***I PROJETO DE RELATÓRIO

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1 Parlamento Europeu Comissão dos Assuntos Constitucionais 2017/0220(COD) ***I PROJETO DE RELATÓRIO sobre a proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho sobre a iniciativa de cidadania europeia (COM(2017)0482 C8-0308/ /0220(COD)) Comissão dos Assuntos Constitucionais Relator: György Schöpflin PR\ docx PE v01-00 Unida na diversidade

2 PR_COD_1amCom Legenda dos símbolos utilizados * Processo de consulta *** Processo de aprovação ***I Processo legislativo ordinário (primeira leitura) ***II Processo legislativo ordinário (segunda leitura) ***III Processo legislativo ordinário (terceira leitura) (O processo indicado tem por fundamento a base jurídica proposta no projeto de ato.) Alterações a um projeto de ato Alterações do Parlamento apresentadas em duas colunas As supressões são assinaladas em itálico e a negrito na coluna da esquerda. As substituições são assinaladas em itálico e a negrito na coluna da esquerda e na coluna da direita. O texto novo é assinalado em itálico e a negrito na coluna da direita. A primeira e a segunda linhas do cabeçalho de cada alteração identificam o passo relevante do projeto de ato em apreço. Se uma alteração disser respeito a um ato já existente, que o projeto de ato pretenda modificar, o cabeçalho comporta ainda uma terceira e uma quarta linhas, que identificam, respetivamente, o ato existente e a disposição visada do ato em causa. Alterações do Parlamento apresentadas sob a forma de texto consolidado Os trechos novos são assinalados em itálico e a negrito. Os trechos suprimidos são assinalados pelo símbolo ou rasurados. As substituições são assinaladas formatando o texto novo em itálico e a negrito e suprimindo, ou rasurando, o texto substituído. Exceção: as modificações de natureza estritamente técnica introduzidas pelos serviços com vista à elaboração do texto final não são assinaladas. PE v /24 PR\ docx

3 ÍNDICE Página PROJETO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVA DO PARLAMENTO EUROPEU... 5 PR\ docx 3/24 PE v01-00

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5 PROJETO DE RESOLUÇÃO LEGISLATIVA DO PARLAMENTO EUROPEU sobre a proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho sobre a iniciativa de cidadania europeia (COM(2017)0482 C8-0308/ /0220(COD)) (Processo legislativo ordinário: primeira leitura) O Parlamento Europeu, Tendo em conta a proposta da Comissão ao Parlamento Europeu e ao Conselho (COM(2017)0482), Tendo em conta o artigo 294.º, n.º 2, e o artigo 24.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, nos termos dos quais a proposta lhe foi apresentada pela Comissão (C8-0308/2017), Tendo em conta o artigo 294.º, n.º 3, do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia, Tendo em conta o artigo 59.º do seu Regimento, Tendo em conta o relatório da Comissão dos Assuntos Constitucionais, bem como os pareceres da Comissão da Cultura e da Educação e da Comissão das Petições (A8-0000/2018), 1. Aprova a posição em primeira leitura que se segue; 2. Requer à Comissão que lhe submeta de novo a sua proposta, se a substituir, se a alterar substancialmente ou se pretender alterá-la substancialmente; 3. Encarrega o seu Presidente de transmitir a posição do Parlamento ao Conselho e à Comissão e aos parlamentos nacionais. 1 Considerando 4 (4) O Parlamento Europeu, na resolução sobre a iniciativa de cidadania europeia de 28 de outubro de 2015, instou a Comissão a rever o Regulamento (UE) n.º 211/2011 e o Regulamento de Execução (UE) n.º 1179/2011 da Comissão. (4) O Parlamento Europeu, na resolução sobre a iniciativa de cidadania europeia de 28 de outubro de 2015, instou a Comissão a rever o Regulamento (UE) n.º 211/2011 e o Regulamento de Execução (UE) n.º 1179/2011 da Comissão. Reiterou o seu apelo formulado no contexto da elaboração do seu relatório de iniciativa PR\ docx 5/24 PE v01-00

