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Transcrição:

PARLAMENTO EUROPEU 2009-2014 Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos 19.12.2013 2013/0304(COD) ***I PROJETO DE RELATÓRIO sobre a proposta de diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho que altera a Decisão-Quadro 2004/757/JAI do Conselho, de 25 de outubro de 2004, que adota regras mínimas quanto aos elementos constitutivos das infrações penais e às sanções aplicáveis no domínio do tráfico ilícito de droga, no que diz respeito à definição de droga (COM(2013)0618 C7-0271/2013 2013/0304(COD)) Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos Relatora: Teresa Jiménez-Becerril Barrio PR\1003973.doc PE519.605v01-00 Unida na diversidade

PR_COD_1amCom Legenda dos símbolos utilizados * Processo de consulta *** Processo de aprovação ***I Processo legislativo ordinário (primeira leitura) ***II Processo legislativo ordinário (segunda leitura) ***III Processo legislativo ordinário (terceira leitura) (O processo indicado tem por fundamento a base jurídica proposta no projeto de ato.) Alterações a um projeto de ato Alterações do Parlamento apresentadas em duas colunas As supressões são assinaladas em itálico e a negrito na coluna da esquerda. As substituições são assinaladas em itálico e a negrito na coluna da esquerda e na coluna da direita. O texto novo é assinalado em itálico e a negrito na coluna da direita. A primeira e a segunda linhas do cabeçalho de cada alteração identificam o passo relevante do projeto de ato em apreço. Se uma alteração disser respeito a um ato já existente, que o projeto de ato pretenda modificar, o cabeçalho comporta ainda uma terceira e uma quarta linhas, que identificam, respetivamente, o ato existente e a disposição visada do ato em causa. Alterações do Parlamento apresentadas sob a forma de texto consolidado Os trechos novos são assinalados em itálico e a negrito. Os trechos suprimidos são assinalados pelo símbolo ou rasurados. As substituições são assinaladas formatando o texto novo em itálico e a negrito e suprimindo, ou rasurando, o texto substituído. Exceção: as modificações de natureza estritamente técnica introduzidas pelos serviços com vista à elaboração do texto final não são assinaladas. PE519.605v01-00 2/11 PR\1003973.doc

ÍNDICE Página PROJETO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVA DO PARLAMENTO EUROPEU...5 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS...10 PR\1003973.doc 3/11 PE519.605v01-00

PE519.605v01-00 4/11 PR\1003973.doc

PROJETO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVA DO PARLAMENTO EUROPEU sobre a proposta de diretiva do Parlamento Europeu e do Conselho que altera a Decisão-Quadro 2004/757/JAI do Conselho, de 25 de outubro de 2004, que adota regras mínimas quanto aos elementos constitutivos das infrações penais e às sanções aplicáveis no domínio do tráfico ilícito de droga, no que diz respeito à definição de droga (COM(2013)0618 C7-0271/2013 2013/0304(COD)) (Processo legislativo ordinário: primeira leitura) O Parlamento Europeu, Tendo em conta a proposta da Comissão ao Parlamento e ao Conselho (COM(2013)0618), Tendo em conta o artigo 294.º, n.º 2, e o artigo 83.º, n.º 1, do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nos termos dos quais a Comissão apresentou a proposta ao Parlamento (C7-0271/2013), Tendo em conta o artigo 294.º, n.º 3, do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, Tendo em conta o artigo 55.º do seu Regimento, Tendo em conta o relatório da Comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos e o parecer da Comissão do Ambiente, da Saúde Pública e da Segurança Alimentar (A7-0000/2013), 1. Aprova a posição em primeira leitura que se segue; 2. Requer à Comissão que lhe submeta de novo a sua proposta, se pretender alterá-la substancialmente ou substituí-la por um outro texto; 3. Encarrega o seu Presidente de transmitir a posição do Parlamento ao Conselho e à Comissão, bem como aos Parlamentos nacionais. 1 Considerando 4 (4) Novas substâncias psicoativas, que reproduzem os efeitos de substâncias inventariadas ao abrigo das convenções das Nações Unidas, estão a surgir frequentemente e a propagar-se rapidamente na União. Determinadas novas substâncias psicoativas apresentam riscos (4) Novas substâncias psicoativas, tais como os produtos à base de canabinóides sintéticos agonistas dos recetores (CRA), que reproduzem os efeitos de substâncias inventariadas ao abrigo das convenções das Nações Unidas, estão a surgir frequentemente e a propagar-se PR\1003973.doc 5/11 PE519.605v01-00

