Tema: Desafios da urbanização no contexto contemporâneo
Com o novo acordo, os líderes mundiais se comprometeram a aumentar o uso de energia renovável, proporcionar um sistema de transporte mais ecológico e gerir de forma sustentável os recursos naturais. Entre as principais disposições do documento, estão a igualdade de oportunidades para todos; o fim da discriminação; a importância das cidades mais limpas; a redução das emissões de carbono; o respeito pleno aos direitos de refugiados e migrantes; a implementação de melhores iniciativas verdes e de conectividade, entre outras. A Nova Agenda Urbana é uma agenda ambiciosa que visa preparar o caminho para tornar as cidades e assentamentos urbanos mais inclusivos, disse Clos, acrescentando que ela garantirá que todos possam se beneficiar da urbanização, especialmente aqueles que estão em situação mais vulnerável. (https://nacoesunidas.org/habitat-iii-paises-adotam-nova-agenda-para-urbanizacao-sustentavel//) Acesso em julho de 2017.
Desafios da urbanização no contexto contemporâneo 1) Contexto histórico de surgimento do processo de urbanização. 2) Reflexos da macrocefalia urbana para a sociedade. 3) Medidas de projeção sustentável para as cidades e a importância da gestão pública na garantia por ambientes urbanos de qualidade.
Histórico da urbanização O processo de urbanização ganhou forma com a Revolução Industrial, a partir do século XVIII. De acordo com a ONU, em 1950, apenas 1/3 da população vivia em áreas urbanas. Atualmente, metade da população reside em área urbanas. Nos países desenvolvidos, a urbanização aconteceu de modo lento, oferecendo suporte de infraestrutura. Nos países em desenvolvimento, o colapso assumiu o processo. Segundo a ONU, 1 em cada 3 moradores mora em bairros pobres ou miseráveis.
Entre as principais disposições do documento, está: igualdade de oportunidades para todos; o fim da discriminação; a importância das cidades mais limpas; a redução das emissões de carbono; o respeito pleno aos direitos dos refugiados e migrantes; a implementação de melhores iniciativas verdes e de conectividade, entre outras.
Urbanização avança em um ritmo e escala sem precedentes. Do total de 7,5 bilhões de habitantes no planeta, quase 4 bilhões já ocupam áreas urbanas. Até 2050, 6,5 bilhões de habitantes estarão vivendo na área urbana. Teoricamente, as pessoas que vivem na cidade têm acesso a mais serviços. Em todo caso, a demanda não tem sido absorvida por conta do crescimento desordenado. Nesse sentido, a ONU estabeleceu a Nova Agenda Urbana (diretrizes que guiarão as políticas públicas para as cidades nos próximos 20 anos).
Os complexos urbanos assinalam diferentes problemáticas para o debate; Gentrificação Favelização Macrocefalia urbana Camarotização Higienização Hierarquização social Segregação sócio espacial
Os líderes mundiais se comprometeram a aumentar o uso de energia renovável, proporcionar um sistema de transporte mais ecológico e gerir de forma sustentável os recursos naturais.
Muitos pontos abordados pela Nova Agenda Urbana aparecem relacionados aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) 17 medidas propostas pela ONU, em 2015, com o intuito de reduzir a pobreza e desigualdade.
O processo de favelização é uma das marcas dos grandes centros urbanos. Déficit habitacional Cerca de 1 bilhão de pessoas vive em favelas ou moradias impróprias em aproximadamente 100 mil cidades (segundo a ONU, esse número triplicará até 2030). No Brasil, o déficit habitacional é de 6 milhões. Na região metropolitana de Recife, por exemplo, o déficit é um dos maiores do país 10,2%. Nesse sentido, adentra-se ao debate sobre direito à cidade. Temas de Redação / Atualidades
Transporte Moradia Meio Ambiente As discussões aparecem conectadas. A segregação sócio espacial faz com que o indivíduo que reside distante na região central, tenha que se deslocar para a mesma. Dessa forma, não só o trânsito acaba por ser inserido no debate, mas também a própria questão ambiental (poluição por conta dos veículos). Muitas vezes, o deslocamento acontece ENTRE CIDADES movimento pendular (segundo o IBGE, 7,4 milhões de brasileiros estão inseridos nesse segmento).
