Clipping FENTECT CORREIOS - BRASIL. Portal Vermelho Matéria da Veja desmorona: seis notas oficiais resgatam a verdade



Documentos relacionados
Filho de ex-braço direito de Dilma trabalhou no governo

Fantástico mostra o que aconteceu com as empresas e com as pessoas mostradas na reportagem há um ano.

Cartilha de Câmbio. Envio e recebimento de pequenos valores

medida. nova íntegra 1. O com remuneradas terem Isso é bom

Como se livrar da humilhação

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Secretaria Nacional de Renda de Cidadania

PERGUNTAS MAIS FREQUENTES 1. MEUS PEDIDOS

PROJETO BÁSICO AGÊNCIA DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA

Perguntas frequentes

Problemas em vender? Veja algumas dicas rápidas e práticas para aumentar suas vendas usando marketing

REGULAMENTO DA PROMOÇÃO COMERCIAL MODALIDADE INCENTIVO

'yaabaaronaldo Tedesco'; 'Paulo Brandão'; ''Silvio Sinedino' Assunto:

Entenda agora as mudanças para as novas contratações do FIES

Os desafios do Bradesco nas redes sociais

22/05/2006. Discurso do Presidente da República

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO Nº, DE 2013 (Do Deputado Rubens Bueno)

PROJETO BÁSICO AGÊNCIA DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA

REGULAMENTO DA PROMOÇÃO COMERCIAL MODALIDADE INCENTIVO

EB-5 GREEN CARD PARA INVESTIDORES

Lista de casamento. A Lista de Casamento não tem custo para os noivos. Funciona da seguinte maneira:

CÂMARA DOS DEPUTADOS Comissão de Fiscalização Financeira e Controle CFFC

Conselho Nacional de Controle Interno

Divulgação do novo telefone da Central de Atendimento da Cemig: Análise da divulgação da Campanha

Perguntas e Respostas NOVO SITE PEDIDOSONLINE HERBALIFE NO MYHERBALIFE.COM.BR BRASIL, 2013.

FICHA DE CADASTRO EMPRETEC. Município Data: / /

COMO FAZER A TRANSIÇÃO

REGULAMENTO DA INSCRIÇÃO PARA O PROCESSO DE SELEÇÃO DOS PARTICIPANTES DA 14ª OFICINA DE PRODUÇÃO DE VÍDEO GERAÇÃO FUTURA

REQUERIMENTO DE INFORMAÇÃO N DE 2012 (Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame)

W W W. G U I A I N V E S T. C O M. B R

EDITAL PARA SELEÇÃO DE PROJETOS SOCIAIS 2015

30/07/2009. Entrevista do Presidente da República

ESCOLA SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO E TECNOLOGIA COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO

TOTVS S.A. CNPJ/MF Nº / NIRE ANEXO I À ATA DE REUNIÃO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO REALIZADA EM 18 DE DEZEMBRO DE 2015

1. Sistema de cadastramento para empresas NÃO cadastradas (cadastro inicial) 1.1. Links de acesso direto na área de cadastro

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo

Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Jornal: Cidade: Data: Página: Seção: Brasil 17/02/2014 WEB

PORTAL DE COMPRAS SÃO JOSÉ DO RIO PRETO

Considerando que a Officer S.A. Distribuidora de Produtos de Tecnologia. ( Officer ) encontra-se em processo de recuperação judicial, conforme

DIREÇÃO NACIONAL DA CUT APROVA ENCAMINHAMENTO PARA DEFESA DA PROPOSTA DE NEGOCIAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO, DAS APOSENTADORIAS E DO FATOR PREVIDENCIÁRIO

EMPRESA MUNICIPAL DE INFORMÁTICA S/A IPLANRIO COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO ESCLARECIMENTO PROCESSO /2015 PE 0652/2015

Resumo do Contrato de seu Cartão de Crédito Instituto HSBC Solidariedade

Equipe da GCO: 1. Carlos Campana Gerente 2. Maria Helena 3. Sandro 4. Mariana

Fundap. Programa de Estágio. Manual de Utilização do Sistema de Administração de Bolsas de Estágio. Plano de Estágio

Preciso anunciar mais...

Resumo do Contrato de seu Cartão de Crédito do HSBC

Bom Crédito. Lembre-se de que crédito é dinheiro. Passos

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

PERGUNTAS E RESPOSTAS CONDUTORES DA TOCHA OLÍMPICA RIO 2016

Processos da Assessoria de Comunicação

Clipping CARF Matérias dos jornais que mencionam o CARF

COMUNICADO SINDICÂNCIA DE VIDA PREGRESSA ESCLARECIMENTOS DA BANCA EXAMINADORA.

Manual de Normas e Procedimentos Comercial.

Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao SBT

Programa de Recompensas Fiat Itaucard. Orientações Cartas-Bônus

SONHOS AÇÕES. Planejando suas conquistas passo a passo


Política de Divulgação de Informações Relevantes e Preservação de Sigilo

Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, por ocasião da visita à Comunidade Linha Caravaggio

REGULAMENTO DA PROMOÇÃO COMERCIAL MODALIDADE INCENTIVO. NOME DA PROMOÇÃO: SÁBADO DA SORTE 2014 PERÍODO DA PROMOÇÃO: 01/08/2014 à 31/07/2015.

A VERDADE SOBRE AS FUNERÁRIAS NO MUNICÍPIO DO RJ:

Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS

Aqui você vai encontrar esclarecimentos importantes a respeito de seus direitos.

PROPOSTA DE FISCALIZAÇÃO E CONTROLE Nº DE 2014 (Do Sr. Luiz Fernando Machado)

3º FESTIVAL DE MÚSICA DO SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DA BAHIA REGULAMENTO

MÓDULO 5 O SENSO COMUM

Universidade Federal de Mato Grosso. Secretaria de Tecnologias da Informação e Comunicação. SISCOFRE Sistema de Controle de Frequência MANUAL

MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME Secretaria Nacional de Renda de Cidadania

Boletim de Proteção do Consumidor/Investidor CVM/Senacon

JOSÉ DE SOUZA CASTRO 1

MANUAL DE NORMAS. InterClubNet / Manual de Normas You Are Here:

Controle Financeiro. 7 dicas poderosas para um controle financeiro eficaz. Emerson Machado Salvalagio.

Matrícula: as dúvidas mais frequentes dos alunos da RETEC

PERGUNTAS MAIS FREQUENTES. Programa Auto Emprego Tecnológico, denominado de PAEtec BOLSA TECNOLÓGICA CIDADÃ 1

AÇÃO DE REVISÃO DO FGTS POR DEFASAGEM EM CORREÇÃO PELA TR

Objetivos e Riscos. ...todo investimento envolve uma probabilidade de insucesso, variando apenas o grau de risco.

SAC Sistema de Acompanhamento de Concessões Manual do Usuário

30/04/2009. Entrevista do Presidente da República

REGULAMENTO PRÊMIO GANDHI DE COMUNICAÇÃO 2015 ATENÇÃO: INSCRIÇÕES PRORROGADAS!!!! Até 18 de setembro de 2015.

Antes de tudo... Obrigado!

Faculdade Maurício de Nassau

Cadastramento de Computadores. Manual do Usuário

ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2

DESCRITIVO DO RECRUTAMENTO PARA AUXILIAR ADMINISTRATIVO ASSISTÊNCIA MÉDICA

1. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

INSTRUÇÃO CVM Nº 51, DE 09 DE JUNHO DE 1986.

2º Concurso Literário do Servidor Público do Estado da Bahia REGULAMENTO

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Guia Site Empresarial

PESQUISA DE OPINIÃO PÚBLICA NACIONAL O ELEITOR E A REFORMA POLÍTICA

SOLICITAÇÃO DE COTAÇÃO

ATA DA SESSÃO ORDINÁRIA DO DIA 09 DE JUNHO DE 2014 Às vinte horas do dia nove de junho de dois mil e quatorze, na sede da Câmara Municipal, reuniu-se

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Online Visa Aplication - Canadá

EDITAL DE SELEÇÃO DE BOLSAS INTEGRAIS DE ESTUDOS NA FACULDADE DO VALE DO JAGUARIBE.

