Folha de S. Paulo. Convergência Digital. Em expansão, TIM enfrenta problemas para absorver chamadas



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Transcrição:

Folha de S. Paulo Em expansão, TIM enfrenta problemas para absorver chamadas Operadora de celular que registrou o maior crescimento nos últimos dois anos, a TIM enfrenta problemas após uma acelerada expansão. Na última sexta-feira, foi proibida de vender chips no Ceará, por decisão judicial, até que instale "equipamentos necessários e suficientes para atender às demandas dos consumidores". Problemas como bloqueio de sinal e queda de chamadas também levaram a Justiça a suspender a comercialização de novas linhas no Rio Grande do Norte por 48 dias no início do ano. A mesma medida foi usada pelo Procon de Florianópolis por dois dias em abril. Em Alagoas, deputados criaram uma CPI para apurar as constantes falhas da empresa. O aumento dos problemas da TIM acompanha o crescimento da operadora. Com salto de 47%, teve acréscimo de 17 milhões de linhas celulares em sua rede entre abril de 2009 e abril de 2011. A TIM ocupa o posto de terceira maior operadora do país, "colada" na Claro, que está na segunda posição. O aumento no número de linhas é alavancado pela expansão dos pré-pagos e pelo investimento em promoções como Liberty e Infinity, que cobram R$ 0,25 por ligação feita para telefones da própria operadora. Porém, segundo especialistas, a empresa enfrenta dificuldades para criar uma estrutura de rede capaz de absorver tantas chamadas, e com durações tão longas. "A TIM tem planos muito agressivos, que fizeram crescer não só o número de clientes como os minutos de uso de cada um. A operadora acaba não tendo capacidade para esse tráfego", disse o presidente da consultoria Teleco, Eduardo Tude. RECLAMAÇÕES De acordo com a Anatel, em dois anos a TIM passou do quarto lugar no ranking de reclamações das operadoras de telefonia móvel para a primeira posição (90 mil reclamações só neste ano). Não é só a TIM que enfrenta problemas. As empresas de telefonia celular costumam figurar entre os primeiros lugares em reclamações de consumidores. Reportagem da Folha em maio mostrou que, para resolver os problemas de qualidade em chamadas, as operadoras de celular teriam de investir R$ 50 bilhões para dobrar o número de antenas. Convergência Digital Para teles, qualquer mudança na assinatura básica é quebra de contrato Suportadas pela Anatel, as concessionárias de telefonia não aceitam qualquer movimento que possa resultar em redução no valor pago a título de assinatura básica. Para as empresas, modificações nesse sentido representariam desequilíbrio financeiro e quebra de contratos. 1

A agência, além de corroborar a afirmação das teles de que a rentabilidade das telecomunicações é baixa em comparação com outros países, entende que não há como tratar do tema antes da elaboração de um modelo de custos do setor. Em qualquer mudança, as operadoras teriam condições de requererem a reposição do equilíbrio econômico financeiro dos contratos, sustentou o diretor executivo do Sinditelebrasil - o sindicato das teles - Eduardo Levy, durante audiência na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados sobre a redução da assinatura básica. Se quisermos fazer uma mudança, é necessário termos profundo conhecimento dos custos que são desenvolvidos por essas empresas de telecomunicações para que não façamos um movimento precipitado que pode colocar em risco os serviços, emendou o superintendente de Serviços Públicos da Anatel, Roberto Pinto Martins. Na lógica das concessionárias de telefonia fixa, o governo já conta com o instrumento necessário para garantir o acesso dos mais pobres à telefonia. O Fust foi criado para suprir as necessidades dos mais carentes, daqueles que não tem condições de ter acesso ao serviço universal, mas jamais foram usados os recursos, completou Eduardo Levy. Para a advogada da Proteste, Flávia Lefèvre, a tarifa foi reestruturada juntamente com a privatização para viabilizar a expansão da rede a todas as localidades do país, sendo que a definição dessas localidades já considerava inclusive as áreas rurais do país. A tarifa foi uma forma de garantir que 100% das localidades tivessem acesso ao telefone fixo, como previsto no primeiro Plano Geral de Metas de Universalização.E a Anatel atestou, em 2005, que as metas tinham sido cumpridas, até porque era precondição para a prorrogação dos contratos por mais 20 anos, lembrou a advogada. Portanto, se desde 2006 não há mais necessidade de investimentos para a ampliação da infraestrutura - que, vale repetir, a Anatel atestou realizada - a Proteste entende que o valor da assinatura precisa ser revisto, de forma a servir com fonte de receita para a manutenção e a consequente garantia de continuidade dos serviços. A proposta formal da entidade, feita à Anatel em 2009, é de R$ 14. Apesar de o tema ter inflamado alguns dos parlamentares presentes, houve um claro reconhecimento das dificuldades de fazer avançar propostas que modifiquem a tarifa. O projeto de eliminação da assinatura básica está engavetado na Câmara há 11 anos, apesar de esse ser o tema que recebe a maior quantidade de manifestações da população junto ao Congresso Nacional, afirmou o deputado Weliton Prado (PT-MG). Câmara dos Deputados Deputados pedem fim de assinatura básica da telefonia fixa Martins, da Anatel: assinatura básica é necessária para cobrir custos das empresas. Deputados da Comissão de Defesa do Consumidor pediram nesta terça-feira (14), em audiência pública, o fim da cobrança da assinatura básica na telefonia fixa. Alguns parlamentares também criticaram a postura da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que considerou a cobrança necessária para cobrir custos das operadoras. O presidente da comissão, deputado Roberto Santiago (PV-SP), não ficou satisfeito com as explicações das telefônicas e disse que falta independência à Anatel. "Você percebe que eles estão na defesa das concessionárias. Nós queremos um órgão fiscalizador que tenha a mais completa e absoluta isenção, criticou. Se a sociedade não concorda com 2

