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Transcrição:

BOLETIM INFORMATIVO CENTRO PORTO ALEGRE 17 de abril de 2015 nº 10 VISITE O SITE: www.naamat.org.br. CALENDÁRIO DE ATIVIDADES DE ABRIL DE 2015: Evento Dia Horário Local 15h Central Reunião da Central 22/04 (quarta-feira) Filme: Esse viver ninguém me tira com debate com o diretor Caco Ciocler 25/04 14h Auditório da AMRIGS Morro Reuter: Um domingo Diferente, passeio do grupo Kineret 26/04 Saída 8h45 Noite do Nhoque do grupo Clarinha Milman 29/04 20h Blue Tree Tower Se você gosta de cantar, venha participar do Coral Zemer. Ensaios: segundas-feiras, das 16h às18h, na Hebraica- RS, sede Bom Fim. Indique novas chaverot para os grupos. Informe o nome e telefone para nossa secretária (3311.0822 - naamatpioneirasrs@terra.com.br ).

. LANÇAMENTO DO LIVRO DEZ MITOS SOBRE OS JUDEUS, DA PROFA. MARIA LUISA TUCCI CARNEIRO: Ver: Hebraica News na TV - 11 de abril de 2015. https://www.youtube.com/watch?v=cx32ro7sfkw. CHAVEROT DA NA AMAT POA PARTICIPAM DE SEDER EM VÁRIAS SINAGOGAS: Várias sinagogas comemoraram o Pessach, tendo ocorrido jantares no primeiro e segundo Seder, respectivamente, nas Sinagogas Linat Hatzedek e Centro Israelita, sob o comando dos respectivos rabinos, Daniel e Pablo. Os concorridos Sederarim comunitários, com a presença de várias chaverot Na amat, ocorreram em um ambiente muito agradável e em família. Não temos fotos, pois os dois primeiros dias eram Iom Tov (dia festivo). Também realizaram Seder as sinagogas do Centro Hebraico (07/04) e a Sibra, no Hotel Plaza São Rafael (04/04), ambos muito prestigiados pela comunidade. Já na quinta noite de Pessach, quarta-feira, dia 8, a Sinagoga União reuniu um grande número de presentes para o seu Seder, lotando o salão. Com a participação de todos os alunos que estão realizando algum curso na Sinagoga, um jantar típico muito saboroso, acompanhado de música, transcorreu à noite. Abaixo, um grupo de chaverot Na amat presentes.

. REUNIÃO DO GRUPO HAMSA: O grupo Hamsa está retornando às atividades com muitas novidades para 2015, inclusive, com duas integrantes novas, Elisa Herz Berdichevski e Viviane Waldman. Bem-vindas ao grupo, Elisa e Vivi!!!. GRUPO ELISHEVA KAPLAN FESTEJANDO PESSACH: O grupo Elisheva Kaplan festejou Pessach, dia 08 de abril, na residência da chaverá Adelina Naiditch.

. REUNIÃO COM PRESIDENTES E TESOUREIRAS DE GRUPOS: Nesta segunda-feira, dia 13 de abril, ao meio-dia, com a presença de 22 pessoas, foi realizada, na nossa sala, uma reunião com as presidentes e tesoureiras de 12 grupos. Na oportunidade, foi apresentado o projeto da Revista do Bazar, foram discutidos assuntos financeiros: mensalidade, campanha e patronesses, bem como assuntos gerais pertinentes à Organização, como os eventos, dificuldades de alguns grupos etc. Com a presença da Presidente, Sônia Teruchkin, e das Vice- Presidentes, Suzete Zylbersztein e Eliane Mastronardi, a reunião foi muito proveitosa.. DEPARTAMENTO CULTURAL CONVIDA: Pessoal, este evento é imperdível: um filme sobre o heroísmo de Aracy de Carvalho Guimarães Rosa, com a presença do diretor, o ator da TV Globo CACO CIOCLER, que virá especialmente a Porto Alegre para falar com vocês! Não dá para perder uma oportunidade dessas, vocês não acham? Dia 25 de abril, sábado, 14h, na AMRIGS. Ingressos a um precinho bem camarada (R$ 25,00), com a nossa secretária ou com a turma do DC. Em tempo: Caco Ciocler esteve, na semana passada, em Paris, onde o filme foi exibido.

