CMVM. Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

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Decreto-Lei n.º 69/2004, de 25 de Março *

Transcrição:

CMVM Comissão do Mercado de Valores Mobiliários 23-02-2005

Comportamento dos Mercados em 2004 Índices PSI Geral subiu 18% PSI20 subiu 12,6% Capitalização Bolsista Global Subiu 8,2% (para 170 mil milhões de euros)b Volume de Transacções (Todos os mercados) Aumentou 10,1% (para 186,6 mil milhões de euros) Volume de Transacções (Acções) Aumentou 45,8% (para 27,7 mil milhões de euros) Valores sob Gestão de Activos Aumentaram 10,2% (para 71,5 mil milhões de euros)

Nos últimos anos, a CMVM desenvolveu a sua actividade numa conjuntura marcada: - pelo clima económico recessivo - pela elevada volatilidade dos mercados - pela intensificação da concorrência entre mercados - pela globalização/internacionalização de emitentes e intermediários financeiros - pela desmutualização das bolsas - pela integração do mercado português na plataforma Euronext - pelo surgimento de novos mercados não-regulamentados (PEX Estruturados)

A CMVM definiu como objectivos estratégicos: a protecção dos investidores a garantia da integridade e da transparência dos mercados a promoção do desenvolvimento do mercado de valores mobiliários Procurámos atingir estes objectivos através de: reforço da supervisão e do aumento da sua eficácia apoio aos investidores não-institucionais prestação de informação de qualidade pelos emitentes e intermediários financeiros incentivo ao desenvolvimento de uma intermediação financeira de qualidade contributo para a eficiência e a segurança dos mercados regulação adequada e dinâmica desenvolvimento da cooperação institucional.

No âmbito do reforço da supervisão e do aumento da sua eficácia a CMVM realizou 77 acções de supervisão presencial em 2004 e um total de 380 desde o ano 2000. 2000 2001 2002 2003 2004 A gestoras de patrimónios e fundos 9 23 38 13 7 A instituições de crédito, corretoras, financeiras de corretagem e sucursais 0 26 38 16 11 A sites de intermediários financeiros para recepção de ordens ou comercialização de fundos de investimento 12 27 55 41 55 A consultores autónomos - - - 5 1 A peritos avaliadores de imóveis - - - - 3 Total 21 76 131 75 77

Também em 2004, foram abertos 21 processos de investigação. Desde 2000, foram abertos 138 processos, dos quais 24 foram foram participados às autoridades judiciárias. Tipos de averiguações 2000 2001 2002 2003 2004 Abuso de informação privilegiada 9 6 4 7 7 Manipulação de mercado 4 6 4 8 4 Intermediação financeira não autorizada 4 0 15 5 8 Outros ílicitos criminais 1 0 1 1 0 Outros ilicitos contraordenacionais 2 12 7 2 0 Cooperação com as autoridades judiciárias 2 3 1 4 1 Pedidos de assistência internacional 4 2 2 1 1 Total 26 29 34 28 21

Foram ainda instaurados, em 2004, 81 processos de contra-ordenação e 413 desde 2000. Ano 2000 2001 2002 2003 2004 Total Número de processos instaurados 72 97 107 56 81 413

No âmbito do apoio aos investidores não institucionais, a CMVM: - respondeu em 2004 a 937 pedidos de informação e 284 reclamações e queixas (6.722 pedidos de informação e 1.338 reclamações e queixas desde 2000) - aumentou os conteúdos e reorganizou a informação disponibilizada através do seu site na CMVM. Em 2004, o site da CMVM registou cerca de 8 milhões de páginas visitadas e mais de 830 mil utilizadores. Desde 2000, o número de páginas visitadas foi de 25,4 milhões e o número de utilizadores ascendeu a mais de 2 milhões. - participou na simplificação dos requisitos para o registo de associações de defesa dos investidores