Avanços na transparência

Transcrição:

Página 1 CORREIOS - BRASIL Portal Vermelho Matéria da Veja desmorona: seis notas oficiais resgatam a verdade Mais uma nota desmentindo cabalmente a matéria caluniosa da revista Veja sobre o suposto tráfico de influência na Casa Civil foi emitida na tarde de hoje, segunda-feira (13), desta vez pelos Correios. Com essa, já somam seis as notas oficiais que resgatam a verdade dos fatos e desmonta, uma a uma, as ilações levantadas pela revista da editora Abril. A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) afirmou em nota oficial que suas ações estão de acordo com a legislação vigente e que os contratos em vigor com a empresa de transporte aéreo de carga MTA (Master Top Airlines Ltda). resultam de processos licitatórios regulares e transparentes que estão disponíveis para consulta na página dos Correios na internet. A empresa afirma ainda que os Correios têm contratos com mais seis empresas para o transporte aéreo de carga e que todos passaram pelos mesmos crivos das leis 8.666/93 e 10.520/02. A ECT reafirma sua determinação de manter a excelência dos serviços prestados, a transparência da sua gestão, o profissionalismo de sua diretoria e dos seus mais de 109 mil empregados, e que, a despeito de tentativas de desqualificá-la, continua merecendo o reconhecimento da população como uma das instituições mais confiáveis do Brasil, diz a nota. As informações foram dadas em resposta à reportagem da revista Veja que apontava Israel Guerra, filho da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, como mediador em contratos com a estatal. Para intermediar a operação, teria sido cobrada uma propina de 6% do empresário Fábio Baracat, ex-sócio da MTA. ANAC também repudia informações falsas da Veja Outra instituição pública que emitiu nota desmentindo a revista foi a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Ela disponibilizou cópias do processo que renovou a concessão da empresa MTA. De acordo com a assessoria de imprensa da agência, os documentos presentes no processo comprovam que não houve irregularidade na renovação da permissão da empresa. Em nota divulgada no domingo (12), a Anac afirmou que a decisão favorável à MTA em 18 de dezembro aconteceu porque a empresa apresentou a certidão que faltava para comprovar que sua situação previdenciária estava regular. A revista havia insinuado que a decisão deu-se por pressão de lobistas. Principal fonte da reportagem desmentiu a revista Ainda no sábado (11), logo que a revista chegou às bancas, o empresário Fábio Baracat, principal fonte da reportagem, divulgou uma nota desmentindo a Veja. Segundo ele, a revista mentiu aos leitores. Na versão fantasiosa da Veja, Baracat, suposto dono da empresa Via Net e sócio da MTA, queria ampliar a participação de suas companhias nos Correios e, para isso, ele teria pago a suposta propina de aproximadamente 6% sobre um contrato de R$ 84 milhões. O empresário diz na nota que foi surpreendido com a matéria: Primeiramente, gostaria de esclarecer que não sou e não fui funcionário, representante da empresa Via Net, ou a representei em qualquer assunto comercial, como foi noticiado na reportagem. Apenas conheço a empresa e pessoas ligadas a ela, assim como diversos outros empresários do setor. Ele também negou qualquer relacionamento pessoal ou comercial com a Ministra Erenice Guerra, embora tivesse tido de fato a conhecido, jamais tratei de qualquer negócio privado ou assuntos políticos com ela. Disse ainda que ao procurá-lo, a revista só perguntou sobre a relação da MTA com o Coronel Artur, atual Diretor de Operações dos Correios. E concluiu dizendo que se sentia como mais uma personagem de um joguete político-eleitoral irresponsável do qual não participo, porém que afetam famílias e negócios que geram empregos.

Página 2 Em resposta, a revista divulgou outra nota em que tenta se defender, dizendo que a reportagem não foi construída com base em declarações, mas em intensa apuração jornalística e sobre documentação, parte da qual ainda não foi publicada. Mas parece que a documentação carece de credibilidade. Empresa citada desconfia que Veja falsificou documentos A empresa Via Net, citada na reportagem da Veja como pagadora da suposta propina para viabilizar contrato com o Correio, também divulgou nota, com a qual nega a existência do contrato reproduzido pela revista. Segundo a Via Net, são completamente falsas as informações da revista sobre a relação de Fabio Baracat com a empresa. Fabio Baracat nunca foi sócio, procurador ou gestor, e tampouco pertenceu algum dia ao quadro de funcionários da empresa, fatos esses que podem facilmente ser comprovados. A Via Net Express diz na nota que não reconhece o contrato apresentado na reportagem, não assinou esse suposto contrato, não conhece a Capital Assessoria, não conhece seus sócios, nunca manteve qualquer contato e qualquer tipo de relação comercial com a mesma. Afirma também que não possui nenhum tipo de contrato de prestação de serviços com o Correio, nem compra serviços de transpostre aéreo nas aeronaves do Correio. Ou seja, não sobra quase nada de verdade na falsa reportagem da revista. Dinate do festival de calúnias levantadas pela revista, a Via Net Express diz na nota que buscará os esclarecimentos necessários, para em seguida adotar as medidas judiciais cabíveis. Erenice processa revista e quer direito de resposta Quem também já formalizou a disposição de levar a Veja às barras dos tribunais é a ministra Erenice Guerra, principal vítima das falsas denúncias levantadas pela revista. Em nota, Erenice afirmou nesta segunda-feira que contratou um escritório de advocacia para processar a revista Veja por causa das calúnias levantadas pela publicação - todas já contestadas por meio de uma outra nota à imprensa, no sábado. Assinada pela Casa Civil, a primeira nota afirma que a reportagem é caluniosa e visa apenas atingir a honra, bem como envolver familiares da ministra. Segundo Erenice, quando foi procurada pelo repórter autor das aleivosias, ela e seus familiares forneceram todas as respostas cabíveis a cada uma das interrogações feitas pela revista. De nada adiantou nosso procedimento transparente e ético, já que tais esclarecimentos foram, levianamente, desconhecidos, denuncia Erenice. Sinto-me atacada em minha honra pessoal e ultrajada pelas mentiras publicadas sem a menor base em provas ou em sustentação na verdade dos fatos, cabendo-me tomar medidas judiciais para a reparação necessária. E assim o farei. Não permitirei que a revista Veja, contumaz no enxovalho da honra alheia, o faça comigo sem que seja acionada tanto por DANOS MORAIS quanto para que me garanta o DIREITO DE RESPOSTA, diz a nota. No texto, ela lamenta que o processo eleitoral, no qual a citada revista está envolvida da forma mais virulenta e menos ética possível, propicie esse tipo de comportamento e a utilização de expediente como esse, em que se publica ataque à honra alheia travestido de material jornalístico sem que se veicule a resposta dos ofendidos. Lula: Erenice continua no cargo A nota de Erenice Guerra e os esclarecimentos que a ministra já prestou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva renovaram a confiança de Lula na ministra e o presidente já avisou que, se depender da vontade dele, Erenice fica no cargo. Os dois se encontraram domingo à noite no Palácio da Alvorada residência do presidente. A própria ministra tomou a iniciativa de solicitar a abertura de procedimento na Comissão de Ética Pública da Presidência para que o episódio seja apurado. Ela reafirmou que abre mão de seus sigilos bancário, fiscal e telefônico. No início da tarde, a comissão, que fiscaliza a conduta de servidores na administração pública federal, confirmou a abertura de um procedimento preliminar a pedido da ministra. O relator é o advogado Fábio Coutinho. Ele tem um prazo de 10 dias

Página 3 para analisar o caso e, se necessário, solicitar documentos e ouvir pessoas envolvidas, incluindo Erenice. O prazo pode ser prorrogado, mas Coutinho disse pretender finalizar o relatório antes das eleições, em 3 de outubro. Nassif revela como jornalista da Veja montou a falsa reportagem O jornalista Luis Nassif, que conhece a Veja por dentro e é autor de vários textos denunciando o jornalismo de esgoto que a revista pratica, publicou em seu blog um roteiro com o caminho percorrido pelo jornalista Diego Escosteguy --autor da matéria da Veja-- que mostra como foi possível dar ares de verdade a uma falsa reportagem. Segundo Nassif, Veja publicou a própria prova do crime de calúnia. O jogo da manipulação consiste em pegar um conjunto de informações soltas, depois compor um roteiro à vontade do freguês, uma peça de ficção mas que contenha alguns ingredientes reais, conta Nassif, e detalha: Como fez o Diego? 1. Levantou um contrato da Via Net Express com a Capital (do filho da Erenice) em que se fala em taxa de sucesso de 6%. 2. Diz que, pela Via Net, quem assina é o seu dono Fábio Baracat. Na verdade, Baracat nada tem a ver com a empresa, a não ser oferecer serviços eventuais. 3. Levanta matérias recentes da imprensa, sobre as ligações da MTA com a ANAC e os Correios. 4. Ponto: tem os contratos da MTA junto aos Correios e a comissão de 6%. Cruza uma com outra e tem-se o valor da propina. 5. Para fechar o elo, diz que Erenice indicou o tal coronel Quá-Quá para a ANAC. A prova: a assinatura dela na indicação. Não informa que todas as indicações para cargos públicos passam pela Casa Civil. 6. A partir dessa soma admirável, a revista faz toda sorte de elucubrações. Fala em financiamento do esquema, em reuniões fechadas, sem celular nem caneta e o escambau. Nassif mostra ainda que a Veja aponta como suspeito um trecho do contrato que é texto padrão de qualquer contrato de consultoria. Deveria fazer parte da formação dos chamados repórteres invesgativos conhecimento básico sobre contratos, ironiza Nassif. A revista precisava mostrar a prova do pagamento de 6% de propina. Mas esse percentual não vinha separado: estava em um parágrafo inteiro que não podia ser suprimido. Precisou, então, publicar o parágrafo inteiro para expor o número mágico dos 6%. Publicando, matou ela própria sua matéria. E aí fica-se sabendo que a taxa de sucesso nada tinha a ver com a ANAC, com contratos com os Correios, com renovação de concessão. Mas apenas no caso de obter financiamentos que, pelas declarações do Baracat, nunca foram obtidos. Portal Fator Brasil Vale a pena ver a nova campanha dos Correios A Link Comunicação & Propaganda acaba de colocar no ar a nova campanha dos Correios sobre o Vale Postal Eletrônico, a melhor forma de enviar e receber dinheiro de qualquer lugar do Brasil e do exterior. Em tom emocional, que mostra a importância do serviço para aproximar as pessoas que estão longe, a campanha inclui filme com veiculação nacional e internacional, merchandising em TV, anúncios em revistas (economia, interesse geral e de bordo), jingle nas rádios das principais capitais e banners de internet. Direção de Criação: João Bosco Franco Criação: Paulo Zarat e Silvio Rodrigues Produtora de vídeo: Quimera Filmes Produtora de áudio: Muzak Internet: Brainter Fotos: Duda Covett Mídia: Humberto Montemurro, Georgiana Xavier e Mônica Franco. Produção gráfica e eletrônica: Telma Rocha e Fernanda Damasceno Atendimento: Frederico Melo e Mila Rocha Aprovação pelo cliente: Graziela Cavaggioni, Lenize Baseggio e Laurência Mendonça.

