Resumo Público do Plano de Manejo. Rev. 07



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Transcrição:

Resumo Público do Plano de Manejo Rev. 07 Março/2011

1. INTRODUÇÃO A Araupel S/A certificou suas florestas em março de 2002 de acordo com os Princípios e Critérios do FSC Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal ). Este documento resume o Plano de Manejo, o qual serve como base para o bom andamento da Certificação Florestal em atendimento aos Princípios e Critérios do FSC. 2. OBJETIVOS DO MANEJO Garantir o abastecimento da unidade industrial em ; Definir um planejamento de colheita anual; Proporcionar benefícios sociais às comunidades locais; Garantir bem-estar, segurança e os direitos dos trabalhadores; Garantir a proteção da floresta (incêndios, doenças e pragas); Garantir que a floresta obtenha o máximo de produtividade, de acordo com o sitio onde ela está implantada; Assegurar em longo prazo a sustentabilidade da floresta e dos benefícios sociais e ambientais proporcionados por ela; 3. DESCRIÇÃO DOS RECURSOS FLORESTAIS A SEREM MANEJADOS A Araupel dispõe atualmente de 14.406,01 ha (Dado de 10/03/11) de plantações florestais, distribuídos entre os plantios de araucária, pinus e eucalipto e reimplantações. A distribuição das áreas a serem manejadas, limitações ambientais, situação dos imóveis e distribuição da área entre os municípios, podem ser verificadas nas tabelas 1 e 2 respectivamente: 2

Tabela 1. Distribuição da Área da Propriedade DISTRIBUIÇÃO DA ÁREA DA PROPRIEDADE Reflorestamentos ÁREA ÁREA ÁREA ITENS ÁREA (ha) % ACUMULADA % ACUMULADA % ACUMULADA % (ha) ACUM. (ha) ACUM. (ha) ACUM. - Araucaria 3.382,12 11% - Pinus 8.914,38 29% - Eucalyptus 793,72 3% 13.090,22 42,33 Reimplantações 1.315,79 4,25 14.406,01 47% Florestas Naturais Infra-Estrutura Inaproveitáveis: - Preserv.Permanente 3.941,10 13% - Reserva Legal 6.165,70 20% - Remanesc. Florestal (*) 4.600,67 15% 14.707,47 47,55 14.707,47 48% 29.113,47 94% - Estr. +/- 1.070,3 km 578,69 1,9% - Redes Elétricas 141,28 0,5% - Benfeitorias 46,33 0,1% 766,30 2,48 - Aceiros e leiras 1.047,52 3% 1.047,52 3,39 1.813,82 6% TOTAL GERAL 30.927,29 100% (*) Remanescentes florestais naturais que poderão ser destinadas para reserva legal ou futuras R.P.P.N.'s. Atualizado em março/2011 Tabela 2. Situação dos Imóveis SITUAÇÃO DOS IMÓVEIS IMÓVEL Nº REGISTRO ÁREA (ha) MUNICÍPIO ÁREA (ha) (POR MUNICÍPIO) COMARCA M.546 M.547 M.2726 M.10553 * 307,10 4.506,62 190,13 152,18 307,10 4.506,62 190,13 152,18 Rio das Cobras M.9178 80,65 80,65 M.9191 700,40 533,36 Espigão Alto do Iguaçu 167,04 M.5448 M.6503 M.9175 4.526,00 185,00 91,60 4.526,00 185,00 91,60 TOTAL RIO DAS COBRAS 10.739,67 10.739,67 COMARCA M.23946 M.22555 M.22556 2.715,00 6.631,00 4.074,00 Rio Bonito do Iguaçu Nova Laranjeiras Nova Laranjeiras 2.715,00 6.631,00 1.570,00 Laranjeiras do Sul Laranjeiras do Sul Laranjeiras do Sul Pinhal Ralo Rio Bonito do Iguaçu 2.504,00 Laranjeiras do Sul M.22557 4.027,00 Nova Laranjeiras Rio Bonito do Iguaçu 2.930,00 1.097,00 Laranjeiras do Sul Laranjeiras do Sul M.22558 2.740,62 Rio Bonito do Iguaçu 2.740,62 Laranjeiras do Sul TOTAL PINHAL RALO 20.187,62 20.187,62 TOTAL PROPRIEDADE 30.927,29 30.927,29 TOTALIZAÇÃO DA ÁREA POR MUNICÍPIO E % DE PARTICIPAÇÃO EM CADA MUNICÍPIO Atualizado em março/2011 Municipio Esp. Alto do Iguaçu Nova Laranjeiras Rio Bonito do Iguaçu TOTAL ÁREA (ha) % Munic.(km 2 ) % 10.572,63 34,19 822 12,86 167,04 0,54 326 0,51 11.131,00 29,28 1.145 9,72 9.056,62 35,99 746 12,14 30.927,29 100,00 3.039,00 10,18 3

