UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA MAYRA GOMES BARBOSA SILVEIRA

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Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA MAYRA GOMES BARBOSA SILVEIRA AVALIAÇÃO DA INSATISFAÇÃO COM A IMAGEM CORPORAL DE ESTUDANTES DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UFRN. NATAL RN 2016

AVALIAÇÃO DA INSATISFAÇÃO COM A IMAGEM CORPORAL DE ESTUDANTES DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DA UFRN. Trabalho referente à avaliação da terceira unidade da disciplina Introdução ao trabalho de conclusão II, apresentado ao Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Orientador: Prof. CARLOS ALBERTO DE CASTRO BARRETO NATAL RN 2016

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial do Centro Ciências da Saúde - CCS Silveira, Mayra Gomes Barbosa. Avaliação da insatisfação com a imagem corporal de estudantes do curso de Educação Física da UFRN / Mayra Gomes Barbosa Silveira. - Natal, 2016. 16f.: il. Orientador: Carlos Alberto de Castro Barreto. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Departamento de Educação Física. Centro de Ciências da Saúde. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 1. Imagem Corporal - TCC. 2. Educação física - TCC. 3. Índice de massa corporal - TCC. I. Barreto, Carlos Alberto de Castro. II. Título. RN/UF/BS-CCS 796.01 CDU

RESUMO Perante as várias concepções que cada sociedade tem empregado acerca do corpo, na cultura da atualidade, nos encontramos em um momento de exacerbada valorização da estética corporal. Reconhecemos que a mídia impõe padrões sociais. Que por vez, sobrepõe a ideia de corpo saudável. objetivo: verificar a imagem corporal em estudantes do curso de educação física da UFRN. Metodologia: a amostra foi composta por 27 mulheres com idade entre (24,48 ± 5,27 anos) e 33 homens (25,93 ± 7,27 anos) e índice de massa corporal imc de (21,83 ± 2,48) e (25,30 ± 4,10) respectivamente. Todos estudantes do curso de educação física período da tarde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Para conhecer percepção a auto-imagem de cada indivíduo, foi utilizado o questionário de escala de silhueta (Sorensen tia, Stunkard aj, 1993), também foram coletados os dados antropométricos (peso e estatura). Foi realizada uma análise descritiva dos dados. E como tratamento estatístico foi utilizado o percentual encontrado através da resposta do questionário. Resultados: foi observado que 88,9% das estudantes do curso de educação física estão insatisfeitas com a própria imagem corporal, sendo 58,3% das mulheres estão insatisfeitas por terem uma silhueta menor do que o desejado e 41,7% por terem silhueta maior. Já o número de insatisfação com a imagem corporal entre os homens foi de 66,7%, sendo 45,5% dos homens insatisfeitos por terem uma silhueta menor do que o desejado e 54,5% por terem silhueta maior. Conclusão: nós percebemos que existe insatisfação na percepção da imagem corporal nas mulheres e nos homens do curso de educação física. Essa insatisfação se dá ao fato dos estudantes desejarem uma silhueta menor do que a real, bem como o contrário. E essa insatisfação é quase equivalente entre os que gostariam de ter uma silhueta menor e vice-versa. É importante observar que esta preferência e/ou insatisfação, no caso das mulheres ocorre com estudantes que estão dentro da classificação de peso normal levando em consideração o IMC. Palavras-Chaves: Imagem Corporal, Educação física, Indice de massa coporal.

Sumário 1. INTRODUÇÃO... 5 1.1 Justificativa... 6 1.2 Objetivos... 6 1.2.1 Geral... 6 1.2.2 Específico... 7 2. REVISÃO DA LITERATURA... 8 3. METODOLOGIA... 10 3.1 População e amostra... 10 3.2 Instrumentos e procedimentos... 10 3.3 Critérios de inclusão e exclusão... 11 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES... 12 4.1 Limitações do Estudo e perspectivas futuras... 13 5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES... 14 REFERÊNCIAS... 15