Página 4 Blog do Noblat Contrato de R$ 19 milhões com a Infraero Antiga empresa do coronel Eduardo Artur Rodrigues Silva, a RCM Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo Ltda ganhou em agosto uma licitação da Infraero no valor R$ 19 milhões. O contrato é para cuidar de manuseio de cargas, por um ano, no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Rodrigues Silva, conhecido como coronel Artur, deixou a empresa em 2008, mas, em seu lugar, ficou sua mulher, Eugenia Maria. Em fevereiro, ela também saiu da RCM. Cinco meses depois, a empresa conseguiu o contrato. - Não temos nada a ver com isso. Fundei a RCM dez, doze anos atrás. Saí porque fui trabalhar na Varig. Ficou a minha mulher. E ela vendeu em setembro, outubro do ano passado. O registro só feito em fevereiro por causa de algum problema de documentos - disse o coronel. A mulher do diretor dos Correios transferiu 49% das ações, no valor de R$ 23,2 mil, para o antigo sócio, Sergio Antonio de Gomes Júnior. A ação foi informada ao setor de licitações da Infraero. Planalto apreensivo O presidente Lula vai segurar a ministra Erenice Guerra na Casa Civil. Só não o fará se surgir, na sua visão, um fato concreto ou se a Comissão de Ética Pública fizer restrições à conduta da ministra. O presidente quer matar o assunto logo e, se o caso for de demissão, fará isso imediatamente, mesmo às vésperas da eleição. Segundo um assessor direto de Lula, não é inteligente cozinhar crise no governo e sangrar dá prejuízo eleitoral. O PMDB do Senado foi defenestrado dos cargos que ocupava nos Correios depois que Erenice Guerra assumiu a Casa Civil. O senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) era o padrinho do ex-diretor de Operações da empresa Marco Antonio Oliveira. Ele foi substituído por Artur Rodrigues da Silva, indicado por Erenice. O mesmo aconteceu com o ex-presidente dos Correios Carlos Henrique Custódio, que era da cota do senador peemedebista Renan Calheiros (AL). Ele foi substituído por David José de Matos, também indicado por ela. As mudanças foram feitas porque o governo temia que a gestão do PMDB gerasse um escândalo. Caso Erenice: ministra controla direção dos Correios Gerson Camarotti, Martha Beck e Evandro Éboli, O Globo A forte atuação da chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, nos últimos meses, para mudar o comando dos Correios - o que ocorreu no final de julho - virou motivo de grande desconforto e preocupação no Palácio do Planalto. Já há o reconhecimento de que Erenice operou, não só para efetuar mudanças na estatal, como, na prática, passou a controlar os Correios. A empresa está subordinada ao ministro das Comunicações, José Artur Filardi. No entanto, hoje Erenice tem ascendência direta sobre os dois principais cargos da estatal: o presidente David José de Matos e o diretor de Operações, o coronel Artur Rodrigues Silva. Os dois são indicações pessoais da ministra.

Página 5 Ontem, interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentavam que, na ocasião, o núcleo do Palácio do Planalto se surpreendeu com a forma decisiva com que Erenice agiu para realizar as substituições na empresa. Com a acusação de que um filho de Erenice praticou lobby no governo em favor de uma prestadora de serviços dos Correios, novas dúvidas surgiram ontem no Planalto - incluindo a razão que a ministra teve para agilizar as mudanças na estatal. A decisão de mudar a diretoria do órgão foi tomada na última semana de julho pelo presidente Lula, com o objetivo de estancar uma crise de gerenciamento na empresa. Na ocasião, Lula seguiu a recomendação de Erenice. Ela apresentou um diagnóstico da crise de gestão dos Correios, que já resultava em atraso na entrega de correspondências. Um dos principais pontos do relatório apontava atraso na licitação de cerca de 1.400 franquias, cujos contratos vencem em novembro. Havia risco de um apagão postal, alegava-se na época. Estadão SP Empresa nega prestar serviços aos Correios A Via Net Express negou ter contratos de prestação de serviços com os Correios ou utilizar as aeronaves da estatal para realização de serviços de transporte aéreo. Em nota oficial, a empresa afirma ainda desconhecer a Capital Assessoria, empresa que tem como sócio Israel Guerra, filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. Reportagem da revista Veja deste domingo exibiu suposto contrato firmado entre a Via Net Express e a Capital. Apontou ainda que as negociações entre as duas empresas foi intermediada pelo empresário Fabio Baracat. A Via Net não conhece o contrato apresentado na reportagem, não assinou esse contrato, não conhece a Capital Assessoria, não conhece seus sócios, nunca manteve qualquer tipo de relação comercial com a mesma, afirma a nota, assinada pelo advogado Marcos Paulo Baronti de Souza. Sobre Baracat, o texto diz: o Sr. Fabio Baracat nunca foi sócio, procurador ou gestor (da Via Net Express) e tampouco pertenceu algum dia ao quadro de funcionários da empresa, fatos esses que podem facilmente ser comprovados. A nota informa que a Via Net Express utiliza ofertas das companhias disponíveis no mercado para o transporte de mercadorias de seus clientes. A Via Net, diante de todos esses fatos e principalmente das publicações envolvendo o seu nome, buscará os esclarecimentos necessários para, em seguida, tomar as medidas judiciais cabíveis. Procurado, Baracat não retornou as ligações. ECT defende legalidade de contrato citado em denúncia A Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) divulgou nota de esclarecimento em relação à reportagem veiculada pela revista Veja no último final de semana - e por outros veículos de comunicação hoje - sobre um suposto esquema de tráfico de influência envolvendo a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, e seu filho, Israel Guerra. A estatal informou que os contratos com a Master Top Airlines, citada no suposto esquema, resultam de processos licitatórios regulares e transparentes. No comunicado, a ECT ainda afirma que o valor desses contratos soma R$ 59.884.179, e não R$ 84 milhões, como publicado na reportagem. De acordo com a nota, os contratos em questão estão disponíveis para consulta na página dos Correios na internet (www.correios.com.br). A transparência dos Correios e a busca contínua pela melhoria dos serviços fazem com que a ECT seja hoje a maior empresa de logística da América do Sul, com a distribuição diária de 34 milhões de objetos em todo o Brasil.