4. MAPAS DA PROPRIEDADE Como pode-se verificar abaixo a área total divide-se em dois imóveis: Rio das Cobras e Pinhal Ralo, com 10.739,67 ha e 20.187,62 ha, respectivamente. Imóvel Rio das Cobras 4

Imóvel Pinhal Ralo 5

5. CONDIÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA E PERFIL DAS ÁREAS ADJACENTES A Araupel exerce forte influência sobre o perfil sócio-econômico da região - seus colaboradores diretos são à base da movimentação econômica do município de - cidade com 30.605 habitantes (Fonte: IBGE). A Araupel tem suas áreas divididas entre os municípios de Espigão Alto do Iguaçu, Nova Laranjeiras, Rio Bonito do Iguaçu e, sendo este último o município mais antigo (emancipação em 1968). As atividades econômicas da região têm sua dinâmica intrinsicamente ligada ao setor agrícola, onde predominam as lavouras, essencialmente as culturas temporárias. No entanto, a indústria madeireira merece destaque, pois é a que gera o maior percentual de renda na região. A região pode ser considerada como sendo de economia agroindustrial. Tabela 3. Atividades Econômicas de maior percentual na região Quedas do Espigão Alto Nova Rio Bonito Total Iguaçu do Iguaçu Laranjeiras do Iguaçu Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Nº. % Indústrias de Transformação 97 12,6 6 7,1 14 7,7 25 13,1 142 11,6 Comércio 352 45,7 16 19,0 54 29,7 90 47,1 512 41,8 Atividades Imobiliárias, 82 10,6 6 7,1 4 2,2 6 3,1 98 8,0 aluguéis e serviços prestados às empresas Outros serviços coletivos, 71 9,2 45 53,6 82 45,1 40 20,9 238 19,4 sociais e pessoais Fonte: IBGE, Cadastro Geral de Empresas 2001 6

6. DESCRIÇÃO DOS SISTEMAS SILVICULTURAIS E/OU OUTROS SISTEMAS DE MANEJO 6.1 Manejo Florestal O objetivo principal do manejo florestal da Araupel é estabelecer o processo gerencial e administrativo das florestas nativas e implantadas com Araucaria angustifolia, Pinus taeda e elliottii e Eucalyptus grandis e dos recursos naturais, para a obtenção dos benefícios econômicos, sociais e ambientais, respeitando os mecanismos de sustentação do ecossistema. 6.2 Florestas Naturais O regime de manejo para as áreas de preservação permanente, foi definido como de preservação da biodiversidade e proteção dos recursos, ou seja, de não exploração e uso. A Araupel possui hoje áreas de preservação permanente que somam 3.941,10 hectares. As áreas de reserva legal totalizam 6.165,70 hectares e estão devidamente averbadas às margens das Matrículas de Registro de Imóveis. Restando outras áreas de remanescentes florestais com uma soma de 4.600,67 hectares, que compõe quase em sua totalidade a área de Reserva Particular do Patrimônio Natural RPPN com 5.151 hectares. 6.3 Florestas de Alto Valor de Conservação - Reserva Particular do Patrimônio Natural A RPPN Corredor do Iguaçu foi definida como Floresta de Alto Valor de Conservação em função de sua formação, apresentando nas partes baixas Floresta Estacional Semidecidual em transição com Floresta Ombrófila Mista nas partes mais altas. Este tipo de formação caracteriza a área como de domínio da Mata Atlântica. Outro fator importante que faz com que tratemos a RPPN como Floresta de Alto Valor de Conservação, são as diversas espécies de fauna que abriga, destacando muitas espécies na lista de ameaçadas ou em perigo de extinção. 7