Nos últimos anos, a CMVM tem vindo a reforçar os requisitos de transparência do mercado. No que respeita às sociedades cotadas: - foi criado o regime das participações qualificadas não-transparentes, e possibilitou-se que a CMVM suspenda os direitos inerentes a essas participações. - foram simplificados os mecanismos de difusão de informação, generalizou-se a publicação electrónica e a divulgação das comunicações no site da CMVM pelos próprios emitentes a qualquer momento. Os emitentes divulgaram, em 2004, 2.593 comunicados através do site da CMVM e 10.064 comunicações desde 2000. - passou a ser exigida a apresentação de um relatório sobre o governo das sociedades que deve, entre outras informações, incluir as remunerações dos administradores e a discriminação dos honorários pagos aos auditores - foi exigida a criação por cada emitente de um site próprio para divulgação da informação obrigatória.

No âmbito do reforço da transparência dos fundos de investimento mobiliário: - passou a ser exigida a comunicação do exercício dos direitos de voto dos fundos nas sociedades cotadas - passou a ser obrigatória a divulgação da taxa global de custos de cada fundo - foram reguladas as matérias das soft e hard commissions - passou a ser possível a publicação da composição discriminada das carteiras em formato exclusivamente electrónico

No âmbito do reforço da transparência dos fundos de investimento imobiliário: - foram alteradas as regras de valorização do património imobiliário, sujeitando-se os peritos avaliadores a credenciação e a registo na CMVM - passou a ser obrigatória a divulgação da taxa global de custos de cada fundo - foram reguladas as matérias das soft e hard commissions - a divulgação da composição discriminada das carteiras passou a ter periodicidade mensal

No âmbito do reforço da transparência na divulgação de relatórios de análise financeira, a CMVM: - publicou um conjunto de recomendações dirigidas aos investidores, aos emitentes e aos profissionais que efectuam análise financeira e emitem recomendações de investimento; - identificou, em 2004, 623 recomendações de investimento feitas por intermediários financeiros, das quais 61,5% foram recomendações de compra e 12,8% foram recomendações de venda.

Em suma: Os investidores no mercado de capitais português passaram a dispor nos últimos anos, em condições de igualdade, de mais e melhor informação, o que lhes permite tomar decisões de investimento mais esclarecidas. Toda a informação obrigatória relevante está actualmente disponível no site da CMVM na Internet, acessível gratuitamente a qualquer investidor, português ou não-residente.

A CMVM procurou adequar o exercício das funções de regulação às necessidades e dinamismo do mercado. Com esse objectivo: - simplificou e consolidou a estrutura regulamentar, substituindo um elevado número de regulamentos avulsos por regulamentos que esgotam o regime de cada área de actividade do mercado (ex. regulamento dos organismos de investimento colectivo e regulamentos dos fundos de investimento imobiliário - adaptou a regulamentação a novos valores mobiliários, permitindo que passassem a ser negociados em Portugal certificados, valores mobiliários convertíveis e valores mobiliários condicionados por eventos de credito. - intensificou a realização de consultas públicas destinadas a estimular a participação dos interessados na procura de soluções mais vantajosas para a competitividade do mercado português.

No âmbito da cooperação internacional, a CMVM: - passou a repartir competências com as autoridades de regulação e supervisão dos mercados francês, belga e holandês, com vista à supervisão da Euronext N.V. e de cada um dos mercados que integram a plataforma Euronext. - participou activamente nos trabalhos desenvolvidos pelo Comité Europeu de Reguladores (CESR), em particular na definição de medidas de implementação das directivas que integram o Plano de Acção da União Europeia para os Serviços Financeiros - assumiu um papel de relevo no desenvolvimento dos mecanismos de cooperação liderado pela Organização Internacional de Comissões de Valores (IOSCO/OICV) - participa actualmente em 51 grupos de trabalho internacionais

Perante a constante necessidade de dinamizar o mercado e criar condições para a respectiva competitividade na viragem para uma eventual conjuntura de crescimento económico, a CMVM : - viu as suas competências reforçadas nos domínios da supervisão dos fundos e sociedades do capital de risco e da supervisão da emissão e Admissão à negociação de papel comercial - propôs e regulamentou o novo quadro legislativo dos warrants autónomos que alarga os activos sobre os quais podem ser emitidos a mercadorias, índices de mercadorias e contratos de futuros sobre mercadorias - propôs a eliminação do duplo registo das ofertas públicas de obrigações - consolidou a diversificação das suas fontes de financiamento, através da redução das taxas como contrapartida do alargamento da base de incidência concretizando o princípio do utilizador-pagador.

