (polígono vermelho). Figura 2 Localização da área de estudo (polígono amarelo). Fonte: www.pmf.sc.gv.br (acessado em março/2017).

2.2 BREVE HISTÓRICO O projeto do Parque Municipal do Morro das Pedras como área verde e lazer municipal, é uma iniciativa de Preservação Ambiental da Comunidade do Bairro Morro das Pedras, dentro de duas áreas descritas no Plano Diretor de Florianópolis (2014) como: AVL (Área Verde e Lazer) e ACI (Área Comunitária Institucional), totalizando, aproximadamente, 90.000 m 2 (noventa mil), ou seja, 09 hectares (equivalente a nove estádios de futebol). Estas áreas (AVL e ACI) foram instituídas no Plano Diretor de Florianópolis/SC que dispões sobre a Política de Desenvolvimento Urbano, Plano de Uso e Ocupação, Instrumentos Urbanísticos e Sistema de Gestão Territorial (Lei Complementar nº. 482/2014). As áreas situam-se ao Sul da Ilha de Santa Catarina, no interior da localidade Morro das Pedras, distante 20 km do centro de Florianópolis. A Criação desta área pública é iniciativa dos moradores locais, incluindo os representantes da comunidade ligados à Comissão de Planejamento Estratégico e Revitalização da Associação Comunitária Morro das Pedras (ACMP). A referida área está inserida num dos últimos remanescentes de vegetação arbórea de Mata Atlântica em bom estado de conservação ambiental, situado entre o Trevo do Erasmo, Parque Municipal do Peri e a praia do Morro das Pedras. A formação geológica é diferenciada do seu entorno, exigindo estudos mais aprofundados para identificar a unicidade deste espaço. Figura 3 Localização da Área de Estudo e Zoneamento do Plano Diretor Atual. As primeiras reflexões do Grupo de Trabalho (voluntário) sobre o uso do espaço público seria implantar, na porção do terreno aberto e sem árvores, situado em frente à rua Sagrado Coração de Jesus (fundos da Base Sul da COMCAP), estacionamento, sede do parque e quadras esportivas ao lado da futura creche municipal. Ao lado deste local, pretende-se também utilizar os eucaliptos e Pinus (existentes) para o arvorismo e torres de observação ambiental. Planeja-se também elaboração de uma pista de caminhada (com estrutura de trilha ecológica) em volta da

vegetação de porte florestal buscando circundar parte do entorno da área pública. O restante da área deverá ser totalmente preservada visando manutenção de biodiversidade local. Figura 4 Proposta mínima de uso para a Área de Estudo. Figura 5 - Vista da área de estudo, com vegetação em estágio inicial e presença de espécies exóticas (de porte florestal existem pinus e eucaliptos). Neste local destinar-se-ão parte dos usos públicos previsto para o Parque Municipal.

2.3 EXPEDIÇÃO TÉCNICA NA ÁREA DE ESTUDO (Parque Municipal Morro das Pedras) No dia 25 de março de 2017, foi realizada a vistoria técnica na área de estudo (onde pretende-se a criação do Parque Municipal Morro das Pedras. Participaram deste trabalho, de forma voluntária, dois biólogos: Juliane Luzia Schmitt Pereira (CRBio 75019-03) e Marco Aurélio Perotto (CRBio nº. 028.578). No início dos trabalhos houve diálogo e nivelamento de informações com a Associação Comunitária Morro das Pedras (ACMP). No decorrer do trabalho houve diálogo com vizinhos da Área de Estudo, visando troca/obtenção de informações sobre os registros de fauna presentes na área de estudo. Para realizar a caracterização da vegetação presente ao longo da área onde projeta-se a unidade de conservação foram utilizadas imagens disponíveis no Google Earth, visando obter um reconhecimento ambiental prévio da área de estudo. Com isto, foram definidos / demarcados os locais a serem vistoriados em campo. Após definidos os locais a serem vistoriados, a caracterização da vegetação foi feita pelo método de caminhamento, adaptado de Filgueiras et al. (1994), onde percorreu-se trilhas, áreas de floresta, áreas abertas e margem do curso hídrico, realizando-se levantamentos expeditos, com identificação visual das principais comunidades fito-fisionômicas e registro fotográfico das mesmas. Através deste levantamento foi elaborada uma lista cumulativa das espécies vegetais registradas no local. A vegetação nativa foi caracterizada conforme o estágio regenerativo, a composição florística principal, com destaque para as dominantes fisionômicas, a estrutura vegetacional, o status de conservação, os agentes causadores de degradação ambiental e através do registro fotográfico com uso de câmera digital. O estágio regenerativo da vegetação nativa presente foi estabelecido com base na legislação, cujas terminologias são ditadas pela Resolução CONAMA nº 261 de 30 de junho de 1999, que aprova parâmetros básicos para definição dos estágios sucessionais da restinga em Santa Catarina. Para a classificação das angiospermas utiliza-se o sistema APG IV (The Angiosperm Phylogeny Group IV, 2016) e para a escrita correta dos nomes científicos utiliza-se como base o site do herbário do Missouri Botanical Garden (www.tropicos.org). Para auxiliar na designação de espécies nativas e exóticas do Brasil utiliza-se a Lista de Espécies da Flora do Brasil, onde constam a origem e endemismo das espécies. 3. CARACTERIZAÇÃO DA VEGETAÇÃO 3.1 Aspectos Regionais (SC) O Domínio da Floresta Atlântica é um complexo de ecossistemas de grande importância, pois abriga uma parcela significativa da diversidade biológica do Brasil e do mundo (Stehmann et al. 2009). Estes ecossistemas incluem as faixas litorâneas do Atlântico, com seus manguezais e restingas, florestas de baixada e de encosta da Serra do Mar, florestas interioranas, as matas de araucárias e os campos de altitude (Campanili e Prochnow, 2006). Uma das características destes ambientes são os altos níveis de riqueza e endemismo, que associados à destruição sofrida no passado, incluíram a Floresta Atlântica definitivamente no cenário mundial como um dos 34 hotspots de biodiversidade (Mittermeier et al. 2004). Dados recentes indicam que restam cerca de 11% da vegetação original (Ribeiro et al. 2009).

A Floresta Atlântica estende-se ao longo da costa Atlântica brasileira, abrangendo total ou parcialmente 17 estados, desde o Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte (Schäffer e Prochnow, 2002). Segundo Siqueira (1994), do ponto de vista fitogeográfico, esta floresta é composta por dois blocos distintos, um formado pela região Nordeste e outro, pela região Sudeste/Sul. O estado do Espírito Santo abriga uma flora intermediária entre os dois. O estado de Santa Catarina possui uma extensão territorial de 95.985 km 2, dos quais 85%, ou 81.587 km 2, estavam originalmente cobertos pela Floresta Atlântica (Campanili e Prochnow, 2006). De acordo com o Mapa Fitogeográfico, a cobertura florestal do Estado está subdividida nas formações: Campos Naturais, Floresta Estacional Decidual, a Floresta Ombrófila Mista e a Floresta Ombrófila Densa, além de pequenos trechos com outras formações (Klein, 1978). Figura 6 - Mapa fitogeográfico de Santa Catarina. Em destaque o município de Florianópolis, mostrando a presença de Floresta Ombrófila Densa e outras formações (mangue e restinga) (Fonte: Klein, 1978). A Floresta Ombrófila Densa (FOD) apresenta-se em diferentes fisionomias, influenciadas pelas condições geológicas, geomorfológicas, edáficas e climáticas. Segundo Sevegnani (2002) as fisionomias se apresentam como: Formações Pioneiras, FOD de Terras Baixas, FOD Submontana, FOD Montana e FOD Alto-Montana. No Estado, além da FOD há ocorrência de pequenos trechos com Floresta Ombrófila Mista, Campos e áreas de ecótono (transição) entre FOD e FOM ou ainda entre FOD e Campos. As condições edáficas e topográficas (altitude) são determinantes nas características de cada fisionomia. Próximas ao Oceano Atlântico encontram-se as Formações Pioneiras com influência marinha (restinga) e com influência fluviomarinha (mangue). Ao longo dos grandes rios e próximo ao Oceano Atlântico, em altitudes de até 30 m, encontra-se a Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas, com áreas sujeitas a inundações periódicas. A Floresta Ombrófila Densa Submontana

