Política Interna de Seleção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização e dos Titulares de Funções Essenciais

Documentos relacionados
Política Interna de Seleção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização, do ROC e dos Titulares de Funções

Número: Versão: Data de Emissão: Âmbito de Distribuição Pública. Entrada em vigor:

Política de Seleção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização e dos Titulares de Cargos com Funções

Política de Seleção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização e dos Titulares de Cargos com Funções

Política de Seleção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização e dos Titulares de Cargos com Funções

Para efeitos da presente Política, consideram-se as seguintes definições:

Regulamento da Comissão de Remunerações e Avaliação

Política interna de seleção e avaliação da adequação dos membros dos órgãos de administração e fiscalização e titulares de funções essenciais

(Artigo 30-A, n.º 2, do Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro, que aprova o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras)

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO INICIAL. 1. Introdução

ANEXO II REQUISITOS DE ADEQUAÇÃO EXIGIDOS

Política Interna de Seleção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização e dos Titulares de Funções Essenciais

Política Interna de Seleção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização e Titulares de Funções Essenciais

POLÍTICA DE SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO E DOS TITULARES DE FUNÇÕES ESSENCIAIS

CONSELHO FISCAL DO BANCO POPULAR PORTUGAL, S.A. REGULAMENTO. (Aprovado na reunião do Conselho Fiscal de 17 de outubro de 2016)

POLÍTICA DE SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO E DOS TITULARES DE FUNÇÕES ESSENCIAIS

POLÍTICA DE SELECÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO GERAL E DE SUPERVISÃO E DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO DA EDP ENERGIAS DE PORTUGAL S.A.

PROPOSTA PONTO 7 DA ORDEM DE TRABALHOS DA ASSEMBLEIA GERAL DE ASSOCIADOS DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO DOURO E CÔA, C.R.L.

Instrução n. o 1/2017 BO n. o

POLÍTICA INTERNA DE SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DA CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL

Atrium Investimentos SFC, S.A. POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO E DE CERTOS COLABORADORES RELEVANTES

Janeiro de Versão 2.0

POLITICA INTERNA DE SELEÇÃO E AVALIAÇÃO Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas

REGULAMENTO COMISSÃO DE AUDITORIA CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL, CAIXA ECONÓMICA BANCÁRIA, S.A.

POLÍTICA DE SELECÇÃO E AVALIAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO, DO CONSELHO FISCAL E DOS TITULARES DE FUNÇÕES ESSENCIAIS DO BANCO BPI

Política de Gestão do Risco de Compliance do Banco BIC Português, S.A.

POLÍTICA DE SELECÇÃO E AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO

Política de Gestão do Risco de Compliance

Código de Conduta dos Membros do Conselho de Auditoria do Banco de Portugal

REGULAMENTO DA COMISSÃO DE REMUNERAÇÕES, NOMEAÇÕES E AVALIAÇÕES

Politica de Remunerações

REGULAMENTO INTERNO COMISSÃO DE GOVERNO SOCIETÁRIO, AVALIAÇÃO E NOMEAÇÕES CTT CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.

Política de Seleção e Avaliação da Adequação. dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização e dos Titulares de Funções Essenciais do

Política de Seleção e Avaliação do Revisor Oficial de Contas do Novo Banco

POLÍTICA DE SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO, E DOS. Introdução

MODELO DE REGULAMENTO DE BOLSAS NOTA EXPLICATIVA

DECISÃO (UE) 2017/935 DO BANCO CENTRAL EUROPEU

REGULAMENTO INTERNO COMISSÃO DE GOVERNO SOCIETÁRIO, AVALIAÇÃO E NOMEAÇÕES CTT Correios de Portugal, S.A.