Página 6 Portal Gazeta Web Semas e Correios trabalham parceria no programa Bolsa Família O trabalho conjunto facilitará a localização de famílias que estão cadastradas e ainda não foram buscar seu cartão de benefício na agência bancária O secretário municipal de Assistência Social, Francisco Araújo, reuniu-se, nesta segunda-feira (13), com o diretor regional da Empresa Brasileira de Correios (ECT), Carlos Alberto Medeiros, para discutirem propostas de parcerias, no programa Bolsa Família, com objetivo de melhorar a qualidade dos dados na base de cadastro do Cadastro Único (CadÚnico), através do Código de Endereçamento Postal (CEP). A parceria pode facilitar a localização de famílias que estão cadastradas no programa, e que ainda não foram buscar seu cartão de benefício na agência bancária. Segundo Araújo, o trabalho conjunto entre os órgãos é de grande importância para a gestão do Bolsa Família em Maceió. A Semas irá realizar um seminário com todos os parceiros envolvidos na execução do programa no município, secretarias municipais de Saúde (SMS) e de Educação (Semed), Caixa Econômica Federal, e os Correios, visando, assim, atingir as metas exigidas pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). O diretor dos Correios, Carlos Alberto, afirmou já é prática da empresa se envolver em campanhas sociais, como no combate às drogas e à violência infantil. Sistematizar o cadastro através do CEP irá também facilitar o serviço dos Correios, que é o responsável pela entrega dos cartões aos beneficiários do Bolsa Família, disse. Participaram, também, da reunião, a coordenadora geral do programa Bolsa Família, Taciana Veloso, e o coordenador geral do CadÚnico, Rubem Marinho. Portal Terra Para Correios, contrato com empresa aérea cumpre as leis A assessoria de imprensa dos Correios divulgou nota nesta segunda-feira (13) negando irregularidades em seus contratos. A nota diz que as contratações feitas pelos Correios cumprem as leis e que a empresa reafirma sua determinação de manter a excelência dos serviços prestados, a transparência de sua gestão e o profissionalismo de sua diretoria. Os Correios foram mencionados em reportagem da revista Veja que denuncia a suposta atuação de Israel Guerra como lobista em Brasília. Israel é filho de Erenice Guerra, sucessora de Dilma Rousseff no comando da Casa Civil. Ele teria atuado para viabilizar negócios nos Correios intermediados por sua empresa de consultoria. A reportagem traz declarações de Fábio Baracat, empresário do setor de transportes que, no ano passado, queria ampliar a participação de suas empresas nos serviços dos Correios. A matéria diz ainda que Erenice teria se encontrado com o empresário. Para os Correios, as denúncias são uma tentativa de desqualificar a empresa. Todas as contratações feitas pela ECT cumprem as leis 8.666/93 e 10.520/02 (Pregão Eletrônico); todos os contratos em vigor com a empresa de transporte aéreo de carga Master Top Airlines Ltda resultam de processos licitatórios regulares e transparentes que estão disponíveis para consulta na página dos Correios na internet, diz a nota. O texto corrige ainda um dado divulgado pela publicação. Diz que os contratos totalizam R$ 59,8 milhões e não R$ 84 milhões, conforme publicado. A ECT reafirma sua determinação de manter a excelência dos serviços prestados, a transparência da sua gestão, o profissionalismo de sua diretoria e dos seus mais de 109 mil empregados, e que, a despeito de tentativas de desqualificá-la, continua merecendo o reconhecimento da população como uma das instituições mais confiáveis do Brasil.

Página 7 Zero Hora Em nota, Correios dizem que contrato com empresa aérea é legal Segundo a estatal, contrato com a MTA soma R$ 59,8 milhões e se originou de processos licitatórios regulares e transparentes A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos confirmou nesta segunda-feira que mantém contratos com a empresa de transporte aéreo de carga Master Top Airlines (MTA). Em reportagem da revista Veja do fim de semana, a MTA teria fechado negócio com a estatal por intermédio de Israel Guerra, filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra. Entenda como teria ocorrido o suposto esquema na Casa Civil Em nota, os Correios afirmam que os contratos em vigor com a MTA resultam de processos licitatórios regulares e transparentes. Segundo a Veja, um contrato em condições privilegiadas da empresa de transporte aéreo com os Correios foi obtido com a ajuda de Israel Guerra por de R$ 84 milhões. Na nota, os Correios informamque os contratos com a empresa aérea totalizam R$ 59,8 milhões. Além disso, a empresa afirma que possui contratos com mais seis empresas para o transporte aéreo de carga e todos passaram pelas regras de licitação ou pregão eletrônico. Confira a nota na íntegra: Com relação às informações veiculadas pela imprensa, os Correios esclarecem que: - todas as contratações feitas pela ECT cumprem as leis 8.666/93 e 10.520/02 (Pregão Eletrônico); - todos os contratos em vigor com a empresa de transporte aéreo de carga Master Top Airlines Ltda. resultam de processos licitatórios regulares e transparentes que estão disponíveis para consulta na página dos Correios na internet (www.correios. com.br); - tais contratos totalizam R$ 59.884.179,00 e não R$ 84 milhões, conforme publicado. Além da Master Top Airlines Ltda., a ECT possui contratos com mais seis empresas para o transporte aéreo de carga e todos passaram pelos mesmos crivos das leis 8.666/93 e 10.520/02 (Pregão Eletrônico); A transparência dos Correios e a busca contínua pela melhoria dos serviços fazem com que a ECT seja hoje a maior empresa de logística da América do Sul, com a distribuição diária de 34 milhões de objetos em todo o Brasil. A ECT reafirma sua determinação de manter a excelência dos serviços prestados, a transparência da sua gestão, o profissionalismo de sua diretoria e dos seus mais de 109 mil empregados, e que, a despeito de tentativas de desqualificá-la, continua merecendo o reconhecimento da população como uma das instituições mais confiáveis do Brasil. Gazeta de Ribeirão Preto OUTRA GREVE Quem pode entrar em greve amanhã são os funcionários dos Correios. Ele fazem assembleia hoje à noite para decidir se paralisam ou não as atividades. O movimento é um protesto contra o fechamento das agências franqueadas, previsto para novembro, sem a abertura de agências próprias. Os funcionários também questionam a suspensão de férias que estão em andamento pela Empresa de Correios e Telégrafos. Os descansos só serão autorizados a partir de março de 2011.

Página 8 Blog do Cláudio Humberto Briga fez empresário delatar Erenice A briga pelo controle da empresa de cargas Master Top Airlines (MTA) pode explicar por que Fabio Baracat decidiu revelar o envolvimento da ministra Erenice Guerra (Casa Civil) e do filho dela, Israel, no negócio de R$ 59,8 milhões da empresa com os Correios. Fortalecido com o êxito do contrato que negociou, Baracat adquiriu dois aviões no exterior para reforçar a frota de DC-10 da MTA, a fim de atender os Correios. Afastamento Baracat foi afastado pelo sócio Alfonso Reis, argentino que controla a MTA através da americana Centurion, o que é vedado na lei brasileira. Reintegração Desde que foi afastado da MTA, Fabio Baracat iniciou uma luta judicial para ser reintegrado à empresa e receber indenização por dano moral. Coisa de amigo Alfonso Reis mora nos EUA. Esteve em Brasília para a posse do amigo Arthur Rodrigues Silva na diretoria de Operações dos Correios. Relações estreitas O coronel-aviador Arthur Rodrigues trabalhava para a MTA até ser confirmado por Erenice Guerra no cargo diretor de Operações da ECT. Denúncia de Baracat foi gravada As revelações do empresário Fabio Baracat sobre como conseguiu fechar um contrato de R$ 59,8 milhões, com a ajuda da ministra Erenice Guerra e do filho dela, foram prestadas gravadas ao repórter Diego Escosteguy, de Veja, na quintafeira (9) pela manhã. Baracat falou à revista em São Paulo, nas imediações do aeroporto de Congonhas. No mesmo dia da entrevista, ele embarcou para a Europa. Contrato-filé Fabio Baracat foi afastado da MTA após obter o contrato de carga de Brasília para Salvador e Recife, e de Viracopos (SP) para Manaus.

Página 9 Portal SRDZ Correios confirmam contrato com empresa em que filho de ministra é acusado de facilitação Os Correios divulgaram nota nesta segunda-feira confirmando que mantêm contratos com a empresa de transporte aéreo de carga Master Top Airlines (MTA), e que eles resultam de processos licitatórios regulares e transparentes. Segundo reportagem da revista Veja, Israel Guerra, filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, teria ajudado o negócio entre a MTA e a estatal por R$ 84 milhões em troca de 6% de propina. Os Correios também informaram que as outras seis empresas de transporte aéreo de carga que possuem contratos passaram pelas regras de licitação ou pregão eletrônico. Assessor pediu exoneração O assessor da Secretaria-Executiva da Casa Civil, Vinícius de Oliveira Castro, pediu exoneração nesta segunda-feira, mesmo declarando que repudia todas as acusações de um suposto esquema que teria cobrado propina de 6% para o fechamento de contratos com o governo. Vinicius teria participado das negociações, em que o empresário Fábio Baracat também estaria em reuniões com a ministrachefe da Casa Civil, Erenice Guerra, intermediadas por Israel Guerra, dono da consultoria Capital e filho da ministra. Erenice Guerra fez o pedido nesta segunda-feira à Comissão de Ética Pública da Presidência da República. Ela afirmou que está a disposição para abrir os seus sigilos bancário, telefônico e fiscal, assim como os de seu filho, Israel Guerra, também citado na reportagem. Portal Abril.com Em nota, Correios diz que contratos com companhia aérea são legais A MTA é citada em reportagens que acusam o filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, de ter intermediado um contrato com os Correios e recebido propina para isso A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) divulgou nesta segunda-feira (13) nota à imprensa na qual esclarece que os contratos firmados com a companhia aérea Master Top Airlines (MTA) passaram pelas exigências legais e foram feitos por pregão eletrônico. A companhia é citada em reportagens da imprensa que acusam o filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, de ter intermediado um contrato de R$ 84 milhões com a ECT e recebido propina para isso. Na nota, os Correios negam que o contrato com a Master Top seja desse valor o número correto seria R$ 59,8 milhões e afirmam que a licitação está disponível na página dos Correios para consulta. Além da Master Top Airlines LTDA, a ECT possui contrato com mais seis empresas para o transporte aéreo de cargas e todas passaram pelos mesmos crivos da lei 8.666/93 e 10.520/02 (Pregão Eletrônico), diz a nota. Portal R7 Correios negam irregularidades em contratos com empresa aérea Revista diz que filho de ministra fez lobby entre para aérea e Correios A ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos) divulgou uma nota nesta segunda-feira (13) negando irregularidades em contrato firmado com a empresa aérea MTA (Master Top Airlines). Segundo reportagem publicada pela revista Veja

