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Transcrição:

GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO NÚCLEO GEOAMBIENTAL LABORATÓRIO DE METEOROLOGIA INFORMATIVO CLIMÁTICO CONDIÇÕES DO TEMPO NO ESTADO DO MARANHÃO EM JULHO DE 2011 ASPECTOS GERAIS Para o Sul do Estado do Maranhão, o mês de julho já está caracterizado como sendo da estação seca, na qual predomina baixos registros de chuvas, altas temperaturas e baixos valores de umidade relativa do ar. Em contrapartida com este cenário, o setor Centro-Norte do Estado ainda se encontra em fase de transição da estação chuvosa para seca. Este período apresenta dias quentes intercalados por eventuais ocorrências de chuvas, que podem ser localmente rápidas e fortes. Em julho de 2011 destacamos alguns sistemas meteorológicos que contribuíram ou impediram a ocorrência de chuvas. A ação de massas de ar secas e quentes (exemplo da Figura 1) na região central do Brasil fez com que o ar de muitas localidades do Centro-Sul maranhense permanecesse seco por muitos dias, provocando problemas respiratórios para a população. Algumas localidades dessa região do Maranhão estão

enfatizadas na Figura 2, que mostra os menores valores de umidade relativa do ar registrados no mês de julho sob influência das massas de ar. Felizmente essas localidades ficaram no patamar de estado de atenção, onde os valores de umidade oscilam entre 20% e 30%, porém já são suficientes para gerar danos à saúde, principalmente de crianças. No entanto, os valores mais alarmantes estão abaixo de 20% de umidade. Figura 1 - Imagem do satélite meteorológico GOES-12 no dia 21 de julho de 2011 no horário de 03:30 UTC (00:45 Hora local). A área em destaque representa aproximadamente a região de atuação de uma massa de ar quente e seca, a qual inibiu a formação de nuvens. Fonte: CPTEC/INPE.

Figura 2 - Exemplo de alguns municípios do Centro-Sul Maranhense com baixos registros significativos de umidade relativa do ar em agosto de 2010. (Fonte dos dados: NUGEO e INMET). DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA CHUVA O mês de julho de 2011 apresentou significativos acumulados de chuva em localidades do Centro e principalmente do Noroeste do Maranhão, com valores excedendo a marca dos 100 mm, conforme observado no mapa da Figura 3. Os maiores volumes de chuva de fato se concentraram no Noroeste do Estado, mais especificamente no município de Turiaçu e áreas adjacentes à ele, com total mensal em torno de 225 mm de chuva. Na região costeira do Estado existe a predominância dos ventos de nordeste que trazem muita umidade derivada do mar e conseqüentemente podem ocasionar chuvas mesmo no período seco da região. Os valores mais baixos de chuva do mês se concentraram no Centro-Sul e Nordeste (áreas em torno de Chapadinha), onde se não ultrapassou a marca de 40 mm. Observando a distribuição climatológica da chuva para o Maranhão no mês de julho (Figura 4) e comparando com os totais observados da Figura 3, podemos constatar que houve

uma má distribuição das chuvas em 2011. De uma forma geral, choveu mais que o normal, principalmente no Norte do Estado, onde os valores mensais ultrapassaram 130 mm de chuva. Figura 3 - Comportamento das chuvas em julho de 2011: Totais observados.

Figura 4 - Comportamento das chuvas em julho de 2011: Climatologia do mês. CONDIÇÕES OCEÂNICAS As condições oceânicas e atmosféricas ainda mostram alguns sinais do fenômeno La Niña na região equatorial do Oceano Pacífico. Destacaram-se as regiões com anomalias negativas de temperatura nas camadas subsuperficias do Pacífico Central (Figura 5 em destaque), mas sem evidências de um retorno à fase fria do fenômeno El Niño-Oscilação Sul (ENOS). Ainda destacam-se as anomalias positivas de TSM na porção leste do Pacífico e o enfraquecimento as anomalias negativas na região

da Indonésia. De acordo com a maioria dos modelos de previsão climática, a tendência para o trimestre Agosto-setembro-outubro de 2011 é de continuidade das condições de neutralidade em relação ao fenômeno ENOS, ou em outras palavras, não está prevista a atuação de La Niña ou El Niño neste período. Figura 5 Anomalia da Temperatura da Superfície do Mar em julho de 2011. (Fonte: NOAA). PREVISÃO CLIMÁTICA TRIMESTRAL PARA AGOSTO, SETEMBRO E OUTUBRO A previsão climática de consenso para o trimestre Agosto, Setembro e Outubro de 2011 em parte do Nordeste Brasileiro e grande parte do Brasil indica probabilidade de chuvas ocorrendo em torno da normal climatológica, no entanto, a área cinza no mapa da Figura 6 mostra baixa previsibilidade para essa região, uma vez que as probabilidades ficaram igualmente distribuídas (normal, abaixo e acima da normal). Com relação às temperaturas, estas estão previstas para ocorrerem dentro do esperado para essa época do ano, ou seja, altas temperaturas.

Figura 6 Previsão probabilística (em tercis) de consenso do total de chuva no período de Agosto a Outubro de 2011. FOCOS DE QUEIMADAS Na maior parte do mês de julho de 2011, a persistência do tempo seco fez que aumentassem os riscos de fogo no interior do país. As áreas mais vulneráveis, inclusive com estado crítico para risco de fogo, foram as do Centro-Oeste do Brasil, no entanto, grande parte do Maranhão também apresentou riscos. Esse cenário de focos de queimadas aumenta nesta época do ano devido à atuação e persistência de massas de ar seco. Na situação em que há a presença de uma massa de ar seco há a inibição na

formação de nuvens e os índices de umidade relativa do ar são baixos, além de contribuir para o aumento da concentração de poluentes. A Figura 7 mostra a distribuição dos focos de queimadas em julho no Estado. Observa-se que estes se concentraram principalmente na região sul, a qual esteve sob influência das massas de ar citadas acima. Ao total foram 200 focos de queimadas, valor este muito abaixo do total registrado para o mesmo período de 2010, no qual se observou cerca de 970 focos. Figura 7 Focos de queimadas acumulados em julho de 2011.