6 legislativa que contém recomendações à Comissão sobre a revisão do Regulamento (UE) n.º 211/2011 sobre a iniciativa de cidadania europeia (2017/2024(INL)) /2257(INI) /2257(INI). 2 Considerando 4-A (novo) (4-A) No curso do processo que conduziu à revisão da ICE, várias organizações e organismos da União, em particular o Comité Económico e Social Europeu, contribuíram para o preenchimento das lacunas do Regulamento (UE) n.º 211/2011*, prestando um apoio precioso aos organizadores da ICE e fornecendo uma plataforma de debate sobre as melhorias a introduzir nesse regulamento. * Regulamento (UE) n.º 211/2011 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de fevereiro de 2011, sobre a iniciativa de cidadania (JO L 65 de ). O regulamento deve reconhecer o papel das organizações e organismos da UE que, juntamente com a Comissão Europeia, prestaram um apoio logístico e jurídico aos organizadores nos primeiros anos de funcionamento. PE v /24 PR\ docx

7 3 Considerando 4-B (novo) (4-B) Segundo a lógica do artigo 11.º do TUE, a ICE faz parte integrante das plataformas de que os cidadãos da União dispõem para trocar os seus pontos de vista sobre todos os domínios da política da União, participar num diálogo aberto, transparente e regular com as instituições da União e velar por que as ações da União sejam coerentes e transparentes. A ICE impõe às instituições da União a obrigação de tornar o exercício dos direitos dos cidadãos da União tão eficaz quanto possível, mas exige aos cidadãos que respeitem os princípios e as normas estabelecidos para a sua participação na vida democrática da União. Embora recorde a lógica constitucional do artigo 11.º do TUE, a ICE deve ser reconhecida como parte integrante das medidas e instrumentos através dos quais a UE estabelece um diálogo com os seus cidadãos; salienta-se além disso que o exercício de tais direitos está sujeito a obrigações processuais. 4 Considerando 24 (24) A fim de assegurar a participação efetiva dos cidadãos na vida democrática da União, a Comissão deverá analisar as iniciativas válidas e dar-lhes resposta. A Comissão deverá, para o efeito, formular conclusões jurídicas e políticas e também (24) A fim de assegurar a participação efetiva dos cidadãos na vida democrática da União, a Comissão deverá analisar as iniciativas válidas e dar-lhes resposta. A Comissão deverá, para o efeito, formular conclusões jurídicas e políticas e também PR\ docx 7/24 PE v01-00

8 indicar as medidas que tenciona tomar, no prazo de cinco meses a contar da receção da iniciativa. A Comissão deverá explicar de forma clara, compreensível e pormenorizada os motivos subjacentes às medidas que tenciona tomar, devendo igualmente justificar a eventual escolha de não tomar qualquer medida. indicar as medidas que tenciona tomar, no prazo de seis meses a contar da receção da iniciativa. A Comissão deverá, por norma, adotar uma proposta legislativa baseada numa ICE, a não ser que tenha motivos claros para não proceder deste modo. A Comissão deverá explicar de forma clara, compreensível e pormenorizada os motivos subjacentes às medidas que tenciona tomar, devendo igualmente justificar a eventual escolha de não tomar qualquer medida. A Comissão deverá dispor de tempo suficiente para estudar as opções relativas ao instrumento jurídico com o qual tenciona dar resposta ao pedido contido numa ICE. Por norma, o resultado deverá ser uma proposta legislativa. 5 Considerando 25 (25) O apoio e o financiamento das iniciativas deverão ser transparentes. Por conseguinte, os grupos de organizadores deverão facultar informações atualizadas acerca das fontes de apoio e de financiamento das respetivas iniciativas, entre a data de inscrição no registo e a data em que a iniciativa for apresentada à Comissão. As entidades, nomeadamente as organizações que, nos termos dos Tratados, contribuem para a criação de uma consciência política europeia e a expressão da vontade dos cidadãos da União, deverão poder promover e dar financiamento e apoio às iniciativas, desde que o façam em conformidade com os procedimentos e condições do presente regulamento e com total transparência. (25) O apoio e o financiamento das iniciativas deverão ser transparentes. Por conseguinte, os grupos de organizadores deverão facultar informações atualizadas e pormenorizadas acerca das fontes de apoio e de financiamento das respetivas iniciativas, entre a data de inscrição no registo e a data em que a iniciativa for apresentada à Comissão. Os grupos de organizadores deverão comunicar mensalmente todas as suas fontes de financiamento e a Comissão deverá indicá-las claramente no registo. As entidades, nomeadamente as organizações que, nos termos dos Tratados, contribuem para a criação de uma consciência política europeia e a expressão da vontade dos cidadãos da União, deverão poder promover e dar financiamento e apoio às PE v /24 PR\ docx