. GRUPO KINERET CONVIDA: Interessante passeio, a um excelente preço, para Morro Reuter, no domingo, dia 26 de abril, com ônibus, visita ao museu-atelier a céu aberto de Cláudia Sperb, almoço colonial no restaurante El Paradiso incluído, passeio no centrinho e, na volta, parada para compras no outlet Platinum, em Novo Hamburgo. É uma bela maneira de passar um domingo diferente, num lugar aprazível, com os amigos e familiares. Já lotamos um ônibus e, devido à procura, abrimos a venda de ingressos para a segunda condução. Quem mais se habilita?. BRECHÓ BENEFICENTE DO GRUPO IACHAD Em seu 14º ano de existência, o Brechó do Grupo Iachad vem solicitar a colaboração de todos aqueles que têm roupas, calçados, acessórios de vestuário e queiram nos ceder para que possamos oferecer aos compradores, colaborando assim com as diversas Entidades que são favorecidas com nossas vendas: Instituto da Criança com Diabetes Instituto do Câncer Infantil Lar da Criança Anne Frank Associação Israelita Damas de Caridade Começaremos nossas vendas nos seguintes dias: DOMINGOS 14, 21, 28 DE JUNHO DAS 17 ÀS 19 HORAS 05 DE JULHO DAS 17 ÀS 19 HORAS

TERÇAS-FEIRAS 16, 23, 30 DE JUNHO 07 DE JULHO BAZAR ANUAL DIA 12 DE JULHO, DAS 10 ÀS 18 HORAS. Contatos para a doação de roupas: Central Na amat 33110822 Raquel Melamed raquel.melamed@gmail.com F:98665566 Ivone Herz ivoneherz@gmail.com F: 98081834. GRUPO CLARINHA MILMAN CONVIDA:

. DEPARTAMENTO DE TURISMO CONVIDA: EXECUTIVO NACIONAL Na amat Pioneiras Brasil Prezadas chaverot, Segue artigo do jornal The Guardian e citado no WJC - World Jewish Congress de 09 de abril de 2015. Shabat Shalom! A REALIDADE DE SER JUDEU NA EUROPA DE HOJE UM NOVO ÊXODO? Natalie Nougayrède, Kim Wilsher, Kit Gillet, Kate Connolly, Zia Weise, John Hooper, Katie Forster, Lars Eriksen, Ashifa Kassam Após uma onda de ataques antissemitas na Europa, muitos judeus se perguntam o que o futuro lhes reserva. Aqui temos vários depoimentos diferentes de pessoas de alguns países, desde a França até a Turquia.

We now have a heavily armed soldier on the gate : a Belgian paratrooper keeps guard outside a Jewish school in Antwerp. Photograph: Yves Herman/Reuters Introdução pela comentarista política Natalie Nougayrède Na Europa atual, aqueles que se identificam como judeus ou que têm antecedentes judaicos atravessam tempos difíceis. Para muitos é uma época de medo e sofrimento. O antissemitismo está crescendo, alimentado por tendências que ameaçam a estrutura da consciência e dos valores europeus. Os movimentos de extrema-direita estão em ascensão e, frequentemente, eles trazem consigo elementos do antigo antissemitismo europeu. A Europa também foi atingida pelo sectarismo e pelo fanatismo que vem do Oriente Médio. O jihadismo violento já atacou em Paris, Copenhagen, Bruxelas e Toulouse. Jovens violentos e radicalizados representam apenas uma pequena minoria dos muçulmanos, mas eles são perigosos e seu número está crescendo na Europa. A ideologia do ódio encontra terreno fértil nos subúrbios pobres e no racismo que os partidos populistas promovem quando estigmatizam os imigrantes. Algumas vezes parece que a Europa foi tomada por um círculo vicioso onde problemas econômicos e de identidade tornam as comunidades cada vez mais desconfiadas umas das outras. As lições da história europeia devem ser constantemente lembradas como um antídoto para tudo isso. Em 1989 eu comecei a viajar pelo leste europeu após a queda do muro de Berlim e algumas das experiências mais comoventes que tive foram as visitas que fiz a muitos lugares de onde os judeus desapareceram por causa do genocídio nazista: as ruínas das vilas nos antigos shtetls; as sinagogas vazias, abandonadas das cidades húngaras e ucranianas; os bairros de Praga e Varsóvia onde artistas, escritores e intelectuais judeus produziram um ingrediente único e essencial para a cultura européia. Hoje, na Europa, vivem cerca de 1.4 milhão de judeus. Eles formam uma parte íntima do continente e do que deveria ser a sua essência, ou seja, a tolerância e a aceitação de que nosso continente sempre foi um mosaico de culturas e religiões, cada uma contribuindo para tornar a vida mais plena. Algumas vozes, entre elas a do líder israelense Benjamin Netanyahu, têm aconselhado os judeus da Europa a emigrar para Israel em busca de segurança. O medo pode ser compreensível, mas não é este o tipo de mensagem que precisamos. Seria a negação da diversidade e da identidade da Europa. Agora é a melhor época para valorizar essa diversidade e ouvir com atenção a miríade de experiências individuais que a compõe. Jean-François Bensahel, 51, Paris, presidente da sinagoga União Reformista Israelita onde, em outubro de 1980, explodiu uma bomba, matando quatro pessoas.

