ACADEMIA MILITAR O INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÃO CRIMINAL NA UNIÃO EUROPEIA: A REALIDADE DA GUARDA NACIONAL REPUBLICANA

Documentos relacionados
ACADEMIA MILITAR. Autor: Aspirante Aluno de Infantaria da GNR Tiago Filipe Neto Brandão

ACADEMIA MILITAR. As sinergias entre o Grupo de Intervenção de Operações Especiais e a Investigação Criminal: Oportunidades, Ameaças e Desafios

ACADEMIA MILITAR. A Importância da Análise da Informação Criminal para a Investigação: o Contributo dos NAIIC

ACADEMIA MILITAR. Autor: Aspirante Fernando Abreu Duarte Ferreira. Orientador: Professor Doutor com Agregação Heitor A. C.

ACADEMIA MILITAR. Guarda Nacional Republicana e Autoridade Tributária e Aduaneira Colaboração e Cooperação na Região Autónoma da Madeira

ACADEMIA MILITAR. Autor: Aspirante Aluno de Infantaria da GNR Carlos Manuel da Silva Mouro

ACADEMIA MILITAR RESTRUTURAÇÃO DA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL NA GUARDA NACIONAL REPUBLICANA. Autora: Aspirante de Infantaria da GNR Inês Correia Rabaça

Envia-se em anexo, à atenção das delegações, o documento COM(2014) 596 final - ANEXO 1.

Direito da Segurança

ACADEMIA MILITAR. Georeferenciação Comando, Controlo e Tomada de Decisão Estudo de Caso. Aspirante de GNR Infantaria Pedro Moisés Dias Antunes

Resumo Palavras-chave:

* A rede normativa e orgânica da cooperação internacional panorâmica geral

Direito da Segurança

Direito da Segurança

Direito da Segurança

Serviço Social e Metodologia do Atendimento Integrado RESUMO

Conselho da União Europeia CICLO POLÍTICO DA UNIÃO EUROPEIA PARA A LUTA CONTRA A CRIMINALIDADE INTERNACIONAL GRAVE E ORGANIZADA

9481/19 nb/ip 1 JAI.1

Rede Judiciária Europeia em matéria civil e comercial (RJE)

Figura I Experiência prévia em Teatro dos alunos do 1º período do Curso de Graduação em Teatro da EBA/UFMG no 1º semestre de 2009.

10159/17 cmm/tca/jv 1 DGD 1C

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular COOPERAÇÃO POLÍCIAL Ano Lectivo 2017/2018

PROGRAMA QUADRO SOLID. Fundo para as Fonteiras Externas Casos de Sucesso DIREÇÃO DE SERVIÇOS DE GESTÃO DE FUNDOS COMUNITÁRIOS

Conselho da União Europeia Bruxelas, 2 de dezembro de 2016 (OR. en) Projeto de conclusões do Conselho sobre o combate à criminalidade ambiental

13268/16 ip/scm/ip 1 DGD 1C

PRESIDÊNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS. Proposta de Lei n.º 59/XIII. Exposição de Motivos

A habitação social como instrumento de combate à Pobreza e Exclusão Social: estudo de caso no Bairro Alves Redol

Defesa do Património Cultural em Caso de Conflito Armado Implementação das Medidas de Proteção em Portugal

LEI Nº De: 04 de julho de A CÂMARA MUNICIPAL DE UMUARAMA, ESTADO DO PARANÁ, aprovou, e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte Lei:

O IMPACTO DO MODELO INTEGRADO DE POLICIAMENTO DE PROXIMIDADE NA SEGURANÇA URBANA

Área de especialização. Políticas de Administração e Gestão de Serviços de Saúde

BASES JURÍDICAS PARA O PROCESSO LEGISLATIVO ORDINÁRIO. económico geral. das instituições

Índice de Anexos da Ata nº 116 de 26 de Julho de 2016

Sessão de Abertura do Seminário A Segurança Interna no Século XXI: Tendências e Dinâmicas Academia Militar, 18 janeiro 2017

ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA COMISSÃO DE ASSUNTOS EUROPEUS

10125/16 cp/mjb 1 DGD 1C

Designação do projeto Programa de Formação e Treino_ Fase II. - Consolidar as parcerias internacionais na área da segurança;

Vanessa da Costa Martins A perceção do clima de segurança e os seus efeitos na Segurança e Saúde no Trabalho

