Pág 1/17 Análise para Regulamentação da Profissão em TI Rafaela Pereira dos Santos, Hélio Rubens Soares Instituto de Informática Centro Universitário do Triângulo (UNITRI) Caixa Postal 309 38.411-106 Uberlândia MG Brasil rafaela_mam@hotmail.com, helio.soares@asoec.com.br Resumo: Com a crescente evolução das profissões em TI, desde o início de sua definição pelo Congresso Nacional em meados da década de 1960, que acarretou em seu rápido desenvolvimento, surgiu o interesse de regulamentar a profissão. Desde então, foram apresentadas propostas de leis para esse fim. O objetivo deste trabalho é apresentar os impactos positivos e negativos ocorridos em outras profissões já regulamentadas, bem como avaliar as propostas de leis mais recentes para regulamentação das profissões em TI e descrever os cenários das possíveis aprovações de uma destas leis, dando ao leitor a oportunidade de avaliar possíveis impactos da regulamentação. Para tanto, foi utilizada a metodologia de pesquisa bibliográfica, baseada em artigos, dispositivos de lei e outros trabalhos referentes ao tema em questão. Palavras-chave: regulamentação; profissões em TI; propostas de lei. 1. Introdução As primeiras atividades de informática desenvolvidas no Brasil, profissionalmente, tiveram início em meados de 1950, quando foram comprados os primeiros computadores a serem usados. Os primeiros softwares a serem desenvolvidos foram para utilização científica e administrativa, e foram criados por profissionais de outras áreas, pois não havia ainda no país cursos de formação de informática (BIGONHA, 2016). Com o decorrer de alguns anos, a informática no país chegou a um nível importante no seu progresso, conduzindo a uma determinação do Congresso Nacional de uma organização industrial para a área e para o profissional. Assim, foram criados os primeiros cursos superiores de TI (Tecnologia da Informação) no Brasil (BIGONHA, 2016). Com o reconhecimento pelo governo, os exercícios profissionais seguiram avançando por vários motivos, desde o bom salário a admiração pela área e, pode-se dizer que, atualmente, também é assim. Desde essa década, a profissão é exercida livremente no país e, a partir desse momento, várias foram as tentativas para a sua regulamentação (BIGONHA, 2016). Enfim, a discussão sobre a regulamentação da profissão de TI se estende desde 1970, tendo sido propostas várias leis para esse fim. Todavia, existe uma controvérsia muito grande, inclusive da SBC (Sociedade Brasileira de Computação) que apoia uma proposta de lei.
Pág 2/17 Assim sendo, este trabalho tem como objetivo avaliar as regulamentações feitas em algumas profissões e quais os possíveis impactos na profissão de TI, caso uma das principais leis seja aprovada. Na seção 2, será apresentado o que é regulamentação da profissão, descrevendo algumas profissões que são regulamentadas. Na seção 3, são enumeradas as propostas de lei mais recentes para regulamentação em TI, conhecendo o que é a SBC e qual é a sua posição perante as propostas de regulamentação apresentadas. Na seção 4, será feito o estudo de caso, usando critérios de avaliação e demostrando o cenário do país caso uma das propostas seja aprovada. Na seção 5, será feita a discussão. E por fim na seção 6, será feita a conclusão. 2. O que é Regulamentação da Profissão? A palavra regulamentação significa estabelecer regulamento ou norma em; regular (FERREIRA, 2001). Assim, a Regulamentação Profissional consiste em submeter o indivíduo às normas ou leis de determinadas instituições, ou seja, quando a profissão possui regulamentação significa que ela possui medidas legais que devem ser cumpridas. Na Constituição Brasileira, todos os indivíduos são iguais perante a lei (art. 5º, caput), seja ele, brasileiro ou estrangeiro, que more em nosso país. Pela mesma Constituição é vigente a Regulamentação Profissional que trata em seu artigo 5º, inciso XIII, a liberdade de todas as atividades profissionais, que acatem as exigências profissionais que designar a lei (BRASIL,1988). As profissões que são regulamentadas por lei possuem exigências para o exercício delas, em que o profissional apenas pode exercer a mesma se possuir qualificações comprovadas e determinadas pela lei. Alguns benefícios da regulamentação são a obtenção de jornada fixa de trabalho, o piso salarial, a carteira profissional, exames médicos, adicionais, órgãos reguladores, etc. Cada profissão regulamentada, possui suas características e exigências quanto à formação do profissional; algumas podem exigir cursos superiores, outros diplomas específicos, ou apenas formação técnica (BRASIL,1988). Da regulamentação decorre a criação de Conselhos que são oficializados após a realização de muitas exigências, cujo propósito é fiscalizar se o profissional atende todos os requisitos legais, para poder exercer a sua profissão. Cabe a esses Conselhos a elaboração de normas que estabelecem as obrigações, direitos e deveres do profissional (UFRJ,1993). 2.1. Profissões Regulamentadas No Brasil, das 2.422 ocupações/profissões existentes, catalogadas no ano de 2002, pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), apenas 68 profissões são regulamentadas (CAMPANHOLE, 2012). Apesar de muitas ainda não serem regulamentadas, isso não representa o fato de não ser valorizada, pois todas as profissões regulamentadas ou não, fazem parte da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), que também cuida do profissional, mas de forma menos abrangente (BRASIL, 1967).
