Os problemas da ocupação do território; A necessidade do seu enquadramento jurí-dico/legislativo; O direito do urbanismo e o direito do ordenamento do território necessitam de um quadro jurídico tendencialmente global e coerente que se debruce sobre esta temática. Principais diplomas com relevo para o Ordenamento do Território e o urbanismo: Ordenamento do território/urbanismo Lei n.º 3/04 de 25 de Junho Lei do Ordenamento do Território e do Urbanismo (LOTU); Decreto n.º 2/06, de 23 de Janeiro Regulamento Geral dos Planos Territoriais, Urbanísticos e Rurais (REPTUR); Decreto n.º 80/06, de 30 de Outubro Regulamento de licenciamento das operações de loteamento, obras de urbanização e obras de construção. Regulamento Geral das Edificações Urbanas - Decreto 13/07, de 26 de Fevereiro Terras Lei 9/04, de 9 de Novembro - Lei de Terras; Decreto n.º 58/07 de 13 de Julho (Regulamento Geral de Concessão de Terrenos);
Ambiente Lei n.º 5/98 de 19 de Junho - Lei de Bases do Ambiente; Lei n.º 6/2002, de 21 de Junho - Lei das Águas; Decreto n.º 51/04, de 23 de Junho Avaliação de Impacte Ambiental; Decreto n.º 59/07, de 13 de Julho Licenciamento Ambiental; Resolução n.º 1/2010, de 14 de Janeiro Política Nacional de Florestas, Fauna Selvagem e Áreas de Conservação; Decreto Executivo n.º 92/12, de 1 de Março Aprova os termos de referência para a Elaboração de Estudos de Impactes Ambientais; Decreto Executivo n.º 87/12, de 24 de Fevereiro - Regulamento de Consultas Públicas dos Projectos Sujeitos à Avaliação de Impactes Ambientais. Riscos Decreto Presidencial n.º 103/11 de 23/05/2011 (Plano Estratégico de Gestão do Risco de Desastres). Transportes Lei n.º 20/03, de 19 de Agosto - Lei de Bases dos Transportes Terrestres; Lei n.º 3/00, de 20 de Abril - Lei da Aviação Civil. Telecomunicações Lei n.º 23/11, de 20 de Junho - Lei das Comunicações Electrónicas e dos Serviços da Sociedade da Informação. Património Cultural Lei n.º 14/05, de 7 de Outubro - Lei do Património Cultural.
Os principais instrumentos de ordenamento 1. Nível Nacional - Principais Opções de Ordenamento Territorial Nacional (POOTN) 2. Nível Inter-provincial - Planos inter-provinciais (PIPOT). 3. Nível Provincial - Planos Provinciais de ordenamento do território (PPOT) 4. Nível Inter-municipal quando se revelem necessários do ponto de vista da coordenação inter-municipal e da respectiva complementaridade planos directores gerais aplicáveis às grandes cidades que integrem vários municípios, para o planeamento, os quais visam o ordenamento urbanístico geral de todo o perímetro urbano. 5. Nível municipal e sub-municipal Planos municipais globais: abrangem a totalidade da área territorial municipal: plano director municipal Planos municipais parciais: Planos urbanísticos Plano director municipal aplicável aos centros urbanos (artigo 31.º, n.º 3 e 32.º, n.º 2). Plano de urbanização; Plano de pormenor; Planos não urbanísticos: planos de ordenamento rural.
A matriz dos planos municipais e sub-municipais
Os principais instrumentos de ordenamento: Nos solos urbanos: operações Urbanísticas (artigo 41.º LOTU e 98.º do Decreto 2/06) Loteamento; Licença de construção; Implantação de infra-estruturas e equipamentos urbanísticos; Expansão, renovação de centros urbanos devidamente zonificados; Criação de novos centros urbanos; Recuperação ou reconversão de áreas urbanas degradadas ou de ocupação ilegal; Demolições de edifícios e restrições à demolição; Realojamento e reassentamento; Instalação de parques e zonas industriais; Instalação de parques de depósito de lixos ou entulhos; Estações de tratamento de efluentes e resíduos urbanos; Instalação de parques de estacionamento automóvel; Criação de zonas verdes e ajardinadas; Arborização, defesa e requalificação ambiental urbana; criação de parques, zonas de lazer turístico e desportiva; Delimitação de zonas de defesa e controle urbano;
As operações urbanísticas podem ser realizadas: Pela Administração pública central e local, Por particulares ou Por associação da Administração Pública com os particulares, nos termos regulamentares. Nos solos rurais: operações de ordenamento rural (artigo 42.º LOTU e 103.º do Decreto 2/06 delimitação de perímetros comunitários rurais: fixação de áreas agrícolas demarcadas; implantação de vias e equipamentos colectivos; criação de novas comunidades rurais; reordenamento rural; repovoamento rural; florestação e reflorestação; explorações ou estabelecimentos agrários, florestais, mineiros ou industriais; Exploração de pedreiras, saibreiras e outros parques mineiros; Instalação de parques naturais ou ecológicos; Instalação de zonas e parques turísticos; Lei de Terras Da propriedade originária da terra pelo Estado; da transmissibilidade dos terrenos integrados no domínio privado do Estado; do aproveitamento útil e efectivo da terra; do respeito pelos direitos fundiários das comunidades rurais; da propriedade do Estado sobre os recursos naturais; da não reversibilidade das nacionalizações e confiscos
RESERVAS FUNDIÁRIAS Como resposta ao crescimento demográfico nas cidades, o governo delimitou reservas fundiárias para efeitos de urbanização em todas as províncias e na envolvente dos principais aglomerados urbanos, indispensáveis ao suporte das actividades urbanas e à dotação de usos e infra-estruturas necessárias ao seu funcionamento, no objectivo de um ordenamento territorial promotor da adequada organização e sustentabilidade económica, social e ambiental do correspondente espaço urbano. O que são as reservas fundiárias? Constituem reservas fundiárias os terrenos que visam a promoção do povoamento e repovoamento e nos quais não é permitido qualquer forma de ocupação ou uso, salvo a que seja exigida para sua própria conservação ou gestão, tendo em vista a prossecução dos fins para o qual foram constituídas (n.º5 do Art.º 27 da LT). A Lei de Bases do Fomento Habitacional dispõe que é da responsabilidade do Governo a regulamentação e implementação em geral do sistema de concessão dos incentivos de fomento habitacional, designadamente através da elaboração e aprovação prévia de planos urbanísticos e de ordenamento rural com a previsão adequada dos terrenos urbanos e rurais destinados à habitação por iniciativa privada ou de autoconstrução, em geral e em particular aos programas e projectos de habitação social, urbana e rural apoiados pelo estado ou outras pessoas colectivas de direito público. As reservas fundiárias são constituídas por Decreto Executivo do Governo sobre proposta do Governo Provincial. Em síntese, a ocupação e uso destas áreas obedece aos instrumentos de ordenamento territorial desenvolvidos para o efeito e a sua constituição implica a obrigatoriedade de desenvolvimento de planos urbanísticos ou de ordenamento rural previamente à sua execução.
Modelo de organização territorial da cidade de Luanda
Modelo de eixos / corredores de crescimento