DECLARAÇÃO DE AUTENTICIDADE

DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO Publicado em: 08/05/2019 Edição: 87 Seção: 1 Página: 3 Órgão: Atos do Poder Executivo

Direito da Segurança

ACADEMIA MILITAR CONTRIBUTO DA GUARDA NACIONAL REPUBLICANA PARA A FORMAÇÃO NA CEPOL: O CASO DO CURSO DE MENTORING, MONITORING AND ADVISING

PROTOCOLO PROCEDIMENTO DE COMUNICAÇÃO DE ARMAS DE FOGO APREENDIDAS E ACESSO AO REGISTO DE ARMAS, PROPRIETÁRIOS E LICENÇAS

INFORMAÇÃO BÁSICA SOBRE EQUIPAS DE INVESTIGAÇÃO CONJUNTA NO ÂMBITO DA UNIÃO EUROPEIA

M ODELO EUROPEU DE INFORMAÇÃO PESSOAL EXPERIÊNCIA PROFISSIONAL CURRICULUM VITAE

ACADEMIA MILITAR DIREÇÃO DE ENSINO CURSO DE INFANTARIA TRABALHO DE INVESTIGAÇÃO APLICADA A SEGURANÇA NAS UNIDADES: ESTUDO DE CASO

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 768, DE 2 DE FEVEREIRO DE 2017.

Eduardo e outros-col. Leis Especiais p Conc-v45.indd 13 25/11/ :33:53

Idosos Ativos, Idosos Saudáveis

Conselho da União Europeia Bruxelas, 27 de março de 2017 (OR. en)

COOPERAÇÃO POLICIAL BASE JURÍDICA OBJETIVOS REALIZAÇÕES

Recomendação de DECISÃO DO CONSELHO

RESERVADO ACADEMIA MILITAR

ABIN - Sistema Brasileiro de Inteligência e Agência Brasileira de Inteligência

VERSÕES CONSOLIDADAS

Mestrado em Sistemas Integrados de Gestão

Imigração, migrantes e asilo no Espaço de Liberdade, Segurança e Justiça

15638/17 fmm/arg/jc 1 DGD 1C

Assunto: Eurojust - Comunicações e procedimentos de cooperação. Ofício:

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular NARCOTRÁFICO Ano Lectivo 2017/2018

Universidade do Minho Instituto de Ciências Sociais. Victor Manuel dos Santos Amaral Temas e Fontes na Imprensa Regional da Cidade da Guarda

Conferência Internacional Luta contra o Cibercrime Os Ministérios Públicos da CPLP no Contexto Global e 2ª Reunião do Fórum Cibercrime

Direção-Geral da Administração da Justiça

Paulo Afonso Monteiro Velasco Júnior

Renata Moraes Machado. Ratings Soberanos do Brasil: um estudo sobre os impactos de suas mudanças sobre o spread do c-bond

DOUTORAMENTO EM DIREITO E SEGURANÇA. DS104 DIREITO EUROPEU (5 ECTS; 15 horas) FICHA DE UNIDADE CURRICULAR

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 14 de Dezembro de 2005 (06.01) (OR. en) 15629/05 LIMITE CRIMORG 157

CO-CONSTRUIR O TEMPO: AVALIAÇÃO DE UM CURSO DE FORMAÇÃO PARENTAL E PARENTALIDADE

O Sistema de Autoridade Marítima e a Dicotomia Segurança/ Investigação Criminal. 1º Painel A Segurança Interna nas Áreas do SAM

ACADEMIA MILITAR. Videovigilância: Enquadramento Legal e sua Aplicação na Prevenção Criminal o Santuário de Fátima

DOCUMENTO METODOLÓGICO. Operação Estatística Estatísticas da Comissão Nacional de Protecção de Dados

A c o m u n i c a ç ã o m a t e m á t i c a e m c r i a n ç a s c o m N E E. Dedicatória

DESAFIOS QUE SE COLOCAM À SEGURANÇA INTERNA

ANEXOS. Proposta de Regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho. que cria o Fundo para a Segurança Interna

14406/15 mjb/jfs/mjb 1 DGD 1C

Conselho da União Europeia Bruxelas, 31 de março de 2017 (OR. en)

!" # "$ %!" &" ' ( & )!" & )# * # +, & & ), % ) % " -' )#, ( ". %(,,$ " / ) 0 ( %" % &". "/ " "( " 1, % ( " $" * 2(,3" & 4564

