QUO VADIS CPLP? PLANTAS E RAINHAS DEZ ANOS DEPOIS DA CRISE

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Transcrição:

Draft 13 Set QUO VADIS CPLP? PLANTAS E RAINHAS DEZ ANOS DEPOIS DA CRISE Jorge Braga de Macedo CG&G/NOVASBE, Academia das Ciências de Lisboa, Académie Royale de Belgique, Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Liga de Amigos do Jardim Botânico Tropical Jardim Botânico Tropical, 15 de Setembro de 2018 Agradeço a presença do diretor da LAJBT e comentários de Cristina Duarte (ex-diretora do JBT) e outras sócias da LAJBT, Ana Cannas, Conceição Casanova e M.M. Romeiras (co-autoras de IICT s Interdisciplinary legacy: TropiKMan, CORES, AHU & JBT, Março 2018), sem as responsabilizar.

PERGUNTAR PELA PERTENÇA COMUM NÃO OFENDE Em 1996, depois de longa gestação, a I Cimeira da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa assentou a pertença comum aspiracional na amizade mútua dos signatários reunidos no CCB. Notei então os ciclos de liberdades e pertenças desde que Portugal deslocalizou a capital para o Brasil em 1808 (são relembrados no anexo) e viria a afirmar que a globalização melhora a governação. Porém, só depois de edificada a pertença comum podia caber à CPLP vigiar falhas nas liberdades e pertenças próprias dos seus membros! Em 2006, a VI Cimeira, em Bissau, abordou os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (do Milénio até 2015) em termos tanto de Ciência & Tecnologia como Negócios. No respeito das culturas próprias: apelou ao melhor conhecimento mútuo (#16/17 dos considerandos) das economias e sociedades; convocou a Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP) e a Confederação Empresarial da CPLP (#7/8 da declaração).

DIVERSIDADE DA LUSOFONIA = REINO SUBLIMADO? A primeira estrofe lusíada (E entre gente remota edificaram novo reino, que tanto sublimaram) antevê o espírito da lusofonia? Parece que sim! Posto que difícil de traduzir (ex: forc d their way to the fair kingdoms of the rising day, Mickle, 1798), o singular reino transparece em tantos livros e exposições, cá dentro e lá fora, por ex: As Plantas na Primeira Globalização, IICT, 2007 capa (exposição durante a Presidência da EU, resumo de A Aventura das Plantas, IICT, 1992 levada a todo o mundo, por último Pequim, 2013), Futuro e História da Lusofonia Global, IICT, 2008 capa, Viagens e Missões Científicas nos Trópicos 1883-2010, IICT, À Volta do Globo (Washington e Bruxelas, 2007/08), Senhores do Oceano (Moscovo, 2017/18). CPLP, CECPLP, AULP, etc. combinam-se com comunidades locais de língua portuguesa dispersas dentro dos nove países membros, todos costeiros - e em tantos outros - para revelar a diversidade da lusofonia às maiores economias do mundo, agrupadas no G20.

15/09/2018@JBT HIC ET NUNC 1 Na esteira dos jardins botânicos pombalinos em Lisboa, o do Rio de Janeiro, fundado em 1808, terá inspirado o de Aburi, no Gana, de 1890, que a Raínha Isabel II visitou em 1961 (foto). A lusofonia científica nasceu nas vésperas da Conferência de Berlim, através da Comissão de Cartografia, depois IICT. JBT nasceu em 1906, foi transferido para Belém em 1912, passou para IICT em 1973, MUHNAC em 2015. O Jardim Botânico Tropical beneficiou de: acordo de IICT com CPLP em 2004, criação duma Liga de Amigos em 2005. Aqui apetece perguntar pela pertença comum Magnum LON125868 lusófona, ao serviço do bem comum global. Aliás, o Presidente Lula ia visitar As Plantas na 1ª G por ocasião da I Cimeira UE-Brasil em 2007!

15/09/2018@JBT HIC ET NUNC 2 O tempo também é propício porque faz 10 anos que faliu Lehman Brothers seguindo-se uma crise financeira global, a primeira desde 1929. De todas as perguntas, fica a da Raínha Isabel II na London School of Economics: como é que ninguém reparou?. De todos os juízos, fica o de Lula ao Primeiro Ministro britânico Gordon Brown enquanto presidia ao G20: essa é uma crise branca, de olhos azuis. Logo a Academia Britânica escreveu uma Carta à Rainha Isabel II a denunciar políticos para os quais os banqueiros são engenheiros. Quase sugeriram encarregá-la da supervisão financeira (FSA, caricatura do Guardian). Mas (lembra Tett, Financial Times) silos no saber e no fazer voltaram a propósito de escândalos na indústria automóvel alemã. Mantendo a forma de Carta à Raínha, sócios lusófonos e estrangeiros da ACL (em parceria com IICT e CG&G) alargaram a abordagem britânica à Ciência & Tecnologia e ao grande Sul em 2013 e à Energia em 2015.

