Bem Vindos ao E-BOOK DO CURSO DE BÚSSOLA
SUMÁRIO 1- Introdução 2- Sistemas de orientação 3- Norte geográfico e magnético 4- Rumos e azimutes 5- Declinação magnética 6- Bússola 7- Notações e Conversões 8- Medidas Geológicas e Estruturais
Introdução A bússola é um instrumento desde sempre usado para a orientação a partir da sua capacidade de indicar o norte magnético terrestre. Significou importante avanço, possibilitando a correta navegação em noites nubladas, quando não se via as estrelas, e também uma orientação mais precisa e rápida. Com o passar do tempo a bússola foi aprimorada e sua versatilidade permitiu a sua aplicação para outros usos como: direcionar caminhamentos, realizar alinhamentos de estradas, medir ângulos e o estudo da geologia estrutural das rochas. O curso apresentado tem por objetivo demonstrar os conceitos básicos de cartografia, astronomia de campo e de realizar a introdução do uso da bússola de navegação e geológica para os profissionais da área de geociências, uma das mais importantes ferramentas de orientação e navegação analógica existente. Realizaremos um primeiro contato com o assunto através de uma abordagem simples e prática da teoria necessária para o aprendizado e fixação dos conceitos de localização e orientação em campo, para então, introduzir o uso da bússola. Lendo este exemplar gratuito você terá acesso à ementa que será apresentada, com uma breve descrição do assunto, além de entender a importância do conhecimento e manuseio de bússolas. Equipe GEONEW Março/2018
a empresa : A GEONEW é uma empresa de consultoria e prestação de serviços que atua dentro do setor mineral brasileiro desde 2011, realizando trabalhos nas áreas de geologia, engenharia, meio ambiente, gestão de processos minerários, geotecnologia e a partir deste primeiro semestre de 2018, também no ensino a distância. É isso mesmo, a GEONEW está lançando sua plataforma de Ensino a Distância EAD totalmente voltada a geologia e ao setor mineral. Educação a distância: Os cursos que serão oferecidos na modalidade EAD foram pensados para oferecer oportunidade e flexibilidade aos alunos que desejam realizar cursos na área, mas não conseguem cursar pelo modelo tradicional, seja pela distância dos centros de oferta, valor elevado ou incompatibilidade dos horários dos cursos e o trabalho. Serão ofertados vários cursos e treinamentos destinados a estudantes, profissionais da área e gestores de empresas de mineração no intuito de disseminar o conhecimento e romper a rigidez dos cursos tradicionais.
1- Sistemas de orientação
O termo orientação vem de Oriente, que significa a direção do Sol nascente. Oriente é um conceito muito simples, de fácil entendimento e que, em princípio, também é muito fácil de ser posto em prática: basta observar a direção do nascer do- sol no local onde estamos. Um observador da Antiguidade, mesmo que fosse pouco atento, perceberia que o Sol nasce de um lado do céu e se põe mais ou menos do outro lado e que tais posições variam ao logo do tempo (ano). Com o passar do tempo, estas direções notáveis foram assumindo nomes e definições que facilitaram seu uso. As direções hoje chamadas, em português, de Leste e Oeste estão relacionadas com as direções do nascer e do pôr-do-sol, ou seja, com o Oriente e Ocidente, respectivamente. E as direções hoje denominadas Norte e Sul estão relacionadas com o centro do movimento aparente do céu noturno. Estas quatro direções básicas Norte, Sul, Leste e Oeste são os pontos cardeais.