People are saying they have to leave because it s too dangerous in France : Jean-Francois Bensahel. Meu avô era um sobrevivente do Holocausto. Depois da guerra os judeus viviam duas vidas diferentes: uma na sociedade normal e a outra com sua família. Na era comunista não era permitido ter religião embora tivéssemos permissão para ter aulas de canto coral todos os domingos onde aprendíamos sobre religião e tradições. Era um segredo aberto. Na minha cidade natal nunca tivemos problemas, mas nas cidades maiores o medo era muito grande. Quando minha mãe era jovem parte da comunidade judaica abandonou a Romênia e muitos mais partiram no início dos anos 1990 por motivos econômicos e também porque sentiam que não Photograph: Jérôme Bonnet/Observer O aumento do antissemitismo é um fenômeno europeu, mas foi na França que as balas assassinas começaram. O estado republicano forte que impõe valores compartilhados une a nossa sociedade, mas, nos últimos quarenta anos o secularismo e a assimilação cederam lugar ao multiculturalismo e a guetoização e nós estamos sofrendo as consequências disso. O ataque ao Charlie Hebdo em janeiro mostrou que a questão judaica é também a questão francesa. Agora muitas pessoas estão dizendo que devem partir porque é perigoso viver na França e elas têm medo de ser atacadas na rua por usar kipá ou uma estrela de Davi. Cada vez mais as pessoas acreditam que a identidade delas pode ser resumida por sua religião. Os franceses não reagiram aos assassinatos antissemitas no passado e, por trinta ou quarenta anos, eles apresentaram desculpas para a radicalização dos muçulmanos culpando a situação social e econômica deles e vendo isso como uma extensão do conflito entre Israel e os palestinos. No passado nós puxamos o alarme de emergência muitas vezes, mas agora, esses eventos ultrapassaram os limites. As pessoas estão não apenas furiosas, mas sentem desespero e resignação. O sentimento é de que não somos ouvidos e nunca seremos. As pessoas me perguntam qual será o próximo ato de barbárie e estão preocupadas com a expansão do antissemitismo. Nós temos soldados fortemente armados na frente das sinagogas e, ao mesmo tempo em que isso nos conforta, é também muito preocupante. O governo francês está fazendo um grande esforço, mas nossa função é convencer as pessoas de que não somos apenas nós que estamos na mira dos ataques, são vocês também, os franceses e os europeus. Dalia Golda, 33, Bucareste, fundadora do jardim de infância judaico Gan Eden, na capital romena, onde os judeus constituem uma pequena minoria dentro da população total. I received hundreds of phone calls in the middle of the night saying: You Jew : Dalia Golda in her office at the Jewish kindergarten, Gan Eden, she founded in central Bucharest, Romania. Photograph: Davin Ellicson/Observer Existem muito poucos judeus na Romênia, oficialmente sete mil. Eles foram eliminados durante a Segunda Guerra Mundial. É importante ter lugares como o Memorial do Holocausto, que abriu em 2009, para lembrar, mas também é preciso educar. Quando eu trabalhava no Centro Cultural Judaico eu costumava receber telefonemas no meio da noite que diziam: Judia! Isso me intimidou.