essa regra, tem que fazer o debate e mudar a regra." Antes, o superintendente de serviços públicos da Anatel, Roberto Pinto Martins, havia ponderado que as despesas fixas das operadoras de telefonia fixa são maiores que as da telefonia móvel. A assinatura básica, segundo ele, tem o objetivo de cobrir esses gastos que independem do número de usuários, como os custos com a depreciação da rede e dos equipamentos. "São despesas mais relevantes que as da telefonia móvel, que tem infraestrutura sem fio e compartilhada", disse Martins, acrescentando que a assinatura básica é cobrada em 182 países, segundo a União Internacional de Telecomunicações (UIT). "Apenas Guatemala e Irã não cobram." O diretor executivo do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), Eduardo Levy, acrescentou que a assinatura básica também serve para que as operadoras possam cumprir as metas de qualidade impostas ao serviço, prestado em regime público. Ele afirmou que o fim ou mesmo a redução da assinatura teria forte impacto no setor e causaria desequilíbrio. "Os demais serviços públicos no Brasil têm assinatura básica: água, luz, gás, disse Levy. "Nossa assinatura é mais barata que em muitos países como Espanha, Reino Unido, Chile, Alemanha, Austrália, entre outros." As explicações, porém, foram questionadas por deputados presentes. "É um absurdo. A assinatura é injusta, alta e abusiva, disse o deputado Weliton Prado (PT-MG). Também protestaram contra a cobrança os deputados Dimas Ramalho (PPS-SP), Gean Loureiro (PMDB-SC) e Reguffe (PDT-DF). Consumidor O fim da assinatura básica é o principal motivo de ligações para o Disque Câmara (0800 619 619). A medida está prevista no Projeto de Lei 5476/01, do ex-deputado Marcelo Teixeira, que motivou 540,2 mil ligações para a central no ano passado. O número corresponde a 75,1% de um total de 719,1 mil ligações. A advogada Flávia Lefévre, da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor- Proteste, defendeu a revisão das tarifas e destacou que o valor da assinatura básica aumentou 2.500% desde a privatização do setor, em 1998. "Isso pesou no bolso do brasileiro que não teve a renda aumentada nessa razão", disse. Para Flávia, a cobrança de uma assinatura básica mais cara se justificava pela necessidade de universalizar o serviço. Hoje, com o telefone fixo disponível em todo o País, ela acredita que a taxa poderia ser mais barata. A advogada alertou ainda que, embora o País possua 44 milhões de acessos fixos instalados, só 32 milhões são contratados. Segundo ela, isso significa que "as classes mais baixas não conseguem pagar 40 reais de assinatura básica." "Os acessos que crescem hoje no Brasil são da classe média que assina os combos de telefone, televisão por assinatura e internet em banda larga", concluiu. UOL 3