ocorre em altitudes que variam entre 30 e 400 m, enquanto que a Floresta Ombrófila Densa Montana em altitudes entre 400 e 800 m. Em altitudes superiores a 800 m ocorre a Floresta Ombrófila Densa Alto-Montana e encraves de Floresta Ombrófila Mista, além de zonas de transição entre a estas duas (Sevegnani, 2002). A configuração fitogeográfica da Ilha de Santa Catarina, especialmente expressa nas áreas pouco urbanizadas, encontra-se representada por formações vegetais pertencentes ao Bioma Mata Atlântica, com destacada predominância de ecossistemas florestais referentes à Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica) (LEITE e KLEIN, 1990). Também ocorrem ecossistemas de restingas e manguezais (CONAMA, 1994; BRASIL, 2006). Na ilha de Florianópolis o ponto mais alto em relação ao nível do mar é o Morro do Ribeirão, atingindo 532 m. Diante desta condição, as fisionomias de Floresta Ombrófila Densa se apresentam como FOD de Terras Baixas, FOD Submontana e FOD Montana. Além destas fisionomias, há a presença de mangues e restingas. No entanto, esta vegetação foi muito explorada, sendo que a região que engloba Florianópolis é a com maior densidade demográfica do Estado. Em Florianópolis restam certa 12,7% da floresta que originalmente cobria a região. Os manguezais estão localizados em áreas planas, inundáveis em maré alta e emersos em baixa, principalmente nas margens das baías Norte e Sul e nas desembocaduras dos principais rios da Ilha. Ao todo, são cinco manguezais em Florianópolis: Manguezal de Ratones; Manguezal do Saco Grande; Manguezal do Itacorubi; Manguezal do Rio Tavares e o Manguezal da Tapera. No entanto, todos estes manguezais foram reduzidos e encontram-se degradados, em consequencia de ações antrópicas, tais como: despejo de esgotos sem tratamento, drenagens, aterros, proximidades com áreas urbanizadas. Segundo Bresolin (1979), em Florianópolis, a restinga representa uma vegetação tipica, ocupando uma faixa relativamente estreita, sob a influência direta ou indireta do mar e onde predomina o fator solo. Segundo Falkenberg (1999) a restinga sul-brasileira pode ser definida como um conjunto de ecossistemas que compreende comunidades florística e fisionomicamente distintas, situadas em terrenos predominantemente arenosos, de origens marinha, fluvial, lagunar, eólica ou combinações destas, de idade quaternária, em geral com solos pouco desenvolvidos. Tais comunidades formam um complexo vegetacional edáfico e pioneiro, que depende mais da natureza do solo que do clima, e encontram-se em praias, cordões arenosos, dunas e depressões associadas, planícies e terraços. A vegetação de restinga compreende formações originalmente herbáceas, subarbustivas, arbustivas ou arbóreas, que podem ocorrer em mosaicos e também possuir áreas ainda naturalmente desprovidas de vegetação (CONAMA, 1999). De acordo com Falkenberg (1999), a vegetação de restinga pode ser classificada em: a) Restinga herbácea-subarbustiva de praias e dunas frontais; b) Restinga herbácea-subarbustiva de dunas internas e planícies; c) Restinga herbácea-subarbustiva de lagunas, banhados e baixadas; d) Restinga arbustiva e) Restinga arbórea (ou mata de restinga).

Na restinga arbustiva primária (original) a vegetação geralmente é densa, formando agrupamentos contínuos ou moitas intercaladas com locais menos densos. Constituída predominantemente por arbustos entre 1 e 5 m de altura, com vigoroso esgalhamento desde a base e entremeados com ervas e subarbustos. Palmeiras (butiazeiros) podem destacar-se na fitofisionomia. Em áreas mais abertas e secas, podem ocorrer liquens terrícolas. A serapilheira pode acumular-se em alguns locais, especialmente em moitas densas ou áreas mais baixas. Poucas espécies epifíticas, mas às vezes com abundantes populações, representadas principalmente por liquens, briófitas, samambaias (Polypodium spp.; Microgramma vacciniifolia - cipó-cabeludo) e bromélias (Tillandsia spp., Vriesea spp.); algumas orquídeas epifíticas podem estar presentes. As trepadeiras geralmente não são abundantes, mas podem ocorrer (Kim 1996). Outros elementos importantes da flora: ESTRATO ARBUSTIVO: Dalbergia ecastaphylla; Dodonaea viscosa (vassoura-vermelha); Schinus terebinthifolius (aroeira-vermelha); Lithrea brasiliensis (aroeira-braba); Ocotea pulchella (canelinha-da-praia); Butia capitata (butiazeiro); Myrcia palustris, Eugenia catharinae, E. umbelliflora, Eugenia spp., Myrcia rostrata, M. multiflora, M. selloi (guamirim); Vitex megapotamica (tarumã); Ilex theezans, I. dumosa, I. pseudobuxus (caúna); Campomanesia littoralis (guabiroba-da-praia); Eugenia uniflora (pitangueira); Tibouchina urvilleana, T. trichopoda, T. asperior (quaresmeira); Cordia curassavica, C. monosperma (baleeira); Guapira opposita (maria-mole); Gaylussacia brasiliensis (camarinha); Senna pendula (cássia); Myrsine parvifolia, Myrsine spp. (capororoca); Calliandra tweediei (topete-de-cardeal); Psidium cattleyanum (araçazeiro); Erythroxylum argentinum, E. amplifolium, Erythroxylum spp. (cocão); Tabebuia pulcherrima, Tabebuia spp. (ipê-amarelo), Pera glabrata (seca-ligeiro); os cactos Cereus hildmannianus (tuna, mandacaru) e Opuntia arechavaletae (palmatória, arumbeva); Sapium glandulatum (pau-leiteiro), Schinus polygamus (aroeira, assobieira), Sebastiania sp. (branquilho). Em locais úmidos, podem dominar Huberia semiserrata (jacatirão-do-brejo), Hibiscus tiliaceus (algodão-da-praia, uvira), Ternstroemia brasiliensis, Annona glabra (cortiça), Pouteria lasiocarpa (guapeba). ESTRATO HERBÁCEO/SUBARBUSTIVO: Peperomia spp.; Anthurium spp., Philodendron spp. (imbé); Epidendrum fulgens, Cleistes spp., Cyrtopodium polyphyllum (orquídeas terrícolas); Vriesea friburgensis, Vriesea spp., Aechmea lindenii, Aechmea spp., Nidularium spp., Bromelia antiacantha, Dyckia encholirioides, Canistrum spp. (e outras bromélias terrícolas); Rumohra adiantiformis, Polypodium lepidopteris, Polypodium spp., Blechnum serrulatum (e outras samambaias terrícolas); Desmodium spp. (pega-pega); Stylosanthes viscosa (meladinha), Oenothera mollissima; Smilax campestris(salsaparrilha); Noticastrum hatschbachii, N. psammophilum, N. malmei (margaridinha); Diodia radula, D. apiculata. A ocorrência de espécies ditas invasoras, ruderais ou cultivadas não necessariamente descaracteriza o caráter primário da restinga arbustiva. De acordo com a Resolução do CONAMA (1999), nas restingas arbustivas em estágio inicial de regeneração os principais elementos da flora vascular são: Bidens pilosa (picão), Pteridium aquilinum (samambaia-das-taperas),andropogon bicornis (capim-rabode-burro), Melinis minutiflora (capim-gordura), Rhynchelytrum repens (capimrosado), Sporobolus indicus, Solidago chilensis (erva-lanceta, rabo-de-foguete), Phyllanthus spp. (quebra-pedra), Leonurus sibiricus; Ageratum conyzoides (mentrasto), Amaranthus spp. (caruru), Baccharis trimera (carqueja), Eleusine indica (capim-pé-de-galinha), Vernonia scorpioides (erva-são-simão), Crotalaria spp. (chocalho-de-cascavel), Ricinus communis (mamona); Scoparia dulcis (vassourinha); Sida spp., Malvastrum coromandelianum, Urena lobata (guanxuma); Solanum americanum (erva-moura), Solanum sisymbriifolium (joá, matacavalo); Xantbhium spp., Triumfetta spp. (carrapicho); Aster squamatus; Asclepias curassavica (oficial-de-sala), Apium leptophyllum, Anagallis arvensis, Elephantopus mollis, Emilia fosbergii, Erechtites valerianifolia, Erechtites hieraciifolia; Galinsoga spp. (picão-branco),