Página 10 nesta semana, Israel Guerra, filho da ministra Erenice Guerra (Casa Civil), teria feito lobby para a empresa conseguir fechar contrato com os Correios informação negada pela ministra. - Todas as contratações feitas pela ECT cumprem as leis [...]. Todos os contratos em vigor com a empresa de transporte aéreo de carga Master Top Airlines Ltda. resultam de processos licitatórios regulares e transparentes. [...] Tais contratos totalizam R$ 59.884.179,00 e não R$ 84 milhões, conforme publicado. Os Correios afirmam ainda que possuem contratos com outras seis empresas de transporte aéreo de carga, além da MTA, sendo que todos passaram pelos mesmos crivos das leis. Segundo a publicação, o filho de Erenice teria recebido cerca de R$ 5 milhões. Na ocasião, a Casa Civil era chefiada pela candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, e Erenice ocupava o posto de secretária executiva, atuando como principal auxiliar de Dilma. Hoje, a ministra anunciou que irá processar a Veja e pediu à Comissão de Ética Pública da Presidência da República a imediata abertura de investigação sobre a sua conduta em relação às notícias publicadas. Em nota, a ministra se referiu à reportagem como caluniosa e diz que colocará à disposição seus sigilos fiscal, bancário e telefônico. As suspeitas, porém, fizeram com que o assessor da Secretaria-Executiva da Casa Civil, Vinícius de Oliveira Castro, pedisse para deixar o cargo, também nesta segunda-feira. Ele foi citado pela reportagem como participante de um suposto esquema para beneficiar empresas com contratos no governo. O servidor declara que repudia todas as acusações. A ECT conclui a nota afirmando que a despeito de tentativas de desqualificá-la, continua merecendo o reconhecimento da população como uma das instituições mais confiáveis do Brasil. Em debate neste domingo (12), Dilma afirmou que as denúncias são manobra eleitoreira, e disse que não pode ser julgada pelas atitudes de um filho de uma ex-assessora. - No caso da Erenice foi feita uma acusação, ela foi desmentida, o que se tem hoje é absolutamente nada. Não concordo, não vou aceitar que se julgue minha pessoa baseado no que aconteceu com o filho de uma ex-assessora. Isso cheira a manobra eleitoreira sistematicamente feita contra mim e a minha campanha. Portal G1 Empresa nega participação em suposto esquema na Casa Civil Em nota, Via Net nega contrato com consultoria de filho de ministra. Empresa negou empregar suposto lobista, mas não esclareceu relação. A empresa Via Net Express, apontada pela revista Veja desta semana como envolvida em suposto caso de tráfico de influência dentro da Casa Civil do governo federal, negou participação em possíveis irregularidades relatadas pela publicação. A empresa negou que o empresário Fábio Baracat seja funcionário da empresa e também a intermediação de contrato entre uma prestadora de serviços aos Correios e uma consultoria ligada a parentes da ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra. A reportagem de Veja descreve suposto esquema na Casa Civil envolvendo Israel Guerra, filho da ministra Erenice Guerra, para beneficiar empresas com contratos no governo. Segundo a Veja, o empresário Baracat é dono da Via Net, empresa que intermediou, de acordo com a revista, acordo entre a MTA, firma de transporte aéreo que presta serviços aos Correios, e a Capital, consultoria que seria do filho da ministra. O próprio Baracat já havia negado relação com a Via Net. A consultoria teria ajudado na renovação, na Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), de uma licença da MTA necessária para manutenção do contrato com os Correios.

Página 11 Em nota, a Via Net afirma que Fabio Baracat nunca foi sócio, procurador ou gestor e tampouco pertenceu algum dia ao quadro de funcionários da empresa. A Via Net, contudo, não esclareceu se Baracat já prestou serviços para a empresa. O advogado da Via Net, Marcos Paulo Baronti de Souza, disse ao G1 que a empresa está levantando mais dados sobre o assunto e fará novo comunicado nos próximos dias. Em nota, a Via Net nega ter contratos com os Correios e com a Capital. O advogado Souza disse ainda que a Via Net não também manteve contrato com a MTA. Confira abaixo a íntegra da nota divulgada pela Via Net: VIA NET EXPRESS TRANSPORTES LTDA, empresa de direito privado no CNPJ 02.701.816/0001-78, por seu advogado abaixo subscrito, vem esclarecer o que segue: Em reportagem veiculada pela Revista Veja e demais meios de comunicacão, a empresa Via Net Express Transportes Ltda, é citada em reportagens que circularam nesse final de semana. Cumpre esclarecer que o Sr. Fabio Baracat, nunca foi sócio, procurador ou gestor, e tampouco pertenceu algum dia ao quadro de funcionários da empresa, fatos esses que podem facilmente serem comprovados. A Via Net Express não conhece o contrato apresentado na reportagem, não assinou esse suposto contrato, não conhece a Capital Assessoria, não conhece seus sócios, nunca manteve qualquer contato e qualquer tipo de relação comercial com a mesma. Por fim cumpre informar que a Via Net Express não possui nenhum tipo de contrato de prestação de serviços com o Correio, nem compra serviços de transporte aéreo nas aeronaves do Correio. Para os transportes das mercadorias dos clientes da Via Net Express, esta utiliza as ofertas das Cias Aéreas disponíveis no mercado. A Via Net Express, diante de todos esses fatos e principalmente das publicações envolvendo o seu nome, buscará os esclarecimentos necessários, para em seguida adotar as medidas judiciais cabíveis. Via Net Express Transportes Ltda Portal Infonet Transporte de urnas será feito pelos Correios O contrato foi firmado entre o Tribunal Regional Eleitoral e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos para levar e trazer as urnas das sessões da capital e interior O transporte das urnas eletrônicas das eleições gerais de 2010 ficará sob a responsabilidade da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos ECT de Sergipe, que, na tarde de sexta-feira, 10, através do seu diretor regional, José Fernandes Jasmim Reis, firmou contrato com o Tribunal Regional Eleitoral de Sergipe, representado pelo Presidente, Des. Luiz Antônio Araújo Mendonça. Os Correios se comprometeram a fazer toda a distribuição das urnas eletrônicas para as eleições tanto da Capital, quanto do interior, distribuindo na data aprazada, bem como recolhendo-as após os pleitos, seja no primeiro turno, seja no segundo, caso ocorra. O pacto de parceria, além da presença dos respectivos representantes dos órgãos contratantes, foi testemunhado, ainda, pela gerente de vendas dos Correios, Sônia Maria da Silva, a diretora geral do TRE-SE, Geralda Cristina, a secretária de administração e orçamento, Vânia Rolemberg e o coordenador de serviços gerais, Arquibaldo dos Santos, como também