REGULAMENTO DO CONSELHO FISCAL CAIXA LEASING E FACTORING, S.A. 27 de fevereiro de 2019

REGULAMENTO COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADES. (Whistleblowing)

Relatório anual sobre a estrutura e práticas do governo societário do. Banco BAI Europa, SA. Estrutura do governo societário

POLÍTICA DE PREVENÇÃO, COMUNICAÇÃO E SANAÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSES DO BANCO POPULAR PORTUGAL, S.A. ( BANCO POPULAR )

Instrução n. o 1/2017 BO n. o

Código de Conduta da Fundação Montepio

REGULAMENTO DO CONSELHO FISCAL DO BANCO BIC PORTUGUÊS, S.A. Atualizado a 09 de novembro de 2017

DECRETO N.º 119/XIII

2. Princípios Gerais. 3. Responsáveis pela Avaliação da Adequação

Decreto-Lei n.º 88/2014 de 06 de junho

Relatório Governo Societário 2018

Instrução n. o 20/2016 BO n. o 12 3.º Suplemento

POLÍTICA INTERNA DE SELEÇÃO E AVALIAÇÃO DA ADEQUAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃOE DOS TITULARES DE FUNÇÕES ESSENCIAIS

Regulamento de Bolsas de Investigação Científica

CIMPOR Cimentos de Portugal, SGPS, S.A. Regulamento da Comissão de Auditoria

INSTRUÇÃO DO PEDIDO DE REGISTO PRÉVIO PARA INÍCIO DE ATIVIDADE DE SOCIEDADE DE CAPITAL DE RISCO («SCR»)

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO E DO REVISOR OFICIAL DE CONTAS

Artigo 1.º. Objeto do Regulamento

Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização e dos Colaboradores Relevantes. 21 de Março de 2018 Versão 4.

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

2. Princípios Gerais. 3. Identificação dos Titulares de Funções Essenciais

Política de Comunicação de Irregularidades Whistleblowing

REGULAMENTO INTERNO COMISSÃO DE AUDITORIA CTT CORREIOS DE PORTUGAL, S.A.

Checklist de elementos necessários para o Registo das Agências de Notação de Risco da CMC. Sociedades de Notação de Risco com sede em Angola

Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização e Política de Remuneração dos Colaboradores

ounicre Alterações à Política de Remuneração dos Dirigentes da Unicre (alíneas a) a e) do n2 2 do artigo 1152-C do RGICSF)

Carlos Alberto Rodrigues Ballesteros Amaral Firme. Nacionalidade: Portuguesa Documento de Identificação:

Regulamento de Bolsas de Investigação Científica da Fundação BIAL

ENTIDADE REGULADORA DA SAÚDE

Código de Conduta Operador da Rede Nacional de Transporte de Gás Natural. Edição: 1 Data:

c9c235694b744b9fb e0e5f

REGULAMENTO DE SELEÇÃO E DE AVALIAÇÃO DE TITULARES DE CARGOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO

Aviso do Banco de Portugal n. o 11/2014

REF.ª 15/2017_MNP_TSP RECRUTAMENTO DE UM TRABALHADOR PARA A CARREIRA DE TÉCNICO SUPERIOR PARA O DEPARTAMENTO DE MANUTENÇÃO E PRODUÇÃO

Número: Versão: Data de Emissão: Entrada em vigor:

Regulamento dos. Apoios Financeiros a Projetos de Investigação Científica da Fundação BIAL

Código de Conduta do Comercializador de Último Recurso de Gás Natural

A MBF é uma instituição de crédito e, como tal, compete-lhe definir uma política de remuneração para os colaboradores em questão.

SOCIEDADES DE NOTAÇÃO DE RISCO 14/06/2018

DOCUMENTO DE CONSULTA PÚBLICA N.º 1/2017

Consulta pública. relativa ao projeto de guia do BCE sobre a avaliação da adequação dos membros dos órgãos de administração. Perguntas e respostas

Decreto-lei n.º 2/2014, de 16 de Janeiro

POLÍTICA DE PREVENÇÃO, COMUNICAÇÃO E SANAÇÃO DE CONFLITOS DE INTERESSES DA POPULAR GESTÃO DE ACTIVOS, S.A. ( PGA ) 1. Introdução

Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização e do ROC

REGULAMENTO DO CONSELHO FISCAL BANCO INTERATLÂNTICO, S.A.