poderiam ter uma vida judaica aqui. A maior parte da minha família foi para Israel e para os Estados Unidos, apenas meus pais ficaram. Quando eu nasci em Suceava, uma pequena cidade do norte da Romênia, havia lá cerca de trinta jovens judeus. No meu bat mitzvá, quando eu tinha doze anos, éramos seis. Agora aquela comunidade está quase morta. Existe um antisemitismo crescente em toda Europa, é claro, mas não realmente na sociedade romena. Não existe uma grande diferença entre o modo de vida dos romenos e dos judeus romenos. Se a comunidade judaica tivesse casas maiores e mais dinheiro, poderia ser um problema. A cultura judaica é parte da identidade da Europa, se for perdida, uma grande parte da Europa também o será. Amit Jacobi, 34, ator e diretor israelense radicado em Berlim há 12 nos. Ele produziu manchetes nos jornais ao filmar secretamente seu passeio pelas ruas de Berlim usando kipá, imitando experiências semelhantes de Nova York e Paris. A young Caucasian man recently told me to go back to Israel. It took my breath away : Israeli dancer, actor and director Amit Jocobi. Photograph: Malte Jaeger/laif Ser judeu e ser um alvo fácil é algo que não podemos evitar, é parte da sua identidade mesmo que você seja um artista desligado, não crente, em Berlim, assim como eu. Afinal, esta é a cidade da qual meu avô fugiu quando tinha mais ou menos a minha idade e da qual meus bisavós foram deportados para Auschwitz e assassinados. Eu faço parte de uma onda de jovens israelenses que vieram para Berlim. Não posso dizer que me sinto inseguro aqui, mas não faço parte de nenhuma comunidade judaica, não é assim como se reunir em um café com símbolos judaicos, o que poderia ser visado. O ataque antissemita mais flagrante que sofri foi há pouco tempo. Um jovem se aproximou de mim enquanto eu conversava em hebraico com um amigo israelense e disse: seus f...voltem para Israel. Isso me tirou o fôlego. Netanyahu, que fez de Israel um lugar muito inseguro por muitos anos, teve a petulância de dizer aos judeus da Europa que emigrem para Israel porque é inseguro viver aqui. É pura manipulação. Uma vez, quando eu estava preocupado com meus pais por causa dos mísseis que se aproximavam de Tel Aviv, alguém me disse: Diga-lhes para votar por um outro governo, presumindo que, como eles e eu somos israelenses, nós somos responsáveis pela sua política. Ouço isso repetidamente. Quando eu fiz o vídeo do kipá, algumas pessoas me olhavam de modo estranho, mas não tive nenhum incidente negativo. Pelo que posso perceber a situação em Berlim é melhor que em Paris. Mas o antissemitismo faz parte da cultura europeia, sempre esteve aqui, não começou com Hitler, e eu acredito que não irá embora. Eu não sinto a necessidade de parar de falar hebraico aqui ou de cobrir a capa de um livro que esteja lendo em hebraico. Esta é a minha cidade e eu quero viver minha vida livremente.

Karen Sarhon, 56, Istambul, linguista e acadêmica que fundou o primeiro grupo de música sefaradi na Turquia. I m not very optimistic about the future of this community : Karen Gerson Sarhon. Photograph: Holly Pickett/Observer Na Turquia, a atmosfera é muito negativa para os judeus. Todos os dias você vê os jornais de extremadireita publicando um monte de bobagens, como As moscas estão voando enviesado é por causa dos judeus, esse tipo de coisas. As pessoas costumam perguntar sobre o meu nome Karen não é um nome turco e eu digo que sou judia e me respondem: Oh, você não parece judia. Meu marido, que atua no mundo dos negócios, já experimentou mais antissemitismo do que eu. Depois de Gaza, no verão passado, ele vendeu algum equipamento para salões de beleza e a primeira pergunta era: De onde vêm este material? Se for de Israel nós não compramos. A animosidade na mídia social está aumentando, alimentando as pessoas com mentiras, especialmente por escritores e pregadores fundamentalistas que dizem que somos o povo maldito. A maior parte do orçamento da comunidade judaica é gasta em segurança porque precisamos ter guardas e detectores de metal em toda parte nas sinagogas, no Museu Judaico, na escola judaica. Não era assim há vinte anos, mas agora está piorando com o primeiro-ministro Recip Tayip Erdogan criticando Israel abertamente. O governo estimula a animosidade. Erdogan está sempre falando sobre Israel e não faz distinção entre judeus em Israel e judeus aqui. Você está sempre se perguntando: O que eles vão fazer?. Está em nossos genes perguntar: Será que seremos expulsos? A não ser que a situação política mude, não estou muito otimista quanto ao futuro da nossa comunidade. Se as coisas piorarem as pessoas não terão outra alternativa senão partir. Eu digo se no momento ainda não chegamos a esse ponto. É muito difícil abandonar o país onde você nasceu e cresceu. Nós amamos este país, é um bonito país e as pessoas que ainda não sofreram lavagem cerebral são muito simpáticas, mas a situação política não é agradável. Roger Abravanel, 68, Milão, consultor administrativo aposentado e escritor. Nasceu na Líbia. After Gaddafi came to power, my family fled, losing everything. I ve been lucky in Italy : Roger Abravanel. Photograph: Mattia Balsamini/Luz