Página 12 integrantes da Assessoria de Comunicação dos Correios. O Globo Planalto apreensivo (Panorama Político) O presidente Lula vai segurar a ministra Erenice Guerra na Casa Civil. Só não o fará se surgir, na sua visão, um fato concreto ou se a Comissão de Ética Pública fizer restrições à conduta da ministra. O presidente quer matar o assunto logo e, se o caso for de demissão, fará isso imediatamente, mesmo às vésperas da eleição. Segundo um assessor direto de Lula, não é inteligente cozinhar crise no governo e sangrar dá prejuízo eleitoral. Erenice, a síndica dos CORREIOS O PMDB do Senado foi defenestrado dos cargos que ocupava nos CORREIOS depois que Erenice Guerra assumiu a Casa Civil. O senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) era o padrinho do ex-diretor de Operações da empresa Marco Antonio Oliveira. Ele foi substituído por Artur Rodrigues da Silva, indicado por Erenice. O mesmo aconteceu com o ex-presidente dos CORREIOS Carlos Henrique Custódio, que era da cota do senador peemedebista Renan Calheiros (AL). Ele foi substituído por David José de Matos, também indicado por ela. As mudanças foram feitas porque o governo temia que a gestão do PMDB gerasse um escândalo. Após as eleições virá o estouro da boiada. Vai ser uma correria como nunca se viu antes. Vai ter muito político dilmista desde criancinha - Roberto Jefferson, presidente do PTB, prevendo troca-troca partidário CABO ELEITORAL. Em vez de estampar a foto do candidato a presidente de seu partido, José Serra, o candidato a deputado distrital Guto Felício dos Santos (PSDB), de Brasília, colocou em sua propaganda eleitoral a foto do ex-governador de Minas Aécio Neves, que disputa o Senado por aquele estado. Eu e Aécio temos a certeza de que é possível representar com dignidade o seu voto, diz o texto do candidato ao pedir voto. Ex-empresa de diretor dos Correios ganha licitação Contrato de R$ 19 milhões com a Infraero SÃO PAULO. Antiga empresa do coronel Eduardo Artur Rodrigues Silva, a RCM Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo Ltda ganhou em agosto uma licitação da Infraero no valor R$ 19 milhões. O contrato é para cuidar de manuseio de cargas, por um ano, no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Rodrigues Silva, conhecido como coronel Artur, deixou a empresa em 2008, mas, em seu lugar, ficou sua mulher, Eugenia Maria. Em fevereiro, ela também saiu da RCM. Cinco meses depois, a empresa conseguiu o contrato. - Não temos nada a ver com isso. Fundei a RCM dez, doze anos atrás. Saí porque fui trabalhar na Varig. Ficou a minha mulher. E ela vendeu em setembro, outubro do ano passado. O registro só feito em fevereiro por causa de algum problema de documentos - disse o coronel. A mulher do diretor dos CORREIOS transferiu 49% das ações, no valor de R$ 23,2 mil, para o antigo sócio, Sergio Antonio de Gomes Júnior. A operação foi informada ao setor de licitações da Infraero. Segundo nota publicada em 31 de agosto pela colunista Sonia Racy, de O Estado de S. Paulo, a empresa de consultoria Aero Martel foi a responsável pela vitória da RCM. A Martel era dirigida pelo coronel Artur, que deixou o comando para a filha, Tatiana Rego e Silva. Ele deixou a Martel porque foi para a diretoria dos CORREIOS. O coronel negou que tenha usado de influência para a vitória do antigo sócio: - Estou no governo há 45 dias. Além disso, como pode ter favorecimento em pregão eletrônico? Apesar de ganhar licitação de R$ 19 milhões, o patrimônio que a RCM declarou à Junta Comercial de São Paulo é modesto: R$ 47,7 mil. O diretor dos CORREIOS negou que tenha ligação com a Master Top Linhas Aéreas (MTA), empresa constituída há dois anos e vencedora de licitação nos CORREIOS. Mas admitiu que a empresa teve ajuda da Martel em sua criação. A MTA é de propriedade dos ex-sogros de Tatiana.

Página 13 Erenice controla direção dos Correios Ministra pressionou para que comando da estatal fosse trocado e indicou o presidente e o diretor de Operações BRASÍLIA. A forte atuação da chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, nos últimos meses, para mudar o comando dos COR- REIOS - o que ocorreu no final de julho - virou motivo de grande desconforto e preocupação no Palácio do Planalto. Já há o reconhecimento de que Erenice operou, não só para efetuar mudanças na estatal, como, na prática, passou a controlar os CORREIOS. A empresa está subordinada ao ministro das Comunicações, José Artur Filardi. No entanto, hoje Erenice tem ascendência direta sobre os dois principais cargos da estatal: o presidente David José de Matos e o diretor de Operações, o coronel Artur Rodrigues Silva. Os dois são indicações pessoais da ministra. Ontem, interlocutores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva comentavam que, na ocasião, o núcleo do Palácio do Planalto se surpreendeu com a forma decisiva com que Erenice agiu para realizar as substituições na empresa. Lula aceitou recomendações filho de Erenice praticou lobby no governo em favor de uma prestadora de serviços dos CORREIOS, novas dúvidas surgiram ontem no Planalto - incluindo a razão que a ministra teve para agilizar as mudanças na estatal. A decisão de mudar a diretoria do órgão foi tomada na última semana de julho pelo presidente Lula, com o objetivo de estancar uma crise de gerenciamento na empresa. Na ocasião, Lula seguiu a recomendação de Erenice. Ela apresentou um diagnóstico da crise de gestão dos CORREIOS, que já resultava em atraso na entrega de correspondências. Um dos principais pontos do relatório apontava atraso na licitação de cerca de 1.400 franquias, cujos contratos vencem em novembro. Havia risco de um apagão postal, alegavase na época. Nos bastidores, os antigos diretores dos CORREIOS atribuíram à própria Erenice uma forte resistência para solucionar o impasse da licitação das franquias. Havia, segundo essa versão, o interesse dela e de um outro grupo do PMDB de trocar o comando da estatal - até então sob o domínio dos mineiros. Matos é ligado ao PMDB do Distrito Federal. Ontem, assessores do próprio Planalto reconheceram que David Matos foi uma indicação pessoal de Erenice. O presidente dos CORREIOS trabalhou na Eletronorte e, na condição de chefe de departamento da empresa, conheceu a atual ministra da Casa Civil. Resistência contra mudanças Para emplacar Matos, Erenice enfrentou até o ex-ministro das Comunicações e senador Hélio Costa (PMDB-MG) - candidato aliado ao governo de Minas Gerais. Matos é próximo do deputado federal Tadeu Filippeli (PMDB-DF), de quem já foi adjunto na gestão do ex-governador Joaquim Roriz (PSC-DF). Em setores do PT, era lembrado ontem que a ministra Erenice, que fez carreira em Brasília, desenvolveu fortes relações políticas com novos aliados no Distrito Federal, inclusive o senador Gim Argello (PTB-DF), além de Filippeli. Os CORREIOS informaram ontem que todos os contratos firmados com prestadores de serviços, inclusive a empresa de transporte aéreo de carga Master Top Airlines (MTA), resultam de processos de licitação transparentes e regulares. Segundo reportagem publicada pela revista Veja, Israel Guerra, filho de Erenice, teria intermediado um contrato da MTA com a estatal. Contratos de R$ 59 milhões Por meio de nota à imprensa, os CORREIOS afirmaram que têm com a MTA um total de R$ 59,88 milhões em contratos.

Página 14 De acordo com o documento, outras seis empresas de transporte de carga prestam serviços à estatal. A transparência dos CORREIOS e a busca contínua pela melhoria dos serviços fazem com que a ECT seja hoje a maior empresa de logística da América do Sul, com a distribuição diária de 34 milhões de objetos em todo o Brasil, diz a nota. Em entrevista ao GLOBO, o presidente dos CORREIOS, David José de Matos, informou que um dos contratos da MTA com a estatal - no valor de R$ 19,6 milhões - foi feito de forma emergencial para evitar problemas na linha BrasíliaGuarulhos (SP)-Manaus. Os outros três contratos da MTA foram feitos por meio de pregão eletrônico. Matos explicou que a TAF, que operava a linha entre Brasília e Manaus, apresentou problemas que levaram os CORREIOS a rescindir o contrato, em no início de 2010. Segundo Matos, para tentar solucionar o problema rapidamente, a ECT fez uma cotação entre empresas para operar a linha. A MTA, então, venceu a disputa, mas como seu preço era 60% acima do valor de referência pedido pela estatal, a operação foi cancelada. Os CORREIOS, então, fizeram nova busca por empresas para fazer um contrato emergencial. Mas o formato foi diferente. A empresa não mais iria operar uma linha, mas cederia espaço em aeronaves para transportar a carga dos CORREIOS. Contrato acaba em novembro Segundo Matos, só a MTA se candidatou e fechou contrato para prestar o serviço por 180 dias. Esse contrato acaba em novembro deste ano e serve para manter o ser viço de transporte em funcionamento, até a realização de nova concorrência. Esse é o contrato no centro da polêmica, no qual teria havido a intermediação de Israel para privilegiar a MTA. Matos afirmou que jamais recebeu Israel na empresa e que o conhece desde criança, por ser amigo há mais de trinta anos de Erenice. - Não vejo Israel há séculos - disse Matos. Para substituir o contrato temporário, os CORREIOS fizeram nova licitação. A concorrência foi feita em julho e vencida pela empresa Rio, que já deveria estar em operação. Mas a MTA obteve na Justiça uma liminar para exigir que os CORREIOS cumpram o contrato até o fim. - O pregão que a Rio ganhou era para substituir o precário emergencial com a MTA. Fizemos o edital para substituir o contrato antes de novembro. Nós só não fizemos porque a MTA entrou na Justiça. Se tivéssemos aqui para ajudar a MTA não teríamos feito nada disso - disse Matos. A MTA ocupa hoje o terceiro lugar entre as empresas de transporte de carga que prestam ser viços aos CORREIOS. A primeira é a Rio e a segunda, a Total. Sou amigo há 30 anos, fui chefe dela Indicado por Erenice, presidente dos CORREIOS nega qualquer irregularidade ENTREVISTA David José Matos Há 40 dias no cargo, e escolhido pelas relações pessoais e de trabalho com a ministra Erenice Guerra, o presidente dos CORREIOS, David José de Matos, conversa diariamente com ela. São amigos há 30 anos. Matos negou favorecimento à MTA, que presta serviços à estatal e teria contratado um dos filhos da ministra, Israel Guerra. O presidente dos CORREIOS afirmou que nunca tratou do assunto com Erenice, e atribuiu o noticiário sobre o caso a um complô eleitoral. O GLOBO: Qual é a relação da empresa Capital Assessoria com os CORREIOS?