Na delimitação da área considerou-se, como critério principal, a continuidade da mata nativa, de forma a constituir um corredor ecológico. A RPPN Corredor do Iguaçu foi criada com o objetivo de proteger esse remanescente de Mata Atlântica, tendo em vista as diversas interferências que este bioma vem sofrendo ao longo dos anos. Neste sentido, a Araupel englobou remanescentes florestais em diversos estágios de conservação, dentro da sua propriedade, formando uma das maiores RPPN s do Sul do Brasil: a Reserva Corredor do Iguaçu, com 5.151 ha já reconhecidos pelo Ibama através da Portaria 166/01. A RPPN Corredor do Iguaçu veio contribuir com o Projeto Paraná Biodiversidade criado pelo governo do Estado do Paraná cujo objetivo é de promover a conservação da biodiversidade e o manejo sustentável de recursos naturais em duas ecorregiões no Estado do Paraná: Floresta; Estacional Semidecidual e Floresta Ombrófila Mista, formando assim corredores de biodiversidade, integrando unidades de conservação entre si. 6.3.1 Monitoramento da Floresta de Alto Valor de Conservação O monitoramento da Floresta de Alto Valor de Conservação se dá através de projetos de levantamento da fauna estabelecidos anualmente na área da RPPN, bem como, avaliações de inventário florestal nativo a cada 7 anos, através dos quais podemos obter indicadores do estado de conservação da floresta de alto valor de conservação. 6.3.2 Medidas de proteção aos valores das Florestas de Alto Valor de Conservação. A área de RPPN tem por objetivo a proteção dos recursos ambientais, e somente deverá ser utilizada para o desenvolvimento de atividades de pesquisa científica e educacional. De modo nenhum poderão ser desenvolvidas atividades que venham comprometer o equilíbrio ecológico ou colocar em perigo a sobrevivência das populações das espécies ali existentes. Algumas ações são tomadas para garantir a manutenção da base florestal. A manutenção dos contornos da propriedade (construção de aceiros) é uma delas 8

visando à prevenção contra incêndios florestais. Outra ação desenvolvida, são as rondas realizadas pelos vigilantes florestais em conjunto com os guardas florestais (postos fixos) com o objetivo de verificar possíveis focos de incêndio, inibir a ação de crimes contra fauna e flora, furtos de madeira e outros crimes ambientais. Para o ano de 2011, alguns projetos serão desenvolvidos, os quais podem ser verificados no Plano de Identificação e Proteção de Espécies Raras, Ameaçadas e em Perigo de Extinção. 6.4 Plantios Florestais Toda a madeira com diâmetro de 15 cm acima é consumida pela Araupel, proveniente de plantios próprios de pinus, araucária e eucalipto localizados nos municípios de, Nova Laranjeiras, Espigão Alto do Iguaçu e Rio Bonito do Iguaçu, que seguem os conceitos de manejo sustentável. As áreas de reflorestamento estão divididas em 3.382,12 ha de araucária, 8.914,38 ha de pinus, 793,72 ha de eucalipto e 1.315,79 ha de reimplantações (Dados de 10/03/11). 6.4.1 Regime de Manejo das Florestas Plantadas Para a competitividade da empresa é de fundamental importância a manutenção de sua capacidade de produção de suas áreas plantadas, hoje perseguida de forma contínua a partir do uso de um sistema de manejo cada vez mais especializado. A Araupel vem manejando suas florestas de Pinus, Araucária e Eucalipto de forma a obter o máximo de produtividade em cada uma delas. As florestas da Araupel são manejadas para a fabricação de produtos sólidos, onde a densidade inicial é de 1667 plantas por hectare (espaçamento 3x2 m), sendo realizados desbastes: 9