Pág 3/17 A seguir, algumas profissões regulamentadas são exemplificadas. A lei que regulamenta a profissão de Advogado é a Lei nº 8.906/94 de 4 de julho de 1994, que dispõe sobre o estatuto da advocacia e a norma regulamentadora da OAB. Nessa lei, são abordadas as questões de ética do profissional, relações com o cliente, sigilo profissional, honorários do profissional, entre outros (BRASIL, 1994). Para ser um advogado, é necessária a graduação no curso de Direito, mas ele só poderá exercer sua profissão se for aprovado no exame da OAB (Ordem dos Advogados Brasil). Esta, por sua vez, é um órgão regulamentador, que estabelece que o advogado só pode praticar sua profissão se for inscrito na mesma e for expedida a Carteira de Identidade Profissional do Advogado, sua carteirinha da OAB (BRASIL,1994). A lei de nº 4.119, de 27 de agosto de 1962, adequa os cursos em formação em psicologia e regulamenta a profissão de psicólogo. Para ser um psicólogo, é preciso a graduação no curso de psicologia, após a qual o profissional necessita de uma Carteira de Identidade do Profissional expedida por seu órgão regulamentador, o CFP (Conselho Federal de Psicologia), que se subdivide em Conselhos Regionais de Psicologia, organizados por estados. O Conselho Federal e os Conselhos Regionais, possuem em seu conjunto, uma forma de governo absoluto em território nacional, no qual também possuem autonomia administrativa e financeira vinculada ao Ministério do Trabalho. O Conselho Federal tem o intuito de orientar, supervisionar e disciplinar o exercício da profissão. Por sua vez, para o profissional manter-se vinculando ao CRP (Conselho Regional de Psicologia), ele deve pagar uma taxa anualmente (BRASIL, 1971). A lei que regulamenta a profissão de Administrador é a Lei nº 4.769/1965 de 9 de setembro de 1965, que trata sobre a atividade da profissão de Técnico de Administração, e a lei que aprova o regulamento é pelo Decreto nº 61.934/1967. Para exercer a profissão de administrador, é necessária a graduação no curso de Administração, após o qual o profissional só poderá exercer a atividade se possuir a Carteira de Identidade do Profissional expedida por seu órgão regulamentador mediante a inscrição no CFA - Conselho Federal de Administração - (CFA, 2017). O decreto que regulamenta a profissão de Ciências Contábeis é o Decreto nº 9.295 de 27 de maio de 1946, que trata da regulamentação da profissão no país e a criação dos Conselhos CFC (Conselho Federal de Contabilidade) com sede em Brasília e os CRC s (Conselhos Regionais de Contabilidade) que são regionais por estado. Para exercer a profissão de Contador é necessária a graduação no curso de Bacharelado em Ciências Contábeis que seja reconhecido pelo MEC, bem como aprovação no Exame de Suficiência que seu órgão regulamentador, o CFC, estabelece (BRASIL, 2010). O decreto que regulamenta a profissão do Economista é o Decreto nº 31.794 de 17 de novembro de 1952 e a lei que rege a profissão é a Lei nº 1.411 de 13 de agosto de 1951. Para exercer a profissão é obrigatória a graduação no curso de Bacharelado em Ciências Econômicas e também é exigido a inscrição no seu órgão regulador que é o COFECON (Conselho Federal de Economia) com sede em Brasília, organizado em Conselhos Regionais de Economia (CORECON) que são regionais por estado, para obter sua Carteira de Identidade Profissional (BRASIL, 1952). O decreto que regulamenta a profissão de Médico é o Decreto nº 44.045 de 19 de julho de 1958 e, por sua vez, a lei que permite a regulamentação dos Conselhos
Pág 4/17 Federais e Regionais de Medicina é a Lei nº 3.268 de 30 de setembro de 1957. Para exercer a profissão é obrigatória a graduação no curso de Medicina, em faculdades que sejam oficiais, e também é exigido pela lei que o profissional possua inscrição no seu órgão regulador, que na medicina é o CFM (Conselho Federal de Medicina) com sede em Brasília e os Conselhos Regionais de Medicina (CRM) que são regionais por estado, para obter a sua Carteira de Identidade Profissional (BRASIL, 1958). A lei que regulamenta as profissões de Engenheiro, Arquiteto e Engenheiro- Agrônomo é a Lei nº 5.194 de 24 de dezembro de 1966. Essa lei determina que somente poderá exercer a profissão, quando possuir graduação no seu respectivo curso e este devidamente for registrado em uma faculdade oficial. Também é obrigatório que os profissionais possuam inscrição no seu órgão regulador, no caso dessas profissões, é o CONFEA (Conselho Federal de Engenharia e Agronomia) com sede em Brasília e os Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (CREA) que são regionais por estado, para obter sua Carteira de Identidade Profissional e exercer, livremente, sua profissão (BRASIL, 1966). 