Tipos de cidades Mais da metade da população mundial vive em cidades com menos de 500 mil habitantes. Apenas 12% da população vive em megacidades (cidades com 10 milhões de habitantes ou mais que formam aglomerações). Tóquio é a aglomeração urbana mais populosa do mundo (38 milhões de habitantes). Tóquio é a única METACIDADE do mundo (cidades com mais de 30 milhões de habitantes).
Dinamismo das cidades Conurbação: áreas ou municípios distintos se encontram, formando uma única mancha urbana. Região metropolitana: decretação administrativa de cidades conturbadas que passam a compartilhar problemas transporte ou poluição, por exemplo. Em 2016, o Brasil contava com 70 regiões metropolitanas.
Desafios das cidades Além de toda a questão de suporte para infraestrutura, um dos grandes desafios das cidades brasileiras (grande, médio ou pequeno porte) é a questão da violência. O Brasil registrou, em 2015, 59.080 homicídios. Isso significa 28,9 mortes a cada 100 mil habitantes. Os números representam uma mudança de patamar nesse indicador em relação a 2005, quando ocorreram 48.136 homicídios. As informações estão no Atlas da Violência 2017, produzido pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP).
Tema: Violência generalizada: medo como marca das cidades na contemporaneidade
A cidade é o lugar do encontro, da mistura, do novo, da efervescência, é o lugar onde tudo e todos se encontram mesmo sem querer se encontrar, é o lugar onde estar com quem não se conhece é um pressuposto, é um termo aceito tacitamente e, por isso, ela é um espaço mixofílico (que promove a mistura, que faz da mistura um gosto aceitável e aprovável). No entanto, a sujeira precisa ser limpa. É na cidade onde pode-se encontrar os resultados da exclusão: os mendigos, as favelas e seus moradores, todos estes estranhos são seres que provocam o desprezo e a repulsa dos cidadão ditos normais. A mixofobia (a repulsa pelo estranho) é vista materialmente de forma peculiar. (http://colunastortas.com.br/2013/12/08/medo-liquido-zygmunt-bauman-uma-resenha///) Acesso em julho de 2017.
A partir da leitura do texto de apoio acima e com base em seu conhecimento de mundo, desenvolva um texto dissertativo-argumentativo sobre o seguinte tema Violência generalizada: medo como marca das cidades na contemporaneidade.
Atlas da violência Os estados que apresentaram crescimento superior a 100% nas taxas de homicídio no período analisado estão localizados nas regiões Norte e Nordeste. O destaque é o Rio Grande do Norte, com um crescimento de 232%. Pernambuco e Espírito Santo, por sua vez, reduziram a taxa de homicídios em 20% e 21,5%, respectivamente. Mais de 318 mil jovens foram assassinados no Brasil entre 2005 e 2015. Apenas em 2015, foram 31.264 homicídios de pessoas com idade entre 15 e 29 anos, uma redução de 3,3% na taxa em relação a 2014.
Perfil da violência Os homens jovens continuam sendo as principais vítimas: mais de 92% dos homicídios acometem essa parcela da população. A cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras. De acordo com informações do Atlas, os negros possuem chances 23,5% maiores de serem assassinados em relação a brasileiros de outras raças.
Ranking Prover acesso à habitação, água, saneamento básico e eletricidade à maioria da população é o que garante à Curitiba a liderança em um ranking de sustentabilidade das regiões metropolitanas brasileiras. De acordo com um estudo publicado na revista Pnas, o fornecimento dessas estruturas urbanas permite avaliar o quão próximo as cidades estão dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (Organização das nações Unidas) - que aliam justiça social a preservação ambiental.
Em algumas regiões do país, como a Norte, a situação é ainda mais grave: 49% da população é atendida por abastecimento de água, e apenas 7,4%, por esgoto. O pior estado da região e do país é o Amapá, com 34% e 3,8%, respectivamente. Já o melhor estado é São Paulo, com 95,6% de cobertura em água e 88,4% em esgoto. O Distrito Federal também tem taxas altas: 99% e 84,5%. Um mesmo estado, porém, pode ter cidades com índices muito elevados e muito baixos, algumas com serviços privatizados e outras, com públicos - por isso, é considerada a média de todos os municípios.
Bons estudos! O homem não teria alcançado o possível se, repetidas vezes, não tivesse tentado o impossível. (Max Weber)