Fertilização. Prof a. Marta G. Amaral, Dra. Embriologia molecular

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Transcrição:

Fertilização Prof a. Marta G. Amaral, Dra. Embriologia molecular

Geralmente ocorre na ampola da trompa uterina. Não ocorre no útero.

Sêmen Formado pelos espermatozoides e mistura de secreções testiculares, vesículas seminais, próstata e glândulas bulbouretrais

Fases da ejaculação reflexa dos espermatozoides 1. Emissão: o sêmen é enviado para a uretra prostática pelo peristaltismo dos ductos deferentes 2. Ejaculação: sêmen é expelido da uretra quando: a) o esfíncter vesical no colo da bexiga se fecha b) ocorre contrações do músculo uretral e dos bulboesponjosos (SNA simpático)

Volume: 3 a 6 ml Composição do ejaculado Concentração de espermatozoides: 200-300 milhões de espermatozoides/mm 3 Plasma seminal: 50-100 milhões/mm 3 ph 7,2-7,8 Prostaglandinas: estimulam as contrações uterinas Frutose: fonte de energia para os espermatozoides Fosfatase ácida: manutenção do ph e autólise dos tecidos Ácido cítrico: equilíbrio osmótico Zinco e magnésio Capacitação dos espermatozoides Leva cerca de 7 horas O útero e/ou as trompas liberam albumina que retira o colesterol da membrana da superfície do acrossoma Os espermatozoides se tornam mais ativos

Reação acrossômica Acrossoma se liga a uma glicoproteína da zona pelúcida (ZP3) A membrana plasmática se torna mais negativa pela perda de K + A variação de potencial na membrana forma canais de Ca ++ Necessita de prostaglandinas e progesterona

Deve estar completa antes da fusão do espermatozoide com o oócito Ocorre a fusão da membrana plasmática do espermatozoide com a membrana acrossomal externa

Os pontos de fusão de membrana se rompem pela liberação de hialuronidase e acrosina pelo acrossoma.

Reação acrossômica

Fases da fertilização 1. Passagem do espermatozoide pela corona radiata: O espermatozoide libera hialuronidase Enzimas da mucosa tubária auxiliam na dispersão das células foliculares Movimentos da cauda do espermatozoide também auxiliam a passagem

2. Penetração da zona pelúcida: O acrossoma libera acrosina (proteolítica), esterases e neuraminidase Ocorre uma reação zonal, a zona pelúcida se torna impermeável a outros espermatozoides Acredita-se que os lisossomas do oócito liberem enzimas que provocam a reação zonal

3. Fusão das membranas plasmáticas do oócito e do espermatozoide: As membranas se fusionam, a cabeça e a cauda do espermatozoide entram no citoplasma do oócito. a membrana do espermatozoide não entra.

4. Término da 2ª divisão meiótica e formação do pro núcleo feminino: Após a penetração forma-se o ovócito maduro e o 2º corpúsculo polar Os cromossomos maternos se condensam e o núcleo maduro torna-se o pró núcleo feminino

5. Formação do pro núcleo masculino: Aumenta o núcleo do espermatozoide dentro do citoplasma do ovócito para formar o pro núcleo masculino A cauda degenera Os pro núcleos replicam o DNA Oótide: ovócito com 2 pro núcleos haplóides

5. Formação do zigoto: Ocorre a fusão dos pro núcleos, a célula passa a ser diploide.

Oócito não fertilizado com poucos espermatozoides ao redor MEV Oócito com espermatozoide penetrando a zona pelúcida MEV

Curiosidades Não se sabe quanto o tempo os espermatozoides levam até chegar ao local da fertilização Já foram colhidos espermatozoides móveis na ampola da tuba, 5 minutos após sua deposição próximo ao orifício do colo uterino Cerca de 200 espermatozoides chegam ao local da fertilização Normalmente, o espermatozoide não sobrevive mais de 48h no trato genital feminino

Pré-seleção do sexo do embrião Não se sabe porque mas, em todos os países, nascem mais bebês masculinos do que femininos Técnicas in vitro para separar espermatozoides X e Y Diferenças na capacidade natatória dos espermatozoides X e Y Diferença de velocidade de migração dos espermatozoides em campo elétrico, pela diferença de carga elétrica na membrana. Gradiente de densidade: o X contém mais DNA e proteína nuclear que o Y, isso provoca a diferença de massa entre os dois tipos de células. Diferenças na morfologia dos espermatozoides X e Y, são detectadas pelo citômetro de fluxo, usado só em animais.

Fertilização in vitro (FIV)

A paciente deve permanecer em posição supina (face para cima) por varias horas.

Criopreservação de embriões São congelados em diferentes estágios de desenvolvimento celular, desde estágios de pro núcleos até blastocisto. São congelados em grupos de dois ou três em palhetas (microtúbulos) de plástico. Identificadas, as palhetas contendo os embriões são armazenadas em tambores de nitrogênio liquido

Injeção intracitoplasmática do espermatozoide (ICSI) Usada quando a FIV foi mal sucedida Quando há poucos espermatozoides para a inseminação in vitro

Fertilização in vivo assistida Faz-se superovulação hormonal Ocorre a coleta dos oócitos e espermatozoides Várias oócitos e espermatozoides são inseridas por laparoscopia na dentro da tuba uterina. A fertilização ocorre na ampola, seu local habitual