3. Regulamentação em TI Em geral, a regulamentação é a exigência, por parte do estado, de requisitos mínimos a fim de que se possa exercer determinada arte, ofício ou profissão. Isso significa que, se a profissão for regulamentada, ela passará a existir de fato e de direito, valorizando, assim, os profissionais e atribuindo a estes, maiores responsabilidades, direitos e deveres. No caso da profissão de TI, esta está em constante progresso no Brasil e possui um papel importante para o desenvolvimento do país, motivo pelo qual surgiu a necessidade de a mesma ser regulamentada (BRASÍLIA, 2015). O debate sobre a regulamentação da profissão de tecnologia da informação se arrasta há quase 40 anos, porém, as diversas tentativas de levar esse tema adiante, foram frustradas (PRESCOTT, 2016). Atualmente, está em trâmite no Congresso Nacional, três propostas de leis que tratam da mesma matéria: o PL nº 3065/2015 apresentado em 22 de setembro de 2015 pelo Deputado Professor Victório Galli - PSC /MT, que trata sobre a regulamentação do exercício das profissões de Analista de Sistemas, Desenvolvedor, Engenheiro de Sistemas, Analista de Redes, Administrador de Banco de Dados, Suporte, cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Informática e oferece outras providências; o PL nº 4408/2016 apresentado em 03 de fevereiro de 2016 pelo Deputado Eduardo Barbosa PSDB/MG que trata sobre o exercício profissional na área de Informática; e o PL nº 5101/2016 apresentado em 24 de abril de 2016 pelo Deputado Alfredo Nascimento - PR/AM que trata sobre a regulamentação do exercício da profissão de Analista de Sistemas e suas correlatas. Estes dois últimos são apensos do primeiro. O PL 3065/2015, segue os moldes tradicionais e define as atribuições de cada profissão, propondo a criação de conselhos de profissão e, consequentemente, reserva de mercado de trabalho para os diplomados na área (BRASÍLIA, 2015). Já o PL 4408/2016, foi construído a partir do PL da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), cujo objetivo é garantir a liberdade do exercício profissional
Pág 5/17 defendido pela SBC e proteger a área contra a inclusão de suas atribuições na reserva de mercado de outras profissões (BRASILIA, 2016). E o PL 5101/2016, propõe a regulamentação da profissão de Analista de Sistema, define suas atribuições e reserva-lhe como privativa a responsabilidade técnica de projetos. Não há proposta explícita de criação de conselhos de profissão, a qual poderá ser feita mais tarde (BRASIL, 2016). Quanto aos principais aspectos abordados nos projetos de lei, serão analisadas na Tabela 1 as principais diferenças entre os projetos de leis propostos. Tabela 1: Diferença das Leis Propostas (Fonte: BRASÍLIA, 2015; BRASÍLIA,2016; BRASIL,2016). Deputados PL pra TI Aspectos das leis Define atribuições da profissão. Requisitos para exercer a profissão Cria Conselhos e atribui funções Penas em caso de infrações Reserva Mercado de Trabalho para diplomados Liberdade do exercício profissional defendido pela SBC Contra a reserva de mercado de trabalho Regulamenta apenas Analista de Sistemas Diferença das Leis Propostas Professor Victório Galli PSC /MT PL nº3065/2015 PL nº3065/2015 PL nº3065/2015 PL nº3065/2015 Eduardo Barbosa PSDB/MG PL nº 4408/2016 PL nº3065/2015 PL nº 4408/2016 PL nº3065/2015 PL nº 4408/2016 PL nº 4408/2016 Alfredo Nascimento PR/AM PL nº 5101/2016 PL nº 5101/2016 PL nº 5101/2016 PL nº 5101/2016 Em se tratando de um projeto de lei, dada a importância da matéria, a apresentação deve ser feita em Plenário, ou seja, por meio de iniciativa do Congresso Nacional, não em comissões. Após a leitura, as propostas de leis são examinadas por uma ou mais comissões, que dão o resultado. Posteriormente, retornam ao Plenário para votação. Se aprovada pelo Senado ou pela Câmara, a proposta de lei é remetida à outra Casa, na condição de órgão revisor. Caso esta o modifique, a proposição retorna à Casa de origem (PRESCOTT, 2016). A Figura 1 demonstra como é o Processo de Tramitação de uma Lei Ordinária. No que se trata ao PL 3065/2015 e apensos, a forma de apreciação está