ACADEMIA MILITAR. Cooperação entre a Guarda Nacional Republicana e outras Forças e Serviços de Segurança no combate à criminalidade

Mestrado em Sistemas Integrados de Gestão

TESE DE MESTRADO EM ESTUDOS DA PAZ E DA GUERRA NAS NOVAS RELAÇÕES INTERNACIONAIS

FACULDADE METODISTA GRANBERY - MATRIZ CURRICULAR - CURSO DE ADMINIS

ACADEMIA MILITAR. A GNR e a cooperação entre Órgãos de Polícia Criminal. Estudo de caso: Distrito de Setúbal AUTOR:

Anexo 1 Plan de clase (10º B/F/G; Describir la vivienda)

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular POLÍTICA DE SEGURANÇA E DEFESA Ano Lectivo 2016/2017

COMPILAÇÃO DE INSTRUMENTOS JURÍDICOS DE DIREITO PENAL DA UNIÃO EUROPEIA

PORTARIA CFO-SEC-56, de 25 de fevereiro de 1999

BASE LEGAL OBJETIVOS REALIZAÇÕES

2. O Grupo do Intercâmbio de Informações e da Proteção de Dados (DAPIX) debateu esses documentos na sua reunião de 31 de janeiro de 2013.

A SEGURA ÇA ACIO AL E O TERRORISMO

Criminalidade automóvel com repercussões transfronteiriças *

ACADEMIA MILITAR. A Cooperação entre a Guarda Nacional Republicana e a Guardia Civil

INSTITUTO DE ESTUDOS SUPERIORES MILITARES CURSO DE PROMOÇÃO A OFICIAL GENERAL

DAS COORDENAÇÃO DE EIXO_TECNOLÓGICO

I. GENERALIDADES 7 1. Quanto ao Decreto-Lei nº 49/ Quanto ao Decreto-Lei nº 86/

ESTATÍSTICAS SOBRE CORRUPÇÃO ( )

CONSELHO DA UNIÃO EUROPEIA. Bruxelas, 1 de Dezembro de 2011 (OR. en) 17537/11 ENFOPOL 413 COPEN 342

Capítulo I Introdução e objectivo Introdução Objectivos do estudo Motivação para o estudo 2. Capítulo II Revisão da Literatura 4

BASE LEGAL OBJETIVOS REALIZAÇÕES

Transcrição:

ACADEMIA MILITAR O INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÃO CRIMINAL NA UNIÃO EUROPEIA: A REALIDADE DA GUARDA NACIONAL REPUBLICANA Autor: Aspirante de Infantaria da GNR Miguel Alexandre Dias Soares Orientador: Tenente-Coronel de Infantaria da GNR Paulo Daniel Duarte Machado Mestrado Integrado em Ciências Militares, na especialidade de Segurança Relatório Científico Final do Trabalho de Investigação Aplicada Lisboa, setembro de 2018

ACADEMIA MILITAR O INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÃO CRIMINAL NA UNIÃO EUROPEIA: A REALIDADE DA GUARDA NACIONAL REPUBLICANA Autor: Aspirante de Infantaria da GNR Miguel Alexandre Dias Soares Orientador: Tenente-Coronel de Infantaria da GNR Paulo Daniel Duarte Machado Mestrado Integrado em Ciências Militares, na especialidade de Segurança Relatório Científico Final do Trabalho de Investigação Aplicada Lisboa, setembro de 2018

EPÍGRAFE O que não sabe é um ignorante, mas o que sabe e não diz nada é um criminoso Bertolt Brecht i

DEDICATÓRIA À minha família, namorada e amigos, que sempre me apoiaram durante esta etapa da minha vida. ii

AGRADECIMENTOS Na elaboração deste estudo muitas foram as pessoas que contribuíram, direta ou indiretamente, para a sua realização, pelo que merecem o meu especial agradecimento. De salientar que todas estas pessoas que passarei a enumerar foram importantes na sua medida para a realização deste trabalho. Gostaria então por agradecer ao meu orientador, Sr.º Tenente-Coronel Paulo Machado, pela sua disponibilidade e compreensão em todos os momentos da realização deste trabalho, apesar dos seus muitos afazeres. A todos os entrevistados, um sincero e especial agradecimento, pelo seu contributo. Ao Chefe da Direção de Investigação Criminal, pela sua ajuda na obtenção das autorizações para a realização das entrevistas. Ao Dr. Veríssimo Milhazes, diretor da Unidade de Informações e Investigação Criminal da Polícia Judiciária, pela sua ajuda no desenvolvimento do estudo. À Direção dos Cursos da Guarda Nacional Republicana na Academia Militar, pela ajuda na obtenção da autorização das entrevistas e pela constante preocupação com o Trabalho. À minha família e amigos pelo apoio ao longo de todo este percurso. À minha namorada pelo apoio, compreensão e ajuda na elaboração deste trabalho. A todos vós, o meu muito obrigado! iii