1. INTRODUÇÃO O conceito de corpo bonito ou saudável sofreu várias transformações ao longo do tempo. No início do século a mulher era considerada bonita quando apresentava um corpo roliço. No período pré-industrial a carência alimentar era uma realidade, dessa forma, mulheres com excesso de peso era um símbolo de força pois eram capazes de suportar períodos conturbados e proteger sua família. (BOSI et al 2006) Ao final das últimas décadas do século XX tem-se observado uma crescente preocupação com a imagem corporal, em especial na sociedade ocidental. Que chega ao ponto de ser considerado como um culto ao corpo. Associada a preocupação estética existem diversas tendências de comportamento que poderia ser considerada como patológica (AYENSA, 2011). 988517832 Na atualidade, vivenciamos um momento em que o estilo de vida ofertado pela modernidade favorece a redução dos níveis de atividade física (MATSUDO et al 2002) e em contrapartida um aumento no consumo de alimentos industrializados e hipercalóricos. Ao passo que os padrões de beleza buscam valores antropométricos cada vez menores (ANDRADE & Bosi 2003). A busca por tais padrões gera a necessidade de um corpo perfeito, musculoso ou esquelético encontrado constantemente nos comerciais, revistas e cinema. Que são constantemente apresentados pela mídia, dessa forma influenciando as pessoas a uma insatisfação com a própria aparência (BOSI et al 2006). Nessa procura de um corpo perfeito podemos destacar as mulheres, pois tentam alterar seus corpos através de metas de tal forma onde seja possível atingirem tais padrões e assim terem uma menor rejeição de sua imagem corporal. Porém esse comportamento não é exclusividade para as mulheres, os homens também almejam o corpo perfeito, forte e volumoso (DAMASCENO et al 2005). Para Smolak e Levine (2001) a imagem corporal é formada pela estima corporal e a Insatisfação com o corpo. Quando tratamos de estima corporal referimos a o quanto o sujeito gosta do próprio corpo de uma forma geral, isso inclui: Peso, rosto, forma, cabelos. Já no caso da insatisfação corporal é definida através das preocupações com peso, forma do corpo e gordura. E que dependendo desse

grau de insatisfação pode vir a afetar os aspectos da vida do sujeito. Tais aspectos podem influenciar diretamente o comportamento alimentar desses indivíduos e ainda sua autoestima, o físico, cognitivo e desempenhos psicossociais do mesmo. 1.1 Justificativa O presente trabalho busca ver os estudantes de Educação Física sobre a perspectiva que o mesmo tem na construção de sua autoimagem. O final da década de 90 e início desse século, muitos estudos dos foram realizados buscando responder como se dá a construção da imagem corporal dos indivíduos. Tendo conhecimento da influência da mídia nesse contexto e das presentes mudanças no cenário da estética corporal. Este estudo busca responder o impacto que tais mudanças promovem na formação da imagem corporal daqueles profissionais que trabalham diretamente com o corpo e nesse caso destacamos o profissional de Educação Física. 1.2 Objetivos 1.2.1 Geral Demonstrar a percepção da imagem corporal em estudantes de ambos os sexos do curso de educação física de Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 1.2.2 Específico Identificar o nível de satisfação e insatisfação dos estudantes.

2. REVISÃO DA LITERATURA Conceito de imagem corporal Formação da imagem corporal Etiologia da insatisfação corporal Evolução dos padrões de beleza (VIGARELLO, 2006) Epidemiologia da insatisfação corporal Conseqüências da insatisfação corporal Prevenção da insatisfação corporal.. A imagem corporal leva em conta todas as formas pelas quais o indivíduo conceitua e as experiências vividas em seu corpo (TAVARES, 2003). É possível afirmar que a imagem que temos do nosso corpo é a vivencia que construímos através do esquema corporal e que traz consigo um mundo de significações (FERREIRA,2007). Perante esse entendimento, vários autores buscaram métodos para mensurar e compreender as formas de representação do corpo do sujeito (MORGADO,2009). Um desse estudos é de Freitas (1999) nele afirma que na imagem encontra-se presente os valores, a história pessoal, afetos, marcados no gesto do olhar, no corpo em movimento e em repouso e no que simboliza para o mesmo. É relevante destacar que os semtimento de insatisfação e a percepção da imagem corporal tem o grande poder para influenciar de forma negativa a vida das pessoas, seu redimento profissional, e atpe mesmo as relações interpessoais e isso pode ser associado a uma realidade de sobrepeso ou mesmo obesidade (PROVENCHER et al, 2007. ANDERSON et al, 2002. ) Contudo, a insatisfação corporal também vem sendo identificada em sujeitos que estão em um estado nutricional dentro de padrões reconhecidos como os de normalidade (CUADRADO C.; CARBAJAL A.; MOREIRAS O, 2000).

