PREFEITURA MUNICIPAL DE MACEIÓ SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA



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Transcrição:

PREFEITURA MUNICIPAL DE MACEIÓ SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA DESPACHO DESPACHO ISSQN-WEB ASSUNTO: SERVIÇOS PRESTADOS POR COOPERATIVAS EM: 10 de fevereiro de 2014 1- Este despacho tem como objetivo dirimir dúvidas sobre a conceituação, a tributação incidente sobre serviços prestados por sociedades cooperativas e a obrigatoriedade do cumprimento das obrigações acessórias pelas cooperativas. Toda a base legal utilizada vem da Lei Federal 5764/1971, que dispõe sobre o regime jurídico das sociedades cooperativas. CONCEITUAÇÃO 2- O conceito legal de uma sociedade cooperativa vem da leitura do Art 4º da mencionada lei. Este conceito carrega um elemento definidor da tipicidade destas sociedades. Art. 4º As cooperativas são sociedades de pessoas, com forma e natureza jurídica próprias, de natureza civil, não sujeitas a falência, constituídas para prestar serviços aos associados, distinguindo-se das demais sociedades pelas seguintes características:... (grifo nosso) 3- Percebe-se que uma sociedade cooperativa tem como objeto prestar serviço para seus associados. Este é o ato cooperado típico. Este entendimento é reafirmado pela leitura do Art. 79 da mesma lei. Art. 79. Denominam-se atos cooperativos os praticados entre as cooperativas e seus associados, entre estes e aquelas e pelas cooperativas entre si quando associados, para a consecução dos objetivos sociais. 4- Como praticamente toda situação no direito, para esta regra há uma exceção. Esta situação é prevista nos artigos 85 e 86 da mesma lei. A que é de interesse deste despacho é a do artigo 86. Art. 86. As cooperativas poderão fornecer bens e serviços a não associados, desde que tal faculdade atenda aos objetivos sociais e estejam de conformidade com a presente lei. 5- O artigo acima definiu o que são os atos não cooperados (também chamados atos cooperativos atípicos/impróprios/extravagantes).

TRIBUTAÇÃO 6- A Constituição Federal de 1988 não assegurou imunidade às cooperativas, muito menos a Lei 5764/71 positivou, em seu texto, qualquer tipo de isenção às mesmas. De modo diverso ao que se espera, o que a lei 5764/71 prevê, em seus artigos 87 e 111, são os casos de tributação para estas sociedades. Art. 87. Os resultados das operações das cooperativas com não associados, mencionados nos artigos 85 e 86, serão levados à conta do "Fundo de Assistência Técnica, Educacional e Social" e serão contabilizados em separado, de molde a permitir cálculo para incidência de tributos. (grifo nosso) Art. 111. Serão considerados como renda tributável os resultados positivos obtidos pelas cooperativas nas operações de que tratam os artigos 85, 86 e 88 desta Lei.(grifo nosso) 7- Se não há imunidade constitucional, ou lei que conceda isenção, para atos cooperativos, de onde vem a caracterização de não incidência destes atos? Vem da interpretação legal feita pela doutrina e pela jurisprudência. Apenas sobre os atos cooperativos típicos, assim entendidos como aqueles praticados na forma do art. 79 da Lei 5.764/71 não ocorre a incidência de tributos, consoante a jurisprudência consolidada do STJ. (STJ - REsp 962.529/RS e AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.341.451 SP) 8- Este entendimento não somente é majoritário, como é considerado pacificado em nossos tribunais superiores. Veja texto extraído do acórdão AgRg no Ag1292438/MG AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 2010/0054284-7 do STJ de 15/10/2013: O fornecimento de serviços a terceiros não cooperados e o fornecimento de serviços a terceiros não associados inviabiliza a configuração como atos cooperativos, devendo ser tributados normalmente. Precedentes: REsp 635.986/PR, Rel. Ministra Eliana Calmon, Segunda Turma, DJe 25.9.2008; REsp 746.382/MG, Rel. Min. Humberto Martins, DJ de 9.10.2006; REsp 1096776/PB, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 19/08/2010; AgRg no REsp 751.460/MG, Rel. Ministro Mauro Campbell Marques, Segunda Turma, DJe 13.2.2009; AgRg no AgRg no REsp 1033732/SP, Rel. Ministro Francisco Falcão, Primeira Turma, DJe 1.12.2008; EDcl nos EDcl no REsp 875.388/SP, Rel. Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 29.10.2008.