Floresta de Pinus Primeiro desbaste 10º ano, deixando uma população remanescente de 850 árvores/ha; Segundo desbaste 14º ano, deixando uma população remanescente de 400 a 450 árvores/ha. Corte raso ao18º ano. Floresta de Araucária Primeiro desbaste 10º ano, deixando uma população remanescente de 800 árvores/ha; Segundo desbaste 16º ano, deixando uma população remanescente de 400 a 450 árvores/ha. Corte raso ao 24º ano. Floresta de Eucalipto Primeiro desbaste 4º ano, deixando uma população remanescente de 750 árvores/ha; Segundo desbaste 8º ano, deixando uma população remanescente de 350 a 400 árvores/ha. Corte raso ao 12º ano. 10

7. Operações Florestais Para as atividades de Manejo Florestal a Araupel dá preferência à utilização de operações mecanizadas e semi-mecanizadas para possibilitar a oferta de emprego na região, buscando minimizar os problemas sociais decorrentes do desemprego. O sistema de manejo florestal dos plantios de Pinus é baseado no planejamento e desenvolvimento das seguintes operações: Produção de mudas (viveiro); Preparo de solo; Plantio (manual); Poda de árvores; Roçada ( mecânica, manual e química com produtos permitidos pelo FSC); Controle de pragas; Desbaste seletivo/sistemático; Corte raso. Carregamento e Transporte florestal. Construção de Estradas. Prevenção e combate a incêndios florestais. 8.JUSTIFICATIVA DAS TAXAS ANUAIS DE COLHEITA E DA SELEÇÃO ESPÉCIES DAS 8.1 Determinação da Taxa Anual de Colheita A taxa de exploração anual das florestas é função direta da garantia da sustentabilidade do empreendimento florestal e das demandas de madeira para as diversas finalidades (venda e produtos sólidos). A distribuição dos volumes contempla uma cota de 258.000 m 3 /ano com toras de 15 cm acima na ponta fina para serraria. As seguintes restrições e premissas 11

operacionais, ambientais, sociais e econômicas interferem no processo de otimização dessa taxa: Idade mínima e máxima de corte; Taxa de crescimento anual da floresta Atendimento à atual legislação prevista pelo código florestal e às políticas ambientais internas da empresa; Característica da matéria-prima e sua adequação ao produto final; Consideração quanto à disponibilidade de madeira dos plantios próprios e madeira de mercado. A escolha pelo Pinus taeda se dá por ser uma espécie que apresenta um crescimento superior em relação às outras. Em nossa região chega a ser 30% mais produtivo. Além de a madeira possuir um baixo percentual de resina quando comparada com outras espécies, o que facilita o manuseio na indústria, bem como no processo de secagem. 9.MECANISMOS DE MONITORAMENTO DO CRESCIMENTO E DA DINÂMICA DA FLORESTA. O monitoramento do crescimento das florestas é feito a partir de medições anuais das parcelas permanentes, instaladas para cada material genético nas diferentes unidades de manejo (Inventário Florestal Contínuo). Os principais objetivos das medições anuais das parcelas permanentes são : Fornecer estimativas anuais do volume corrente dos povoamentos florestais por material genético, classe de idade; Avaliar o comportamento do crescimento dos diversos materiais genéticos nas diferentes unidades de manejo; Fornecer a base de dados para construção das equações de rendimento florestal padrão, baseando-se nas atuais práticas de manejo florestal; 12

Avaliar mudanças nos rendimentos dos povoamentos florestais entre ciclos de produção; Contribuir para o estabelecimento do índice de local, baseando-se na altura média das árvores dominantes, objetivando a classificação das áreas florestais quanto a sua capacidade produtiva; Ajustar a curva de mortalidade natural por espécie, nível de produção; Ajustar parâmetros para projeção do volume de madeira para diferentes produtos. 10. SALVAGUARDAS AMBIENTAIS As práticas ambientais adotadas são baseadas em verificações de campo e na busca de melhoria dos padrões ambientais das atividades desenvolvidas. Os cuidados ambientais na execução de cada atividade estão descritos no Manual de Instruções de Trabalho. Outras práticas estão descritas abaixo: Utilização de equipamentos de colheita e procedimentos operacionais que minimizem a compactação dos solos: harvesters equipados com esteiras e tratores florestais com pneus de baixa pressão; todos os equipamentos trafegam, preferencialmente, sobre a galhada e os resíduos; Adoção de práticas visando reter o escorrimento superficial da água de chuva nas estradas através da construção de esgotos, lombadas e cacimbas; Utilização de produtos químicos obedecendo a rígidos padrões ambientais e à legislação, com base no conceito de impacto mínimo; Embalagens de insumos contaminadas são devolvidas para os centros de recepção. Embalagens de insumos não-contaminadas são encaminhadas para reciclagem; Manutenção de depósito apropriado para armazenamento temporário de embalagens; Não utilização de queimadas durante o preparo do solo; Reposição dos nutrientes no solo por meio de incorporação de cascas de pinus, eucalipto e araucária. 13