Pág 6/17 sujeita a decisão conclusiva pelas comissões, o que significa que as próprias comissões têm competência para aprovar o projeto, sem que haja necessidade de ser votado pelo Plenário, exceto, se uma das comissões o rejeitar; ou, mesmo aprovado pelas comissões, houver recurso de 51 deputados (10%) para que ele seja votado em Plenário. Aprovado, a matéria é enviada à sanção presidencial pela Casa que concluiu a votação. Após a sanção, o projeto torna-se uma lei propriamente dita (PRESCOTT, 2016). O PL 3065/2015 está aguardando Parecer do Relator na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP). Figura 1: Processo de Tramitação de uma Lei Ordinária (HONÓRIO, 2014) 3.1 Sociedade Brasileira de Computação - SBC A SBC (Sociedade Brasileira de Computação) é uma Sociedade Científica sem fins lucrativos. Ela possui um grupo de especialistas de uma área de conhecimento, que reúnem para apresentar os frutos de seus estudos; analisam com profissionais do mesmo conhecimento e divulgam seus trabalhos por meio de uma publicação habilitada (SBC_01, 2017).
Pág 7/17 A SBC, conta com seus associados, são eles, estudantes, professores, profissionais, pesquisadores e admiradores do ramo de Computação e Informática do Brasil. Ela tem o objetivo de incentivar a convivência com informação e cultura, através da informática, proporcionando às pessoas a inclusão digital e estimulando a pesquisa e também o aprendizado de computação no país, com o qual deseja colaborar com a formação e a responsabilidade social, do profissional da computação (SBC_01, 2017). 3.2 Posição da SBC sobre a Regulamentação No Brasil, antes da criação da SBC em 1978, houve debates sobre a possível regulamentação das profissões em TI pela comunidade científica de computação, chegando a um resultado, através de muitos anos de discussão e muitas análises em reuniões da comunidade, sobre os benefícios e desvantagens dessa regulamentação. A SBC estabeleceu sua opinião oficial sobre os princípios que devem ser analisados, em caso da regulamentação da profissão (SBC_02, 2017). Os princípios estabelecidos pela SBC foram a livre atividade profissional de informática, sem a necessidade de confirmação de um ensino regular ou do diploma. Os conselhos de profissão não podem estabelecer nenhuma proibição e limitação quanto a liberdade da atividade profissional e sugere que a área de TI deve ser autorregulada (SBC_02, 2017). No ano de 2002, após a listagem destes princípios, a SBC preparou uma proposta de projeto de lei de regulamentação da SBC, a qual foi aceita e enviada a um deputado, que elaborou o Projeto de Lei nº 1561/2003 e o apresentou na Câmara dos Deputados. O projeto entrou em processo de tramitação, mas foi arquivado no ano de 2007. Todavia, em 2016 o Deputado Eduardo Barbosa apresentou o PL 4408/2016 que é uma versão nova da proposta da SBC (SBC_03, 2017). No dia 22 de novembro de 2016, foi realizada na CTASP (Comissão de Trabalho de Administração e Serviço Público) uma audiência pública que trata sobre a liberdade do exercício profissional, pela Diretoria de Relações Profissionais da SBC. Foi apresentada ao deputado relator do bloco de projetos chefiados pelo PL 3065/2015, a posição da SBC referente a essa proposta de lei e representada na Tabela 2. A SBC descreve a sua posição, relatando que há um grande número de profissionais de Tecnologia da Informação, em exercício no Brasil, sendo que os formados em um curso superior da área, equivalem a menos da metade, ou seja, dos profissionais atuantes na área, mais de sua metade possuem outras formações. E ainda avalia que há uma falta de profissionais qualificados (SBC, 2016). No entanto, existem cerca de 400.000 alunos matriculados em algum curso superior em informática, de acordo com o MEC, e apesar desse número ser alto, formam apenas 40.000 profissionais novos em cada ano. Dessa forma, é pequeno o número de profissionais formados para atender a atual demanda (SBC, 2016). A FAVOR Do conhecimento cientifico e tecnológico de todas as áreas do conhecimento. Tabela 2: Posição da SBC (SBC,2016) POSIÇÃO DA SBC CONTRA A criação Conselho de Profissão para a Informática.