Sigesbeckia orientalis; Senecio brasiliensis (flor-das-almas, maria-mole), Sonchus spp. (serralha), Tagetes minuta (cravo-de-defunto), Lepidium virginicum (mastruço); Euphorbia hirta, Euphorbia heterophylla (leiteira); Portulaca oleracea (beldroega). Em locais úmidos, após as intervenções antrópicas pode ocorrer Hedychium coronarium (lírio-do-brejo). Nas restingas arbustivas em estágio médio de regeneração os principais elementos da flora vascular são: Dodonaea viscosa (vassoura-vermelha), Gaylussacia brasiliensis (camarinha), Tibouchina urvilleana (quaresmeira); Baccharis dracunculifolia, Baccharis rufescens (vassourabranca), Cordia curassavica, Cordia monosperma (baleeira), Dalbergia ecastaphylla, Senna pendula (cássia),eupatorium casarettoi (vassourinha), Solanum paniculatum (jurubeba), Solanum erianthum (fumo-bravo), Schinus terebinthifolius (aroeira-vermelha), Mimosa bimucronata (maricá, espinheiro, silva), Lithrea brasiliensis (aroeira-brava), Myrsine parvifolia (capororoquinha); Sebastiania corniculata, Diodia radula, Diodia apiculata; Vriesea friburgensis (gravatá), Noticastrum spp. (margaridinha), Epidendrum fulgens (orquídea), Stylosanthes viscosa (meladinha), Oenothera mollissima; Remirea maritima (pinheirinho-dapraia), Petunia littoralis; Hydrocotyle bonariensis (erva-capitão); Rumohra adiantiformis, Blechnum serrulatum, Polypodium lepidopteris (samambaia). Nas restingas arbustivas em estágio avançado de regeneração os principais elementos da flora vascular são: Myrsine spp. (capororoca), Schinus terebinthifolius (aroeira-vermelha), Lithrea brasiliensis (aroeira-brava), Pera glabrata (seca-ligeiro); Erythroxylum argentinum, Erythroxylum spp. (cocão); Guapira opposita (maria-mole), Vitex megapotamica (tarumã), Butia capitata (butiazeiro), Psidium cattleyanum (araçazeiro); Myrcia palustris, Eugenia spp., Myrcia spp. (guamirim); Vitex megapotamica (tarumã); Ilex spp. (caúna); Sapium glandulatum (pau-leiteiro); Calliandra tweediei (topete-de-cardeal); Hibiscus tiliaceus (uvira); Annona glabra (cortiça); Huberia semiserrata (jacatirão-do-brejo); Cecropia glaziovii (embaúba); Campomanesia littoralis (guabiroba-da-praia); Cordia curassavica, Cordia monosperma (baleeira); Dalbergia ecastaphylla, Diodia apiculata, Diodia radular; Rumohra adiantiformis, Blechnum serrulatum, Polypodium lepidopteris (e outras samambaias terrícolas); Peperomia spp.; Anthurium spp, Philodendron spp. (imbé); Epidendrum fulgens, Cleistes spp., Cyrtopodium polyphyllum (e outras orquídeas terrícolas); bromélias terrícolas como Vriesea friburgensis, Vriesea spp., Aechmea lindenii, Aechmea spp., Nidularium spp., Bromelia antiacantha, Dyckia encholirioides, Canistrum spp (CONAMA, 1999). Nas restingas arbóreas, originalmente, a altura das árvores geralmente varia entre 5 e 15 metros, podendo haver árvores emergentes com até 20 metros, possuindo estratos arbóreos e herbáceos geralmente desenvolvidos, além da presença de trepadeiras e epífitos. Dentro os epífitos cita-se: Aechmea nudicaulis, Aechmea spp., Vriesea philippo-coburgii, V.vagans, V. gigantea, V. incurvata, V. carinata, V. flammea, Nidularium innocentii, Canistrum lindenii (gravatá); Tillandsia usneoides (barba-de-pau), Tillandsia spp. (cravo-do-mato); Philodendron bipinnatifidum, P. imbe, Philodendron spp., Anthurium scandens, A. gaudichaudianum, Anthurium spp. (imbé); Codonanthe devosiana, C. gracilis, Peperomia spp.; Cattleya intermedia, Brassavola spp., Pleurothallis spp. (orquídea); Rhipsalis spp. (rabo-de-rato), Polypodium spp. (samambaia), Microgramma vacciniifolia (cipó-cabeludo). Trepadeiras: Strychnos trinervis (esporão-de-galo), Vanilla chamissonis (orquídea-baunilha), Norantea brasiliensis, Marcgravia polyantha; Dioscorea spp. (cará), Passiflora suberosa, P. capsularis, Passiflora spp. (maracujá-decobra); P. edulis, P. alata (maracujá-de-comer); Smilax spp. (salsaparrilha); Paullinia spp. (cipótimbó); Forsteronia leptocarpa, F. rufa, Mimosa pseudo-obovata; Stigmaphyllon spp, e outras espécies de Malpighiaceae; Mutisia speciosa, Mendoncia puberula; Davilla rugosa, Doliocarpus spp., Tetracera oblongata, T. sellowiana (cipó-lixa, cipó-caboclo, cipóvermelho). Outros elementos importantes da flora: ESTRATO ARBÓREO: Clusia criuva (mangue-formiga); Alchornea