11. DESCRIÇÃO E JUSTIFICATIVA DAS TÉCNICAS DE COLHEITA E EQUIPAMENTOS A SEREM UTILIZADOS. A estrutura para a realização da colheita é dividida em duas frentes de trabalho. Sendo uma na realização do desbaste mecanizado e outra no corte raso objetivando uma boa condução da floresta proporcionando um mix de suprimento, tanto em espécies pinus e araucária, quanto em diâmetro médio. No desbaste mecanizado o sistema utilizado é o cut-to-lenght (corte no tamanho). Para efetuar esta operação utilizam-se harvesters de esteiras, minimizando assim o impacto na compactação do solo proporcionando maior aderência, evitando patinagens. O sistema com harvester realiza as operações de derrubada, desgalhamento, processamento e empilhamento conforme o sortimento programado. O baldeio é realizado por forwarders, os quais são preparados para retirar dois sortimentos de toras de uma só vez. Os forwarders fazem o baldeio da madeira do interior da floresta até a borda do talhão. Esta tecnologia proporciona economia de combustível, cuidados com o meio ambiente, pois a retirada da madeira é realizada sobre um tapete de galhos minimizando impactos ambientais. O sistema proporciona segurança na disponibilidade de matéria-prima para a indústria pois possibilita operação em três turnos, 30 dias /mês otimizando o sistema com um melhor custo-benefício. Nas atividades de Corte Raso Mecanizado utilizam-se dois sistemas de colheita: o Full-Tree e o Cut-to-lenght. O sistema Cut-to-length é composto pelas seguintes operações: 1) Derrubada, desgalhamento e processamento conforme sortimento programado: esta atividade é realizada com Short-tail equipada com cabeçote Log-Max 7000. Optou-se por esta composição de equipamento, devido a versatilidade, nacionalização da máquina-base, estrutura de apoio e pós venda, adaptação do sistema e equipamentos, tanto para as atividades de corte raso como para as atividades de desbaste. 2) Baldeio: o baldeio é realizado por Forwarders onde os mesmos carregam a madeira no interior dos talhões e baldeiam até a beira das estradas, estes equipamentos utilizam correntes nos pneus dianteiros e esteiras nos pneus traseiros, diminuindo assim a pressão sob o solo. Este sistema é o mais econômico trazendo um melhor custo-benefício. Nesta operação os galhos ficam distribuídos em área total favorecendo a ciclagem dos nutrientes de forma bem distribuída dentro do talhão. O sistema Full-Tree é composto pelas seguintes operações: 14

Este sistema é a nossa segunda opção quando precisamos intervir nos Forwarders para manutenção em tempo prolongado, onde o Skider entra em operação iniciando o sistema Full-Tree. 1) Derrubada: realizada por Short-tail equipada com cabeçote Log-Max 7000. A derrubada é realizada priorizando a formação de feixes para posterior arraste. 2) Arraste: Realizado com Skider de pinça equipado com Eco-Track (esteiras que melhoram o tracionamento da máquina e aumentam a vida útil dos pneus). O arraste só é realizado quando da impossibilidade de uso de Forwarder. 3) Processamento: É realizado por escavadeira hidráulica, equipada com cabeçote. A operação do processamento compõem o desgalhamento e corte das toras conforme sortimento programado. Este sistema é mais oneroso, porém disponibiliza a lenha concentrada na beira da estrada facilitando assim a retirada da mesma. Trabalhamos com áreas estratégicas para tempo chuvoso com o objetivo de manter o suprimento com menos danos ao meio ambiente. 12. SISTEMA DE MONITORAMENTO DO MANEJO FLORESTAL A maioria das operações florestais da Araupel são monitoradas e controladas, visando não só registrar as atividades desenvolvidas, como também detectar deficiências e aspectos a serem melhorados. Tabela 4. Itens do Manejo Florestal verificados Indicadores Responsáveis pelo Registro de Freqüência Monitoramento Informações AMBIENTAL Monitoramento Área analisada, nº árvores Equipe de Arquivos do Anual de Pragas infectadas (% infestação) Inventário, Técnico Departamento de em Planejamento Planejamento Florestal Florestal Monitoramento Área afetada em incêndios Segurança Arquivos do Anual do Patrimônio florestais (ha), local Patrimonial. Departamento de Florestal (projeto), causa provável, Segurança patrimonial. data. 15