graves de saúde, sociais e de segurança, segundo o disposto no [Regulamento (UE) n.º.../... relativo às novas substâncias psicoativas]. Nos termos deste regulamento, podem ser tomadas medidas para proibir a produção, o fabrico, a colocação no mercado, incluindo a importação para a União, o transporte e a exportação da União de novas substâncias psicoativas que apresentem graves riscos de saúde, sociais e de segurança. Para reduzir de forma eficaz o acesso a novas substâncias psicoativas que colocam sérios riscos para os cidadãos e a sociedade, e para travar o tráfico dessas substâncias na União, bem como a participação de organizações criminosas, as medidas permanentes de restrição da comercialização adotadas nos termos do referido regulamento devem ser acompanhadas por disposições de direito penal. rapidamente na União. Determinadas novas substâncias psicoativas apresentam riscos graves de saúde, sociais e de segurança, segundo o disposto no [Regulamento (UE) n.º.../... relativo às novas substâncias psicoativas]. Nos termos deste regulamento, podem ser tomadas medidas para proibir a produção, o fabrico, a colocação no mercado, incluindo a importação para a União, o transporte e a exportação da União de novas substâncias psicoativas que apresentem graves riscos de saúde, sociais e de segurança. Para reduzir de forma eficaz o acesso a novas substâncias psicoativas que colocam sérios riscos para os cidadãos e a sociedade, e para travar o tráfico dessas substâncias na União, bem como a participação de organizações criminosas, as medidas permanentes de restrição da comercialização adotadas nos termos do referido regulamento devem ser acompanhadas por disposições de direito penal. 2 Considerando 6 (6) A fim de dar uma resposta rápida à emergência e propagação de novas substâncias psicoativas nocivas na União, os Estados-Membros devem aplicar o disposto na Decisão-Quadro 2004/757/JAI às novas substâncias psicoativas que apresentem graves riscos de saúde, sociais e de segurança no prazo de doze meses a partir da sua sujeição à restrição permanente de comercialização em conformidade com o [Regulamento (UE) (6) A fim de dar uma resposta rápida à emergência e propagação de novas substâncias psicoativas nocivas na União, os Estados-Membros devem aplicar o disposto na Decisão-Quadro 2004/757/JAI às novas substâncias psicoativas que apresentem graves riscos de saúde, sociais e de segurança com a maior brevidade e o mais tardar até doze meses a partir da sua sujeição à restrição permanente de comercialização em conformidade com o PE519.605v01-00 6/11 PR\1003973.doc

n.º.../... relativo às novas substâncias psicoativas]. [Regulamento (UE) n.º.../... relativo às novas substâncias psicoativas]. 3 Considerando 6-A (novo) (6-A) A presente diretiva, em conformidade com o disposto na Decisão-Quadro 2004/757/JAI que altera, não prevê a criminalização da posse de novas substâncias psicoativas para consumo próprio, mas também não prejudica o direito de os Estados-Membros procederem à criminalização da posse de drogas para consumo próprio a nível nacional. 4 Considerando 6-B (novo) (6-B) A Comissão Europeia deve analisar o impacto da Decisão-Quadro 2004/757/JAI no fornecimento de droga, nomeadamente com base nas informações fornecidas pelos Estados-Membros. Para este fim, os Estados-Membros devem fornecer informações pormenorizadas sobre os canais de distribuição de substâncias psicoativas no seu território que sejam usados para o fornecimento de PR\1003973.doc 7/11 PE519.605v01-00

substâncias psicoativas destinadas à distribuição noutros Estados-Membros, tais como as lojas especializadas e os retalhistas em linha, bem como sobre outras características do respetivo mercado da droga. O Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (EMCDDA) deve apoiar os Estados-Membros na compilação e no intercâmbio de informações e de dados exatos, comparáveis e fiáveis sobre o fornecimento de droga. 5 Considerando 6-C (novo) (6-C) Os Estados-Membros devem fornecer à Comissão Europeia dados referentes a vários indicadores das intervenções efetuadas pelas autoridades nacionais responsáveis pela aplicação da lei no seu território, tais como o desmantelamento de instalações de produção de droga, os crimes de fornecimento de droga, os preços de venda a retalho de droga praticados a nível nacional e as análises forenses das drogas apreendidas. PE519.605v01-00 8/11 PR\1003973.doc