RESUMO Numa Europa sem fronteiras internas e onde a criminalidade transnacional se evidencia como uma ameaça premente, torna-se cada vez mais necessário incrementar a cooperação policial densificada numa maior partilha de informação criminal. O presente trabalho surge então com o objetivo geral de analisar a atuação da Guarda Nacional Republicana no intercâmbio de informação criminal na União Europeia. Para alcançar este objetivo foram definidos objetivos específicos, designadamente, caracterizar o conceito de informação criminal, identificar as ferramentas e instrumentos legais criados no seio da União Europeia para o intercâmbio de informação criminal, identificar as principais limitações da Guarda Nacional Republicana no intercâmbio de informação criminal na União Europeia e apresentar medidas a adotar pela Guarda Nacional Republicana para otimizar o intercâmbio de informação criminal na União Europeia. A metodologia utilizada na investigação baseia-se numa lógica dedutiva, privilegiando uma abordagem qualitativa, com recurso a análise documental e entrevistas semiestruturadas, que através de um raciocínio de análise, do geral para o particular, permitiram chegar às conclusões. No final do trabalho, conclui-se que a Guarda Nacional Republicana tem nos últimos anos dado mais importância à partilha de informação criminal, utilizando cada vez mais os mecanismos criados para o efeito. Contudo, existem ainda algumas lacunas que faltam preencher, nomeadamente no plano interno, e que só serão resolvidas caso o investimento nesta área seja continuado. É importante salientar que a Guarda Nacional Republicana tem tudo para assumir um papel de destaque no que a esta matéria diz respeito. Este trabalho pretende assim aumentar a consciencialização da necessidade de partilhar informação criminal ao nível da União Europeia, de forma a combater mais eficazmente a criminalidade transnacional. PALAVRAS-CHAVE: Guarda Nacional Republicana, Intercâmbio de Informação Criminal; Combate à Criminalidade Transnacional. iv

ABSTRACT In an Europe without internal borders and where transnational crime as becoming an imperious threat, exists an urgent necessity of densified police cooperation focused in the enhancing of criminal information exchange. By this way, the present work has as general objective to analyze the performance of Guarda Nacional Republicana in the exchange of criminal information in the European Union. In order to achieve this objective, specific objectives were defined, namely to characterize the concept of criminal information, to identify legal tools and instruments created in the European Union for the exchange of criminal information, to identify the main limitations of Guarda Nacional Republicana in the exchange of criminal information in the European Union and to present measures to be adopted by Guarda Nacional Republicana to optimize the exchange of criminal information in the European Union. The methodology used in our investigation is based on a deductive logic, favoring a qualitative approach, using documentary analysis and semistructured interviews, which through analysis reasoning, from general to particular, allow us to reach conclusions. Ultimately, we conclude that in recent years Guarda Nacional Republicana has been given more importance to the need of sharing criminal information, using more and more the mechanisms created for this purpose. However, there are some gaps that remain to be filled, in particular at internal level, that can only be solved with permanent investment in this area. It s important to highlight that Guarda Nacional Republicana has everything to take a leading role in this matter. Thus, this work aims to be an awareness raising to the need of criminal information exchange at European Union in order to more effectively combat transnational crime. KEYWORDS: Guarda Nacional Republicana; Criminal Information Exchange; Transnational Crime Combat. v