ESCREVER A RAÍNHAS ENQUANTO PROSSEGUEM CRISES, IICT, 2ª ed., 2015 https://run.unl.pt/handle/10362/14560 O Atlântico norte é foco único da Carta à Rainha Isabel II sobre a crise de olhos azuis (que Renato Flores assimila à queda de Constantinopla, p. 51ss). Nessa linha, ocorre citar duas outras Cartas que, em nome do bem comum, apelam à conversão de soberanos vitoriosos: Maomé II (1461), pelo Papa Pio II, a seguir à queda de Constantinopla (não é seguro que tenha sido recebida e ficou sem resposta); Isabel I (1562), pelo Bispo de Silves D. Jerónimo Osório, durante o Concílio de Trento (iniciativa contestada por Walter Haddon, Juíz, em Carta a Dom Sebastião).

CARTA À RAÍNHA LUSÓFONA: ESBOÇO E JUSTIFICAÇÃO, NOVA SBE WORKING PAPER #611, 2017 Em Setembro de 2008, Jean- Pierre Contzen (1935-2015), da Académie Royale de Belgique, negociou em nome de Mariano Gago (1948-2015) uma Declaração de Lisboa sobre C&T para o Desenvolvimento Global assinaram CPLP, Consultative Group for International Agricultural Research, IICT, etc. Os novediassobrecartas, bem como uma publicação para o Papa por ocasião do centenário de Fátima, levaram a este texto.

MELHOR PARTILHA CIENTÍFICA E CULTURAL? Tal como Declaração de Lisboa (alargada à margem da 1ª reunião do CGIAR em Maputo) reforçou reuniões ministeriais de C&T na CPLP; dois novos Ph.D. iniciados no IICT pela Fundação C&T ajudam: Tropical Knowledge and Management TropiKMan oferecido por NOVA SBE, ISA/ULisboa, IHMT/UNL, UEM, UNICV, UJES (Angola) e UPretoria Conservação e Restauro CORES oferecido por Faculdade C&T/UNL. Falta aos BRICS vigilância quer da OCDE quer do APRM (Mecanismo Africano de Apreciação pelos Pares). Argumentários: Previsão e juízo em sistemas complexos: globalização liberta aproximando? (arrabida.pdf), Se a globalização liberta aproximando, pode libertar a lusofonia? (amadora.pdf) Eventos: Centenário de Antonio Braz (28/07/17, página seguinte); Morishima Morita, Pearl Harbor, Lisboa, Tóquio (12/09/17); Xavier de Figueiredo, O Último Ultramarino (05/06/18); Centenário de Nelson Mandela (Reitoria UNL, previsto para 05/12/18).

CABO VERDE PODE OFERECER LUSOFILIA A XII Cimeira, em Cabo Verde, acolheu mais observadores associados, incluindo a Organização de Estados Ibero- Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura. Tendo em conta os 9 membros, junta 11 países europeus, 9 africanos, 4 sul americanos e 2 asiáticos. Passou a reunir 7 membros do G20 (Argentina, Brasil, França, Itália, Japão, Reino Unido e Turquia), o que deverá ter implicações para o Secretariado-Executivo para além da lusofonia energética. Dez anos depois de Miguel J. Rodrigues (1948-2016) ter lançado História e Futuro da Lusofonia Global para comemorar o 125º aniversário da Comissão de Cartografia, lembre-se que, em 2012, se leu numa revista quintessencialmente britânica que o mundo precisava de a bit of lusophilia : só faltou mesmo citar historiadores do IICT!

ANEXO: PORTUGAL NA GLOBALIZAÇÃO Com o reino sublimado, Portugal abriu a primeira vaga da globalização, deslocalizou a capital para o Brasil em 1808, antes da segunda e aderiu ao padrão-ouro em 1854 e 1931, no ocaso do esterlino. Na pax americana, foi fundador da OECE, NATO e EFTA. Pós 1974, apostou na UE (1992) e no. Em http://www.jbmacedo.com/papers/domluis.pdf vem a periodização baseada em anos definidores (revoluções e mudanças de regime cambial para as liberdades dos cidadãos e medidas de política externa europeia e lusófona para as pertenças) aqui diagonalizada em ciclos virtuosos e viciosos. Entre 1808 e 2018 há 96 anos bons (46% do período) e 115 anos maus mas contando a partir de 1854, os anos maus passam a 68 (41% do período), incluindo períodos de restrição tão diversos como 1911-60; 1977-89 e 2009-14.