6 Artigo 1 ponto 1 Decisão 2004/757/JAI Artigo 1 n.º 1 (1) No artigo 1.º, o n.º 1 passa a ter a seguinte redação: «"Droga": (a) Qualquer das substâncias abrangidas pela Convenção Única das Nações Unidas de 1961 sobre os estupefacientes (com as alterações introduzidas pelo Protocolo de 1972) e pela Convenção das Nações Unidas de 1971 sobre substâncias psicotrópicas; (b) Qualquer das substâncias enumeradas no anexo; (c) Qualquer nova substância psicoativa que apresente graves riscos de saúde, sociais e de segurança, sujeita a uma restrição permanente de comercialização com base no [artigo 13.º, n.º 1, do Regulamento (UE) n.º.../... relativo às novas substâncias psicoativas];» (1) No artigo 1.º, o n.º 1 passa a ter a seguinte redação: «"Drogas": qualquer das seguintes substâncias: (a) Qualquer das substâncias abrangidas pela Convenção Única das Nações Unidas de 1961 sobre os estupefacientes (com as alterações introduzidas pelo Protocolo de 1972) e pela Convenção das Nações Unidas de 1971 sobre substâncias psicotrópicas; (b) Qualquer das substâncias enumeradas no anexo; (c) Qualquer nova substância psicoativa que apresente graves riscos de saúde, sociais e de segurança, sujeita a uma restrição permanente de comercialização com base no [artigo 13.º, n.º 1, do Regulamento (UE) n.º.../... relativo às novas substâncias psicoativas]; (c-a) Qualquer mistura ou solução que contenha uma ou mais substâncias enunciadas nas alíneas a), b) e c);» PR\1003973.doc 9/11 PE519.605v01-00

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS A relatora saúda a proposta da Comissão de incluir as novas substâncias psicoativas nas mesmas disposições de direito penal que outras substâncias controladas nos termos das convenções das Nações Unidas. É, por conseguinte, vital alterar o âmbito de aplicação da Decisão-Quadro, de modo a incluir estas novas substâncias psicoativas. As substâncias psicoativas, tal como muitas outras drogas, são uma ameaça para a sociedade, uma vez que afetam o comportamento racional e o senso comum dos seus cidadãos. Afetam o funcionamento do cérebro, o que, por sua vez, provoca sintomas tais como alterações na consciência, no comportamento e na cognição. A presente diretiva está sob a égide do Regulamento que estabelece as regras para as restrições à livre circulação de novas substâncias psicoativas. A relatora está, por conseguinte, ciente de que a diretiva, estando diretamente associada ao Regulamento, tem as suas limitações. A diretiva visa alargar o âmbito de aplicação da Decisão-Quadro 2004/757/JAI às substâncias psicoativas que apresentam um grave risco. A luta contra a distribuição de substâncias psicoativas não deve ser subestimada. Num mercado em linha célere, a forma como as novas substâncias psicoativas são distribuídas e vendidas aos seus consumidores está a sofrer uma mudança revolucionária. Produzidas em laboratórios clandestinos e depois vendidas a granel, estas substâncias psicoativas provenientes do exterior da UE (por exemplo, da China e da Índia) são comercializadas como se fossem lícitas. Desde que a Decisão 2005/387/JAI, de 10 de maio de 2005, e a Decisão-Quadro 2004/757/JAI, de 25 de outubro de 2004, foram adotadas, os produtores de substâncias psicoativas têm reagido contra os procedimentos legais de proibição destas substâncias, recorrendo a novos mecanismos que permitem colocar o produto no mercado, quer através de diferentes canais de distribuição «lícitos», quer através da modificação da estrutura molecular da substância, contornando, desta forma, a lei, sem, todavia, alterar os seus efeitos nos consumidores. Por fim, devido ao seu caráter dúbio, as substâncias psicoativas escapam mais facilmente à lei, caindo no esquecimento, do que as substâncias ou drogas mais tradicionais. A relação entre o mercado lícito das «drogas legais» e o mercado que é considerado ilícito é, por vezes, muito pouco clara. Estes produtos são frequentemente usados por consumidores com fins recreativos e consumidores problemáticos, que são maioritariamente jovens. Se continuarem a ganhar popularidade e a propagar-se, poderão despertar o interesse das organizações criminais de tráfico de droga. Muitas novas substâncias psicoativas são erroneamente vendidas como sendo «drogas legais». Esta expressão é muito suscetível de induzir em erro, uma vez que estas drogas contêm frequentemente ingredientes cuja posse é ilegal. Ademais, em muitos casos, não são facultadas informações sobre a verdadeira natureza das novas substâncias psicoativas presentes nestes produtos. Uma vez mais, este facto pode representar um risco para a saúde pública. Os Estados-Membros têm as suas próprias políticas de combate às drogas ilícitas que circulam nos seus mercados nacionais. Não obstante, quando a distribuição de substâncias psicoativas é feita entre Estados-Membros, é indispensável a existência de cooperação de parte a parte, especialmente numa altura em que o comércio e a comunicação já não se encontram restringidos por fronteiras físicas e geográficas. PE519.605v01-00 10/11 PR\1003973.doc