Instrução n. o 7/2016 BO n. o 5 Suplemento

REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIO ÀS FREGUESIAS. Preâmbulo. A Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro, aprovou o regime jurídico das

REGULAMENTO INTERNO COMISSÃO PARA AS MATÉRIAS FINANCEIRAS

Regulamento do Conselho Fiscal da Galp Energia, SGPS, S.A.

PROJEP DIREITO DAS COMUNICAÇÕES. Comércio eletrónico: Pagamentos eletrónicos o e-banking. 1 de outubro de Carla Candeias Ferreira

DESTACAMENTO DE TRABALHADORES NO ÂMBITO DE UMA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. Lei n.º 29/2017

Anexo ao Aviso n.º 4/2014 do Banco de Cabo Verde

POLÍTICA INTERNA DE TRATAMENTO DOS TOMADORES DE SEGURO, SEGURADOS E BENEFICIÁRIOS. (Lusitania Vida)


CORPORATE GOVERNANCE: O IMPACTO NA REPUTAÇÃO E NO VALOR DO SETOR SEGURADOR

PATRIS Sociedade Corretora, S.A. Sede: Rua Duque de Palmela, n.º 37, 3º piso, Lisboa Tel: Fax: Capital Social:

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO E FISCALIZAÇÃO, E DOS FUNDOS DE INVESTIMENTO, S.A. Introdução

CÓDIGO de CONDUTA. Operador da Rede Nacional de Transporte de Energia Eléctrica. Edição: 1 Data:

Transcrição:

Política Interna de Seleção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização e dos Titulares de Funções Essenciais

Índice 1. Objeto... 3 2. Fontes legislativas e Documentos de Referência... 3 3. Definições e Abreviaturas... 4 4. Política Interna de Seleção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização e dos Titulares de Funções Essenciais... 4 Artigo 1.º - Princípios gerais... 4 Artigo 2.º - Âmbito subjetivo... 5 Artigo 3.º - Competências... 5 Artigo 4.º - Processos de candidatura e seleção... 5 Artigo 5.º - Política de avaliação princípio geral... 6 Artigo 6.º - Requisitos de idoneidade... 6 Artigo 7.º - Requisitos de qualificação e experiência profissional... 6 Artigo 8.º - Requisitos de independência... 7 Artigo 9.º - Requisitos de disponibilidade... 7 Artigo 10.º - Diversidade... 7 Artigo 11.º - Renovação de mandatos... 7 Artigo 12.º - Avaliação de circunstâncias supervenientes... 7 5. Documentos Associados... 8 6. Caso particular da CEP... 8 Página 2 de 8