Efluente do viveiro de mudas e manutenção Controle de produtos Químicos Monitoramento da mastofauna imóvel Rio das Cobras Monitoramento da mastofauna do imóvel Pinhal Ralo Monitoramento de avifauna imóvel Rio das Cobras Monitoramento de avifauna imóvel Pinhal Ralo Monitoramento de flora Avaliação dos Impactos Pré e Pós Colheita Florestal Impactos Ambientais e Sociais da Colheita Capacitação do colaborador Atividade de Terceiros Análise de princípio ativo Setor de do Certificação Fungicida e óleo e graxas Florestal Consumo/hectare Setor de Certificação Florestal Nº de ocorrências de Setor de espécies raras e Certificação ameaçadas de extinção, Florestal pressões sobre as espécies. Nº de ocorrências de Setor de espécies raras e Certificação ameaçadas de extinção, Florestal pressões sobre as espécies. Nº de ocorrências de Setor de espécies raras e Certificação ameaçadas de extinção, Florestal pressões sobre as espécies. Nº de ocorrências de Setor de espécies raras e Certificação ameaçadas de extinção, Florestal pressões sobre as espécies. Regeneração, freqüência Setor de de espécies. Certificação Florestal Nº de impactos verificados Setor de por Projeto Certificação Florestal SOCIAL Nº de partes interessadas RH entrevistadas Arquivos do Departamento de Certificação Florestal Arquivos do Departamento de Certificação Florestal Arquivos setor de Certificação Florestal Arquivos setor de Certificação Florestal Arquivos setor de Certificação Florestal Arquivos setor de Certificação Florestal Arquivos setor de Certificação Florestal Arquivos setor de Certificação Florestal Arquivos do departamento de RH Horas de treinamento RH Arquivos do Departamento de RH. Nº de conformidades Setor de segurança Arquivos do do trabalho. Departamento de Segurança do Trabalho. Semestral Anual Quadrienal Quadrienal Quadrienal Quadrienal Septanual De acordo com o andamento das op. de colheita Anual, conforme PAC Anual Semestral 16

Segurança do Nº. de acidentes, Segurança do Arquivos do Mensal Trabalhador gravidade, causa. Trabalho Departamento de Segurança do Trabalho. Inspeções de Nº de conformidades em Segurança do Arquivos do setor de Anual Segurança relação a NR 31 Trabalho Segurança do Trabalho ECONÔMICO Crescimento da Incremento médio anual Equipe de Silvisys Bianual Floresta Inventário, Técnico em Planejamento Florestal. Produtos Toras para a serraria, toras Supervisor de Arquivos do Anual Florestais para venda, lenha. Operações Departamento de Colhidos Florestais, Técnico Planejamento Florestal em Planejamento Florestal. Produção e Nº mudas Setor de Arquivos do Anual venda de mudas Planejamento departamento florestal Florestal Custos do Colheita florestal e Setor de Arquivos do Anual Manejo Florestal implantação Suprimentos, Departamento Florestal. Silvicultura. 12.1. Resultados do Projeto de Análise de Impacto Social e Ambiental das Operações Florestais O projeto de Avaliação de Impacto Social e Ambiental foi criado com o objetivo de definir procedimentos para minimizar eventuais impactos sociais oriundos das operações florestais propiciando mecanismos de expressão em relação às queixas ou preocupações do público alvo afetado, além de amenizar conflitos e manter informado o público alvo, buscando solução para suas necessidades. O projeto irá proporcionar as comunidades lindeiras e adjacentes um canal de comunicação logo que se inicie alguma operação Florestal da Araupel. Este projeto tem a finalidade de otimizar as relações com a referida comunidade que por ventura possa estar sendo afetada pelas operações de Manejo Florestal. O projeto consiste em duas etapas, a realização de palestra junto à comunidade afetada, levando informações acerca da empresa, operações florestais, riscos das atividades, ações ambientais. Na segunda etapa do projeto, que acontece após a 17