Quando ouço falar sobre incidentes antissemitas eu tenho o mesmo sentimento que tinha na Líbia, onde cresci. Meu pai era de família pobre, mas fez fortuna. Ele era o único judeu convidado para sentar ao lado do rei. Sempre houve antissemitismo na Líbia, mas ele explodiu com a independência de Israel e as guerras subsequentes. Vocês não podem imaginar quantas vezes eu fui discriminado. Quando eu era menino eu apanhava no caminho para a escola. Eu nunca estive em Israel, eu tinha um passaporte líbio e esses sujeitos me agrediam só porque eu era judeu. Quando eu tinha 16 anos meu pai disse que não havia mais lugar para mim na Líbia e eu fui estudar em Milão. Depois que Gadafi assumiu o poder minha família fugiu. Minha irmã foi levada para o aeroporto escondida dentro do porta-malas de um carro. Nós perdemos tudo. No meu livro Meritocracia eu agradeço a Gadafi porque ele me fez lutar por tudo que alcancei na vida. Eu tive sorte na Itália, outros não. Um milhão de judeus foram expulsos dos países árabes um êxodo pouco mencionado. Eu temo que isso possa estar acontecendo de novo, mas na Europa, onde o antissemitismo muçulmano se juntou ao tradicional antissemitismo europeu. Hoje eu sou italiano. Eu amo este país, devo muito a ele e sempre procuro retribuir fiz o serviço militar, que eu poderia ter evitado. Eu já paguei muitos impostos italianos e, atualmente, estou trabalhando de graça para o governo. Sou um grande apoiador do time de futebol nacional e do Juventus. Pessoalmente, eu nunca encontrei muito antissemitismo entre os italianos. Bem, talvez eu tenha escutado algo assim: vocês, querendo dizer os judeus, são muito bons para lidar com dinheiro. Mas os preconceitos existem, principalmente entre as pessoas menos educadas. Um italiano, entre quatro, diz que não gostaria de jantar com um judeu. Rachel Silveira, 38, Londres, vice-diretora do Fórum das Três Religiões, que promove a compreensão entre pessoas de todos os credos. There s more fear being expressed, and some friends won t go to events at a synagogue : Rachel Silveira. Photograph: Suki Dhanda/Observer O Reino Unido é um dos lugares mais ricos da Europa em termos de organizações judaicas. Em Londres houve um grande crescimento de formas alternativas de judaísmo, fora das tradicionais comunidades de sinagogas. Eu nunca senti o antissemitismo diretamente, mas imagino que deve ser diferente para pessoas que usam sinais de judaísmo mais visíveis. Quando eu trabalhava no Conselho Judaico pela Igualdade Racial, quinze anos atrás, eu não conseguia entender as reações negativas de parte da comunidade judaica em relação aos refugiados, quando todas as nossas famílias eram imigrantes. Desde então eu trabalhei muito e pude perceber que esses temores e preocupações são muito comuns. Nos últimos meses o tom das postagens no meu Facebook mudou, há muito medo sendo expresso e alguns amigos não vão a eventos em sinagogas ou centros comunitários judaicos por causa da insegurança. O Fórum das Três Religiões trabalha com cerca de dez mil jovens por ano. Nos últimos meses o questionamento deles se tornou mais pertinente e pode levar a discussões desafiadoras. Algumas das perguntas: Você disse que os judeus praticam a caridade você também acredita em matar bebês palestinos? e Por que os judeus escondem dinheiro debaixo dos seus chapéus? Nós tivemos que explicar que o homem que o jovem