1. Objeto A presente política estabelece os procedimentos de seleção e de avaliação da adequação dos membros dos órgãos de Administração e Fiscalização e dos titulares de funções essenciais da Caixa Económica do Porto Caixa Anexa. Na avaliação da adequação, inicialmente e em permanência, serão tidas em conta a idoneidade, a qualificação e experiência profissional, a independência, a disponibilidade e a diversidade das pessoas visadas. 2. Fontes legislativas e Documentos de Referência a) Regime Jurídico das Caixas Económicas (RJCE), aprovado pelo Decreto-Lei nº 190/2015, de 10 de setembro, o qual refere, no preâmbulo, a necessidade de as instituições adotarem regras de governo interno baseadas na transparência, na isenção e na imparcialidade, para poderem assegurar uma gestão sã e prudente, prevenindo, nomeadamente, conflitos de interesse na sua relação com as instituições titulares; b) Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de dezembro e alterado e republicado pelo Decreto-Lei n.º 157/2014, de 24 de outubro (RGICSF), que regula os procedimentos a serem seguidos na seleção e na avaliação da adequação dos titulares dos órgãos em causa, assim como define os critérios para esta avaliação; c) Diretiva nº 2013/36/UE, que estabeleceu um conjunto de exigências e requisitos em matéria de idoneidade, qualificação e experiência profissional, independência e disponibilidade; d) Orientações da Autoridade Bancária Europeia (EBA) GL/2017/11, de 21 de março de 2018, sobre governo interno, e EBA/GL/2017/12, de 21 de março de 2018, sobre a avaliação da adequação dos membros do órgão de administração e dos titulares de funções essenciais; e) Instrução nº 12/2015 do Banco de Portugal, sobre a Autorização para o exercício de funções dos membros dos órgãos de administração e fiscalização das instituições sujeitas à supervisão do Banco de Portugal (BdP); f) Estatutos da Caixa Económica do Porto, aprovados em Assembleia Geral, após parecer prévio do Banco de Portugal, como estipula o RJCE. Página 3 de 8

3. Definições e Abreviaturas No âmbito da presente política, deve entender-se por: a) CEP - Caixa Económica do Porto Caixa Anexa; b) CSA Comissão de Seleção e Avaliação; c) MOAF qualquer membro efetivo ou suplente do Órgão de Administração ou do Órgão de Fiscalização da CEP; d) Órgão de Administração a Direção da CEP; e) Órgão de Fiscalização o Conselho Fiscal da CEP; f) Titulares de Funções Essenciais titulares de um conjunto de cargos que compreende, os responsáveis pelas funções de compliance, auditoria interna, controlo e gestão de riscos, bem como outras funções que, a cada momento, como tal venham a ser consideradas pela CEP, ou definidas através de regulamentação pelo Banco de Portugal. 4. Política Interna de Seleção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização e dos Titulares de Funções Essenciais Artigo 1.º - Princípios gerais 1. Esta Política Interna de Seleção e Avaliação da Adequação dos Membros dos Órgãos de Administração, Fiscalização e Titulares de Funções Essenciais da CEP é aprovada pela Assembleia Geral. 2. A CEP rege-se por valores mutualistas, de solidariedade, tendo como foco a realização humana, em detrimento da reprodução de capital, em total e absoluto respeito pelas regras da prudência e da salvaguarda dos valores que lhe são confiados pelos diferentes stakeholders. 3. Os resultados obtidos pela CEP destinam-se ao reforço das atividades de âmbito social, perseguidos pela Instituição a que é anexa, de acordo com a lei e os estatutos. 4. A CEP deve dispor, a todo o tempo, de um conjunto de colaboradores e Órgãos que, pelas suas aptidões, qualificações, experiência profissional, idoneidade e disponibilidade, seja adequado ao exercício das respetivas funções. 5. Não pode existir qualquer forma de discriminação em função do género no acesso a MOAF, pelo que se deverá procurar que os órgãos de administração e de fiscalização incluam, a cada momento, elementos de ambos os géneros. 6. A CEP disponibiliza aos MOAF acesso a meios de desenvolvimento das suas competências profissionais, nomeadamente, através de formação adequada ao correto exercício das suas funções. Página 4 de 8