Pág 8/17 Da boa formação oferecida por diplomas de curso superior em Informática. Da busca continuada pela excelência profissional. Da valorização dos profissionais de informática pela posse de competência. De uma regulamentação da profissão na área de informática que assegure a liberdade do exercício profissional a todos, independentemente de diploma. A reserva de mercado de trabalho na Informática. É nessa situação, que o Projeto de lei 3065/2015, o objeto dessa audiência, quer validar a atuação na área de TI, apenas os profissionais portadores de diplomas, e para aqueles que não possuem diplomas e tenham a atividade profissional comprovada no mínimo, 5 anos, sem levar em consideração seu nível de competência ou qualificações. Ou seja, a proposta de lei proíbe a entrada no mercado de trabalho de TI, os profissionais que não possuírem formação conforme a lei, podendo causa falta da mão de obra (SBC, 2016). A comunidade defende o preceito constitucional sobre a liberdade da atividade profissional, pois na Classificação Brasileira de Ocupação (CBO), existem poucas profissões regulamentadas em relação à quantidade de ocupações no país, e alega que o Congresso Nacional tem o poder para restringir a atividade profissional de qualquer profissão, mas a SBC espera, caso haja a regulamentação, seja devidamente justificada a restrição (SBC,2016). A SBC analisa o impacto da regulamentação em outras áreas, pois a informática é usada dia a dia por todos os profissionais. Além disso, é contra a reserva de mercado em TI, porque pode afetar o progresso de outras áreas profissionais, pois muitas delas podem ficar restritas ao uso da TI (SBC, 2016). Referente aos Conselhos da Profissão, acredita-se que estes têm a função de proteger a Sociedade de um mau profissional, mas não é esse o papel dos conselhos oferecer proteção. E insiste que, apenas é justificada a criação dos Conselhos de Profissão, se existir um contato entre a pessoa e o profissional, o qual represente um risco a vida ou saúde do indivíduo. Por fim, alega que não é preciso a criação do mesmo para proteger as empresas no ato da contratação de seus profissionais (SBC, 2016). A SBC defende, ainda, a criação de um Conselho de Autorregulação, não governamental, que possa supervisionar, e assegurar a ética do exercício profissional, mas, sem ferir os princípios de liberdade individual do trabalhador. Um exemplo é o CONAR (Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária), que existe há muito tempo. Conclui-se que a SBC justifica a regulamentação em TI, se ela assegurar os princípios de liberdade sem qualquer limitação; defende a competência profissional, o uso ou não exclusivo de diplomas, e a não criação de reservas de mercado e conselhos. Alega a objeção aos projetos de lei 3065/2016 (dep. Victório Galli) e a PL 5101/2016 (dep. Alfredo Nascimento), pois essas leis, defendem a criação de conselhos e a reserva do mercado de trabalho. Mas defende a proposta de lei 4408/2016 (dep. Eduardo Barbosa) que define a liberdade profissional (SBC, 2016).
Pág 9/17 4. Estudo de Caso - Impactos da Regulamentação de TI O objetivo desse estudo de caso é avaliar os impactos de 2 dos principais projetos de leis que estão tramitando, referentes à possível regulamentação da profissão de TI. Para isto, foram criados alguns critérios de análise, através dos quais algumas profissões já regulamentadas também foram avaliadas. O foco é avaliar as vantagens e desvantagens após a regulamentação dessas profissões e, em seguida, avaliar os possíveis impactos na profissão de TI. Os critérios de análise utilizados foram: Aderência da regulamentação no mercado; Empregabilidade; Flexibilidade dos cursos; Salário; Qualidade. A Tabela 3 apresenta os impactos da regulamentação da profissão de administrador: Tabela 3. Impactos da regulamentação da profissão de administrador (ANDRADE,2013; CFA,2015; CFA,2016; MENDES,2003). Impactos da Regulamentação da Profissão de Administrador Critérios Vantagens Desvantagens Aderência da regulamentação no mercado de trabalho Empregabilidade Flexibilidade do Curso Salário Qualidade Aumento do número de pessoas cursando e interessadas pelo mesmo. Aumento da valorização do profissional diplomado. Aumento de empregos, quando o mercado de trabalho está em alta. Aumento da flexibilidade, pois possui muitas áreas de atuação na profissão. Possui uma sugestão do CFA para o piso salarial inicial de R$2.680,00 aumentando com o tempo de experiência. Aumento da qualidade do profissional para sociedade, com profissionais seguindo a lei. Grande aumento de profissionais formados para poucas vagas de emprego. Aumento de desemprego, pois profissionais que não atendem a lei, não podem exercer a profissão. Instabilidade pois alguns profissionais não podem se encaixar bem em algumas áreas de atuação. Empregador seguir o piso salarial definido em algumas atuações simples. Responder a processos, caso haja infringir as leis. A Tabela 4 apresenta os impactos da regulamentação da profissão de engenheiro. Tabela 4. Impactos da regulamentação da profissão de engenheiro (NASCIMENTO 2008, CORDEIRO 2008) Impactos da Regulamentação da Profissão de Engenheiro Critérios Vantagens Desvantagens Aderência da regulamentação no Aumento da quantidade dos cursos e empregos. Baixo número de profissionais formados, para atender a demanda de