TRIBUTÁRIO. COOPERATIVAS. ATOS PRATICADOS COM TERCEIROS. INCIDÊNCIA DE PIS E COFINS. ENQUADRAMENTO DOS SERVIÇOS TRIBUTADOS COMO ATOS NÃO COOPERADOS. SÚMULA 07/STJ. 1. O STJ consagrou entendimento no sentido de que os atos praticados pelas cooperativas com terceiros não se enquadram no conceito de atos cooperativos, estando sujeitos à incidência do PIS e da COFINS. Precedentes: AgRg nos EDcl no REsp 844.755/MG, Primeira Turma, Rel. Min. Teori Albino Zavascki, DJe 16/3/2011 e Resp 1.192.187/SP, Rel. Min. Castro Meira, Segunda Turma, DJe 17/8/10. (AgRg no Ag 1412294 / MG AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO 2011/0070806-0 de 19-11- 2013) A jurisprudência deste STJ já se firmou no sentido de que é legítima a incidência do PIS e da COFINS, tendo como base de cálculo o faturamento das cooperativas de trabalho médico, sendo que por faturamento deve ser compreendido o conceito que restou definido pelo STF como receita bruta de mercadorias, de mercadorias e serviços e de serviços de qualquer natureza, por ocasião do julgamento da ADC 01/DF. Precedentes: REsp 635.986/PR, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, DJe de 25.9.2008; REsp 1081747 / PR, Segunda Turma, Rel. Min. Eliana Calmon, 15.10.2009. (AgRg no RECURSO ESPECIAL Nº 786.612 - RS (2005/0166801-5) de 17/10/2013) 9- Podem se extrair algumas conclusões da Lei e das jurisprudências colacionadas: a. Não há imunidade/isenção estabelecida para cooperativas simplesmente por serem cooperativas; b. Há uma situação de não incidência quando a cooperativa presta serviço aos seus associados, com fundamentação doutrinária e jurisprudencial; c. Há previsão legal positivada (reafirmada por jurisprudência pacifica nos tribunais superiores) que explicita a condição de tributação sobre a receita bruta (STF ADC 01/DF) dos atos cooperativos atípicos (atos não cooperados).

OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS JUNTO À FAZENDA MUNICIPAL DE MACEIÓ 10- Reiterando despacho anterior, de 21 de novembro de 2013, emitido por esta mesma divisão, o ato cooperado (também chamado ato cooperativo típico) não mais poderá ser registrado em documento fiscal autorizado por esta municipalidade pois estes atos estão fora do campo de incidência do ISSQN. 11- As cooperativas prestadoras de serviço estão livres para emitir documentos não fiscais, para atos cooperados somente, sem que haja qualquer irregularidade quanto à legislação tributária do município de Maceió. A definição deste tipo de ato encontra-se no item 3 deste despacho. 12- Os atos não cooperados (também chamados atos cooperativos atípicos/impróprios/extravagantes), que estão dentro do campo de incidência e que ocorrem nos atos praticados com terceiros, são passíveis de tributação e sujeitam-se a toda a legislação referente ao ISS e às suas obrigações acessórias. São atos não cooperados aqueles que se enquadram na definição do Art. 86 da Lei 5.764/1971 (citado no item 4). 13- O Art. 14 do decreto 7551/2013 não dispensa as cooperativas de emitir notas fiscais. O único critério, não referido no artigo citado, que limitaria o uso da nota fiscal seria a inocorrência de fato tributável. 14- Reafirmamos, novamente, que para atos cooperados (caso de exceção) não será mais possível a emissão de nota fiscal, mas, para os atos não cooperados (típicos na relação com terceiros) está mantida a obrigatoriedade sob pena de multa por descumprimento de obrigação acessória. 15- Finalmente, como saber exatamente se uma nota fiscal de cooperativa é de emissão obrigatória? Basta, ao tomador do serviço, saber uma única informação: Faço parte desta cooperativa como associado (sócio)? Se a resposta for não, a nota é exigível. (ser cliente não é ser sócio) Atenciosamente. Gilberto Meister Chefe de Divisão do ISSQN-WEB