finalização das operações, realiza-se a aplicação de questionário para identificar os impactos gerados pelas atividades da empresa naquela região e propor ações de melhoria. Em 2010 foram realizadas avaliações na Usina Hidrelétrica de Salto Osório, contemplando a área de Entorno. RESULTADO DAS ENTREVISTAS DE IMPACTO SOCIAL FUNCIONÁRIOS USINA HIDRELÉTRICA SALTO OSÓRIO 2010 Atividades Operacionais 10% Dos entrevistados dizem que as atividades de colheita da Araupel causaram problemas para a comunidade. 90% Dos entrevistados dizem que as atividades da Araupel não geraram problemas para a comunidade. Comportamento dos Empregados 0% Dos entrevistados dizem que o comportamento dos empregados causou problemas a comunidade. 100% Dos entrevistados afirmam que o comportamento dos empregados da Araupel não causou problemas a comunidade. Trânsito de Veículos 50% Dos entrevistados ficaram indiferentes ao trânsito de veículos da Araupel durante as operações de colheita. 50% Dos entrevistados afirmam que o trânsito de veículos da Araupel não causou problemas a comunidade. Ruídos 0% Dos entrevistados ficaram indiferentes ao ruído gerado pelas atividades da Araupel durante as operações de colheita. 100% Dos entrevistados afirmam que não tiveram problemas com o ruído gerado pelas operações florestais da Araupel. Animais 0% Dos entrevistados informaram que as atividades da Araupel durante as operações de colheita provocaram interferência na população de animais no local. 0% Dos entrevistados ficaram indiferentes. 100% Dos entrevistados afirmam que não verificaram problemas com a população de animais no local (morte, afugentamento, insetos, etc.).. 18

13. COMPOSIÇÃO E MUDANÇAS NA FAUNA E FLORA Flora A cobertura vegetal natural na área da Araupel caracteriza-se basicamente por remanescentes de floresta ombrófila mista e floresta estacional semidecidual. Estas duas formações vegetais conferem à região enorme diversidade florística e alto valor de conservação. Entre as espécies vegetais já identificadas em inventário florestal nativo, e que apresentam maior índice de valor de importância, estão: Ocotea diospyrifolia (Canelaamarela), Nectandra megapotamica (Canela-preta), Actinostemon concolor (Laranjeira-do-mato), Diatenopteryx sorbifolia (Maria-preta), Lonchocarpus campestris (Rabo-de-bugio). Canela-amarela Laranjeira-do-mato Maria-preta Rabo-de-bugio Fauna Neste encontro de dois ecossistemas, espécies da fauna e da flora das duas formações, coexistem conferindo à região enorme biodiversidade. Os resultados obtidos em levantamento faunísitco mostraram os seguintes números comparados ao estado do PR. Gráfico 1. Resultados Finais do Projeto Fauna. 800 700 700 600 500 400 300 200 150 157 160 100 35 90 29 55 0 Répteis Aves Anfíbios Mamíferos Número de espécies registradas para a RPPN Número de espécies registradas para o Estado do Paraná 19