triplinervia, A. glandulosa (tanheiro, tapiáguaçu); Syagrus romanzoffianum (jerivá, coquinho-decachorro); Ficus organensis, Coussapoa microcarpa (figueira-mata-pau); Inga dulcis, I. luschnathiana (ingá); Pithecellobium langsdorffii (pau-gambá), Nectandra oppositifolia (canelaamarela), N. megapotamica (canela-merda), Ocotea pulchella (canela-da-praia, canela-do-brejo), Tapirira guianensis (cupiúva), Psidium cattleyanum (araçazeiro), Byrsonima ligustrifolia (baga-depomba); Ilex theezans, Ilex spp. (caúna); Pera glabrata (secaligeiro), Laplacea fruticosa (santarita), Posoqueria latifolia (baga-de-macaco); Sapium glandulatum (pau-leiteiro); Cecropia glaziovii (embaúba); Myrsine umbellata, Myrsine spp. (capororoca); Eugenia umbelliflora (baguaçu), Guapira opposita (maria-mole); Myrcia schaueriana, Eugenia spp., Myrcia rostrata, M. multiflora, M. selloi (guamirim); Tabebuia pulcherrima, Tabebuia spp. (ipê-amarelo); Ormosia arborea (pau-ripa), Citharexylum myrianthum (tucaneira), Pouteria lasiocarpa (guapeba), Jacaranda puberula (carobinha), Cupania vernalis (camboatá-vermelho), Matayba guianensis (camboatá-branco), Ternstroemia brasiliensis; Andira sp. (pau-angelim). Especialmente em solos úmidos, podem ser freqüentes: Tabebuia umbellata (ipê-amarelo), Calophyllum brasiliense (especialmente na metade norte de Santa Catarina; olandi), Hibiscus tiliaceus (algodão-da-praia, uvira), Annona glabra (cortiça), Huberia semiserrata (jacatirão-do-brejo), Myrcia multiflora, M. dichrophylla (guamirim). SUBBOSQUE: Geonoma schottiana (guaricana, gamiova), Bactris setosa (tucum), Allophylus edulis (chal-chal), Esenbeckia grandiflora (cutia), Actinostemon concolor (laranjeira-do-mato); Ilex pseudobuxus, Ilex spp. (caúna); Erythroxylum amplifolium, E. argentinum, Erythroxylum spp. (cocão); Mollinedia spp. (pimenteira-do-mato), Alsophila spp. (xaxim), Amaioua guianensis; Guarea macrophylla (baga-de-morcego), Cereus hildmannianus (cacto, tuna, mandacaru), Heliconia velloziana (caeté); Faramea spp., Psychotria spp. (grandiúvad'anta); Alibertia concolor, Rudgea spp., Piper spp., Peperomia spp., Coccocypselum spp.; Blechnum spp., Rumohra adiantiformis, Polypodium robustum, Polypodium spp. (e outras samambaias terrícolas); Aechmea spp., Vriesea spp., Nidularium innocentii, Bromelia antiacantha (e outras bromélias terrícolas). A ocorrência de espécies ditas invasoras, ruderais ou cultivadas não necessariamente descaracteriza o caráter primário da restinga arbórea. Segundo determina a Resolução do CONAMA (1999), nas restingas arbóreas em estágio inicial de regeneração predomina a fisionomia herbáceo-arbustiva, podendo ocorrer indivíduos arbóreos isolados, remanescentes da floresta original, como Syagrus romanzoffiana (coqueiro, jerivá) e Ficus organensis (figueira-de-folha-miúda). Altura dos arbustos geralmente de 1 a 3 metros. Áreas originalmente de restinga arbórea, hoje totalmente dominadas por Mimosa bimucronata (maricá, espinheiro, silva), mesmo com alturas superiores a 3 metros, serão consideradas como estágio inicial de regeneração. Os principais elementos da flora vascular na restinga arbórea em estágio inicial de regeneração são: Mimosa bimucronata (maricá, espinheiro, silva); Baccharis dracunculifolia, Baccharis rufescens (vassoura branca); Dodonaea viscosa (vassoura-vermelha); Baccharis trimera (carqueja), Vernonia tweediana (chamarrita, assapeixe), Vernonia scorpioides (erva-são-simão), Vernonia chamissonis; Pteridium aquilinum (samambaia-das-taperas), Gleichenia spp. (samambaia), Senecio brasiliensis (mariamole, flor-das-almas), Sonchus spp. (serralha), Tagetes minuta (cravo-de-defunto); Eupatorium inulifolium, Eupatorium laevigatum, Erechtites valerianifolia, Erechtites hieraciifolia, Elephantoupus mollis; Bidens pilosa (picão), Crotalaria spp. (chocalho-de-cascavel), Ricinus communis (mamona); Sida spp., Urena lobata, Malvastrum coromandelianum (guanxuma), Ageratum conyzoides (mentrasto), Centratherum punctatum (perpétua), Solanum sisymbriifolium (joá, mata-cavalo), Solanum erianthum (fumo-bravo), Solanum americanum (erva-moura), Solanum paniculatum (jurubeba), Heimia myrtifolia (erva-da-vida), Asclepias curassavica (oficial-de-sala), Raphanus raphanistrum (nabiça), Lepidium virginicum (mastruço), Amaranthus spp. (caruru), Apium leptophyllum; Andropogon bicornis (capim-rabo-de-burro), Melinis minutiflora (capim-gordura), Aster squamatus, Anagallis arvensis; Rumex spp. (língua-de-