Pág 10/17 mercado de trabalho Empregabilidade Aumento da valorização do profissional diplomado. Aumento de empregos, quando o mercado de está em alta. emprego, em relação a outros países. Baixa valorização, para profissionais tecnólogos que não são engenheiros pela lei. Flexibilidade do Curso Salário Qualidade Proposta de cursos/ensinos mais flexíveis, estruturados de acordo com o mercado de trabalho. Possui piso salarial. Valorização do profissional. Aumento da qualidade do profissional para sociedade, com profissionais seguindo o Código de Ética. Os profissionais já formados, vão ter que se adaptar ao modelo de flexibilidade. Empregador seguir o piso salarial definido. O profissional pode responder a processos, caso haja infringir as leis. A Tabela 5 apresenta os impactos da regulamentação da profissão de médico. Tabela 5. Impactos da regulamentação da profissão de médico (CORRÊA,2014. FENAMAM,2017). Impactos da Regulamentação da Profissão de Medico Critérios Vantagens Desvantagem Aderência da regulamentação no mercado de trabalho Empregabilidade Flexibilidade do Curso Aumento de profissionais interessados na área. Aumento na busca para formação e atuação na área. Aumento de empregos para os profissionais da área. Baixo índice de desemprego. Atividades na área em constante crescimento. Aumento da diversidade de atuação na área de sua preferência. Salário Aumento salarial. Para o ano de 2017 o piso definido pela Fenam foi de R$ 13.847,93 para o período de 20h trabalhadas. Esse valor pode variar. Qualidade Aumento da qualidade de profissionais inscritos no CRM, que seguem a lei e o Código de Ética. Longo tempo para formação na área. Dificuldades para aprovação em vestibulares. Longas horas de jornada de trabalho. Redução no tempo de lazer. Aumento de responsabilidades profissionais na lei e Código de Ética. Aumento do número de concursos públicos acarreta na desvalorização dos salários dos médicos. Os profissionais serão penalizados pelo não cumprimento das atribuições inscritas no Código de Ética. A Tabela 6 apresenta os impactos da regulamentação da profissão de psicólogo. Tabela 6. Impactos da regulamentação da profissão de psicólogo (SILVA,2015. ANCHANJO,2010). Impactos da Regulamentação da Profissão de Psicólogo Critérios Vantagens Desvantagem Aderência da regulamentação no mercado de Aumento na busca para formação na área. O profissional não pode atuar em nenhuma área, se não possuir a inscrição no CRP.
Pág 11/17 trabalho Empregabilidade Flexibilidade do Curso Salário Qualidade Aumento da valorização do profissional diplomado. Aumento das especialidades dos profissionais, para atuar em vários áreas. A profissão é flexível ao profissional, pois possibilita uma liberdade na atuação em diversos âmbitos. Dentre eles, hospitalar, saúde mental, clinica, organizacional, institucional, etc. Possui piso salarial definido, sugerido no ano de 2015 e de R$3.600,00. Ao profissional que possui inscrição no CRP lhe é garantido a segurança perante a sociedade sobre as suas atribuições inscritas no Código de Ética. Baixo número de empregos em alguns anos. Aumento da necessidade do profissional se, multidisciplinar para se manter no mercado. A profissão pode gerar conflitos entres profissionais de outras profissões. Não segue o piso salarial definido, em algumas atuações. O profissional pode ser penalizados pelo não cumprimento das atribuições inscritas no Código de Ética. Em alguns casos podendo ser cassado o diploma. 4.1. Cenário Hipotético das leis aprovadas. Foi criado um cenário hipotético em que a proposta de lei 3065/2015 seja aprovada. Considerando os critérios utilizados nesse artigo, pode-se inferir que o mercado poderia se comportar conforme a Tabela 7. Critérios Aderência da Regulamentação no Mercado Empregabilidade Flexibilidade dos Cursos Salário Qualidade Tabela 7. Cenário com Aprovação do PL 3065/2015. Com Aprovação do PL 3065/2015 Vantagens Maior procura de profissional qualificado. Aumento salarial e maior valorização do profissional com 5 ano de profissão ou diploma reconhecido pela lei. Ficam definidos atividades e atribuição dos profissionais citados na lei. Aumento salarial e valorização do trabalho do profissional. Aumento da qualidade e responsabilidade de projetos e da qualidade do profissional para sociedade, com profissionais seguindo a lei. TI Desvantagem Baixa empregabilidade para os profissionais que não se enquadram nos cursos regulamentados. Aumento do desemprego dos profissionais desqualificados. Restrição de algumas atividades para determinados profissionais. Empregador seguir o piso salarial definido em algumas atuações simples. Aumento da responsabilidade do profissional por erros. Responder a processos se infringir o Código de Ética. O PL5101/2015, não será detalhado, por ser semelhante ao PL 3065/2015. Por outro lado, imaginando a lei que a SBC apoia o PL 4408/2016, poderia ser escolhida para a regulamentação, pode-se inferir que o mercado se comporte conforme a Tabela 8. Essa tabela demostra as vantagens e desvantagens para o profissional neste cenário. Tabela 8. Aprovação da lei que a SBC apoia (PL 4408/2016).