9 iniciativas, desde que o façam em conformidade com os procedimentos e condições do presente regulamento e com total transparência. A fim de reforçar a transparência do financiamento das atividades em matéria de ICE e a visibilidade da ICE como instrumento de participação dos cidadãos, o presente regulamento deve ser dotado de um programa financeiro próprio. Este programa financeiro deverá contribuir para o financiamento das entidades e organizações que promovem a ICE e/ou prestam assistência técnica ou jurídica gratuita aos organizadores de ICE. Deverá igualmente financiar as despesas elegíveis diretamente ligadas à organização de ICE. A transparência do processo de recolha e do financiamento de uma ICE é fundamental para assegurar a sua credibilidade. A obrigação de comunicar periodicamente as fontes de financiamento e o número de declarações de apoio faz parte das obrigações que incumbem aos organizadores de ICE. 6 Considerando 32 (32) O presente regulamento respeita os direitos fundamentais e observa os princípios consagrados na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, nomeadamente no artigo 8.º. (32) O presente regulamento respeita os direitos fundamentais e observa os princípios consagrados na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia, nomeadamente nos artigos 8.º e 41.º. PR\ docx 9/24 PE v01-00

10 Para além do direito à proteção dos dados pessoais, deve ser explicitamente mencionado o direito a uma boa administração. 7 Artigo 1 parágrafo 1-A (novo) Uma iniciativa de cidadania pode dizer respeito à alteração de uma proposta legislativa em apreciação. Em conformidade com a jurisprudência do TJUE, é igualmente oportuno clarificar que uma ICE pode dizer respeito a uma proposta legislativa em apreciação. 8 Artigo 4 n.º 2 parágrafo 1 A Comissão deve pôr à disposição de cidadãos e grupos de organizadores uma plataforma colaborativa em linha que sirva de fórum de debate, aconselhamento e informação sobre a iniciativa de cidadania europeia. A Comissão deve pôr à disposição de cidadãos e grupos de organizadores uma plataforma colaborativa em linha que sirva de fórum de debate, aconselhamento e informação sobre a iniciativa de cidadania europeia, nomeadamente informação sobre as organizações que estão aptas a prestar uma assistência técnica e jurídica suplementar e sobre as formas de apoio financeiro para a organização de uma ICE que estão disponíveis no orçamento da União, bem como sobre outras formas de apoio existentes nos Estados-Membros. PE v /24 PR\ docx