vaca), Sigesbeckia orientalis, Solidago chilensis (rabo-de-foguete, erva-lanceta), Sporobolus indicus; Eleusine indica (capim-pé-de-galinha), Rhynchelytrum repens (capim-rosado), Phyllanthus spp. (quebra-pedra), Emilia fosbergii; Galinsoga spp. (picão-branco), Leomurus sibiricus; Euphorbia heterophylla, Euphorbia hirta (leiteira); Scoparia dulcis (vassourinha); Xanthium spp., Triumfetta spp. (carrapicho). Em locais mais úmidos, pode dominar Hedychium coronarium (lírio-do-brejo). Nas restingas arbóreas em estágio médio de regeneração predomina a fisionomia arbustivo-arbórea. Arbustos maiores geralmente com 3 a 4 metros e árvores com até 6 metros de altura. Os principais elementos da flora vascular nesta formação são: Miconia ligustroides (jacatirãozinho), Guapira opposita (maria-mole), Myrsine coriacea (capororoca), Casearia sylvestris (chá-de-bugre, guaçatunga, cafezeiro-do-mato), Pera glabrata (seca-ligeiro), Clusia criuva (mangue-formiga), Solanum pseudoquina (canema), Eugenia umbeliflora (baguaçu), Tibouchina pulchra (apenas no norte de SC; manacá), Cecropia glaziovii (embaúba), Vernonia puberula (pau-toucinho), Huberia semiserrata (jacatirão-do-brejo), Schinus terebinthifolius (aroeira-vermelha); Ilex theezans, Ilex dumosa, Ilex pseudobuxus (caúna); Myrcia schaueriana, Myrcia palustres (guamirim); Myrcia rostrata (guamirim-de-folha-fina); Myrcia spp., Eugenia spp. (guamirim); Jacaranda puberula (carobinha), Psychotria spp. (grandiúva-d anta), Erythroxylum spp. (cocão), Ocotea pulchella (canelinha-da-praia), Andira sp. (pau-angelim), Miconia sellowiana, Miconia rigidiuscula; Sapium glandulatum (pau-leiteiro); Cupania vernalis (camboatá-vermelho), Matayba guianensis (camboatá-branco), Citharexylum myrianthum (tucaneira), Heliconia velloziana (caeté), Faramea spp., Rudgea spp., Coccocypselum spp., Alibertia concolor; Polypodium spp. (e outras samambaias terrícolas); Aechmea spp., Vriesea spp., Nidularium innocentii, Bromelia antiacantha (e outras bromélias terrícolas). Nas restingas arbóreas em estágio avançado de regeneração predomina a fisionomia arbórea. A altura das maiores árvores geralmente de 6 a 15 metros, podendo haver árvores emergentes com até 20 metros. Verifica-se um desenvolvimento expressivo de epífitas, representadas por liquens, briófitas, samambaias, Aechmea nudicaulis, Aechmea spp., Vriesea philippocoburgii, Vriesea vagans, Vriesea gigantea, Vriesea incurvata, Vriesea carinata, Vriesea flammea, Nidularium innocentii, Canistrum lindenii (gravatá); Tillandsia usneoides (barba-depau), Tillandsia spp. (cravo-do-mato);philodendron imbe (cipó-imbé); Anthurium spp., Philodendron spp. (imbé); Codonanthe spp., Cattleya intermedia, Brassavola spp., Pleurothallis spp. (orquídea); Rhipsalis spp. (rabo-de-rato), Polypodium spp. (samambaia). Os principais elementos da flora vascular são: Clusia criuva (mangue-formiga), Myrcia spp. (guamirim), Psidium cattleyanum (araçazeiro), Alchornea triplinervia (tanheiro, tapiá-guaçu), Ocotea pulchella (canelinha-da-praia), Calophyllum brasiliense (especialmente na metade norte de Santa Catarina; olandi), Tapirira guianensis (cupiúva), Guapira opposita (maria-mole), Nectandra oppositifolia (canela-amarela), Nectandra megapotamica (canela-merda), Citharexylum myrianthum (tucaneira), Inga spp. (ingá), Jacaranda puberula (carobinha), Cupania vernalis (camboatávermelho), Matayba guianensis (camboatá-branco), Geonoma spp. (gamiova); Aechmea spp., Vriesea spp., Nidularium innocentii, Bromelia antiacantha (e outras bromélias terrícolas); Polypodium robustum, Polypodium spp., Blechnum spp. (e outras samambaias terrícolas); Heliconia velloziana (caeté), Faramea spp., Psychotria spp. (grandiúva-d anta), Rudgea spp., Coccocypselum spp., Alibertia concolor.

3.2 Vegetação da Área de Estudo (Parque Municipal Morro das Pedras) A cobertura vegetal presente na ÁREA DE ESTUDO (PARQUE MUNICIPAL MORRO DAS PEDRAS) apresenta elementos da flora pertencente à Restinga e alguns elementos florísticos de Floresta de Terras Baixas (REITZ, 1988). A vegetação encontrada na área de estudo caracteriza uma restinga arbórea alterada, ou seja, não apresentando todas os elementos e características da sua formação original. Desta maneira, a vegetação é secundária, predominando um estágio médio de regeneração, com trechos em transição para o estágio avançado. Apresenta uma considerável diversidade de espécies lenhosas e muitos elementos característicos de estágio avançado. A área apresenta ainda porções em estágio inicial de regeneração, onde predominam espécies herbáceas. Figura 7 - Vista da área de estudo, com vegetação em estágio inicial e aos fundos em estágio médio/avançado de regeneração (em primeiro plano área onde destinar-se-ão parte dos usos públicos). Figura 8 - Vista da área de estudo, com vegetação em estágio inicial e aos fundos em estágio médio/avançado de regeneração.

Figura 9 - Vista da latera da área de estudo (limitado pelo Condomínio Las Piedras) com vegetação em estágio médio de regeneração. O levantamento florístico das fisionomias vegetais encontradas na área prevista para a UC resultou em um total de 88 espécies, distribuídas em 42 famílias botânicas. Deste total, 22 espécies incluem epífitos, hemiepífitos e lianas. As demais são representadas por herbáceas, palmeiras e lenhosas. As famílias que apresentaram maior diversidade de espécies foram Bromeliaceae (08 espécies), Araceae (06 espécies), Asteraceae e Polypodiaceae (05 espécies cada). Do total de espécies registradas, 08 são exóticas, ou seja, que não tem ocorrência natural na região, sendo introduzidas intencionalmente (ou acidentalmente) pelos vizinhos deste local. Com relação às espécies ameaçadas, foi registrada a ocorrência de Cedrela fissilis (cedro), que é uma espécie vulnerável, conforme a lista do Ministério do Meio Ambiente, publicada através da Portaria nº 443 de 17 de Dezembro de 2014 (MMA, 2014). Além da riqueza intrínseca, este fragmento florestal representa importante abrigo para a fauna silvestre, além de servir como um corredor ecológico para fauna que desloca-se entre a encosta dos morros e as proximidades da praia do Morro das Pedras. A conservação deste fragmento florestal é MUITO IMPORTANTE para a manutenção de elementos da fauna e flora nativa, além de possuir caráter urgente e emergencial, visto que seu entorno encontra-se degradado com intensa ocupação urbana, havendo risco iminente de ocupações e invasões indevidas no local, que hoje ainda é ocupado pela vegetação nativa de porte florestal.

Figura 10 Vegetação nativa de porte médio/avançado de regeneração próxima do córrego que demarca a lateral da área de estudo. Figura 11 Vista da vegetação nativa ao lado do córrego (sem nome) que demarca a lateral da área de estudo. Na Tabela 1 descrevemos a lista de espécies vegetais observadas na área de estudo, dispondo também a família botânica, nome popular, hábito, ambiente, dissernindo as espécies nativas e exóticas.