ÍNDICE GERAL EPÍGRAFE... i DEDICATÓRIA... ii AGRADECIMENTOS... iii RESUMO / PALAVRAS-CHAVE... iv ABSTRACT / KEYWORDS... v ÍNDICE GERAL... vi ÍNDICE DE FIGURAS... ix ÍNDICE DE QUADROS... x ÍNDICE DE TABELAS... xi LISTA DE APÊNDICES E ANEXOS... xii LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E ACRÓNIMOS... xiii INTRODUÇÃO... 1 PARTE I ENQUADRAMENTO TEÓRICO... 4 CAPÍTULO 1 INFORMAÇÃO CRIMINAL... 4 1.1. INFORMAÇÃO E INTELLIGENCE... 4 1.2. INFORMAÇÃO CRIMINAL... 5 1.3. INTELLIGENCE LED POLICING... 7 CAPÍTULO 2 MECANISMOS E INSTRUMENTOS DE INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÃO CRIMINAL NA UNIÃO EUROPEIA... 8 2.1. O CONCEITO DE COOPERAÇÃO POLICIAL... 8 2.2. A COOPERAÇÃO POLICIAL NO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA..8 2.3. AGÊNCIAS INTERNACIONAIS QUE CONTRIBUEM PARA O INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÃO CRIMINAL NA UNIÃO EUROPEIA... 9 2.3.1. Agência da União Europeia para a Cooperação Policial... 9 2.3.2. Organização Internacional de Polícia... 10 vi

Índice Geral 2.3.3. Unidade Europeia de Cooperação Judiciária... 11 2.4. OUTROS MECANISMOS DE COOPERAÇÃO POLICIAL QUE CONTRIBUEM PARA O INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÃO CRIMINAL NA UNIÃO EUROPEIA... 12 2.4.1. Comité Permanente para a Cooperação Operacional em matéria de Segurança Interna... 12 2.4.2. Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira... 13 2.4.3. Agência da União Europeia para a Formação Policial... 13 2.4.4. Organismo Europeu de Luta Anti-Fraude... 13 2.4.5. Grupos de trabalho policiais... 14 2.4.6. Grupo de Intercâmbio de Informações e da Proteção de Dados... 14 2.4.7. Centros de Cooperação Policial e Aduaneira... 14 2.4.8. Mandado de Detenção Europeu... 15 2.5. O INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÃO CRIMINAL NA UNIÃO EUROPEIA... 16 2.5.1. A iniciativa sueca... 16 2.5.2. A decisão Prüm... 17 EUROPEIA 2.6. OS INSTRUMENTOS DE INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÃO CRIMINAL NA UNIÃO 17 2.6.1. EUROPOL Information System... 18 2.6.2. EUROPOL Analysis Projects... 19 2.6.3. Secure Information Exchange Network Application... 19 2.6.4. Sistema de Informação Schengen II... 20 2.6.5. Cartas rogatórias... 21 CAPÍTULO 3 PORTUGAL E A GUARDA NACIONAL REPUBLICANA NO INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÃO CRIMINAL NA UNIÃO EUROPEIA... 22 3.1. A COOPERAÇÃO POLICIAL INTERNACIONAL EM PORTUGAL... 22 3.2. ESTRUTURAS DE INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÃO CRIMINAL EM PORTUGAL 23 3.2.1. Gabinete Nacional SIRENE... 23 3.2.2. Unidade Nacional EUROPOL... 24 3.2.3. Gabinete Nacional INTERPOL... 25 3.2.4. Unidade de Cooperação Internacional... 25 3.2.5. Centros de Cooperação Policial e Aduaneira... 26 3.2.6. Ponto Único de Contacto para a Cooperação Policial Internacional... 26 3.2.7. Oficiais de ligação do Ministério da Administração Interna... 27 vii

Índice Geral 3.3. A ATUAÇÃO DA GUARDA NACIONAL REPUBLICANA NO INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÃO CRIMINAL NA UNIÃO EUROPEIA... 28 3.3.1. O futuro do intercâmbio de informação criminal na Guarda Nacional Republicana - a estratégia 2020... 29 PARTE II PARTE PRÁTICA... 31 CAPÍTULO 4 METODOLOGIA E PROCEDIMENTOS... 31 4.1. INTRODUÇÃO... 31 4.2. MÉTODO DE ABORDAGEM DA INVESTIGAÇÃO E JUSTIFICAÇÃO... 31 4.3. TÉCNICAS, PROCEDIMENTOS E MEIOS UTILIZADOS... 32 4.4. LOCAL E DATA DA PESQUISA E RECOLHA DE DADOS... 33 4.5. AMOSTRAGEM: COMPOSIÇÃO E JUSTIFICAÇÃO... 34 4.6. PROCEDIMENTOS E FERRAMENTAS DE RECOLHA E ANÁLISE DE DADOS... 34 CAPÍTULO 5 APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS. 36 5.1. INTRODUÇÃO... 36 5.2. APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DAS ENTREVISTAS... 36 5.2.1. Apresentação, análise e discussão da categoria 1... 38 5.2.2. Apresentação, análise e discussão da categoria 2... 38 5.2.3. Apresentação, análise e discussão da categoria 3... 39 5.2.4. Apresentação, análise e discussão da categoria 4... 41 5.2.5. Apresentação, análise e discussão da categoria 5... 42 5.2.6. Apresentação, análise e discussão da categoria 6... 42 5.2.7. Apresentação, análise e discussão da categoria 7... 44 5.2.8. Apresentação, análise e discussão da categoria 8... 45 5.2.9. Apresentação, análise e discussão da categoria 9... 45 5.3. CONCLUSÕES DAS ENTREVISTAS... 48 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES... 50 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 54 APÊNDICES... I ANEXOS... XLIV viii