11 A plataforma colaborativa em linha deve funcionar como um centro de informação que recolha as informações disponíveis sobre a ICE, nomeadamente a assistência técnica e financeira para a sua organização. 9 Artigo 4 n.º 3 3. A Comissão deve pôr à disposição dos grupos de organizadores um registo em linha («registo em linha») que lhes permita gerir a respetiva iniciativa durante o processo. O registo em linha deve incluir um sítio Internet público com informações gerais sobre a iniciativa de cidadania europeia, bem como sobre outras iniciativas e respetivo andamento. 3. A Comissão deve pôr à disposição dos grupos de organizadores um registo em linha («registo em linha») que lhes permita gerir a respetiva iniciativa durante o processo. O registo em linha deve incluir um sítio Internet público com informações gerais sobre a iniciativa de cidadania europeia, bem como sobre outras iniciativas e respetivo andamento, incluindo o número de declarações de apoio recolhidas e os financiamentos declarados, comunicados pelos grupos de organizadores. A Comissão deve atualizar o registo com regularidade e introduzir as informações fornecidas pelos organizadores de forma bem visível e facilmente acessível. A fim de aumentar a transparência das ICE em curso, devem ser comunicadas regularmente à Comissão informações sobre as declarações de apoio recolhidas e as fontes de financiamento recebidas; a Comissão deve disponibilizar estas informações ao público de forma bem visível e facilmente acessível. 10 Artigo 4 n.º 4 PR\ docx 11/24 PE v01-00

12 4. Depois de a Comissão registar a iniciativa nos termos do artigo 6.º, deve proceder à tradução do seu conteúdo em todas as línguas oficiais da União, para publicação no registo em linha e utilização para efeitos de recolha de declarações de apoio nos termos do presente regulamento. Os grupos de organizadores podem, além disso, fornecer traduções do anexo em todas as línguas oficiais da União, para publicação no registo em linha, e também, eventualmente, do projeto de ato jurídico referido no anexo II e apresentado nos termos do artigo 6.º, n.º Depois de a Comissão registar a iniciativa nos termos do artigo 6.º, deve proceder à tradução do seu conteúdo em todas as línguas oficiais da União, para publicação no registo em linha e utilização para efeitos de recolha de declarações de apoio nos termos do presente regulamento. Os grupos de organizadores podem, além disso, solicitar à Comissão que forneça traduções do anexo em todas as línguas oficiais da União, para publicação no registo em linha, e também, eventualmente, do projeto de ato jurídico referido no anexo II e apresentado nos termos do artigo 6.º, n.º 2, se respeitarem os limites especificados no anexo II. Todas as atividades de tradução que ultrapassem estes limites devem continuar a ser da responsabilidade do grupo de organizadores. Atualmente, de acordo com as definições constantes do anexo II, a dimensão de uma iniciativa não deve ultrapassar 1000 carateres. Os organizadores devem poder solicitar uma tradução dos anexos que apoiam a iniciativa dentro de limites razoáveis. Em ligação com a alteração ao anexo II, ponto 8, parágrafo Artigo 4 n.º 6 6. Todos os Estados-Membros devem criar um ou mais pontos de contacto para prestar informações e assistência aos grupos de organizadores que tencionem promover iniciativas de cidadania europeia. 6. Todos os Estados-Membros devem criar um ou mais pontos de contacto consagrados às ICE para prestar informações e assistência aos grupos de organizadores que tencionem promover iniciativas de cidadania europeia. Os Estados-Membros e a Comissão devem PE v /24 PR\ docx

13 velar por que os pontos de contacto cooperem estreitamente com os serviços competentes da Comissão e as suas Representações nos Estados-Membros. Sempre que existam instrumentos semelhantes à ICE a nível nacional, os pontos de contacto devem estar em estreita conexão com os serviços ou as plataformas que prestam apoio à utilização desses instrumentos nacionais. Estes pontos de contacto devem funcionar como balcões únicos concebidos para ajudar os organizadores, facultando-lhes informações exaustivas, bem como aconselhamento técnico e jurídico específico. Este aconselhamento deve incluir informações sobre a criação de uma entidade jurídica nos termos da lei nacional de um Estado-Membro, tal como referido no artigo 5.º, n.º 7. A Comissão e os Estados-Membros devem velar por que haja uma estreita cooperação entre os serviços de apoio prestados aos organizadores, a fim de os orientar para as fontes de informação pertinentes relativas à ICE a cada nível no âmbito da sua esfera de responsabilidades. Sempre que exista um instrumento de natureza semelhante a uma ICE a nível nacional, este deve obter sinergias significativas da interconexão dos serviços administrativos e de informação relevantes. 12 Artigo 5 n.º 1-A (novo) 1-A. Durante a fase organizativa que precede o registo de uma proposta de iniciativa de cidadania, os organizadores podem dirigir-se aos pontos de contacto ICE, aos centros Europe Direct ou aos serviços ICE da Comissão, os quais deverão prestar assistência e PR\ docx 13/24 PE v01-00