Usuários de telefonia fixa economizam R$ 7 bi com reajuste menor de tarifas O repasse para as tarifas dos ganhos de produtividade das empresas de telefonia fixa fez com que os usuários deste serviço economizassem R$ 7 bilhões em pagamentos de tarifas nos últimos cinco anos, de acordo com o SindiTelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal). Segundo o sindicato, as cestas de itens que compõem a conta de telefone, incluindo a assinatura básica, têm tido reajustes inferiores aos índices econômicos e menores até que a variação do IST (Índice de Serviços de Telecomunicações), usado desde 2006 no cálculo das tarifas. A assinatura, por exemplo, registrou alta de 5,7% desde 2005, o que representa um percentual três vezes inferior ao do IST, cuja variação foi de 19,7%. Nesse mesmo período, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) subiu 22,7%. O SindiTelebrasil ressalta que a assinatura básica compõe a cesta de tarifas, da qual também fazem parte a habilitação e o minuto da ligação. De acordo com o sindicato, as receitas das prestadoras vêm desse conjunto de itens e, caso a assinatura não seja cobrada, outra fonte de receita precisaria ser criada. A assinatura garante o pronto atendimento ao cliente, a oferta universalizada da telefonia fixa em mais de 38 mil localidades brasileiras e a prestação dos serviços de forma contínua. Os recursos gerados pela assinatura asseguram o cumprimento de 17 metas de universalização e 25 metas de qualidade, afirma o sindicato. Atendimento Entre as garantias de atendimento para o cliente de telefonia fixa, está o compromisso de a concessionária atender, em até uma semana, o pedido de instalação de uma nova linha, independentemente de fatores como distância geográfica e dificuldade de acesso. As concessionárias também oferecem acessos individuais em todas as localidades com mais de 300 habitantes e telefones públicos em locais com pelo menos cem moradores. Também chamada de tarifa de disponibilidade, a assinatura básica remunera um serviço exclusivo e disponível 24 horas por dia ao assinante. Valor Econômico Vivo terá operações de telefonia móvel unificadas A Vivo e a Telesp - empresas que reúnem as operações de telefonia móvel e fixa da Telefónica no Brasil - informaram nesta quarta-feira que seus conselhos aprovaram uma proposta de reestruturação societária para simplificar a estrutura das empresas e ajudar na integração. O movimento prevê unificar os negócios de serviço móvel pessoal (SMP) de Minas Gerais - concentrados hoje na Vivo Participações - e as operações desse mesmo serviço nas demais regiões, controladas pela Vivo S/A. Com isso, a Vivo Participações é eliminada da cadeia societária e os negócios de telefonia móvel passam a ser concentrados em uma única sociedade: a Vivo S/A, subsidiária da Telesp. Segundo a operadora de telecomunicações, o processo vai simplificar e racionalizar ainda mais a estrutura de custos das companhias. Estima-se que a reestruturação 4

societária - sujeita à apreciação dos acionistas - seja finalizada ao longo do segundo semestre de 2011. Brasil Econômico Vivo e Telesp anunciam reestruturação das operações A Telecomunicações de São Paulo (Telesp) informou nesta quarta-feira (15/6) que incorporará ao seu patrimônio a totalidade do patrimônio da Vivo Participações. Em comunicado, a empresa explica que a operação levará a extinção da Vivo Participações, "simplificando e racionalizando ainda mais a estrutura de custos das companhias". Após a operação, a Vivo S.A. será a única subsidiária da Telesp. A reestruturação societária também visa concentrar as autorizações para a prestação de serviços de serviço móvel pessoal (SMP) na Vivo S.A. Vale lembrar que, em 27 de abril de 2011, foi aprovada a incorporação de ações da Vivo Participações pela Telesp, tornando-a uma subsidiária integral da Telesp. Estrutura antiga A Telesp detinha o serviço de telefonia fixa nas modalidades local e longa distancia nacional em diversas regiões. A Vivo Participações detinha a autorização para prestação do serviço de telefonia móvel em Minas Gerais. Por sua vez, a Vivo S.A., subsidiária integral da Vivo Participações, detinha as demais operações e autorizações para a prestação de telefonia móvel em todas as regiões R7 Brasileiros economizam R$ 7 bi com telefonia fixa em cinco anos, segundo sindicato do setor Telefônicas defendem tarifa básica, cuja extinção levaria à criação de fonte substituta Os ganhos de produtividade das empresas de telefonia fixa geraram uma economia de R$ 7 bilhões nos últimos cinco anos para os usuários do serviço no Brasil, segundo balanço do Sinditelebrasil (Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal). Essa economia foi possível, segundo o sindicato, porque a cesta de itens que compõem a conta telefônica - incluindo a assinatura básica sofreu reajustes inferiores aos índices econômicos e menores até que a variação do IST (Índice de Serviços de Telecomunicações), usado desde 2006 para calcular as tarifas. Nos últimos seis anos, a assinatura ficou 5,7% mais cara - o que representa um percentual três vezes menor que o do IST, cuja variação foi de 19,7%. Nesse mesmo período, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) a inflação oficial do governo - subiu 22,7%. O sindicato aproveitou o balanço para defender a assinatura básica, habilitação e o minuto da ligação, que fazem parte da cesta de tarifas. De acordo com a entidade, as receitas das prestadoras vêm desses serviços e, se a assinatura não for cobrada, será necessária a criação de outra fonte de recursos. A concessionária tem o compromisso de atender em até uma semana o pedido de 5