Pág 12/17 Critérios Aderência Regulamentação Mercado da no Aprovação da lei que a SBC apoia (PL 4408/2016) Vantagens Estabilidade pela liberdade do exercício profissional de TI. Empregabilidade Reconhecimento de todos os profissionais, daqueles com ou sem diploma. Flexibilidade Cursos Salário dos Aumento da flexibilidade, o profissional possui várias áreas de atuação. Ele pode escolher se vai trabalhar como autônomo ou funcionário. Baixo salario para algumas atividades. Estabilidade salarial para atuações mais requisitada. TI Desvantagem Os profissionais diplomados, possuem o mesmo valor, dos profissionais não qualificados. Instabilidade para profissionais diplomados, pois para algumas empresas pode contar o tempo de experiência e não somente o diploma. Aumento da vulnerabilidade e impunidade, por não possuir um Código de Ética para o profissional. Aumento da desvalorização de algumas áreas que possuem muitos profissionais, por não possuir um piso salarial. Qualidade O profissional pode exercer a profissão livremente, agindo em conformidade a CLT. Oferecendo facilidades para adesão no mercado e solicitação de serviços. Baixa adesão voluntaria do profissional ao Conselho de Auto Regulação. 4.2. Análise dos Cenários As tabelas descrevem dois cenários sobre a possível regulamentação das profissões de TI. Com a aprovação do PL 3065/2105 poderá haver impactos para os profissionais que não se qualificarem na lei. Essa lei privilegia o profissional qualificado, em todos os critérios citados, pois, apenas poderão exercer a profissão livremente no país, aqueles profissionais que possuírem diploma ou no mínimo 5 anos comprovados de atuação na área, gerando maior procura por profissionais qualificados. Também ficam definidas as atividades e atribuições do profissional, tais como o aumento salarial e aumento da qualidade e responsabilidades. Mas essa lei também possui desvantagens para os profissionais que não se enquadram nela, pois não poderão exercer a profissão enquanto não se qualificarem, causando o aumento de desemprego para esses profissionais. Além disso, causa restrições de algumas atividades, o aumento das responsabilidades por erros, pois todos os profissionais qualificados ou não, podem responder a processos se infringirem o Código de Ética. Por outro lado o PL 4408/2016 apoiado pela SBC mantem a estabilidade dos profissionais não diplomados, haja vista todos, com ou sem diploma podem exercer a profissão. Essa lei promove a igualdade entre os profissionais de TI, pois nos critérios citados no caso de benefícios, a lei garante a estabilidade e liberdade do exercício profissional de TI, garante a flexibilidade, proporcionando ao profissional diversificação das áreas de atuação. A lei oferece, ainda, facilidades para a adesão no mercado de
Pág 13/17 trabalho. Nesse caso, os critérios para contratação dos profissionais são estabelecidos pelos empregadores. A lei reforça as desvantagens para o profissional qualificado, pois causa instabilidade para os profissionais diplomados, tendo em vista que para algumas empresas o que pode contar é o tempo de experiência e não apenas o diploma, além de causar também o aumento da vulnerabilidade e impunidade, por não possuir um Código de Ética para o profissional. O ideal é que essa discussão possa ser feita de forma mais aberta, de maneira a permitir a elaboração de uma lei mais adequada ao ambiente. 5. Discussão O processo para a regulamentação da profissão de TI já se arrasta a mais de 40 anos, no qual muitos projetos dei lei foram arquivados. A proposta de lei 4408/2016 sugere uma regulamentação pela liberdade profissional para atuação na área, mas essa lei sendo aprovada pode causar uma possível banalização da área. Pois todos as pessoas com e sem formação e também de outras áreas podem exercer a mesma, com isso o profissional formado em TI pode ficar sem o devido valor, pois muitos anos de sua vida foram dedicados para essa graduação, e a área dependendo da atuação exige conhecimentos aprofundados, e a formação acadêmica oferece e atende essas exigências, para um mercado cada vez mais competitivo. Com a possível aprovação do PL 3065/2015 que sugere a criação de Conselhos para a área de TI e reserva do mercado de trabalho, leva o profissional formado na área a uma valorização que não possui atualmente. Mas porque não privatizar a área, se o profissional pode receber e