ÍNDICE DE FIGURAS Figura n.º 1 - O modelo 4-i... 7 Figura n.º 2 - Dados estatísticos relativos ao EIS em 2016... XLV Figura n.º 3 - Dados estatísticos relativos ao SIENA em 2016... XLVI ix

ÍNDICE DE QUADROS Quadro n.º 1 - Atribuição de categorias a cada assunto.... 37 Quadro n.º 2 - Análise SWOT à atuação da GNR no intercâmbio de IC na UE..... 49 Quadro n.º 3 - Modelo de Análise e Estrutura da Investigação.... XIV Quadro n.º 4 - Quadro de relação para a elaboração das entrevistas.... XV Quadro n.º 5 - Codificação numérica e cromática das entrevistas.... XXII Quadro n.º 6 - Análise de conteúdo da categoria 1... XXIII Quadro n.º 7 - Análise de conteúdo da categoria 2... XXVI Quadro n.º 8 - Análise de conteúdo da categoria 3... XXVIII Quadro n.º 9 - Análise de conteúdo da categoria 4... XXXII Quadro n.º 10 - Análise de conteúdo da categoria 5.... XXXIII Quadro n.º 11 - Análise de conteúdo da categoria 6.... XXXIV Quadro n.º 12 - Análise de conteúdo da categoria 7.... XXXVII Quadro n.º 13 - Análise de conteúdo da categoria 8.... XXXIX Quadro n.º 14 - Análise de conteúdo da categoria 9.... XLI x

ÍNDICE DE TABELAS Tabela n.º 1 - Análise qualitativa e quantitativa da categoria 1... 38 Tabela n.º 2 - Análise qualitativa e quantitativa da categoria 2... 39 Tabela n.º 3 - Análise qualitativa e quantitativa da categoria 3... 41 Tabela n.º 4 - Análise qualitativa e quantitativa da categoria 4... 42 Tabela n.º 5 - Análise qualitativa e quantitativa da categoria 5... 42 Tabela n.º 6 - Análise qualitativa e quantitativa da categoria 6... 43 Tabela n.º 7 - Análise qualitativa e quantitativa da categoria 7... 44 Tabela n.º 8 - Análise qualitativa e quantitativa da categoria 8... 45 Tabela n.º 9 - Análise qualitativa e quantitativa da categoria 9... 48 Tabela n.º 10 - Número de Solicitações das FSS nacionais à UNE... XII Tabela n.º 11 - Número de Solicitações externas efetuadas à UNE... XII Tabela n.º 12 - Respostas da GNR a solicitações SIENA... XII Tabela n.º 13 - Número de Processos Abertos pela UCI... XII Tabela n.º 14 - Dados estatísticos relativos ao SIS-II... XIII Tabela n.º 15 - Cartas Rogatórias trocadas... XIII xi

LISTA DE APÊNDICES E ANEXOS APÊNDICES... I APÊNDICE A CICLO DE PRODUÇÃO DE INTELLIGENCE... II APÊNDICE B A COOPERAÇÃO POLICIAL NO PROCESSO DE INTEGRAÇÃO DA UNIÃO EUROPEIA... III APÊNDICE C OS LEWP... VII APÊNDICE D NÚMEROS 1, 2 E 3 DO ART.º 39º E DO ART.º 46º DA CAAS... VIII APÊNDICE E OUTROS INSTRUMENTOS DE INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÃO CRIMINAL... X APÊNDICE F DADOS ESTATÍSTICOS RELATIVOS AO PAPEL DE PORTUGAL E DA GNR NO INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÃO POLICIAL... XII APÊNDICE G MODELO DE ANÁLISE E ESTRUTURA DA INVESTIGAÇÃO... XIV APÊNDICE H QUADRO DE RELAÇÃO PARA A ELABORAÇÃO DAS ENTREVISTAS... XV APÊNDICE I LISTA DOS ENTREVISTADOS... XVI APÊNDICE J CARTA DE APRESENTAÇÃO E GUIÃO DA ENTREVISTA... XVIII APÊNDICE L ANÁLISE DE CONTEÚDO DAS ENTREVISTAS... XXII ANEXOS... XLIV ANEXO A EIS EM 2016... XLV ANEXO B SIENA EM 2016... XLVI xii

LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E ACRÓNIMOS al. alínea(s) APs Analysis Projects AQUAPOL International police cooperation on the water AROs Gabinetes de recuperação de ativos art.º Artigo CAAS Convenção de Aplicação do Acordo de Schengen CARPOL Network of European Union Contact Points for Tackling Cross-Border Vehicle Crime CCPA Centro de Cooperação Policial e Aduaneira CEPOL Agência da União Europeia para a Formação Policial CIG Centro de Informações da Guarda CIS Custom Information System COSI Comité Permanente para a Cooperação Operacional em matéria de Segurança Interna CRP Constituição da República Portuguesa DAPIX Grupo do Intercâmbio de Informações e da Proteção de Dados DI Direção de Informações DIC Direção de Investigação Criminal DPERI Divisão de Planeamento Estratégico e Relações Internacionais E Entrevistado EAS EUROPOL Analysis System ECRIS Sistema Europeu de Informação sobre os Registos Criminais EIC Equipas de Investigação Conjuntas EIS EUROPOL Information System EM Estado(s)-membro(s) EMPACT Plataforma Europeia Multidisciplinar contra Ameaças Criminais EPE EUROPOL Plattaform for Experts EUCARIS Sistema Europeu de Informação sobre Veículos e Cartas de Condução xiii

Lista de abreviaturas, siglas e acrónimos EURODAC European Union asylum fingerprint database EUROJUST Unidade Europeia de Cooperação Judiciária EUROPOL Agência da União Europeia para a Cooperação Policial FRONTEX Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira FSS Forças e Serviços de Segurança GNI Gabinete(s) Nacional(ais) INTERPOL GNR Guarda Nacional Republicana IC Informação criminal ILP Intelligence Led Policing INTERPOL Organização Internacional de Polícia Criminal IOCTA Internet Organised Crime Threat Assessment LEWP Law Enforcemente Working Party LOIC Lei de Organização da Investigação Criminal LSI Lei de Segurança Interna MAI Ministério da Administração Interna MDE Mandado de Detenção Europeu n.º número(s) NEP Norma de Execução Permanente NUIPC Número Único de Identificação de Processo-Crime OE Objetivo específico OLAF Organismo Europeu de Luta Anti-fraude OPC Órgão de Polícia Criminal OSCE Organization for security and cooperation in Europe PD Pergunta derivada PIIC Plataforma para o Intercâmbio de Informação Criminal PJ Polícia Judiciária PM Polícia Marítima PP Pergunta de partida PSP Polícia de Segurança Pública PUC-CPI Ponto de Único de Contacto para a Cooperação Policial Internacional RAIC Repartição de Análise de Informação Criminal RAILPOL European Network of Railway Police Forces xiv

Lista de abreviaturas, siglas e acrónimos RASI Relatório Anual de Segurança Interna RCFTIA Relatório Científico Final do Trabalho de Investigação Aplicada SEF Serviço de Estrangeiros e Fronteiras SGCUE Secretariado-Geral do Conselho da União Europeia SGMAI Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna SIENA Secure Information Exchange Network Application SIIC Secção de Informações e Investigação Criminal SIRENE Supplementary Information Requested at the National Entry SIS-II Sistema de Informação Schengen II SOCTA Serious and Organised Crime Threat Assessment SWOT Potencialidades, Condicionantes, Desafios e Constrangimentos TE-SAT European Union Terrorism Situation and Trend Report TFUE Tratado de Funcionamento da União Europeia TISPOL European Traffic Police Network UCAT Unidade de Coordenação Antiterrorismo UCI Unidade de Cooperação Internacional UE União Europeia UMF Universal message format UNE Unidade(s) Nacional(ais) EUROPOL UNODC United Nations Office on Drugs and Crime UR Unidade de registo VIS Visa Information System xv