14 aconselhamento completos e gratuitos e atuar, sempre que possível, como balcões únicos para orientar os organizadores para as fontes de informação pertinentes, bem como para serviços aptos a prestar um aconselhamento técnico e jurídico específico. Os serviços que estão associados ao aconselhamento prestado pela Comissão aos organizadores para a criação de uma ICE, os serviços da Comissão, os serviços prestados em seu nome ou os pontos de contacto nos Estados-Membros devem garantir um nível de cooperação constante a fim de prestar um aconselhamento adequado e contínuo aos potenciais organizadores. 13 Artigo 6 n.º 4 parágrafo 2 Nesse caso, o grupo de organizadores pode alterar a iniciativa, a fim de ter em conta a avaliação da Comissão e garantir a conformidade com o requisito da alínea c) do n.º 3, ou então manter ou retirar a iniciativa inicial. O grupo de organizadores deve informar a Comissão da sua escolha no prazo de um mês a contar da data de receção da referida avaliação, indicando os motivos da decisão, bem como, se for o caso, transmitir as alterações das informações previstas no anexo II para substituir a iniciativa original. Nesse caso, o grupo de organizadores pode alterar a iniciativa, a fim de ter em conta a avaliação da Comissão e garantir a conformidade com o requisito da alínea c) do n.º 3, ou então manter ou retirar a iniciativa inicial. O grupo de organizadores deve informar a Comissão da sua escolha no prazo de dois meses a contar da data de receção da referida avaliação, indicando os motivos da decisão, bem como, se for o caso, transmitir as alterações das informações previstas no anexo II para substituir a iniciativa original. Se o grupo de organizadores tiver de alterar a sua iniciativa após a avaliação da Comissão, deve dispor de mais tempo, nomeadamente para obter aconselhamento jurídico. PE v /24 PR\ docx

15 14 Artigo 6 n.º 7 7. Caso se recuse a registar a iniciativa ou proceda apenas à inscrição parcial nos termos do n.º 4, a Comissão deve informar o grupo de organizadores dos motivos da recusa e de todas as vias de recurso judiciais e extrajudiciais de que dispõem. 7. Caso se recuse a registar a iniciativa ou proceda apenas à inscrição parcial nos termos do n.º 4, a Comissão deve informar o grupo de organizadores de forma pormenorizada e exaustiva dos motivos da recusa, de molde a permitir uma avaliação circunstanciada dos fundamentos dessa recusa, nomeadamente no que diz respeito à avaliação da base ou bases jurídicas sugeridas. A avaliação deverá ter em conta as informações contidas no anexo referido no ponto 8 do anexo II do presente regulamento, se disponíveis. As garantias na fase de registo devem refletir fielmente a jurisprudência pertinente do TJUE. Isto diz respeito tanto aos documentos nos quais a Comissão deve basear a sua avaliação como aos elementos da justificação que fornece para a recusa de registo de uma iniciativa. 15 Artigo 6 n.º 7-A (novo) 7-A. Para efeitos da aplicação do presente artigo, deve ser dada especial atenção ao disposto no artigo 296.º, n.º 2, do TFUE e no artigo 41.º da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. PR\ docx 15/24 PE v01-00