Isso remete a pressão de ordem social e midiatica que impoem padrões determinado de corpo isso gera problemas em identificar e na aceitação de sua propria imagem corporal (PEREIRA, TEIXEIRA, BORGATTO, DARONCO 2008). Outro fator que esta relacionado a insatisfação coporal é a presença de disturbios alimentares entre eles anorexia, bulimia, vigorexia, a compulsividade no ato de comer e a baixa autoestima. Nesses casos destacamos uma maior insatisfação por parte das mulheres isso pode esta relacionado a imposição social. (ALMEIDA, SANTOS, PAISAN & LOUREIRA, 2005; KAKESHITA & ALMEIDA, 2006). Para verificar a imagem corporal foi utilizada uma escala de silhuetas proposta por Stunkard, Sorensen E Schulusinger (1983), Como aponta Damasceno (2005), mesmo o instrumento apresentando limitações pois não representa o indivíduo como um todo. Dentro do conjunto silhuetas, o instrumento proposto por Sorensen e Sturkard é o protocolo mais utilizado.

3. METODOLOGIA 3.1 População e amostra Trata-se de um estudo descritivo com estudantes do curso de educação física. A amostra foi composta por 60 sujeitos destes sendo 27 mulheres com idade entre (24,48 ± 5,27 anos) e 33 homens (25,93 ± 7,27 anos) e Índice de massa Corporal IMC de (21,83 ± 2,48) e (25,30 ± 4,10) respectivamente. Todos estudantes do curso de educação física período da tarde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Para conhecer percepção a auto-imagem de cada indivíduo, foi utilizado um questionário adaptado da escala de silhueta (Sorensen TIA, Stunkard AJ, 1983), também foram coletados os dados antropométricos (peso e estatura). 3.2 Instrumentos e procedimentos Para verificar a imagem corporal foi utilizada um questionário adaptado da escala de silhuetas proposta por STUNKARD, SORENSEN e SCHLUSINGER (1983). O conjunto de silhuetas foi apresentado aos indivíduos e realizado as seguintes perguntas: Qual aparência física mais se parece com você atualmente?; Qual aparência que você gostaria de ter? E a última pergunta foi Qual aparência você tinha a um ano atrás? Foi realizada uma análise descritiva dos dados. E como tratamento estatístico foi utilizado o percentual encontrado através da resposta do

questionário. Todas as informações foram tabuladas em planilha eletrônica, Excel, Microsoft Office. 3.3 Critérios de inclusão e exclusão Para os critérios de inclusão na amostra o aluno deveria ser do curso de Educação Física - Bacharelado, e estar no 3º período do curso ou estar concluindo nesse ano, 2015, sem limite de idade. Foram excluídos estudantes que estivessem no primeiro ano do curso de Educação Física. E ainda estudantes de Educação física de outras universidades ou outros cursos.

