EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL EM UIRAÚNA-PB

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Transcrição:

EDUCAÇÃO PARA A SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL EM UIRAÚNA-PB Anderson Maciel Soares (1) ; Danielly de Sousa Bezerra (1) ; José Deomar de Souza Barros (2). ¹Discente do Curso de Licenciatura em Ciências Biológicas; Unidade Acadêmica de Ciências Exatas e da Natureza (UACEN); Universidade Federal de Campina Grande(UFCG), E-mail: andersonmacielsoares@gmail.com; danibiologia20@gmail.com 2 Professor Adjunto da Universidade Federal de Campina Grande(UFCG), E-mail: deomarbarros@gmail.com INTRODUÇÃO A educação ambiental quando trabalhada nas escolas contribui para a formação de cidadãos comprometidos com o meio ambiente, estimulando o desenvolvimento da consciência crítica e mitigação de problemáticas socioambientais. Todavia, essa ferramenta essencial para a formação humana carece de incentivo em sua construção na sociedade, onde ela deve está pautada no desenvolvimento econômico e principalmente na preocupação de preservação dos recursos naturais para as atuais e futuras gerações (PORDEUS; BARROS, 2016). Santiago, Barreto e Luz (2016), afirmam que a escola deve trabalhar a Educação Ambiental, pois possibilita aos alunos uma reflexão sobre as atividades antrópicas negativas ao meio ambiente. Assim, a Educação Ambiental ajuda aos estudantes a construírem uma visão da globalidade dos problemas ambientais mais frequentes e, podem diante desse exercício reflexivo desenvolver ações direcionadas na mitigação de tais efeitos. Além do mais, trabalhar a problemática ambiental não quer dizer que deve abater o crescimento populacional e econômico, mas sim visar um crescimento de qualidade aplicando princípios de sustentabilidade ou metas que motive a compreensão das pessoas sobre aspectos ambientais, sociais e econômicos (HANAI, 2009). O desenvolvimento sustentável envolve certas modificações no estilo de vida da população que procura entender a complexidade que o tema apresenta e sua importância, uma vez que há construção de um ambiente favorável, não apenas para o crescimento, mas também em relação ao desenvolvimento, requer o reconhecimento das práticas que mais afetam a sustentabilidade (MALHEIROS et al., 2012; SILVA; CÂNDIDO, 2012). Assim, a educação ambiental permite que o sujeito seja visto como um cidadão capaz de conviver socialmente em um ambiente, respeitando a natureza e não havendo interferência de

questões culturais ou atitudes que desfavoreçam a sustentabilidade. Portanto, trabalhar na perspectiva de um ambiente sustentável é ir além de uma sociedade justa, pois a educação ambiental não se restringe apenas a questões ecológicas, mas abrange toda uma coletividade (SANTOS; VASCONCELLOS, 2016). Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo identificar a compreensão dos educandos do ensino fundamental II sobre educação para a sustentabilidade socioambiental em Uiraúna-PB.. METODOLOGIA Esta pesquisa foi realizada no período de 04 de agosto a 15 de setembro de 2017, em uma Escola Estadual, da rede pública localizada no Município de Uiraúna- PB. Os sujeitos da pesquisa foram 30 alunos matriculados na escola que cursam entre o sexto ao nono ano do ensino fundamental. Os alunos foram selecionados de forma randomizada através de sorteio. Como método de investigação foi aplicado um questionário semiestruturado, contendo questões objetivas e subjetivas, onde nele se abordava definições e conceitos referentes a educação ambiental e os problemas ambientais presenciados no cotidiano dos estudantes. A partir dos dados coletados, os resultados foram analisados por meio da categorização de respostas dos discentes no questionário. RESULTADOS E DISCUSSÕES Como forma de caracterizar os alunos participantes desta pesquisa, foram feitas algumas perguntas como, idade e sexo. Dentre os 30 alunos que responderam ao questionário, 17 eram do sexo masculino e 13 do sexo feminino, e encontravam-se na faixa etária entre 12 a 16 anos. Em um trabalho semelhante feito por Barros e Silva (2009), com a modalidade de Educação de Jovens e Adultos, verificaram que 53,3% dos envolvidos em sua pesquisa pertenciam ao sexo masculino. Questionados acerca do conceito de meio ambiente, 77% dos alunos responderam que meio ambiente é o meio em que vivemos, 23% afirmaram que é o meio onde habitam todos os seres bióticos e abióticos. Aluno 03 meio onde vivemos. Aluno 13 meio onde estão presentes todos os seres vivos e mortos.

De acordo com a Lei Federal nº 6.938/81, que dispõe sobre a política nacional do Meio Ambiente, no artigo 3º, Inciso I, assim define: meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas. Assim sendo, observamos que os discentes apesar de apresentarem uma certa insuficiência nos conceitos, se aproximaram do real conceito de meio ambiente. Em relação a educação ambiental 40% dos alunos entendem que educação ambiental é cuidar do ambiente, 33% que respondeu que praticamos a educação ambiental quando não jogamos lixo nas ruas e na água e 27% quando praticamos os 5 Rs (repensar, reduzir, recusar, reutilizar e reciclar). Aluno 01 cuidar do ambiente. Aluno 08 quando reciclamos Aluno 14 quando não jogamos lixo nas ruas, açude. Para Medeiros et al. (2011), a partir da educação ambiental os estudantes começam a ter uma reflexão sobre suas práticas diárias e acerca das questões ambientais, é indispensável que essa educação seja trabalhada desde as séries inicias, para que as crianças já cresçam com esse pensamento de conservação. Quando perguntados sobre quais as disciplinas que abordam temas relacionados ao meio ambiente na sua escola, 79% responderam que já estudaram tais temas na disciplina de Ciências e 21% citaram que viram esses assuntos durante a semana do meio ambiente na escola. Aluno 09 ciências. Aluno 11 nois viu esses assuntos na semana do meio ambiente. De acordo com Lima e Braga, (2014), o ambiente escolar é um local de interações sociais, sendo assim favorável para atividades coletivas, nessa perspectiva a Educação Ambiental é um tema transversal relevante que deve ser trabalhado nas escolas, sendo indispensável o envolvimento de todas as disciplinas nesse processo, com a participação de todos que compõe o âmbito escolar, na busca de práticas mais sustentáveis. Referente à pergunta sobre o que os alunos compreendem sobre poluição ambiental, 55% responderam que poluição ambiental é quando jogamos lixo no solo, 25% afirmaram que é quando fazemos interferências no meio ambiente como, queimadas e desmatamentos; e 20% disseram que é quando lançamos dejetos nos rios e isso causa doenças na sociedade. Aluno 15 quando jogamos lixo no solo. Aluno 17 quando faz queimada e tamben desmatamento.