instalação de uma nova linha, independentemente de fatores como distância geográfica, dificuldade de acesso e características do mercado onde se encontra o cliente. Conhecida também como Tarifa de Disponibilidade, a assinatura básica remunera um serviço exclusivo e disponível 24 horas por dia ao assinante, lembra o sindicato. O sindicato afirma ainda que estudos da UIT (União Internacional de Telecomunicações) mostram que a tarifa de assinatura é cobrada na prestação de serviços de telefonia em todos os países do mundo, à exceção do Irã e da Guatemala Mundo Sindical Sindicatos pressionam Congresso para votar projetos trabalhistas A partir desta terça-feira (14), os representantes das centrais sindicais vão ficar na frente do Congresso para negociar com os parlamentares a votação de projetos que tratam de direitos trabalhistas. Os atos de mobilização vão acontecer todas as terças e quintasfeiras. Alguns deles tramitam há tempos pelo Congresso, como a redução da jornada, a regulamentação do trabalho terceirizado e o fim do fator previdenciário. Sobre essa última questão, o ministro da Previdência, Garibaldi Alves, acenou na semana passada com a possibilidade de substituir o mecanismo que, segundo ele, é "maldito para a maioria da população". Substituição cuidadosa De modo geral, o fator previdenciário desestimula o trabalhador a se aposentar precocemente. Segundo o INSS, com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, calculada pelo IBGE, a partir de agora um segurado de 55 anos de idade e 15 de contribuição teria de contribuir com mais 41 dias para ter direito ao mesmo valor de benefício que teria anteriormente. Apesar de reconhecer a necessidade de substituição do fator, o ministro alertou que ela deve ser feita com cuidado, porque o mecanismo gera recursos à Previdência da ordem de R$ 10 bilhões. O Congresso chegou a aprovar uma emenda a uma medida provisória que previa o fim do fator previdenciário, mas ela foi vetada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma nova proposta no mesmo sentido está tramitando atualmente no Congresso. Manifestações Além do "corpo a corpo" com deputados e senadores, os dirigentes da Força Sindical, CUT (Central Única dos Trabalhadores), UGT (União Geral dos Trabalhadores), CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil), CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) e Nova Central apresentaram uma agenda unificada de mobilizações por todo o Brasil, com início previsto para julho. "Fizemos alguma coisa no primeiro semestre. Agora, no segundo semestre, queremos entrar com o pé no acelerador", disse o presidente da Força, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, conforme publicado pela Agência Brasil. No dia 6 do próximo mês, vão para as ruas os trabalhadores do Centro-Oeste, no dia 14, os da Região Norte, no dia 21, os do Nordeste, no dia 28, os da região Sul, e no dia 3 de 6

agosto, os do Sudeste. "Em São Paulo, faremos nosso grande ato", anunciou Paulinho da Força, acrescentando: "Queremos fazer a maior passeata da Avenida Paulista". Teletime Telefônica propõe simplificação da estrutura societária da Vivo A Telefônica deu mais um passo rumo à integração total da Vivo. Dando continuidade à simplificação de sua estrutura societária, os conselhos de administração da Telesp e Vivo Participações aprovaram na terça-feira, 14, uma proposta de reestruturação societária pela qual a operadora Vivo S/A passará a ser subsidiária integral da Telesp e a Vivo Part. deixará de existir. Vale lembrar que em 27 de abril os acionistas de ambas as companhias aprovaram a incorporação das ações da Vivo Part. pela Telesp, fazendo da primeira subsidiária integral da segunda, e desde a semana passada as ações da Telesp negociadas nas bolsas de São Paulo e de Nova York já acumulavam o valor das duas empresas. Segundo comunicado enviado nesta quarta-feira à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a reestruturação organizacional permitirá à Telefônica concentrar as autorizações do Serviço Móvel Pessoal (SMP), atualmente detidas pela Vivo Part. e pela Vivo S/A, em uma única sociedade, a Vivo S.A, e eliminar da cadeia societária a Vivo Part. Na estrutura atual, a operadora Vivo S/A é subsidiária integral da Vivo Participações S/A, que por sua vez é subsidiária integral da Telecomunicações de São Paulo S/A Telesp. As propostas dos Conselhos de Administração da Telesp e da Vivo Part. estão sujeitas à aprovação dos acionistas em assembleias gerais ainda a serem realizadas. A incorporação não acarretará aumento de capital da Telesp, uma vez que esta já tem registrado em seu patrimônio líquido o valor das ações da Vivo Part. A reestruturação será também submetida à Anatel e a expectativa é de que seja concluída no segundo semestre deste ano. 7