Através do grande empenho do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (EMCDDA) e da sua cooperação com o Parlamento Europeu, os Estados-Membros e a Comissão, a UE foi bem-sucedida na sua chamada de atenção para as novas substâncias que podem ser perigosas para a saúde dos cidadãos europeus. Todavia, os novos desafios, tal como foi anteriormente mencionado, exigem uma participação mais ativa dos Estados-Membros para antecipar os perigos destas novas substâncias psicoativas. A relatora solicita, por conseguinte, que os Estados-Membros se esforcem por fornecer informações pormenorizadas sobre o fornecimento de substâncias psicoativas, o desmantelamento de instalações de produção de droga, os crimes de fornecimento de droga, os preços de venda a retalho de droga praticados a nível nacional e as análises forenses das drogas apreendidas. A nova proposta da Comissão de atualizar a Decisão-Quadro do Conselho de 2005, a fim de abranger as novas substâncias psicoativas constitui um instrumento mais eficaz, especialmente pelo facto de a Comissão ter proposto a inclusão de vários tipos de riscos. Quando o EMCDDA considera que um produto representa um grave risco, este é permanentemente retirado do mercado. A presente diretiva estabelece um período de doze meses para que todos os Estados-Membros apliquem sanções de caráter legal a quem produza estas novas substâncias psicoativas com o objetivo de combater o tráfico de droga. Contudo, na prática, verifica-se que muitos Estados-Membros conseguem facilmente aplicar estas regras num período inferior a doze meses. Por conseguinte, a relatora usa uma redação diferente que estabelece o período máximo de doze meses como regra geral. Os Estados-Membros devem pôr rapidamente em prática estas medidas, caso contrário, os produtores de droga têm mais um ano para produzir substâncias sem serem sancionados. Este período deve ser abreviado, de modo a garantir, por um lado, tempo suficiente aos Estados-Membros para aplicarem estas medidas e, por outro, rapidez, para evitar a possibilidade de os produtores de droga se aproveitarem da lentidão da burocracia. A relatora compreende, porém, que os vários Estados-Membros têm diferentes procedimentos legais para a aplicação de sanções. Alguns Estados-Membros necessitam da aprovação do Parlamento, ao passo que outros adotam uma abordagem relativamente mais rápida mediante procedimentos ministeriais. O artigo 1.º refere-se ao aditamento da Decisão-Quadro 2004/757/JAI, a fim de atualizar as disposições em matéria de apreensão de drogas. Nalguns casos, os sintomas de uma substância psicoativa manifestam-se quando essa substância é consumida numa mistura de uma ou mais substâncias enunciadas. Por este motivo, se acrescentam as misturas à definição. A relatora pretende também sublinhar que a diretiva que adota regras mínimas quanto aos elementos constitutivos das infrações penais e às sanções aplicáveis no domínio do tráfico ilícito de droga, no que diz respeito à definição de droga, não é aplicável aos consumidores de substâncias psicoativas, embora alguns Estados-Membros eventualmente prevejam a criminalização da posse de droga para consumo próprio a nível nacional. PR\1003973.doc 11/11 PE519.605v01-00