Página 15 DAVID JOSÉ DE MATOS: A Capital para nós não existe. Desconhecemos. Não tem nada a ver com os CORREIOS. Em momento algum. Qual relação do senhor com a ministra Erenice Guerra? MATOS: Sou amigo dela há 30 anos. Fui chefe dela na Eletronorte. Essas questões que aconteceram recentemente com os CORREIOS desgastaram a diretoria que estava aí. Chegou num momento que foi preciso uma intervenção. E eu, que não tinha nada com isso, estava no meu canto, na Novacap, o melhor cargo do Brasil. Aí, a Erenice me chamou, e disse que precisava de mim. E ainda brincou: preciso de você numa empresinha. O presidente (Lula) pediu que eu fizesse. E, de início, nem falou que empresa era. Era os CORREIOS. Só se chama para trabalhar com você pessoas que conhece. Não vai chamar quem nunca viu na vida. Sou um gestor com mais de 35 anos de experiência. E um dos filhos dela, Israel Guerra, o senhor o conhecia? MATOS: Há trinta anos, quando tinha dois ou três anos. O que acha dessa história? MATOS: O que teremos em 3 de outubro? O senhor acha que há componente eleitoral? MATOS: Você acha que não?! O senhor já o viu aqui ou o recebeu? MATOS: Nunca. E Vinícius Castro (sócio de outro filho de Erenice na Capital). MATOS: Estou aqui há 40 dias e nem o conheço. Tem falado com Erenice? MATOS: De sexta (quando estourou o episódio) para cá, não. Mas nos falamos todo dia, sobre os franqueados (concessão de franquias de lojas dos CORREIOS). Fiz várias reuniões com ela. Nunca trataram de MTA? MATOS: Esse assunto surgiu de quinze dias para cá. Já soltamos nota desmentindo. Nunca tocamos nesse assunto. O assunto franqueado tomava 90% do meu tempo. E, na sexta, estourou essa bomba. Estamos bastante tranquilos. O senhor tem alguma ligação político-partidária? MATOS: Com o PMDB. Há anos. Como o senhor analisa o papel do diretor Eduardo Artur (coronel Artur) no episódio. Ele trabalhou na Martel, empresa que prestava assessoria à MTA. MATOS: O Artur, como o chamamos aqui, sempre militou nesse meio. Essa deve ter sido uma das razões de ter sido escolhido para vir para cá. É um especialista. Em 23 de julho, ele mandou uma carta para a diretoria da Anac e dizia que havia deixado a diretoria de todas as empresas. Ele saiu da Martel em 2008, quando foi para a Variglog. E ainda pediu para o site da Anac excluir seu nome, que ainda constava como sócio. E não há relação alguma da Martel com MTA aqui dentro. E relação da Martel com os CORREIOS não existe. E como se deu a contratação da MTA? MATOS: Cancelamos um contrato, com a TAF, e precisávamos de um contrato de emergência, com rito mais rápido, você

Página 16 come alguns passos. A MTA (que disputou sozinha) ganhou, só que com preço superior a 60% do valor de referência. Se quiséssemos fazer alguma mutreta diria que, já que deu 60% acima, estou precisando e tal... (contrato de R$ 19,6 milhões). Mas não. Cancelamos esse contrato. Fizemos novo pregão. A MTA ganhou novamente, mas não apresentou documentação. Foi desclassificada. Ganhou a Rio (contrato de R$ 44,6 milhões). Mas a MTA obteve liminar e manteve contrato anterior. O pregão que a Rio ganhou era para substituir o emergencial, que era precário. Estamos brigando na Justiça. A revista Veja afirma que a concessão da MTA na Anac foi renovada em situação suspeita. MATOS: A reportagem da Veja diz que a renovação foi prorrogada rapidamente pela presidência da Anac para favorecer a MTA em licitação do governo. A licitação dos CORREIOS só ocorreu em fevereiro, dois meses depois. Não tinha razão para alguém fazer lobby para a Anac. Jornal Alô Brasília ECT defende legalidade de contrato citado em denúncia A Empresa de CORREIOS e Telégrafos (ECT) divulgou nota de esclarecimento em relação à reportagem veiculada pela revista Veja no último final de semana - e por outros veículos de comunicação hoje - sobre um suposto esquema de tráfico de influência envolvendo a ministra-chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, e seu filho, Israel Guerra. A estatal informou que os contratos com a Master Top Airlines, citada no suposto esquema, resultam de processos licitatórios regulares e transparentes. No comunicado, a ECT ainda afirma que o valor desses contratos soma R$ 59.884.179, e não R$ 84 milhões, como publicado na reportagem. De acordo com a nota, os contratos em questão estão disponíveis para consulta na página dos COR- REIOS na internet (www.correios.com.br). A transparência dos CORREIOS e a busca contínua pela melhoria dos serviços fazem com que a ECT seja hoje a maior empresa de logística da América do Sul, com a distribuição diária de 34 milhões de objetos em todo o Brasil. Jornal Tribuna do Brasil DF Contratos firmados com empresa aérea são legais A Empresa Brasileira de CORREIOS e Telégrafos (ECT) divulgou ontem nota à imprensa na qual esclarece que os contratos firmados com a companhia aérea Master Top Airlines passaram pelas exigências legais e foram feitos por pregão eletrônico. A companhia é citada em reportagens que acusam o filho da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, de ter intermediado um contrato de R$ 84 milhões com a ECT e recebido propina para isso. Na nota, os CORREIOS negam que o contrato com a Master Top seja desse valor - o número correto seria R$ 59,8 milhões - e afirmam que a licitação está disponível na página dos CORREIOS para consulta. Além da Master Top Airlines LTDA, a ECT possui contrato com mais seis empresas para o transporte aéreo de cargas e todas passaram pelos mesmos crivos da lei 8.666/93 e 10.520/02 [Pregão Eletrônico], diz a nota. Ministro confirma lobby O ministro das Comunicações, José Artur Filardi, afirmou que as denúncias sobre a existência de lobby no governo ultrapassam a competência dos CORREIOS e da própria pasta, à qual a estatal está vinculada. Por isso, do ponto de vista administrativo, não vê necessidade de substituir o diretor de Operações da empresa, coronel Eduardo Artur Rodrigues Silva, que confirmou a ligação de Israel Guerra com a intermediação de interesses de empresas privadas no governo. O que está

Página 17 sendo levantado é outra coisa: a existência de lobby dentro do governo, de relações pessoais. Não atinge os CORREIOS e nem o Ministério. CORREIOS - FRANQUEADAS Estadão - SP Justiça manda Correios republicarem editais BRASÍLIA - O imbróglio das licitações das franquias dos Correios pode estar perto do fim. A Justiça atendeu ao pleito do maior franqueado de São Paulo e concedeu liminar que obriga a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) a republicar o edital com a ampliação do portfólio de serviços que poderão ser prestados pelas lojas terceirizadas a partir de 11 de novembro, depois da assinatura dos contratos de licitação. A decisão é do juiz da 3ª Vara da Justiça Federal de São Paulo, Pablo Zuniga Dourado, que determinou que a estatal se abstenha de praticar os atos de entrega do objeto e finalização do contrato até que a decisão seja cumprida. Os Correios já recorreram da decisão. A validade da liminar se limita à licitação de uma franquia de São Paulo, que ingressou com mandado de segurança individual, mas a Associação Brasileira de Franquias Postais (Abrapost) entrou na sexta-feira com outro mandado de segurança, requerendo a extensão da decisão para todo o País. A Justiça deve se pronunciar hoje sobre o pedido, pois segundo o advogado da Abrapost, Marco Aurélio de Carvalho, o juiz solicitou 72 horas para analisar o caso. Carta enviada no dia 25 pelo presidente dos Correios, David José de Matos, à Abrapost prometia aos franqueados a inclusão de serviços como postagem de encomenda de logística reversa, vale postal eletrônico, serviços de conveniência (venda de pin, recarga virtual de celular, solicitação de CPF online, etc.), vinculação de contratos de serviços internacionais, serviços de marketing direto e operação do Banco Postal a partir de 2012, entre outros. Conforme o documento a que a reportagem teve acesso, esses itens não estavam previstos no edital e seriam acrescentados nos contratos que fossem firmados, desde que os interessados participassem das licitações. Prejuízo Sentindo-se prejudicado com a iniciativa, Paulo Ricardo Moreira, que presta serviços para os Correios através de uma das maiores agências franqueadas do País há mais de 15 anos, acionou a Justiça. Ele não participou do processo de licitação porque considerou que as regras do edital não são economicamente viáveis: Se fizerem a republicação do edital, tenho total interesse de participar. O prazo para a licitação para a contratação de franqueadas dos Correios termina em 10 de novembro, mas o processo está paralisado na maior parte do País, por meio de liminares judiciais. Os franqueados questionam a viabilidade econômica das condições impostas pelo edital. Em São Paulo, a situação é crítica, pois 100% das licitações estão paralisadas na capital e na região metropolitana, que representam 50% da carga postal do País. Segundo a Abrapost, das 50 licitações referentes à capital paulista, só houve interessados em seis dos processos. Jornal de Brasília Justiça manda Correios republicar os editais O imbróglio das licitações das franquias dos CORREIOS pode estar perto do fim. A Justiça atendeu ao pleito do maior franqueado de São Paulo e concedeu liminar que obriga a Empresa de CORREIOS e Telégrafos (ECT) a republicar o edital com a ampliação do portfólio de serviços que poderão ser prestados pelas lojas terceirizadas a partir de 11 de novembro, depois da assinatura dos contratos de licitação. A decisão é do juiz da 3ª Vara da Justiça Federal de São Paulo, Pablo Zuniga Dourado, que determinou que a estatal se abstenha de praticar os atos de entrega do objeto e finalização do contrato até que a decisão seja cumprida. Os CORREIOS já recorreram da decisão.