16 16 Artigo 8 n.º 1 parágrafo 1 As declarações de apoio devem ser recolhidas num prazo que não pode exceder 12 meses a partir da data escolhida pelo grupo dos organizadores («período de recolha»), sem prejuízo do disposto no artigo 11.º, n.º 6. A referida data deve ser fixada no prazo de três meses a contar da inscrição da iniciativa no registo, nos termos do artigo 6.º. As declarações de apoio devem ser recolhidas num prazo que não pode exceder 12 meses a partir da data escolhida pelo grupo dos organizadores («período de recolha»), sem prejuízo do disposto no artigo 11.º, n.º 6. A referida data deve ser fixada no prazo de seis meses a contar da inscrição da iniciativa no registo, nos termos do artigo 6.º. Após o registo de uma iniciativa, os organizadores devem dispor de um prazo adequado para criar a sua estrutura organizativa para a recolha das declarações de apoio. 17 Artigo 8 n.º 1 parágrafo 3 Se o grupo de organizadores tiver intenção de terminar a recolha de declarações de apoio antes do final do prazo de 12 meses acima fixado, deve comunicar à Comissão a data em que a recolha terminará. Se, durante o período de recolha, o grupo de organizadores tiver intenção de terminar a recolha de declarações de apoio antes do final de um prazo de 12 meses, deve comunicar essa intenção à Comissão pelo menos 10 dias antes da data em que a recolha terminará. PE v /24 PR\ docx

17 18 Artigo 14 n.º 2 parágrafo 2 A Comissão e o Parlamento Europeu organizam conjuntamente a sessão pública no Parlamento Europeu. Os representantes de outras instituições e órgãos consultivos da União, bem como de outros interessados, devem ter oportunidade de participar na sessão. A Comissão e o Parlamento Europeu velam por que a sessão pública seja organizada no Parlamento Europeu, nos termos previstos no seu Regimento. Os representantes de outras instituições e órgãos consultivos da União, bem como de outros interessados, devem ter oportunidade de participar na sessão. 19 Artigo 14 n.º 3 3. A Comissão deve ser representada a nível adequado na sessão. 3. O Conselho e a Comissão devem ser representados a nível adequado na sessão. 20 Artigo 15 n.º 3 3. A Comissão e o grupo de organizadores podem comunicar aos subscritores a resposta dada à iniciativa nos termos do artigo 17.º, n. os 2 e A Comissão e o grupo de organizadores devem comunicar aos subscritores a resposta dada à iniciativa nos termos do artigo 17.º, n. os 2 e 3. PR\ docx 17/24 PE v01-00

18 Sempre que os cidadãos participem fornecendo dados pertinentes ( ), os organizadores da ICE e a Comissão devem ser obrigados a informá-los sobre a resposta dada à ICE que apoiam. 21 Artigo 15 n.º 3-A (novo) 3-A. Sempre que uma iniciativa de cidadania seja bem-sucedida, a Comissão deve, no prazo de 12 meses após a publicação da iniciativa, apresentar ao Parlamento Europeu e ao Conselho uma proposta legislativa em resposta à iniciativa. Se a Comissão considerar que há razões válidas para não apresentar uma proposta legislativa, deve justificar a sua decisão de forma clara e exaustiva. Para efeitos da aplicação do presente artigo, deve ser dada especial atenção ao disposto no artigo 296.º, n.º 2, do TFUE e no artigo 41.º da Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. A fim de reforçar a confiança na ICE como instrumento de participação dos cidadãos da União, deverá partir-se do princípio de que a Comissão apresenta um ou vários atos legislativos em resposta a uma ICE bem-sucedida. A sua decisão de não apresentar uma proposta legislativa específica deve ser clara e devidamente justificada. 22 Artigo 15-A (novo) PE v /24 PR\ docx