Tabela 1 Espécies vegetais registradas na área de estudo - Parque Municipal Morro das Pedras (Atualmente AVL e ACI). Família Botânica Espécie Nome Popular Hábito Ambiente Acanthaceae Thunbergia alata Bojer ex Sims * Amarelinha trepadeira antropizado Anacardiaceae Lithraea brasiliensis Marchand aroeira-brava arv/arb floresta Schinus terebinthifolius Raddi aroeira-vermelha arv/arb antropizado/floresta Tapirira guianensis Aubl. Copiúva arv/arb floresta Anemiaceae Anemia phyllitidis (L.) Sw. avenca-de-cacho herbácea floresta Aquifoliaceae Ilex dumosa Reissek Caúna arv/arb floresta Ilex pseudobuxus Reissek Caúna arv/arb floresta Araceae Arecaceae Asteraceae Bignoniaceae Ilex theezans Mart. ex Reissek Caúna arv/arb floresta Anthurium pentaphyllum (Aubl.) G. Don --- hemiepífito floresta Lemna sp. L. Lentilha-d'água herbácea aquática Monstera adansonii Schott --- hemiepífito floresta Philodendron bipinnatifidum Schott ex Banana-de-bugre, Endl. imbé hemiepífito floresta Philodendron appendiculatum Nadruz & Mayo imbé hemiepífito floresta Pistia stratiotes L. Alface-d'água herbácea aquática guaricana-defolha-larga Geonoma gamiova Barb. Rodr. palmeira floresta Geonoma schottiana Mart. Guaricana palmeira floresta Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman Jerivá palmeira floresta Mikania involucrata Hook. & Arn. --- trepadeira floresta (clareiras) erva-lanceta, Solidago chilensis Meyen arnica subarbusto antropizado Symphyopappus casarettoi B.L.Rob. Vassoura arbusto antropizado Tithonia diversifolia (Hemsl.) A. Gray * Girassol-mexicano arbusto antropizado Vernonanthura tweedieana (Baker) H. Rob. Chimarrita arbusto antropizado Handroanthus umbellatus (Sond.) Mattos Ipê-amarelo arv/arb floresta Jacaranda puberula Cham. Carobinha arv/arb floresta Blechnaceae Blechnum serrulatum Rich. samambaia herbácea floresta Bromeliaceae Aechmea nudicaulis (L.) Griseb. bromélia epífito floresta Tillandsia geminiflora Brongn. bromélia epífito floresta Tillandsia mallemontii Glaz. ex Mez cravo-do-mato epífito floresta Tillandsia stricta Sol. ex Sims bromélia epífito floresta Tillandsia tenuifolia L. bromélia epífito floresta Tillandsia usneoides (L.) L. barba-de-velho epífito floresta Vriesea gigantea Gaudich. bromélia epífito antropizado/floresta Vriesea sp. Hassk. bromélia epífito floresta Cardiopteridaceae Citronella paniculata (Mart.) Howard congonha arv/arb floresta Clusiaceae Clusia criuva Cambess. Mangue-do-mato arv/arb floresta Commelinaceae Commelina diffusa Burm. Trapoeba herbácea antropizado Convolvulaceae Ipomoea cairica (L.) Sweet --- trepadeira floresta (clareiras) Cunoniaceae Gramimunha-deduas-cores arv floresta Weinmannia discolor Gardner Cyatheaceae Cyathea atrovirens (Langsd. & Fisch.) pteridófita Domin Xaxim arborescente floresta

Rumohra adiantiformis (G. Forst.) Dryopteridaceae Ching Samambaia-preta herbácea floresta Erythroxylaceae Erythroxylum argentinum O.E.Schulz Cocão arv/arb floresta Euphorbiaceae Alchornea glandulosa Poepp. & Endl. tanheiro arv/arb floresta Alchornea triplinervia (Spreng.) M. Arg. Tanheiro arv/arb floresta Ricinus communis * Mamona arbusto antropizado Fabaceae Andira fraxinifolia Benth. Pau-angelim arv/arb floresta Chamaecrista nictitans (L.) Moench Falsa-dormideira herbácea antropizado Desmodium cf. incanum DC. Pega-pega herbácea antropizado Mimosa bimucronata (DC.) Kuntze Pé-de-silva, maricá arv floresta (clareiras) Lamiaceae Vitex megapotamica (Spreng.) Moldenke Tarumã arv/arb floresta Lauraceae Canela-da-praia, Ocotea pulchella (Nees) Mez canela-do-brejo arv/arb floresta Malvaceae Luehea divaricata Mart. & Zucc. Açoita-cavalo arv/arb floresta Marantaceae Ctenanthe muelleri Petersen Caeté herbácea floresta Melastomataceae Leandra australis (Cham.) Cogn. Pixirica arbusto floresta (clareiras) Miconia ligustroides (DC.) Naudin Pixirica arv floresta Tibouchina trichopoda (DC.) Baill. Quaresmeira arvoreta floresta Tibouchina urvilleana (DC.) Cogn. orelha-de-onça arv antropizado Meliaceae Cedrela fissilis Vell.** Cedro arv/arb floresta Guarea macrophylla Vahl Baga-de-morgeco arv floresta Moraceae Figueira-de-folhamiúda arv/arb Ficus cestrifolia Schott floresta Myrtaceae Eugenia uniflora L. Pitangueira arv/arb floresta Eucalyptus sp. L'Hér. * eucalipto arv/arb antropizado Myrcia brasiliensis Kiaersk. Guamirim arv/arb floresta Myrcia pubipetala Miq Guamirim arv/arb floresta Psidium cattleianum Sabine Araçá arv/arb floresta Nyctaginaceae Guapira opposita (Vell.) Reitz Maria-mole arv/arb floresta Pentaphylacaceae Ternstroemia brasiliensis Cambess. Pinta-moça arv/arb floresta Peraceae Pera glabrata (Schott) Poepp. ex Baill. Seca-ligeiro arv/arb floresta Pinaceae Pinus sp. * pinus arv/arb antropizado Piperaceae Piper aduncum L. Pariparoba arbusto floresta Poaceae Andropogon bicornis L. capim-rabo-deburro herbácea antropizado Brachiaria sp. (Trin.) Griseb * braquiária herbácea antropizado Polypodiaceae Paspalum sp. L capim herbácea antropizado Sorghum cf. arundinaceum (Desv.) sorgo-selvagem Stapf * herbácea antropizado Microgramma squamulosa (Kaulf.) de la Sota cipó-cabeludo epífito floresta Microgramma tecta (Kaulf.) Alston --- epífito floresta Pleopeltis hirsutissima (Raddi) de la Sota --- epífito floresta Pleopeltis pleopeltifolia (Raddi) Alston --- epífito floresta Serpocaulon catharinae (Langsd. &Fisch.) A.R. Sm. --- epífito floresta Primulaceae Myrsine coriacea (Sw.) R.Br. Capororoca arv/arb floresta Myrsine umbellata Mart. Capororoca arv/arb floresta Parque Municipal Morro das Pedras Caracterização da Vegetação (março/2017) 16

Sapindaceae Dodonaea viscosa Jacq. Vassouravermelha arvoresta floresta Paullinia trigonia Vell. Cipó-timbó trepadeira floresta (clareiras) Smilacaceae Smilax campestris Griseb. Salsa-parrilha trepadeira floresta (clareiras) Solanaceae Solanum pseudoquina A. St.-Hill. Coerana, canema arv floresta Theaceae Laplacea fruticosa (Schrad.) Kobuski Santa-rita arv/arb floresta Urticaceae Cecropia glaziovii Snethl. Embaúba arv/arb floresta (clareiras) Urera baccifera (L.) Gaudich. Urtiga arbusto floresta Zingiberaceae Hedychium coronarium J. Koenig * Lírio-do-brejo herbácea antropizado Legenda: * Espécie exótica. ** Espécie ameaçada. Figura 12 - Vista da área de estudo, com vegetação em estágio inicial e aos fundos em estágio médio/avançado de regeneração. Nos locais onde predominou vegetação de restinga arbórea em estágio inicial de regeneração predomina a fisionomia herbáceo-arbustiva, podendo ocorrer indivíduos arbóreos isolados, remanescentes da floresta original, como Syagrus romanzoffiana (coqueiro, jerivá) e Ficus cestrifolia (figueira-de-folha-miúda). Altura dos arbustos geralmente de 1 a 3 metros. Verificam-se pequenos trechos em estágio inicial, representados pela pela borda do fragmento florestal, sendo que as espécies herbáceas e nativas mais comuns neste ambiente são: Vernonia tweediana (chamarrita, assapeixe), Andropogon bicornis (capim-rabo-de-burro) e Solidago chilensis (rabo-de-foguete, erva-lanceta). Além destas, estiveram presentes de forma constante espécies exóticas, ou seja, que não tem ocorrência natural na região, tais como: Ricinus communis (mamona); Tithonia diversifolia (girassol-mexicano), Brachiaria sp. (braquiária), Sorghum cf. arundinaceum (sorgo) e as lenhosas pinus e eucalipto. Em locais mais úmidos, na margem do curso hídrico, predominam a braquiaria e Hedychium coronarium (lírio-do-brejo), também espécies exóticas. A presença de espécies exóticas é verificada principalmente na borda do fragmento florestal, e estima-se que seja em decorrência da presença de áreas antropizadas no seu entorno. Parque Municipal Morro das Pedras Caracterização da Vegetação (março/2017) 17