Em termos gerais, os índices de riqueza faunística da região do sudoeste do Paraná, em especial a RPPN da Araupel S.A. devem-se principalmente à grande diversidade local de ambientes, uma vez que, além de grandes contínuos florestais, extensas áreas de ecótones e transição entre as diferentes formações que se fazem presentes na região. A heterogeneidade espacial do ambiente é considerada com um fator determinante para que as comunidades de animais associadas sejam também diversificadas quanto à presença ou quanto à abundância relativa de determinadas espécies ao longo dos diversos tipos de hábitat presentes em uma dada região. Porém, os estudos desenvolvidos permitem a constatação de que os remanescentes florestais existentes na RPPN, mostram-se como os elementos de maior importância para a manutenção da maioria das espécies de animais, muito das quais encontramse ameaçadas de extinção. Os estudos realizados em 2007 identificaram 174 espécies de aves nos três fragmentos florestais ( mata nativa, Pinus e Araucária), pertencentes a 18 ordens e 47 famílias. Podem ser encontradas espécies raras, e ameaçadas no local de estudo o que demonstra que a área é de grande importância para a avifauna e talvez seja um dos últimos grandes redutos de algumas espécies na região. Dentre estas espécies que merecem destaque todas a seguir estão enquadradas em algum tipo de ameaça de extinção no Livro Vermelho das espécies ameaçadas de extinção do Paraná do ano de 2004. Jacutinga Balança Rabo Leitoso Pica-pau de cara amarela 20

Pavão do mato Coró-coró Tautaó-pintado Sanhaço de fogo Gavião bombachinha grande Coruja do mato 21

No projeto de Bio-ecologia de felinos e outros mamíferos de médio e grande porte obteve-se o registro de 14 espécies, distribuídas nas seguintes ordens: dois Xenarthra, uma Primata, 10 Carnivora, quatro Artiodactyla, um Perissodactyla, três Rodentia e dois Lagomorpha. Indivíduo jovem de Puma concolor Gato maracajá Pegada de gato mourisco Jaguatirica Gato do mato Cachorro do mato 22

Furão Pegada de mão-pelada Quati Tapiti Capivara 23

Toca de Capivara paca (Agouti paca) O projeto de Levantamento e Identificação das Influências Antrópicas sobre Mastofauna na localidade da Fazendinha em, realizado no ano de 2009/2010 em áreas de preservação permanente (APP) e reflorestamento de Pinus sp. e Araucaria angustifólia ocorreu com uso de 10 armadilhas fotográficas marca Buschnell que foram instaladas ao longo de 10 trechos; busca direta diurna e noturna, pegadas e analise escatológicas. Foram realizadas 16 amostragens em oito meses, onde foram registradas vinte e cinco espécies para a área, entre elas: tamanduámirim, jaguatirica, gato-do-mato, suçuarana, anta, veado-mateiro, macaco-prego, etc. 14. PLANO PARA A IDENTIFICAÇÃO E PROTEÇÃO DE ESPÉCIES RARAS, AMEAÇADAS E EM PERIGO DE EXTINÇÃO. Para o ano de 2011 a Araupel estabeleceu novos projetos com a Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de União da Vitória FAFIUV/PR e UTFPR (Universidade Tecnológica Federal do Paraná, PR) para desenvolvimento de projetos de pesquisa. O plano estabelecido tem como objetivo definir ações a serem realizadas com o intuito de identificação, monitoramento e proteção de espécies raras de fauna e flora ameaçadas ou em perigo de extinção para atendimento aos padrões 5.1.1, 8.1, 8.2, 8.4 e 9.4. O Plano deverá ser atualizado anualmente com o intuito de rever os projetos em andamento, propor novos projetos, bem como, alterações quando necessário. As ações descritas abaixo compõem o Plano para Identificação e Proteção de Espécies Raras, Ameaçadas e em Perigo de Extinção. 24

1) Mastofauna na Reserva Particular do Patrimônio Natural da Araupel, S/A numa matriz silvicultural de pinus e eucalipto. 2) Proteção florestal 3) Educação ambiental. 4) Inventário e Monitoramento da vegetação da Reserva Particular do Patrimônio Natural da Araupel Corredor do Iguaçu. 5) Projeto Força Verde Mirim 15. COMPROMISSO COM O FSC A Araupel registra aqui o compromisso de conduzir seu sistema de manejo florestal seguindo os Princípios e Critérios do FSC (Conselho de Manejo Florestal), com o objetivo de proporcionar a sustentabilidade de seu negócio no longo prazo, a melhoria contínua de suas atividades, bem como a adoção de práticas ambientalmente corretas e socialmente justas. 25