19 Artigo 15.º-A Seguimento dado pelo Parlamento Europeu às iniciativas de cidadania bem-sucedidas Após o prazo de 12 meses a que se refere o artigo 15.º, n.º 2, o Parlamento Europeu deve avaliar a resposta da Comissão à ICE sob a forma de proposta legislativa ou da sua ausência. Em particular, deve organizar um debate em sessão plenária sobre o assunto, em conformidade com o disposto no seu Regimento. Estes debates podem ser concluídos com a aprovação de uma proposta de resolução. 23 Artigo 16 parágrafo 1 O grupo de organizadores deve fornecer, para publicação no registo em linha, e eventualmente no sítio da respetiva campanha, informações sobre as fontes de apoio e de financiamento da iniciativa que superem 500 EUR por patrocinador. O grupo de organizadores deve fornecer, para publicação no registo em linha, e eventualmente no sítio da respetiva campanha, informações sobre as fontes de apoio e de financiamento da iniciativa que superem 500 EUR por patrocinador. Os patrocinadores e os montantes por eles concedidos devem ser claramente identificados. O grupo de organizadores deve igualmente comunicar os nomes das organizações que lhes prestam apoio a título voluntário, sempre que tal apoio não seja economicamente quantificável. PR\ docx 19/24 PE v01-00

20 A fim de reforçar a transparência do financiamento da ICE, os montantes e os patrocinadores devem ser claramente identificados nos relatórios apresentados pelos organizadores à Comissão. As fontes de apoio e de financiamento compreendem também as ofertas em espécie e o fornecimento de bens, serviços ou trabalhos a título gratuito ou a um preço inferior ao valor de mercado, desde que constituam uma vantagem económica. Por «apoio» deve também entender-se a referência às organizações que prestam assistência à ICE a título voluntário para a sua organização. 24 Artigo 16 parágrafo 2-A (novo) A Comissão tem o direito de efetuar controlos aleatórios sobre as informações fornecidas relativas às fontes de apoio e de financiamento, de avaliar a qualidade das informações prestadas e de solicitar esclarecimentos suplementares aos grupos de organizadores. Estes controlos devem ter por objetivo garantir a transparência do financiamento e de outros apoios prestados a grupos de organizadores e devem ser realizados de modo eficaz, imparcial e proporcionado. Por fontes de apoio e de financiamento entende-se as ofertas de recursos financeiros ou ofertas de crédito, as oferta em espécie, a prestação, por preço inferior ao do valor de mercado, de bens, serviços (incluindo empréstimos) ou trabalhos, e/ou qualquer outra operação que proporcione uma vantagem económica, com exceção do apoio prestado por indivíduos a título voluntário. Esta medida visa permitir à Comissão reforçar a transparência do financiamento e de outras formas de apoio prestados aos grupos dos organizadores sem lhes impor encargos administrativos excessivos. PE v /24 PR\ docx

21 25 Artigo 16-A (novo) Artigo 16.º-A Estrutura do programa ICE e ações subvencionadas Tendo em vista a realização dos seus objetivos, o programa financiará, inter alia, os seguintes tipos de ações: a) O desenvolvimento e a melhoria dos sistemas informáticos das ICE, nomeadamente o registo das ICE, o sistema central de recolha em linha e a plataforma colaborativa em linha; b) A comunicação e a administração, bem como o apoio prestado às atividades de ICE destinadas a eliminar os obstáculos com que se deparam os cidadãos na utilização da ICE e a harmonizar os procedimentos e requisitos para a apresentação das ICE em toda a União; c) O fornecimento de material de campanha para as ICE que tenham sido registadas em linha nos termos do artigo 6.º do presente regulamento; d) O aconselhamento jurídico diretamente relacionado com o processo de registo que tenha sido prestado antes do registo de uma ICE em linha nos termos do artigo 6.º do presente regulamento; e) A prestação de apoio a entidades que contribuam para a promoção das ICE e que prestem assistência técnica e jurídica e aconselhamento gratuitos aos organizadores de ICE; f) O fornecimento de traduções das iniciativas registadas e a organização de reuniões com os organizadores das PR\ docx 21/24 PE v01-00