PREFEITURA MUNICIPAL DE MACEIÓ SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA DESPACHO DESPACHO ISSQN-WEB ASSUNTO: LOCAÇÃO DE BENS MÓVEIS SEM FORNECIMENTO DE MÃO DE OBRA EM: 21 de NOVEMBRO de 2013 1- Informamos que em cumprimento ao decreto 7.551/2013 de 08/10/2013, com fundamento no Artigo 1º, que as notas fiscais de serviços somente devem ser utilizadas para carregar atividades tributáveis pelo ISSQN. In verbis : Decreto 7.551/2013 Art.1º. A Nota Fiscal Eletrônica de Serviços (NFS-e Sped) é o documento emitido e armazenado eletronicamente com o objetivo de registrar exclusivamente as operações relativas à prestação de serviços tributáveis pelo Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISSQN. 2- Com isso, notifica-se a modificação da sistemática de emissão de documentos fiscais para as locações de bens móveis aonde não exista o fornecimento de mão de obra. Não mais será permitido o uso de nota fiscal de serviços para o registro de locação de bens móveis, sem fornecimento de mão de obra. 3- Cabe ressaltar que a atividade de locação de bens móveis, pura e simples, está fora do campo de incidência do ISSQN. É por este motivo que os contratantes de bens locados (locação sem mão de obra) não mais poderão exigir nota fiscal de serviço especificamente desta atividade. 4- Não há de se confundir a situação de estar fora do campo de incidência, de tributação pelo ISS, com a imunidade ou isenção. Um estabelecimento não é imune ou isento somente pelo fato de efetuar locação de bens. As imunidades e isenções referem-se a fatos dentro do campo de incidência do ISS, mas que, por razão objetiva ou subjetiva, a lei ou a constituição dispensou-lhes o recolhimento. 5- Os fornecedores de bens para locação, sem fornecimento de mão de obra, estão livres para emitir documentos não fiscais, para a locação sem mão de obra, sem que haja qualquer irregularidade quanto à legislação tributária do município de Maceió. Atenciosamente. Gilberto Meister Chefe de Divisão do ISSQN-WEB

PREFEITURA MUNICIPAL DE MACEIÓ SECRETARIA MUNICIPAL DE FINANÇAS DIRETORIA DE ADMINISTRAÇÃO TRIBUTÁRIA DESPACHO INTERESSADO : ESTABELECIMENTOS COM IMPRESSORAS DE CUPOM FISCAL QUE SEJAM PRESTADORES DE SERVIÇOS DESPACHO ISSQN-WEB GM-004B/2015 ASSUNTO: AUTORIZAÇÃO DE USO DE ECF COMO RPS EM: 10 de ABRIL de 2014 Os estabelecimentos mercantis que emitam mais de 200 notas fiscais de serviço por mês e que já façam o uso de equipamentos de ECF poderão se utilizar destes equipamentos, em casos de prestação de serviço, emitindo se um cupom fiscal na prestação do serviço e considerando o mesmo como sendo um RPS (recibo provisório de serviço). Condiciona-se o uso desta opção à posterior conversão em nota fiscal eletrônica por meio de uso do WebService da GINFES. O Artigo 2º da portaria SMF 108/2013 disciplina o uso de RPS e sua conversão para notas fiscais eletrônicas. A adaptação do sistema de ECF, para a emissão de RPS, passa pela apresentação das informações que devem ser mencionadas no cabeçalho e rodapé do cupom fiscal, disciplinados pelos incisos I e II do referido artigo. I- No cabeçalho deverá conter a seguinte descrição: RECIBO PROVISÓRIO DE SERVIÇOS COM VALIDADE CONDICIONADA A SUA CONVERSÃO EM NOTA FISCAL DE SERVIÇOS ELETRÔNICA; II- No rodapé deverá conter a seguinte descrição: Este RPS será convertido em NFS-e até o décimo dia após a sua emissão, conforme artigo 16 do Decreto 7.551/2013, podendo a conversão em NFS-e ser consultada na página: http:// maceio.ginfes.com.br/ através do campo autenticação informando os dados do RPS. Considerando que o ECF, apesar de não autorizado por esta municipalidade, já é um tipo de emissor fiscal, e ainda que a conversão em nota fiscal pode ser quase imediata, podem ser feitas adaptações no texto de modo a compatibilizar o espaço disponível no campo de mensagem promocional do ECF para a apresentação destas informações que totalizam 377 caracteres. O campo de mensagem promocional do ECF pode comportar de 384 a 512 (modo comprimido), sendo portanto apto a apresentar as informações do RPS quando pertinente.

O número seqüencial do RPS será obtido pela aglutinação dos campos ECF (número seqüencial da máquina) + CCF (número do cupom). O campo Loja deve ser desconsiderado pois cada loja deverá ter o seu CMC de modo exclusivo. Não há problema em se manter o nome Cupom Fiscal no Cabeçalho do documento. Atenciosamente, Gilberto Meister Auditor Fiscal de Tributos