2- Norte geográfico e magnético
Por muito tempo se pensou que o norte geográfico e o norte magnético eram um só. Em 1831, o explorador inglês James Ross verificou que não eram iguais ao chegar ao Ártico ao perceber que a bússola apontava para o chão, o norte magnético (as linhas de força eram verticais e a única posição em que a agulha aquietava era na vertical). O norte geográfico resulta do movimento de rotação da Terra, enquanto o norte magnético é o resultado do campo magnético gerado pelo movimento do metal fundido do núcleo externo em torno do núcleo metálico sólido da Terra. Os dois nortes, portanto, expressam fenômenos geofísicos diferentes. Usando esse princípio os chineses inventaram a bússola e os europeus se lançaram às grandes navegações. Uma agulha imantada aponta sempre para o polo norte magnético e, de modo aproximado, para o norte geográfico. O ângulo entre o norte magnético e o geográfico reflete a declinação magnética do ponto. Bússolas em sua leitura, são diretamente influenciadas pelas condições ambientais locais, fazendo - se necessário uma avaliação de presença de materiais ferromagnéticos e campos eletromagnéticos como torres de alta tensão, que podem gerar interferências em sua observação.
3- Rumos e azimutes
Quando conhecemos os azimutes dos alinhamentos podemos facilmente, a partir deles, determinar os rumos correspondentes através de simples relações geométricas, bastando para isso observar que: A partir do Norte, os rumos crescem no sentido horário para E, e no anti-horário para W; A partir do Sul crescem no sentido anti-horário para E, e horário para W. rumo É o menor ângulo formado entre a linha Norte e Sul e o alinhamento. Azimute O azimute é o ângulo formado entre o Norte e o alinhamento. Esse ângulo varia de 0º a 360º e é contado no sentido horário No sistema azimutal, rumos que diferem em + 180º equivalem a mesma direção. Assim, por exemplo, os rumos N040 e N220 equivalem a mesma direção se não estivermos preocupados com o sentido dentro de uma linha, qualquer uma das duas atitudes pode ser utilizada para indicar a direção dessa linha. A relação entre Rumos e Azimutes, aqui brevemente descrita, será abordada detalhadamente no curso oferecido.
4- Declinação magnética
A declinação magnética, nada mais é que a diferença angular que existe entre o polo norte geográfico e o polo norte magnético. Conforme visto anteriormente, eles não coincidem, assim, podemos defini-la como o ângulo formado entre o Norte Geográfico e o Norte Magnético a partir do lugar em que se encontra. Por exemplo, em Belo Horizonte a declinação atual é de -22,5 graus. Como convenção ficou decidido que, comparando o desvio com os pontos Cardeais, o ângulo formado para a direita do norte (leste) seria positivo e para a esquerda (oeste) negativo; e que a declinação magnética existe em função do magnetismo terrestre, criado ou surgido pelo eletromagnetismo terrestre, gerado pelo atrito do movimento de rotação terrestre cujos polos nem sempre coincidem com os polos geográficos. Atualmente diversos institutos geológicos e astronômicos realizam o calculo diário da variação da declinação magnética na Terra, sendo o meio mais confiável e rápido de se obter os dados necessários para a realização do seu trabalho de campo. O curso de Bússola oferecido pela GEONEW, destacará mais profundamente os fundamentos de cálculo da declinação e referências para obtenção de dados.
Bússola
Existem atualmente modelos de bússolas para várias aplicações: navegação marítima, navegação aérea e navegação terrestre, geologia, topografia, mergulho etc. Para cada aplicação, existe uma grande quantidade de modelos disponíveis. No comércio existe um modelo de bússola Brunton híbrida que pode ser usada tanto na prática da atividades de orientação, quanto para trabalhos geológicos, e deste modo pode ser considerado um equipamento que reúne sistemas de medidas angulares: um no plano horizontal, a agulha magnética, e outro no plano vertical, o clinômetro, objetivando estabelecer a disposição espacial de planos e/ ou linhas geológicas. A bússola também pode servir como ferramenta de localização em campo e trabalhos topográficos expeditos com a determinação de rumos e gradientes. As principais Bússolas utilizadas para estudo geológico são: Bússola Brunton A bússola tipo Brunton é amplamente difundida e usada para topografia e geologia de campo, trata-se de uma bússola versátil que possui boa precisão para a medida de direções, linha de fé, espelho para visada, clinômetro e ajuste de declinação magnética. Bússola Clar A bússola tipo Clar também é conhecida com bússola geológica e foi desenvolvida para medir a atitude de rochas e planos em uma única medida, dando assim agilidade a trabalhos sistemáticos de mapeamento geológico e geologia estrutural.