Percentagem 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES O resultado obtido expressa prevalência na insatisfação com a imagem corporal para os estudantes do curso de Educação Física. Foi observado que 88,9% dos estudantes do curso de Educação Física estão insatisfeitas com a própria imagem corporal, sendo 58,3% das mulheres estão insatisfeitas por terem uma silhueta menor do que o desejado e 41,7% por terem silhueta maior. Já o número de insatisfação com a imagem corporal entre os homens foi de 66,7%, sendo 45,5% dos homens insatisfeitos por terem uma silhueta menor do que o desejado e 54,5% por terem silhueta maior (Gráfico1). 100,0% 90,0% 80,0% 70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% Mulheres Satisf. Gráfico -1 Percentagem Silhuetas Homens Satisf. Mulheres Insat. Homens Insat. Mulheres Sil. Menor Dej. Homens Sil. Menor Dej. Mulheres Sil. Maior Homens Sil. Maior Série1 11,1% 33,3% 88,9% 66,7% 58,3% 45,5% 41,7% 54,5% Ainda podemos destacar que a insatisfação com a imagem corporal, foi superior para as mulheres. É importante destacar que todas as estudantes que participaram da pesquisa encontravam-se com o IMC dentro da classificação de Normal. É mesmo possuindo o conhecimento que estavam contidas no padrão saudável de acordo com seu IMC, esse fato não foi suficiente para gerar um status de satisfação entre as mesmas. Em estudos prévios já se havia relatado que acadêmicas do Curso de Educação Física apresentam uma preocupação maior com a aparência física quando comparada com acadêmicas de outros cursos (O BRIEN & HUNTER, 2006).

Já a insatisfação com a imagem corporal entre os homens e resultado maioria parte dos casos pela busca do corpo sarado. ASSUNÇÃO (2002) relata o desejo por parte dos homens um possuir um padrão corporal sarado e esbelto pode demonstrar uma condição clínica relacionada a dismorfia muscular. Isso explica o fato que mesmo apresentando um grau evidente de hipertrofia, não há percepção da sua imagem corporal dessa forma sentem-se fracos (POSTON e FOREYT 1999. HEINBERG, 1996). Quando questionados sobre qual a silhueta era a desejável naquele momento, houve quase que uma equivalência entre os que buscavam uma silhueta maior ou menor. Esse comportamento difere de outros estudos (BOSI et al, 2003. POSTON e FOREYT, 1999. HEINBERG, 1996) onde a predominância era percebida para silhuetes em faixar menores do IMC. Isso porque tanto as mulheres como homens valorizavam mais o modelo de magreza. No estudo de McLaren e Kuh (2004) realizados com idosas ativas, onde foi avaliado a percepção da imagem corporal foi observado um elevado nível de insatisfação. É notório que essa preocupação com imagem corporal não é uma exclusividade de adultos jovens. Os homens em maior quantidade do que as mulheres em alguns casos fazem uso de recursos ergogênicos para obter o corpo perfeito. O uso indiscriminado desses recursos muitas vezes pode acarretar graves problemas a saúde (RECH et al 2010). É de súbita importância ressaltar que a amostra em questão será a responsável no futuro de passar estes conhecimentos e conceitos acerca do corpo. E além disso, analisar os aspectos de saúde e conviver com os modismos que estão em constante mudança e o modelo cultural momentâneo. Além do mais é imprescindível que esse cuidado esteja presente na formação dos profissionais do Curso de Educação Física, para que essa percepção não seja repassada em forma de errônea.

4.1 Limitações do Estudo e perspectivas futuras As limitações encontradas foi não avaliar os alunos ingressantes no curso de Educação Física, pois assim poderíamos saber se a insatisfação corporal ocorre ao decorre da formação do mesmo ou se esses estudantes já chegam com essa percepção distorcida. Sugere-se também que futuras investigações avaliem maiores amostras, estudantes de diferentes níveis (pós-graduação, mestrado e doutorado) e até mesmo os professores dos acadêmicos de Educação Física.

5 CONCLUSÃO E SUGESTÕES Percebemos que existe insatisfação na percepção da imagem corporal nas mulheres e nos homens do curso de educação física. Essa insatisfação se dá ao fato dos estudantes desejarem uma silhueta menor do que a real, bem como o contrário. E essa insatisfação é quase equivalente entre os que gostariam de ter uma silhueta menor e vice-versa. É importante observar que esta preferência e/ou insatisfação, no caso das mulheres ocorre com estudantes que estão dentro da classificação de peso normal levando em consideração o IMC. Sugere-se que futuras investigações avaliem se esse comportamento é observado em outros estudantes da área da saúde e ainda se estudantes que ingressam no curso de Educação Física já apresentam uma tendência de insatisfação com a imagem corporal.

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