Página 18 A validade da liminar se limita à licitação de uma franquia de São Paulo, que ingressou com mandado de segurança individual, mas a Associação Brasileira de Franquias Postais (Abrapost) entrou na sexta-feira com outro mandado de segurança, requerendo a extensão da decisão para todo o País. A Justiça deve se pronunciar hoje sobre o pedido, pois segundo o advogado da Abrapost, Marco Aurélio de Carvalho, o juiz solicitou 72 horas para analisar o pedido. Carta enviada no dia 25 pelo presidente dos CORREIOS, David José de Matos, à Abrapost prometia aos franqueados a inclusão de serviços como postagem de encomenda de logística reversa, vale postal eletrônico, serviços de conveniência (venda de pin, recarga virtual de celular, solicitação de CPF on-line, etc.), vinculação de contratos de serviços internacionais, marketing direto e operação do BANCO POSTAL a partir de 2012, entre outros. Esses itens não estavam previstos no edital e seriam acrescentados nos contratos firmados, desde que os interessados participassem das licitações. PREJUÍZO Sentindo-se prejudicado com a iniciativa, Paulo Ricardo Moreira, que presta serviços para os CORREIOS em uma das maiores agências franqueadas do País há mais de 15 anos, acionou a Justiça. Ele não participou do processo de licitação porque considerou que as regras do edital não são economicamente viáveis: Se fizerem a republicação do edital, tenho total interesse de participar. O prazo para a licitação para a contratação de franqueadas dos CORREIOS termina em 10 de novembro, mas o processo está paralisado na maior parte do País, por meio de liminares judiciais. Os franqueados questionam a viabilidade econômica das condições impostas pelo edital. Jornal do Commercio PE ECT obrigada a republicar editais O imbróglio das licitações das franquias dos CORREIOS pode estar perto do fim. A Justiça atendeu ao pleito do maior franqueado de São Paulo e concedeu liminar que obriga a Empresa de CORREIOS e Telégrafos (ECT) a republicar o edital com a ampliação do portfólio de serviços que poderão ser prestados pelas lojas terceirizadas a partir de 11 de novembro, depois da assinatura dos contratos de licitação. A decisão é do juiz da 3ª Vara da Justiça Federal de São Paulo, Pablo Zuniga Dourado, que determinou que a estatal se abstenha de praticar os atos de entrega do objeto e finalização do contrato até que a decisão seja cumprida. Os CORREIOS já recorreram da decisão. A validade da liminar se limita à licitação de uma franquia de São Paulo, mas a Associação Brasileira de Franquias Postais (Abrapost) entrou com outro mandado de segurança, requerendo a extensão da decisão para todo o País. CORREIOS - ASSALTOS Diário do Nordeste Invasões Ataques a cidades do Interior cearense viraram rotina. Bandidos aproveitam-se do pouco efetivo policial e dominam completamente a situação. As agências bancárias e dos Correios são os principais alvos dos delinquentes. Na semana passada, cena igual aconteceu na cidade de Palmácia, no Maciço de Baturité. Na ocasião, dois bandidos acabaram sendo detidos.

Página 19 CORREIOS - INTERNACIONAL Portal TVi 24 Portugal Greve nos CTT: trabalhadores pedem ajuda a Cavaco Funcionários estão contra alteração de horários decidida pela empresa que implica, dizem, perdas de retribuição até 250 euros. E, numa carta aberta, pedem ao Presidente da República para «repor a normalidade» Dezenas de trabalhadores dos centros de distribuição postal da Calçada da Boa-Hora, em Lisboa, manifestaram-se esta segunda-feira até à Presidência da República, em protesto contra a alteração de horários decidida pela empresa, com perdas de retribuição até aos 250 euros. Os funcionários apelaram ao Presidente da República para intervir junto do Governo e ajudar a «repor a normalidade» nos CTT. «A falta de qualidade que actualmente a gestão da empresa» os «obriga a prestar à comunidade» é um dos motivos por que os trabalhadores cumpriram hoje um dia de greve. Jornal Record Portugal Trabalhadores dos CTT em protesto Alteração dos horários e perdas salariais juntam dezenas de funcionários em Lisboa A alteração dos horários imposta pela administração dos CTT e consequentes perdas salariais são o motivo para um protesto de mais de meia centena de trabalhadores em frente às instalações da empresa na Ajuda, em Lisboa. À Lusa, o dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Correios e Telecomunicações (SNTCT), Fernando Ambrioso, afirmou que no caso dos trabalhadores mais antigos, as perdas chegam aos 250 euros por mês. Há horários que implicavam entrar de madrugada e, ao serem alterados, o trabalhador deixa de receber esse valor. O sindicalista critica ainda a intenção da empresa de cortar mais de 20 trabalhadores só no centro de distribuição da Ajuda: Só nesta unidade passam de 85 para 62 carteiros. Como aqui abrangemos a distribuição em vários ministérios, na residência oficial e até na Presidência, pode ver-se quem vai ficar prejudicado Os funcionários pretendem entregar uma carta aberta na Presidência da República onde apontam também como problema a entrega da distribuição de correspondência a empresas privadas. Esta situação significa uma perda de rendimento de 25 mil euros por ano, segundo o dirigente sindical António Duarte. Os trabalhadores deveriam dirigir-se até à Presidência da República mas o Governo Civil proibiu o desfile, para surpresa do deputado do PCP Bruno Dias: É com espanto que se assiste nos dias de hoje a uma proibição deste género. Neste caso, se há coisa que o país precisa é que os trabalhadores se organizem e defendam o interesse nacional, afirmou Portal OJE Portugal Trabalhadores dos CTT pedem intervenção do Presidente da República Os trabalhadores dos centros de distribuição postal da Calçada da Boa-Hora (Lisboa), que hoje comprem um dia de greve, apelaram ao Presidente da República para intervir junto do Governo e ajudar a repor a normalidade nos CTT. Numa carta aberta que entregaram na Presidência da República, os trabalhadores destes dois centros de distribuição postal manifestam-se preocupados com a falta de qualidade que actualmente a gestão da empresa os obriga a prestar à comunidade.

Página 20 E exemplificam: Em algumas zonas a distribuição em dias alternados (feita por trabalhadores precários sem formação nem qualificação para o exercício da actividade profissional de carteiro), o atraso na da correspondência e a má organização do trabalho e a retirada da rede normal dos CTT de mais de 23 000 correspondências diárias, que são entregues a uma empresa paralela. Na missiva, os 85 trabalhadores destes dois centros de distribuição postal, que abrange uma área desde Campo de Ourique até Miraflores, consideram que o modelo de organização que os CTT estão a implantar leva ao acentuar da precariedade laboral (...), prejudica os utentes que recebem o sue correio por vezes com vários dias de atraso e prejudica as empresas que recebem as suas correspondências quase no final do expediente. A actual administração dos CTT, de inteira confiança do Governo e com o consentimento calado do Regulador, não respeita os compromissos a que está obrigada, refere, os trabalhadores na carta aberta, dando como exemplo o encerramento de estações de correios, a criação de circuitos paralelos e a redução dos salários. A missiva foi entregue na Presidência da República por uma comissão de quatro elementos, entre eles um carteiro fardado, depois de dezenas de trabalhadores se terem concentrado frente às instalações da Calçada da Boa-Hora e terem seguido até Belém em pequenos grupos, uma vez que o desfile não foi autorizado pelo Governo Civil de Lisboa. Para quinta-feira está agendado novo plenário, onde poderão ser decididas novas formas de luta. A paralisação de hoje foi convocada em protesto contra os novos horários impostos pela empresa e que, segundo os trabalhadores, resultam nalguns casos na perda de 250 euros/mês.