8- Notações e Conversões
Para entendermos melhor as notações e convenções usadas principalmente para o mapeamento geológico, medidas Brunton e Clar, é preciso primeiro ter uma noção dos planos, linhas e mergulhos que representam as estruturas medidas em campo. A apostila elaborada para o Curso de Bússola - GEONEW, conta com o conteúdo completo de pontos, planos linhas e notações, sendo as mais usuais para o profissional Geólogo: Notação Americana - Brunton Este sistema permite ao geólogo uma pronta visualização da atitude de um plano, e deve obrigatoriamente ser conhecido pelo estudante. No entanto, por ser um sistema matematicamente mais complexo, é pouco utilizado diretamente na entrada de dados em sistemas de computação. Com uma bússola tradicional, são necessárias 3 operações para se obter a atitude de um plano: primeiro, mede-se a direção do plano; em seguida, o mergulho em um rumo perpendicular à direção do plano e, por último, o quadrante do rumo do mergulho. Essa medida é chamada popularmente de medida Brunton, nela se leva em consideração: a direção do plano, sempre em relação ao quadrante norte; o ângulo de caimento, e seu quadrante em relação ao norte.
Notação Trama - Clar Trata-se de sistema cada vez mais utilizado em função de sua praticidade na tomada de atitudes no campo que, com uma bússola adequada, é realizada em uma única operação. É adotado universalmente por todos os sistemas de computação. Tem como desvantagem uma maior dificuldade na visualização da atitude medida. Especifica-se o rumo azimutal do mergulho e o mergulho do plano. É conhecido também por sistema Clar, por causa do modelo de bússola criado originalmente pelo professor Clar da Universidade de Viena, especialmente para o uso em geologia estrutural com esse tipo de notação, permitindo a tomada de atitude de um plano em uma única operação.
10- Medidas Geológicas e Estruturais
As estruturas geológicas podem ser dividas em planos e linhas sendo: Planos acamamento, estratificação sedimentar, fraturas, foliações (xistosidade, clivagem ardosiana, clivagem de crenulação, etc.), contatos geológicos, etc. Linhas direções de corrente ou de transporte de sedimentos, lineações minerais, eixos de dobras, lineações de estiramento, estrias de atrito, etc. As medidas de estruturas geológicas são chamadas de atitude. A atitude é definida conhecendo-se dois ângulos: um horizontal, que posiciona planos e linhas em relação às coordenadas geográficas ou magnéticas, e outro vertical, que os posiciona na horizontal, na vertical ou inclinados. Para o primeiro, ''direção'' (strike) é o termo usado quando se trata de planos estruturais e rumo (trend) quando se trata de linhas. Para o ângulo vertical, sempre medido numa seção perpendicular a sua direção, ângulo de mergulho (dip) é o termo usado para planos estruturais, e caimento (plunge) para linhas. De maneira simples o aluno aprenderá a mecânica de utilização da bússola, com exemplos e aplicações factíveis. O curso foi pensado para estudantes e profissionais da área de Geociências, com intuito de colaborar com a formação de profissionais capacitados para o manuseio da ferramenta.
É parte fundamental do trabalho do Geólogo compreender as estruturas e realizar medições de foliação, xistosidade, fraturas, lineações, eixos de dobras e etc. Mensurar as atitudes das rochas corretamente possibilita uma adequada interpretação da geometria dos corpos rochosos e controles estruturais. O Curso oferecido pela GEONEW foi cuidadosamente elaborado para ser completo e totalmente aplicável, tendo demonstrações práticas com exemplos usuais de forma simples. O aluno matriculado terá acesso a vídeo-aulas, apostilas, exercícios e todo o suporte do corpo de tutores, por um preço muito acessível além de garantir um certificado de conclusão ao termino das atividades. Contate-nos para saber um pouco mais, Venha ser um aluno GEONEW!
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