7. A CEP assegura os meios para a plena compreensão e o cumprimento dos regulamentos internos da CEP, nomeadamente o Código de Conduta e as regras de prevenção de conflitos de interesses, por parte dos MOAF. Artigo 2.º - Âmbito subjetivo A idoneidade, a qualificação profissional, a independência e a disponibilidade devem ser aferidas em relação aos MOAF, efetivos ou suplentes. Artigo 3.º - Competências 1. A avaliação da adequação dos MOAF é da responsabilidade da Comissão de Seleção e Avaliação dos Órgãos de Administração, Fiscalização e Titulares de Funções Essenciais da CEP (CSA). Artigo 4.º - Processos de candidatura e seleção 1. Os MOAF são eleitos pela Assembleia Geral da CEP (AG), composta pelos associados com direito de voto da mutualidade a que a CEP está anexa e que lhe são comuns, mediante proposta apresentada de acordo com os Estatutos e acompanhada do parecer da CSA. 2. A AG deve apreciar os resultados da Avaliação ou Reavaliação dos MOAF, para efeitos de apresentação do requerimento de autorização do exercício de funções, dirigido ao BdP. 3. As pessoas referidas no número 1 remetem, à CSA as seguintes informações: a) Dados pessoais e curriculum vitae, contendo, pelo menos, as referências aos elementos exigidos pela legislação e regulamentação em vigor; b) Declaração de disponibilidade para o exercício de funções essenciais ou para a assunção de cargos em órgãos sociais, assinada pelo candidato ou proponente; devendo, no caso do exercício de funções essenciais, ser incluída menção ao regime de exclusividade nos termos do n.º 3 do artigo 9; c) Certificado de registo criminal; d) Eventuais referências abonatórias escritas, de carácter pessoal e profissional, por parte dos proponentes e/ou de terceiros devidamente identificados, nomeadamente entidades empregadoras ou contratantes e colegas ou colaboradores, sobre a índole, aptidões, experiência, capacidade e competências dos candidatos em causa e de quaisquer aspetos que permitam a sua aferição; e) Autoavaliação do candidato para o exercício das funções, nos termos em cada momento definidos pela CEP. 4. As propostas ou candidaturas recebidas nos termos referidos no número anterior ficam integradas numa base de dados acessível ao Órgão de Administração e ao Presidente da Mesa da AG. Página 5 de 8

Artigo 5.º - Política de avaliação princípio geral 1. A política de avaliação visa aferir o cumprimento dos princípios/objetivos referidos no artigo 1.º, em particular, dos requisitos de idoneidade, disponibilidade, independência e qualificação necessários a assegurar a gestão sã e prudente da CEP, salvaguardando os interesses dos seus clientes, depositantes, trabalhadores e demais stakeholders. 2. A par da avaliação individual dos MOAF, a CSA aprecia coletivamente o Órgão em causa, por forma a averiguar a verificação dos níveis de disponibilidade e qualificação profissional exigíveis para o cumprimento das respetivas funções legais e estatutárias em todas as áreas relevantes de atuação, assegurando a necessária diversidade. Artigo 6.º - Requisitos de idoneidade 1. Nos termos do artigo 30.º-D do RGICSF, a CSA deverá ter em conta a forma habitual de gestão de negócios por parte do candidato, no que concerne, especialmente, aos aspetos reveladores da sua capacidade para decidir de modo criterioso e ponderado, à tendência para cumprir as suas obrigações, e à adoção de comportamentos compatíveis com a preservação da confiança do mercado e da sua proteção. 2. A CSA recorre às informações que considerar necessárias acerca do passado profissional do candidato, por forma a avaliar a sua idoneidade para o exercício do respetivo cargo. 3. Na aferição dos tópicos descritos no presente artigo, consideram-se as circunstâncias elencadas no número 3 do artigo 30.º-D do RGICSF, nomeadamente quanto às características mais salientes do seu comportamento. Artigo 7.º - Requisitos de qualificação e experiência profissional 1. Nos termos do artigo 31.º do RGICSF, a CSA avalia as qualificações profissionais das pessoas identificadas no artigo 2.º da presente política, por forma a assegurar que demonstram as aptidões, habilitações e competências teóricas e práticas para o exercício das suas funções, nomeadamente, no que se refere à compreensão e gestão dos riscos de uma instituição de crédito, ao planeamento estratégico da CEP, aos requisitos legais e regulamentares a que está sujeita a atividade e ao controlo e avaliação dos mecanismos de controlo. Página 6 de 8