Em meio à floresta, observam-se pequenas clareiras, onde as primeiras espécies a se regenerar são Mimosa bimucronata (maricá), Cecropia glaziovii (embaúba), Myrsine coriacea (capororoca), Solanum pseudoquina (coerana) e Urera baccifera (urtiga). Sobre estas, registra-se com frequencia espécies de trepadeiras / lianas herbáceas, tais como: Thunbergia alata (amarelinha) e Ipomoea cairica. Figura 13 - Vista da área de estudo, com vegetação em estágio inicial e presença de espécies exóticas (em destaque pinus e eucalipto). Figura 14 - Vista da área de estudo, com vegetação em estágio inicial e presença de espécies exóticas (em destaque pinus e eucalipto). Parque Municipal Morro das Pedras Caracterização da Vegetação (março/2017) 18

Figura 15 - Girassol-mexicano (Tithonia diversifolia). Figura 16 - Falsa-dormideira (Chamaecrista nictitans). Figura 17 - Erva-lanceta (Solidago chilensis). Figura 18 - Chimarrita (Vernonanthura tweedieana). Figura 19 - Sorgo-selvagem (Sorghum cf. arundinaceum). Figura 20 - Sorgo-selvagem (Sorghum cf. arundinaceum). Parque Municipal Morro das Pedras Caracterização da Vegetação (março/2017) 19

Figura 21 - Lírio-do-brejo (Hedychium coronarium) e braquiária. Figura 22 - Vista geral de uma clareira em meio à floresta. Figura 23 - Urtiga (Urera baccifera). Figura 24 - Trepadeira comum em meio às clareiras (Ipomoea cairica). Parque Municipal Morro das Pedras Caracterização da Vegetação (março/2017) 20

Figura 25 - Vista geral de uma clareira em meio à floresta, com presença de embaúba (Cecropia glaziovii) e coqueiro/jerivá (Syagrus romansoffiana). Nas restingas arbóreas em estágio médio de regeneração (CONAMA (1999) predomina a fisionomia arbustivo-arbórea, sendo que arbustos maiores geralmente com 3 a 4 metros e árvores com até 6 metros de altura. No presente estudo, verificou-se que a altura média gira em torno de 4 m, havendo muitos indivíduos com até 8 m. As espécies arbóreas mais comuns em meio à floresta são: Laplacea fruticosa (santa-rita), Syagrus romanzoffiana (jerivá), Alchornea triplinervia (tanheiro), Guapira opposita (maria-mole), Ocotea pulchella (canela-da-praia) e Myrcia pubipetala (guamirim). Em alguns locais, distribuídos de maneira mais esparsa, registrouse indivíduos de grande porte (com mais de 6 m de altura) de Ficus cestrifolia (figueira-de-folhamiúda). O subbosque da floresta é formado por muitas espécies que compõem o estrato arbóreo da floresta, sendo as mais comuns: Laplacea fruticosa (santa-rita), Syagrus romanzoffiana (jerivá), Alchornea triplinervia (tanheiro), Guapira opposita (maria-mole), Ocotea pulchella (canela-da-praia), Myrcia pubipetala (guamirim), Miconia ligustroides (pixirica), Eugenia uniflora (pitanga), Schinus terebinthifolius (aroeira), Erythroxylum argentinum (cocão), Cyathea atrovirens (xaxim) e as caúnas (Ilex theezans, I. pseudobuxus, I dumosa). Em alguns trechos registrou-se com frequencia as guaricanas (Geonoma gamiova e G. schottiana). No estrato herbáceo predomina a samambaia Blechnum serrulatum. Em locais mais abertos (e úmidos) registrou-se a presença do caeté (Ctenanthe muelleri). Nos locais em melhor estado de conservação da floresta registra-se uma considerável presença de espécies com habito epifítico e hemiepifítico, representados principalmente pelas aráceas (Anthurium pentaphyllum, Monstera adansonii, Philodendron appendiculatum), pelas bromeliáceas (Aechmea nudicaulis, Tillandsia geminiflora, T. mallemontii, T. stricta, T. tenuifolia, Vriesea gigantea e Vriesea sp.) e pelas pteridófitas (Microgramma squamulosa, Pleopeltis hirsutissima e Pleopeltis pleopeltifolia). Parque Municipal Morro das Pedras Caracterização da Vegetação (março/2017) 21

Figura 26 - Vista externa da floresta em estágio médio/avançado de regeneração. Figura 27 - Vista externa da floresta em estágio médio/avançado de regeneração. Figura 28 - Santa-rita (Laplacea fruticosa), espécie comum na floresta. Figura 29 - Canela-da-praia (Ocotea pulchella), espécie comum na floresta. Parque Municipal Morro das Pedras Caracterização da Vegetação (março/2017) 22

Figura 30 - Vista interna da floresta em estágio médio/avançado de regeneração. Figura 31 - Vista interna da floresta em estágio médio/avançado de regeneração. Figura 32 - Santa-rita (Laplacea fruticosa), espécie comum na floresta. Figura 33 - Jerivá (Syagrus romanzoffina), espécie comum na floresta. Figura 34 - Tanheiro (Alchornea triplinervia), espécie comum na floresta. Figura 35 - Maria-mole (Guapira opposita), espécie comum na floresta. Parque Municipal Morro das Pedras Caracterização da Vegetação (março/2017) 23

Figura 36 - Pixirica (Miconia ligustroides), espécie comum na floresta. Figura 37 - Pixirica (Miconia ligustroides), espécie comum na floresta. Figura 38 - Pitanga (Eugenia uniflora), espécie comum na floresta. Figura 39 - Araçá (Psidium cattleianum). Figura 40 Xaxim-da-restinga (Cyathea atrovirens), espécie comum no sub-bosque da floresta. Figura 41 - Guaricana-de-folha-larga (Geonoma gamiova), espécie registrada no sub-bosque da floresta. Parque Municipal Morro das Pedras Caracterização da Vegetação (março/2017) 24