oferecer melhores recursos para a sociedade que pode gerar menos impunidade e vulnerabilidade para ambos. Os profissionais da área, que não se enquadram na lei caso ela seja aprovada, podem muito facilmente alcançar formação na área pois já possuem domínio sobre a mesma. Os profissionais de outras ramos de atuação ficam restritos a exercer a área, caso esses não quiserem a formação em TI, ficam restritos, causando uma maior procura pelo diplomado em TI. Como outras profissões passaram por processos para sua regulamentação, onde foram definidos quais profissionais podem exercer e as atribuições de cada atividades definidas pela sua lei regulamentadora. Levou a restrição dos profissionais práticos (que não possuem formação área) para atuar nessas profissões, no qual leva o mesmo a precisar do profissional formado na área, um exemplo disso e o mestre de obras, que precisa do engenheiro civil, para fazer as suas obras, também é assim em outras profissões regulamentadas. Em TI pode acontecer o mesmo, caso haja regulamentação, e através de outras profissões observamos que foi positivo. Essa discussão leva o profissional de TI a um pensamento crítico, dependendo da situação em que esteja, mas ao analisarmos a outras profissões regulamentadas, pode se observar que foi positivo, e em TI também pode ser também, então porque não regulamentar a profissão se o profissional e a sociedade podem se beneficiar. 6. Conclusão Neste trabalho, foi analisada a proposta de regulamentação da profissão de TI, em que foram descritas algumas profissões já regulamentadas, suas leis regulamentadoras e
Pág 14/17 alguns de seus impactos, com o objetivo de exemplificar cenários em profissões regulamentadas. Também foram analisadas as propostas de leis mais recentes, referentes à regulamentação em TI, sendo demonstrados os aspectos mais importantes de cada uma delas. Além da posição da SBC, destacando-se os pontos positivos e negativos. No estudo de caso, pôde-se observar, dentro dos critérios de avaliação, os possíveis impactos nas profissões após a sua regulamentação. Além disso, verificou-se que a regulamentação foi positiva em várias profissões, mas também apresentou desvantagens, o que é comum nos processos de regulamentação. Para TI, foram criados 2 cenários hipotéticos e analisado como seria o comportamento do mercado de trabalho em relação ao profissional, no caso da aprovação de uma delas. Observou-se que a regulamentação em TI não será diferente das outras profissões já regulamentadas, visto que as leis avaliadas mostram isso, pois as propostas de lei apresentam pontos positivos e negativos para o profissional. Portanto, é possível concluir que a profissão de TI, sendo regulamentada com criação de Conselhos, definirá critérios para o profissional não diplomado, o qual precisará se qualificar para trabalhar na área. Contudo, se a proposta de lei que defende a liberdade do exercício profissional for aprovada, o mercado vai se comportar da mesma forma que se comporta atualmente, pois haverá equiparação entre os profissionais qualificados ou não. Como proposta para trabalhos futuros, sugere-se a realização de uma pesquisa com profissionais da área, a fim de se obter o posicionamento de cada um a respeito da regulamentação. Referências ANCHANJO, Auryana Maria; SCHRAIBER, Lilia Blima. Atuação dos Psicólogos em unidades Básicas de Saúde na Cidade de São Paulo. Revista Saúde e Sociedade - Google Acadêmico: São Paulo, 2010. PDF. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0104-12902012000200009&lang=pt> Acesso em 03 de maio de 2017. ANDRADE, Lucas Melo Biondi de; SOUZA, Irineu Manoel de; PIRES, Rodrigo Otávio Moretti. Repositório Institucional UFSC. Santa Catarina: Gestão Universitária do Administrador no Brasil. Google Acadêmico, 2013. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/114930> Acesso em 01 de maio de 2017. BRASIL, Câmara dos Deputados. Decreto nº 229, 28 de fevereiro de 1967. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/declei/1960-1969/decreto-lei-229-28- fevereiro-1967-351770-publicacaooriginal-1-pe.html> Acesso em 03 de março de 2017. BRASIL, Câmara dos Deputados. Projeto de Lei 5101/2016, 24 de abril de 2016. Disponível em:<http://www.camara.gov.br/proposicoesweb/prop_mostrarintegra?codteor=145291 7&filename=PL+5101/2016> Acesso em 17 de março de 2017.
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