A CMVM procurou ainda ver concretizadas as seguintes medidas, cuja adopção depende de actos legislativos: Transposição da Directivas sobre Abuso de Mercado Possibilidade de publicação das sanções aplicadas pela CMVM Criação de SICAV s de Direito Português Possibilidade de estruturar o investimento colectivo na forma de SICAV s e não apenas de fundos, à semelhança do que acontece nos outros países europeus Alteração do Regime Fiscal dos Fundos de Investimento Harmonização do regime fiscal dos fundos com os restantes países europeus Substituição da tributação por dentro por uma tributação por fora ou à saída, complementada por uma tributação residual do fundo.

A CMVM considera que, no actual contexto, é ainda essencial a adopção das seguintes medidas: Desburocratização do acesso das empresas ao mercado Reforço da confiança dos investidores no mercado nacional Dinamização do mercado de dívida Promoção mais eficaz do mercado e das sociedades cotadas portuguesas

Medidas a Adoptar no Actual Contexto Desburocratização do acesso das empresas ao mercado Abolição de exigências registrais e notariais supérfluas (abolição do registo comercial da emissão de obrigações) Abolição da exigência de auditoria às contas semestrais das sociedades cotadas Eliminação da exigência de contas especiais (quando as empresas realizem emissões ou admissões 9 meses após o termo do exercício anual) Supressão do anúncio de lançamento nas ofertas públicas de distribuição Eliminação do dever de publicação integral das contas em Diário da República pelas sociedades abertas

Medidas a Adoptar no Actual Contexto Desburocratização do acesso das empresas ao mercado Diminuição do prazo para a convocação das assembleias gerais das sociedades cotadas (actualmente o dobro do exigido em Espanha, Itália e Holanda) como forma de evitar o atraso na colocação de aumentos de capitais Eliminação das restrições à redução de capital

Medidas a Adoptar no Actual Contexto Reforço da confiança dos investidores no mercado nacional Ampliação da aplicação das normas internacionais de contabilidade Aperfeiçoamento do sistema de fiscalização das sociedades cotadas, nomeadamente impedindo os auditores de fazer parte dos respectivos órgãos sociais Reestruturação do sistema de acompanhamento dos auditores Actualização dos valores da caução de responsabilidade dos administradores de sociedades abertas (actualmente de 5.000 euros)

Medidas a Adoptar no Actual Contexto Dinamização do mercado de dívida Alteração dos limites quantitativos à emissão de obrigações clássicas, passando a utilizar como referência os capitais próprios e não o capital social Alargamento da possibilidade emissão de dívida às novas empresas (actualmente reservada a sociedades com mais de 2 anos de existência) Actualização do regime das obrigações hipotecárias Dispensar de retenção na fonte as transacções feitas por não-residentes; Equiparar o regime fiscal da dívida privada ao regime da dívida pública;

Medidas a Adoptar no Actual Contexto Promoção mais eficaz do mercado e das sociedades cotadas portuguesas Criação e aplicação de uma estratégia de promoção do mercado de capitais português Articulação com os instrumentos de diplomacia económica Alteração do regime fiscal dos fundos de investimento sem redução da receita fiscal A CMVM considera haver margem, em 2005, para uma redução das taxas de supervisão

Em síntese, a CMVM considera que a adopção constante de medidas destinadas a: Enfrentar o processo de liberalização e integração, captar o aforro e desenvolver a prestação de serviços financeiros competitivos e de qualidade é a única forma de contribuir para o sucesso e crescimento do mercado de capitais português.

Os pilares do desenvolvimento do mercado serão: um suporte tecnológico moderno um quadro regulador eficaz, flexível e aberto à inovação um cenário macro-económico credível de estabilidade e crescimento e uma política clara de promoção do mercado.