Artigo 8.º - Requisitos de independência 1. Nos termos e considerando as situações e critérios descritos no artigo 31.º-A do RGICSF, a CEP procura acautelar o risco de sujeição das pessoas identificadas no artigo 2.º da presente política à influência indevida de outras pessoas ou entidades, fomentando o exercício isento das suas competências. Artigo 9.º - Requisitos de disponibilidade 1. A CSA deve determinar um nível de disponibilidade propício ao acompanhamento diligente e criterioso do dia-a-dia da CEP, por parte dos MOAF. 2. A CEP preserva a prerrogativa de estabelecer períodos mínimos de disponibilidade exigíveis aos MOAF. 3. Aos TFE aplica-se o regime de dedicação profissional exclusiva da CEP. Artigo 10.º - Diversidade 1. Conforme previsto no n.º 2 do artigo 115.º-B do RGICSF, os Órgãos de Administração e de Fiscalização da CEP deverão ser suficientemente diversificados em termos de idade, género, origem geográfica, habilitações e antecedentes profissionais dos respetivos membros, por forma a apresentar uma diversidade de opiniões e experiências. 2. A composição global do Órgão de Administração deve refletir uma panóplia de experiências suficientemente ampla para compreender as atividades da Instituição, nomeadamente os principais riscos. Artigo 11.º - Renovação de mandatos 1. A CEP procede à avaliação dos requisitos descritos nos artigos 5.º a 9.º nos casos em que se verifique a renovação dos mandatos do MOAF, atendendo-se igualmente às circunstâncias supervenientes descritas no artigo seguinte. Artigo 12.º - Avaliação de circunstâncias supervenientes 1. Sempre que se verifiquem alterações nos pressupostos com base nos quais foi decidida a designação, em particular, no caso de ocorrerem factos ou circunstâncias que suscitem dúvidas quanto ao preenchimento dos requisitos exigidos ou em caso de incumprimento grave ou reiterado do Código de Conduta ou das regras de prevenção, comunicação e sanação de conflitos de interesses, a adequação das pessoas identificadas no artigo 2.º é alvo de revisão. Página 7 de 8

2. As pessoas identificadas no artigo 2.º ficam obrigadas a comunicar à CEP quaisquer factos ou circunstâncias supervenientes à designação que alterem o conteúdo das informações prestadas nos termos do artigo 4.º. 3. Se, em consequência da reavaliação descrita no número 1, for concluído que os factos ou circunstâncias sobrevindas afetam a verificação dos requisitos exigidos para o exercício do cargo e os mesmos não forem suscetíveis de reparação, deverá, conforme o caso, a pessoa visada renunciar ao exercício do cargo, ser suspensa ou destituída. 5. Documentos Associados a) Questionário sobre idoneidade, qualificação profissional, independência e disponibilidade em cada momento em vigor; b) Matriz de autoavaliação definida pelas entidades reguladoras ou pela CEP. 6. Caso particular da CEP 1. Dada a sua reduzida dimensão, a CEP não possui, na sua estrutura orgânica, um órgão independente e permanente com função de compliance, pelo que o controlo desta é assumido pela Direção. 2. A função de gestão de risco é igualmente assegurada pela Direção, coadjuvada pelas duas funcionárias da CEP. O processo de gestão do referido risco é por si aprovado e objeto, quer de revisão regular, quer do controlo frequente de procedimentos, contando para isso com os serviços administrativos da instituição. A Direção procede à definição e revisão do perfil de risco, níveis de tolerância e limites aplicáveis ao risco de concentração de crédito. 3. Toda a atividade da CEP é objeto de acompanhamento por parte do Conselho Fiscal e do Revisor Oficial de Contas, aos quais é acometida a função de auditoria interna. 4. Em consequência, a avaliação dos titulares de funções essenciais não é aplicável, de momento, à realidade da CEP. Página 8 de 8