Aluno 18 quando poluímos a água e isso tras doenças nas pessoa. Em uma pesquisa realizada por Barros e Silva (2009), com estudantes da EJA, os pesquisadores observaram que 46,7% dos alunos envolvidos na sua pesquisa disseram que poluição ambiental é a interferência das ações antrópicas no solo, ar e água, corroborando assim com as respostas encontradas nesta pesquisa. Com o propósito de observar a compreensão dos alunos acerca dos problemas ambientais locais, foram solicitados que relatassem quais os principais problemas ambientais observados no município de Uiraúna PB, 65% responderam que o principal problema vivenciado pelas pessoas da referida cidade são os esgotos a céu aberto, 35% responderam reversamento de água potável, uma vez que são três dias sem água na torneira. Aluno 13 esgoto a ceu aberto. Aluno 21 falta de água onde nois passa três dias sem água. Pediu-se que os estudantes relatassem sugestões para mitigar os problemas ambientais identificados no seu município, 65% sugeriram que é necessário a inserção de um saneamento básico eficaz, 30% citaram o uso consciente de água de modo que se evite o seu desperdício e 5% não responderam ao questionamento. Aluno 25 saneamento básico. Aluno 29 não desperdiçar água. Conforme Ribeiro e Rooke (2010), o saneamento básico é essencial na conservação do ambiente e precaução de doenças, uma vez que esse processo evita a proliferação de vetores como ratos e insetos causadores de inúmeras doenças. CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante dos resultados encontrados verificamos que os estudantes têm conhecimentos formados sobre o conceito de meio ambiente e de toda a complexidade que ele envolve, mostrando ainda, que estão preocupados com os problemas que agravam a situação ambiental em questão. Portanto, a Educação Ambiental presente no espaço escolar oportuniza o debate de ideias e um melhor envolvimento dos alunos na construção de medidas que possam favorecer a sustentabilidade.

REFERÊNCIAS BARROS, J. D. de S.; SILVA, M. de F. P da. Educação para a sustentabilidade ambiental e social em Cachoeira dos Índios PB. Revista Brasileira de Gestão Ambiental, Mossoró, v.3, n.1, p. 38-44, jan. /dez. 2009. BRASIL. Lei Federal nº. 6.938/81.Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências. 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6938.htm>. Acesso em: 12 agosto. 2017. HANAI, F. Y. Sistema de Indicadores de Sustentabilidade: Uma aplicação ao contexto de desenvolvimento do turismo na região de Bueno Brandão, estado de Minas Gerais, Brasil. 2009. 412 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia Ambiental, Escola de Engenharia Ambiental, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2009. LIMA, R. A.; BRAGA, A. G. S. A relação da educação ambiental com as aulas de campo e o conteúdo de biologia no ensino médio. REGET - UFSM, Santa Maria, v. 18, n.4, p. 1345-1350, 2014. MALHEIROS, T. F; COUTINHO, S. M. V; PHILIPPI JUNIOR, A. Desafios do uso de indicadores na avaliação da sustentabilidade. In: Indicadores de Sustentabilidade e Gestão Ambiental. São Paulo: Manole, 2012. MEDEIROS, A. B. de. et al. A Importância da educação ambiental na escola nas séries iniciais. Revista Faculdade Montes Belos, São Luís de Montes Belos, v. 4, n. 1, p.1-17, set. 2011. PORDEUS, A. V. BARROS, J. D. S. Educação ambiental e cidadania: concepções dos discentes de uma escola pública no sertão paraibano. In: Congresso internacional da diversidade do semiárido, 1, 2016, Campina Grande. Anais... Campina Grande - PB, 2016. RIBEIRO, J. W.; ROOK, J. M. S. Saneamento básico e sua relação com o meio ambiente e a saúde pública. 2010. 36f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialista em Análise Ambiental) Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora MG, 2010. SANTOS, A. VASCONCELOS, C. A. Representações sociais e abordagens metodológicas dos professores em educação ambiental de jovens e adultos In: SEABRA, G. (Org.). Educação ambiental e Biogeografia. Ituiutaba: Barlavento, 2016. p. 20-27. SANTIAGO, L. F. BARRETO, L. S. A. LUZ, P. C. S. Representação de ambiente na ótica de alunos do 6º e 9º ano do ensino fundamental. In: SEABRA, G. (Org.). Educação ambiental e Biogeografia. Ituiutaba: Barlavento, 2016. p. 266-276. SILVA, M. E.; CÂNDIDO, G. A. A análise de indicadores de sustentabilidade na problemática de resíduos sólidos em Campina Grande PB. Reuna, v. 17, n. 1, p.91-110, 2012.