Figura 422 - Vista interna da floresta, denotando o predomínio de samambaia (Blechnum serrulatum) no estrato herbáceo. Figura 43 Lado esquerdo: Samambaia (Blechnum serrulatum), comum no estrato herbáceo. Lado Direito: Samambaia (Blechnum serrulatum) e caeté (Ctenanthe muelleri), comum no estrato herbáceo da floresta. Figura 44 - Vriesea gigantea (Bromeliaceae), comum no componente epifítico da floresta. Figura 45 - Vriesea sp. (Bromeliaceae), comum no componente epifítico da floresta. Parque Municipal Morro das Pedras Caracterização da Vegetação (março/2017) 25

Figura 46 - Aechmea nudicaulis (Bromeliaceae), comum no componente epifítico da floresta. Figura 47 - Philodendron appendiculatum (Araceae), comum no componente epifítico da floresta. Figura 48 - Tillandsia stricta (Bromeliaceae), comum no componente epifítico da floresta. Figura 49 - Tillandsia mallemontii (Bromeliaceae), comum no componente epifítico da floresta. Figura 50 - Monstera adansonii (Araceae), comum no componente epifítico da floresta. Parque Municipal Morro das Pedras Caracterização da Vegetação (março/2017) 26

Muitas das espécies registradas nos diferentes estratos da floresta são indicadoras de estágio avançado de regeneração (CONAMA (1999). Dentre estas, pode-se citar: Alchornea triplinervia (tanheiro), A. glandulosa (tanheiro), Ocotea pulchella (canela-da-praia), Clusia criuva (mangue-do-mato), Syagrus romanzoffianum (jerivá), Ficus cestrifolia (figueira-de-folha-miúda), Psidium cattleyanum (araçá), Tapirira guianensis (cupiúva), Ilex spp. (caúnas); Pera glabrata (seca-ligeiro), Laplacea fruticosa (santa-rita), Myrsine umbellata (capororoca); Jacaranda puberula (carobinha), Ternstroemia brasiliensis (pinta-moça), Handroanthus umbellatus (ipêamarelo), Guapira opposita (maria-mole), Geonoma spp. (gamiova), além de outras espécies que compõem o estrato herbáceo e epifítico. A presença destas espécies indica que o fragmento resguarda importantes elementos da flora nativa, representados pela restinga arbórea, que atualmente encontra-se muito degradada e reduzida. Este fragmento florestal possui elevada importância ecológica para a fauna silvestre, pois além de abrigo é utilizado como um corredor ecológico (deslocamento e alimentação) dos animais nativos no trânsito entre outros ambientes como as encostas dos morros e a (rara) vegetação próxima das dunas e praia. A conservação deste fragmento florestal é extremamente necessária para a manutenção de elementos da fauna e flora nativa, além de possuir caráter urgente e emergencial, visto que seu entorno encontra-se degradado e antropizado, com risco iminente de ocupações irregulares nas áreas (atualmente ocupada pela floresta de restinga). Outro fator relevante para a conservação deste ambiente é a presença de um curso hídrico (permanente) delimitando a borda a oeste deste remanescente florestal e seguindo curso em direção noroeste. Atualmente este importante recurso natural encontra-se com sua margem esquerda ocupada por moradias e de modo geral com suas APPs antropizadas e degradadas. Estima-se que o curso hídrico esteja com uma grande carga de resíduos orgânicos, pois há um adensamento de macrófitas neste córrego, sendo que em alguns trechos chegar a sobrepor toda a lâmina d água. Também há evidências de despejo de efluentes orgânicos junto à drenagem pluvial realizado pelas moradias localizada a oeste deste manancial. Figura 51 - Vista parcial do curso hídrico e suas margens. Parque Municipal Morro das Pedras Caracterização da Vegetação (março/2017) 27

Figura 52 - Vista parcial do curso hídrico e suas margens, com presença de moradias na margem esquerda. Figura 53 - Vista do curso hídrico, com despejo de esgoto junto com a drenagem pluvial Figura 54 - Trecho do curso hídrico coberto com macrófitas. Parque Municipal Morro das Pedras Caracterização da Vegetação (março/2017) 28

Figura 55 - Trecho do curso hídrico coberto com macrófitas. Figura 56 - Alface-d água (Pistia stratiotes) e lentilha-d'água (Lemna sp.), espécies de macrófitas predominantes no curso hídrico. Figura 58 - Despejo de lixo (Próximo da rua Sagrado Coração de Jesus). Parque Municipal Morro das Pedras Caracterização da Vegetação (março/2017) 29

Nos locais com vegetação predominantemente herbácea (estágio inicial de regeneração), verificou-se o despejo de lixo, que representa um impacto negativo para a fauna e flora e também pode vir a ser um local propício para o surgimento de focos de doenças (zoonoses) com potencial de afetar humanos e animais silvestres. 4. REGISTROS PRELIMINARES DA FAUNA LOCAL Os registros preliminares da fauna utilizaram duas metodologias em formato simplificado e por isso são provisórios necessitando outras amostragens para complementação deste levantamento resumido. Parte dos registros faunísticos foram realizados diretamente pelos biólogos, durante os levantamentos da vegetação (Relatos Diretos) e parte dos registros ocorreram com informações dos moradores, cujas descrições são compatíveis com a descrição científica dos animais de provável ocorrência para esta área. Abaixo listamos as espécies registradas nestes dois levantamentos preliminares. 4.1 Lista Preliminar das Espécies ANIMAIS: A) Registros Diretos (pelos biólogos): Aracuã (Ortalis guttata); Gralha-azul (Cyanocorax caeuruleus) Bem-te-vi (Pitangus sulphuratus) Urubu-de-cabeça-vermelha (Cathartes aura) Canarinho-terra (Sicalis flaveola). B) Relatos Indiretos (informações dos Moradores/Vizinhos, cuja (com descrição biológica consistente): Jacaré-do-papo-amarelo (Caiman latirostris) Lontra (Lutra longicaudis) Cutia (Dasyprocta Aguti) Sagui-de-tufo-branco / sagui-estrela (Callithrix spp.) Tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus) Urubu-de-cabeça-preta (Coragyps atratus) Saira-de-sete-cores (Tangara seledon) Tucano-de-bico-verde (Ramphastos dicolorus) Registrou-se na floresta indícios de caça, através da presença de uma armadilha. Outro impacto negativo registrado no local foi a presença do caramujo-africano, que além de ser uma espécie exótica é um vetor de doenças. Parque Municipal Morro das Pedras Caracterização da Vegetação (março/2017) 30

Figura 58 Registro de armadilha de fauna localizada dentro da floresta nativa (local sofre pressão de caça). Figura 59 Presença de caramujo-africano próximo do curso hídrico. 5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL (República Federativa do BRASIL). Lei Federal 6.938 - Política Nacional de Meio Ambiente. Brasília: DOU, 31 de agosto/1981. Disponível em <http://www.mma.gov.br/conama/legislação> acessado em 20/09/2013.. Lei Federal 9.433/97 - Sistema Nacional de Recursos Hídricos. Brasília: DOU, 09 de janeiro/1997. Disponível em <http://www.mma.gov.br/conama/legislação> acessado em 20/09/2013.. Lei Federal 9.605/98 - Lei de Crimes Ambientais. Brasília: DOU, 13 de fevereiro de 1998. Disponível em <http://www.mma.gov.br/conama/legislação> acessado em 20/09/2013. Parque Municipal Morro das Pedras Caracterização da Vegetação (março/2017) 31

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