tinha visto estava provavelmente ajeitando o seu kipá debaixo do chapéu e que os judeus levam o dinheiro no bolso como todo o mundo. Martin Krasnik, 43, Copenhagen, jornalista, apresentador de TV e escritor, cuja recusa em ser intimidado durante uma entrevista atraiu numerosos insultos. The terror attack in Copenhagen underlined a feeling of not truly belonging : Danish journalist Martin Krasnik. Photograph: Søren Solkær/Observer A comunidade judaica na Dinamarca já existe há 350 anos e está muito integrada, mas o ataque terrorista em Copenhagen trouxe um sentimento de não pertencimento. Houve uma tristeza inimaginável, mas também uma ausência de choque depois que o jovem que fazia a segurança na sinagoga foi morto, como se todos esperassem que algo assim teria de acontecer. Desde a reação do primeiro-ministro ao discurso do rabino na beira do túmulo foi como se o script já estivesse pronto. Há muitos anos a comunidade judaica vem pedindo mais proteção e as autoridades dinamarquesas reagem com uma leniência ingênua, quase indiferença. A maior questão agora é saber se é mesmo possível ter escolas e instituições judaicas aqui. Colocar guardas armados na porta de uma sinagoga é uma coisa impensável num país como a Dinamarca. É uma questão mais cultural que de recursos. No ano passado, durante o conflito em Gaza, eu entrevistei o médico norueguês Mads Gilbert na TV e contestei a afirmação de que Israel estava bombardeando sistematicamente escolas e hospitais. Os comentários dos telespectadores foram extremamente ofensivos. As pessoas reciclaram atitudes antissemitas profundamente enraizadas e me disseram que eu não poderia fazer meu trabalho por ser judeu. Isso me levou a escrever o livro Judeu F... e exercitar meu direito de me autodefinir. Na Dinamarca existe uma mentalidade de avestruz quando se trata de antissemitismo nós não podemos viver com a ideia de que ele existe aqui. Martin Varsavsky, 54, Espanha, empresário de telecomunicações e mídia, residente em Madri. Madrid continues to feel like a safe haven compared to the antisemitism gripping other countries : Martin Varsavsky. Quando o Real Madrid da Espanha perdeu para o Maccabi Tel Aviv o maior torneio de basquete da Europa no ano passado, não foi o resultado final do jogo que fez manchetes em todo o mundo. Foram os milhares de tweets lançados no Twitter pelos fãs espanhóis, referindo-se a câmaras de gás e Holocausto.

As organizações judaicas reagiram rapidamente pedindo aos promotores que investigassem quase 18 mil tweets, enquanto a mídia em todo o mundo tirava conclusões apressadas sobre o antissemitismo na Espanha. Mas como judeu que vive há 20 anos na Espanha eu sinto que devo dizer que a situação é muito diferente no local. Embora seja verdade que muitos espanhóis têm preconceitos contra o povo judeu, a maior parte desses sentimentos tem origem na ignorância. O número de judeus que vive hoje na Espanha é insignificante. Eu diria que cerca de seis mil judeus vivem em Madri e talvez outros dez mil no resto do país. A maioria dos espanhóis nunca viu um judeu. Em 1492 nós éramos 10% da população total, hoje existe apenas uma sombra de comunidade judaica na Espanha. Como medida de precaução a comunidade aumentou a segurança, mas Madri continua a ser um porto seguro comparado ao antissemitismo que atinge outros países. Como empresário que fundou várias companhias de telecomunicações, eu me mudaria para Israel mais por ser uma meca de tecnologia do que por segurança. Enquanto a Espanha ainda luta para se livrar de uma profunda recessão, ela mesma iniciou uma campanha para atrair os judeus de volta, prometendo uma legislação que permite a obtenção da cidadania rapidamente para os descendentes dos judeus sefaradis. É um grande passo, mas não muda a situação já que 50% dos jovens espanhóis estão desempregados e a taxa de desemprego em todo o país é de 20%. Tradução: Adelina Naiditch OUTROS CENTROS. NA AMAT PIONEIRAS SÃO PAULO:

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