22 iniciativas. Tendo em conta a importância da ICE como instrumento, e a fim de aumentar a visibilidade e a transparência do seu financiamento, a ICE deve dispor de um programa próprio. Este programa deve estar apto a conceder apoio financeiro a organizações que promovam a ICE enquanto instrumento de participação dos cidadãos e às que prestem assistência técnica gratuita aos organizadores. O programa deve poder contribuir para as despesas diretamente relacionadas com a organização de uma iniciativa de uma ICE, tais como a obtenção de aconselhamento jurídico pelos organizadores ou a produção de material de campanha. 26 Artigo 16-B (novo) Artigo 16.º-B Orçamento 1. O montante de referência financeira para a execução do programa, para o período compreendido entre 1 de janeiro de 2021 e 31 de dezembro de 2027, é de XXXXX EUR. 2. As dotações anuais são autorizadas pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho dentro dos limites do quadro financeiro plurianual. 3. Os recursos atribuídos a ações de comunicação no âmbito do presente regulamento podem igualmente contribuir de forma proporcional para abranger a comunicação institucional das prioridades políticas da União, desde que essas ações de comunicação estejam ligadas aos objetivos gerais do presente regulamento. PE v /24 PR\ docx

23 Tendo em conta a importância da ICE como instrumento, e a fim de aumentar a visibilidade e a transparência do seu financiamento, a ICE deve dispor de um programa próprio. Este programa deve estar apto a conceder apoio financeiro a organizações que promovam a ICE enquanto instrumento de participação dos cidadãos e às que prestem assistência técnica gratuita aos organizadores. O programa deve poder contribuir para as despesas diretamente relacionadas com a organização de uma iniciativa de uma ICE, tais como a obtenção de aconselhamento jurídico pelos organizadores ou a produção de material de campanha. 27 Artigo 17 n.º 1 1. A Comissão deve sensibilizar a opinião pública para a existência da iniciativa de cidadania europeia por meio de atividades de comunicação e campanhas de informação, contribuindo assim para promover a participação ativa dos cidadãos na vida política da União. 1. A Comissão deve sensibilizar a opinião pública para a existência, os objetivos e o funcionamento da iniciativa de cidadania europeia por meio de atividades de comunicação e campanhas de informação, contribuindo assim para promover a participação ativa dos cidadãos na vida política da União. 28 Artigo 17 n.º 2-A (novo) 2-A. A Comissão deve também seguir uma estratégia de comunicação ativa sobre a ICE e a sua utilização no âmbito das outras ações destinadas a promover a participação dos cidadãos nas atividades da União, bem como no quadro da promoção da cidadania da União e dos direitos dos cidadãos e da comunicação sobre as atividades do programa Europa PR\ docx 23/24 PE v01-00

24 para os Cidadãos. 29 Artigo 24 parágrafo 1 A Comissão deve proceder à análise periódica do funcionamento da iniciativa de cidadania europeia e apresentar um relatório ao Parlamento Europeu e ao Conselho sobre a aplicação do presente regulamento no prazo de cinco anos após a data de início de aplicação, e de cinco em cinco anos depois dessa data. Os relatórios devem ser divulgados ao público. A Comissão deve proceder à análise periódica do funcionamento da iniciativa de cidadania europeia e apresentar um relatório ao Parlamento Europeu e ao Conselho sobre a aplicação do presente regulamento no prazo de três anos após a data de início de aplicação, e de cinco em três anos depois dessa data. Os relatórios devem ser divulgados ao público. 30 Anexo II ponto 8 parágrafo 2-A (novo) Desde que o conteúdo de um anexo seja constituído por, pelo menos, 5000 carateres (média adequada por língua), o grupo de organizadores pode requerer à Comissão a tradução para todas as línguas oficiais da União. PE v /24 PR\ docx